Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo sexta, 26 de junho de 2020

ALCEU VALENÇA LANÇA MARATONA DE SHOWS EM SÃO PAULO

 

Alceu Valença lança maratona de shows para São João

Cantor está à frente de festival que realiza festa junina na internet; no domingo, ele faz apresentação ao vivo, com sucessos da carreira
 
O cantor Alceu Valença Foto: Antonio Melcop / Divulgação
 

Alceu Valença está com saudade de andar feito um cão abandonado. Enquanto mantém-se em isolamento social, o cantor caminha erraticamente dentro do apartamento onde mora, no Leblon, na Zona Sul do Rio. Cronometrado com um aplicativo no celular, ele se desloca entre cômodos e corredores para cumprir a meta de dez mil passos por dia, o que equivale a 64 subidas e descidas pela escada de casa.

 
— É chato pra caralho, mas boto uma música num fone ou então ligo para os meus irmãos, para o povo de Pernambuco, do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais, de Santa Catarina... Está todo mundo querendo conversar, não é? — diz o músico, que completará 74 anos na próxima quarta-feira. — Sou um artista da estrada, da rua, e que agora caminha em casa e pelas vias da internet.

Nas novas andanças, ele colhe frutos adocicados. Em casa, Alceu dedilha novas letras e melodias no violão (“agora toco o tempo todo”, afirma), vasculha arquivos antigos e reencontra composições que ainda não foram gravadas — no celular, já pinçou 25 músicas inéditas, criadas durante um de seus voos, viagens de carro ou caminhadas no passado. Na internet, ele mostra que tem facilidade em transformar a tela em palco confortável.

O cantor Alceu Valença Foto: Antonio Melcop / Divulgação
O cantor Alceu Valença Foto: Antonio Melcop / Divulgação

Depois de cancelar 35 shows no Brasil e 16 apresentações de uma turnê internacional devido à pandemia do novo coronavírus, Alceu tem sido muito solicitado para realizar transmissões ao vivo na web, mais ainda agora, em época de festejos para São João.

Recentemente, uma empresa demonstrou interesse em contratá-lo para “acalmar os ânimos dos funcionários nos intervalos de uma reunião internética”, como o próprio conta, acrescentando que não aceitou a proposta. Outro convite já chegou de Portugal, onde ele possui residência em Lisboa.

 

— O pipoco é grande. Em tudo que é canto, o povo pede show. E isso é bom, porque quem catapultou o forró no mundo foi a internet. Há três ou quatro anos, saiu uma página inteira num jornal da Ucrânia sobre dois discos meus. O regional se tornou universal. Como eu imaginaria isso? — celebra. — As músicas “La belle de jour” e “Girassol”, que foram tocadas pouquíssimas vezes em rádio, vão alcançar 100 milhões de acesso no Youtube. É uma coisa inacreditável, e mostra que não dá para se explicar o viral. Acho que agora há uma nova onda na internet.

Festejos virtuais até domingo

Alceu aprendeu a navegar sobre a maré on-line. Na noite desta sexta-feira (26/6), ele dá largada para uma maratona de festas dedicadas a São João , em evento que se estende por todo o fim de semana, com produção da plataforma Pipoca e transmissão nos perfis do cantor no Youtube e no Instagram.

Nesta sexta-feira (26/6), a partir das 20h, ele apresenta nomes importantes da cena artística de Caruaru, no agreste pernambucano, e cede o microfone (virtualmente) para a Banda de Pífanos Zé do Estado e Azulinho, entre outros. No sábado (27/6), a partir das 16h, forrozeiros de Olinda ganham espaço — apresentam-se músicos como Felipe Costa, Karol Maciel, Claudio da Rabeca, Juba, Genaro e Terezinha do Acordeon. No domingo (28/6), às 16h, a festa junina se encerra com um show do próprio Alceu, que entoará clássicos de Luiz Gonzaga e sucessos de seu repertório, como “Táxi lunar”, “Anunciação” e “Coração bobo”, diretamente de uma casa que mantém na Joatinga, no Rio.

 

As ações ajudam a divulgar uma campanha de arrecadação para artistas de Caruaru e São Bento do Una, cidade natal Alceu — ambos os lugares viram suas receitas duramente afetadas com o cancelamento de festejos tradicionais neste período.

— São milhares de pessoas que frequentam as festas e, com isso, se hospedam nos hotéis, comem milho, vão aos restaurantes... Os eventos de São João movem a economia no Nordeste. O estigma sobre o artista tem que acabar! — manifesta-se. — Algumas pessoas que trabalham comigo estavam numa deprê arretada. São as lives que têm salvado o setor.

Público poderá interagir

Uma novidade chama atenção na apresentação que ele fará no domingo. Numa sala da plataforma Zoom, o público poderá ser visto e ouvido pelo cantor durante o show. Através de um telão instalado em casa, Alceu acompanhará as reações dos espectadores.

— Tudo no mundo é reinvenção. Temos que andar, andar. Até que tudo volte ao normal, a gente precisa esperar uma vacina que coloque esse canalha do corona na guilhotina — proseia. 


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