Juan Carlos Poca – Revelação do The Voice Kids
Vou tentar colocar aqui este assunto, fazendo um esforço enorme para não politiza-lo. Não vai ser fácil, mas, vou tentar.
No alto dos meus quase 74 anos (que espero completar em abril próximo), já vi muitas coisas boas e erradas. Me apeguei muito às coisas boas – foi isso que meus maravilhosos pais me ensinaram. Eles também me ensinaram que, muitas coisas que muitos gostam, não valem nada.
A única crise que o nosso Brasil vive, é a da falta de vergonha na cara. Já não estão mais neste plano os homens forjados e aprumados nas bigornas e nas brasas da retidão e da honestidade. Não é fácil resistir aos infortúnios, como também não o é, resistir às tentações demoníacas que só apontam um caminho: o da falta de escrúpulos, que é o mesmo da desonestidade.
Pois, mais uma vez, a TV Globo está apresentando nas edições dominicais, o programa The Voice Kids, destinado a descobrir e oportunizar novos valores para a música brasileira – e, se for verdade o que muitos dizem: “detestar” a insuportável, manipuladora, mentirosa rede de televisão, muitos não estão vendo esse maravilhoso programa. E, se veem, pelos comentários que dirigem à emissora dos Marinho, são uns verdadeiros “postes” dentro de casa.
Também não tenho nenhuma dúvida que, muitos dos que criticam, se fossem convidados pela emissora à trabalhar lá, ganhando bons salários, colocariam a violinha dos comentários numa sacola, e correriam para lá. Muita gente é assim mesmo. Quem já tem 73 anos nas costas, já viu muito isso.
Pois, esse The Voice Kids – pelo menos na edição do último dia 19 de fevereiro passado – mostrou que nem tudo está perdido. Mostrou que o Brasil não se resume ao que o noticiário político/policial tem mostrado nos últimos três anos. Há algo bom além da linha do horizonte.
Quem teve a sorte de ver a apresentação do adolescente JUAN CARLOS POCA (o outro garoto, Alexandre; e a menina, também estiveram muito bem), certamente que vai concordar comigo: “gente, nem tudo está perdido. Ainda há tempo de fazer algo bom em favor das crianças que amanhã estarão nos substituindo.
Não estou tentando falar nem idolatrar o cantor. Não é isso. O que estou tentando, é dizer que Juan Carlos “era largado” (sem sentido ofensivo), foi adotado e hoje vive num abrigo social, tem um Tutor e é orientado por mães sociais desde os 4 anos de idade. Hoje tem 14 anos e, ontem, emocionou grande número de brasileiros, cantando. Cantando maravilhosamente bem e como se grande fosse. E é. E, vejam: sem brinquinhos, tatuagens ou outras coisas que nada acrescentam à voz.
Está, hoje, literalmente, recolocado no bom caminho. E, melhor ainda: não é em Paris. É no Brasil. Mais propriamente em Foz do Iguaçu.
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Coisas gostosas e desconhecidas – cuscuz de arroz
Cuscuz de arroz
Café da tarde. Café coado naquele saquinho de papel é algo horrível – mas não tenho o direito de criticar quem faz uso dele. A mim, parece “preguiça” de, depois do uso, lavar o coador de pano. Mas, café, é bom (e garantem que faz bem ao coração). Preto, pingado de leite, com açúcar ou adoçante. Faça sua escolha.
Agora, melhor ainda se, para acompanhar a mesa estiver servida com um cuscuz de arroz, um generoso pedaço de queijo (aquele queijo fabricado em São Bento, interior do Maranhão, não tem concorrente), e/ou manteiga de garrafa – que alguns chamam de manteiga da Terra.
Fazer o cuscuz, dizem que é fácil – mas ainda não aprendi. Muito fácil, parece ser comprar o arroz para fazer o cuscuz. O cuscuz de milho também ganha espaço entre as gostosuras, mas o nosso protagonista de hoje é o de arroz.
Quente ou ainda “morno” é mais gostoso!
Mas, muito mais gostoso ainda, quando, além do acompanhamento referido acima, servimos também um ovo mal passado (aquele que fica com a gema mole!) e vamos misturando aos poucos com o complemento de um gole de café. Já me defini pelo cuscuz.