Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense segunda, 23 de janeiro de 2023

AGRICULTURA: AGRICULTORES DO DF RECLAMAM DO EXCESSO DE CHUVAS NESTE VERÃO

 

Agricultores do DF reclamam do excesso de chuvas neste verão

Os agricultores do DF sofrem para cultivar hortaliças e frutas. Enquanto isso, os consumidores sentem a alta nos preços da feira. Em dezembro, o aguaceiro foi 78,9% maior que o esperado, conforme o Inmet

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Júlia EleutérioArthur de Souza
postado em 23/01/2023 06:00
 
 (crédito: Arquivo Pessoal)
(crédito: Arquivo Pessoal)

Os agricultores do Distrito Federal sofrem com a produção prejudicada pelo alto volume de chuvas nos últimos meses no Distrito Federal. Problemas acontecem desde o plantio até o transporte dos produtos. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o nível esperado para dezembro ultrapassou 78,9%, chovendo 431,4mm. Enquanto isso, na hora da feira, os consumidores encontram as hortaliças e frutas mais caras.

Ele comenta que as plantas que produz são via semente ou estaquia (multiplicação de mudas por estacas) e precisam ser protegidas das chuvas mais intensas. "Prejudica bastante porque mata algumas mudas", conta. Wendel comenta que o granizo é uma catástrofe para as plantações, mas que os ventos fortes também atrapalham, pois acabam derrubando os frutos das árvores. "É difícil esse relacionamento nosso com o tempo. É uma questão bastante ambígua", opina.

 O agricultor explica que ao colocar as plantas em estufas, prejudica a qualidade. "A planta em si precisa de sol e estar exposta à luz. Quando a gente opta por abrigar a planta num estágio muito inicial, a gente também perde com isso", ressalta. Wendell detalha que as margens de lucro trabalhadas no meio rural são estreitas. Então, ao mesmo tempo que há formas de investir na proteção, ele toma algumas cautelas para manter os ganhos.

 

Calor e umidade

Este verão tem dias quentes com muita umidade para os padrões do DF, principalmente no período da tarde. E o mês de janeiro segue chuvoso. De acordo com o Inmet, nestes primeiros 15 dias, já choveu 60% da média esperada para o período, que é de 206mm. A estação meteorológica com maior registro é a de Brazlândia, com um acumulado para a primeira metade do mês de 124,2mm. Enquanto, na região de Águas Emendadas, o valor é menor entre os pontos, chegando a 80mm.

Quando questionado sobre o que tenta fazer para contornar as situações que a chuva proporciona, Joviniano Souza conta que fica de "mãos atadas", pois uma possível solução não depende dele. "O que pode ser feito, é a pavimentação da estrada, mas, entra governo, sai governo, nada muda", lamenta. "A princípio, acho que isso resolveria muita coisa", aponta o produtor. Sobre o caso de Joviniano, a administração regional do Recanto das Emas informou que há um processo de pavimentação em andamento na região. "Recentemente foi feito um levantamento topográfico na área", destaca a nota.

Com a plantação a céu aberto, as plantas ficam constantemente em contato com o aguaceiro. "O excesso de umidade faz com que haja o aumento de manifestações de pragas, como lesmas, caracóis e outros insetos, que passam a se alimentar dos vegetais, deixando marcas como furos, fazendo com que a aparência física do mesmo fique 'feia' aos olhos do consumidor", destaca Eva. Ela ressalta que se as plantações fossem dentro de estufas, que são estruturas cobertas com plástico e envoltas com material protetor, esses danos não viriam a acontecer, mas o investimento é muito caro, lamenta.

Mais colheita

Para evitar os problemas de colheita causados pelas chuvas, o engenheiro agrônomo e inspecionista rural na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), Antônio Dantas, ressalta que, em geral, as plantas cultivadas, principalmente as hortaliças e frutas, não se adequam tão bem por serem oriundas de climas diferentes. "Como o tomate é dos Andes, uma região que tem uma oscilação térmica muito grande, mas chove pouco", exemplifica.

O especialista destaca que muitas plantas que são cultivadas como alimento não gostam de grandes quantidades de água. "O fato de ter a umidade mais alta na superfície da folha e dos frutos aumenta a possibilidade de doenças causadas por fungos e bactérias", explica Antônio. O agrônomo pontua também que o solo encharcado dificulta a respiração da planta. "Essas doenças fazem com que os produtores tenham mais perdas, então diminui a oferta desses produtos no mercado e o preço sobe", comenta, avaliando que é uma situação temporária. "É uma tendência já de preços mais altos no período chuvoso e preços mais baixos no período seco", detalha.

Outra forma indicada como estratégia pelo agrônomo é o uso de uma adubação diferente. "Ela precisa ser alterada. Tem que reduzir alguns adubos para que a planta não fique tão suscetível às doenças", destaca. O profissional pontua que ambas as técnicas precisam ser usadas em conjunto.

 

Produção nos meses de janeiro:

- Fraca (registrada uma menor oferta do produto e a propensão é de elevação de preços): Agrião, alface, couve, couve-flor, repolho, abóbora italiana, berinjela, jiló, maxixe, milho verde, tomate, alho, batata doce, beterraba, cará, cenoura, mandioca, abacate, abacaxi, banana (nanica, prata, e pera), laranja pera, mamão formosa, maracujá, melancia, morango, tangerina pokan.

- Regular (quando a oferta apresenta equilíbrio e os preços estão estáveis): Chuchu, pepino, pimentão, quiabo, cebola, melão.


- Forte (época de maior oferta do produto e a tendência é de preços baixos): Abóbora japonesa, vagem, batata, limão tahiti.

Fonte: Ceasa-DF

 


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