ADEUS, EULINA
Catulo da Paixão Cearense
Adeus, adeus, minha adorada Eulina
Eu cumpro a sina do destino meu
Sangra-me o lenho dessa desventura
Desta amargura que o Senhor me deu.
Adeus que eu parto, que me importa a vida
Se mal ferida vai minh'alma assim
Esquece, Eulina, as minhas preces d'alma
Fere a minh'alma que eu revivo assim.
Adeus, adeus, minha saudosa Eulina
Rosa divina dos suspiros meus
Sangra-me o lenho dessa dor bendita
Dor infinita dos Jardins de Deus.
Adeus, que eu parto pela estrada escura
De luz tão pura desse amor feliz
Minh'alma canta porque a dor encanta
E tu és santa, o coração me diz.
Adeus, adeus, minha adorada Eulina
Luz peregrina dos soluços meus
Alma dos sírios, roseiral dos lírios
Flor dos martírios virginais de Deus.
Adeus, que eu parto, vou partir que importa
Deus me conforta, o coração me diz
Adeus, que eu parto dolorosamente
Ledo e contente por te ver feliz.
VÍDEO, COM ANA SALVAGHNI E EDUARDO LOBO