É, então, isso a vida: a nau perdida, Sem bússola e sem leme, aos temporais? A flórea escarpa, de íngreme subida, Da montanha dos risos e dos ais?
É, então, isso a vida: a flor colhida Sobre abismos ocultos e fatais? A quimera da Terra Prometida, No êxodo eterno para o Nunca-Mais?
É, então, isso a vida: o sonho obscuro Dos Ícaros, Jasões e Prometeus, Perdido na celagem do futuro?
É, então, isso a vida? — Vida, adeus! Não é esse o caminho que procuro... Mas seja tudo pelo amor de Deus.
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