Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Choro, Chorões, Partituras e Áudios terça, 18 de outubro de 2016

ADEMILDE FONSECA, A RAINHA DO CHORO

ADEMILDE FONSECA, A RAINHA DO CHORO

Raimundo Floriano

 

Ademilde Fonseca -04.3.1921 – 27.3.2012

 

                        Ademilde Fonseca Delfim, cantora, inesquecível ídolo da MPB, faleceu a 27.03.2012, aos 91 anos, no Rio de Janeiro (RJ), vítima de mal súbito. Nasceu ela em Vitória do Santo Antão (PE), no distrito de Pirituba, e foi criada em Natal (RN), para onde a família se mudou quando a menina tinha quatro anos de idade.

 

                        Ainda muito jovem, ligou-se a um dos conjuntos de seresteiros locais, do qual participava Laudimar Gedeão Delfim, com quem mais tarde se casaria, passando a assinar-se Ademilde Fonseca Delfim. Anos mais tarde, ao separar-se, adotou o nome artístico de Ademilde Fonseca.

 

                        Em 1941, já casada, transferiu-se para o Rio de Janeiro e, no ano seguinte, depois de um teste na Rádio Clube do Brasil, apresentou-se no programa de calouros Papel Carbono, de Renato Murce. Ainda em 1942, atuou com o regional de Benedito Lacerda numa festa e obteve enorme sucesso cantando o choro Tico-tico no Fubá, de Zequinha de Abreu, cuja letra, atribuída a Eurico Barreiros e ainda inédita em gravações, conhecia desde menina.

 

                        Levada por Benedito Lacerda aos estúdios da Colúmbia, na época sob a direção musical de João de Barro, o Braguinha, Ademilde estreou gravando Tico-tico no Fubá e o samba Volte Pro Morro, de Benedito e Darcy de Oliveira, disco lançado em julho de 1942, com grande êxito. A partir de 1943, com o lançamento dos choros de Apanhei-te, Cavaquinho, de Ernesto Nazareth, com letra de João de Barro, e Urubu Malandro, adaptação de Lourival de Carvalho, tornou-se conhecida como cantora de prestígio, sendo procurada por diversos compositores.

 

                        Em 1944, levada pelo cantor Déo, integrou o elenco da Rádio Tupy, do Rio de Janeiro, apresentando-se com o regional de Rogério Guimarães e Claudionor Cruz. No ano seguinte, sua interpretação da polca Rato, Rato, de Claudionor Costa, gravada em ritmo de choro, com letra de Casimiro Rocha, consagrou-se como a maior intérprete do choro cantado. Nessa gravação, pela primeira vez, não foi acompanhada por Benedito Lacerda, tendo participado do disco o conjunto Bossa Clube, liderado pelo violonista Garoto. Por sua marcante característica, recebeu de Benedito o título de RAINHA DO CHORO!

 

                        Em fins da Década de 1940, com a moda do samba-canção e do baião, o prestígio da cantora diminuiu, mas, em junho de 1950, retornou às paradas de sucesso com as gravações de Brasileirinho, e Waldir Azevedo e Benedito Costa, e Teco-teco, de Pereira da Cruz e Milton Vilela, nas quais foi acompanhada pelo regional de Waldir.

 

                        No ano de 1952, excursionou por Paris, com a Orquestra Tabajara, de Severino Araújo, apresentando-se com outros artistas em show patrocinados por Assis Chateaubriand. De 1950 a 1955, gravou vários sucessos na Todamérica. A partir de 1954, na Rádio Nacional, atuou com os regionais de Canhoto, Jacob do Bandolim e Pixinguinha, entre outros, além das orquestras de Radamés e Gnatalli e do Maestro Chiquinho. Em 1964, ao lado do cantor Jamelão, excursionou pela Espanha e Portugal, exibindo-se por seis meses em Lisboa. No Brasil, em 1967, participou do II FIC - Festival Internacional da Canção, da TV Globo, do Rio de Janeiro, interpretando o choro Fala Baixinho, de Pixinguinha, com letra de Hermínio Bello de Carvalho. Na Década de 1970, suas apresentações no Teatro Opinião, do Rio de Janeiro, alcançaram grande repercussão, levando, em 1975, ao relançamento da cantora em LP da gravadora Top Tape.

(Dados extraídos de Enciclopédia da Música Brasileira, da Art Editora Ltda.)

 

                        Capa de alguns de seus discos:

 

 

                        No ano de 2001, em seu octogésimo aniversário, Ademilde foi recebida na Rua do Choro, em São Paulo, quando aconteceu um recital com a participação dos chorões paulistanos. No mesmo ano, em Pirituba, onde nasceu, uma praça foi batizada com seu nome, com sua presença. Aproveitando a viagem a sua terra, abriu o Projeto Seis e Meia em Natal, no Teatro Alberto Maranhão.

 

                        Não tendo se aposentado totalmente, vez em quando participava de shows, espetáculos e entrevista, levando a vida assim numa boa, relembrando os momentos marcantes de sua preciosa contribuição para a Música Popular Brasileira.

                        (Dados colhidos na Wikipédia.)

 

                        Dois momentos de Ademilde:

 

 

                        O agradabilíssimo repertório de Ademilde Fonseca é variado, extenso e conhecido de todos os brasileiros, uns mais, outros menos. No meu acervo, tenho a felicidade de possuir, além dos títulos acima citados, estas maravilhas musicais por ela gravadas:

 

                        Acariciando, choro, Adeus, Vou-me Embora, samba, Amor Sem Preconceito, choro, Arrasta-pé, baião, Baião em Cuba, baião, Choro Chorão, choro, Choro do Adeus, choro, Coração Trapaceiro, choro, Delicado, baião, Derrubando Violões, choro, Dinorá, choro, Doce Melodia, choro, É de Amargar, choro, Estava Quase Adormecendo, samba, Fogueira, toada, Galo Garnisé, choro Gato, Gato, choro, História Difícil, choro, João Paulino, marchinha, Lamento, choro, Liberdade, marchinha, Mar Sereno, choro, Meu Cariri, baião, Meu Senhor, samba, Meu Sonho, choro, Molengo, choro, Não Acredito, samba, No Tempo do Onça, choro, O Que Vier, Eu Traço, choro, Papel Queimado, samba-canção, Paraquedista, choro, Pedacinhos do Céu, choro, Pinicadinho, polca, Qué Procê?, baião, Rio Antigo, maxixe, Saliente, choro, Sapatinhos, choro, Saudades do Rio, choro, Se Amar É Bom, toada, Se Deus Quiser, samba, Sentenciado, samba, Só Você, samba-canção, Sonhando, choro, Sonoroso, choro, Teco-teco, choro, Tem 20 Centavos Aí?, baião, Títulos de Nobreza, choro, Uma Casa Brasileira, marchinha, Vaidoso, choro, e Vou Me Acabar, choro.

 

                        Para mostrar-lhes um pouco de seu trabalho, escolhi estas faixas:

 

                        Acariciando, choro de Abel Ferreira e Lourival Faissal:

 

 

                        Brasileirinho, choro de Waldir Azevedo e Pereira Costa:

 

 

                        Galo Garnisé, choro de Luiz Gonzaga, Antônio Almeida e Miguel Lima:

 

 

                        Paraquedista, choro de José Leocádio:

 

 

                        Títulos de Nobreza, choro de João Bosco e Aldir Blanc:

 

 


Escreva seu comentário

Busca


Leitores on-line

Carregando

Arquivos


Colunistas e assuntos


Parceiros