Foto de Marco Antônio Robert Alves
O Tempo não perde tempo
Nem para em qualquer segundo
Contando seus breves passos
Passa igual pra todo mundo
Tudo que é massa perece
Só o Tempo não envelhece
Em seu andar vagabundo.
Sequer fica moribundo
Ou com o tempo se estraga
Porque é o senhor de tudo
E tudo o Tempo apaga
Perde o belo a sua beleza
Perde o rico a sua riqueza
Na ponta da sua adaga.
Há quem diga ser uma praga
Essa justiça tão forte
Do Tempo girando imune
Que pra ele nada importe
Sem qualquer acepção
Só o Tempo em sua ação
Nunca encontrará a morte.
A tudo dá o passaporte
Pra o reino dos acabados
Os que eram já não são
Os que são serão passados
E para o tempo do além
Somente o Tempo não tem
Os seus segundos contados.