Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sábado, 15 de junho de 2019

AABB: ESPAÇO DE UNIÃO

 

Espaço de união
 
A segunda reportagem da série Clubes de Brasília apresenta a Associação Atlética Banco do Brasil (AABB). Com 4,6 mil sócios, reúne histórias de amizade e solidariedade

 

ALAN RIOS
DARCIANNE DIOGO*

Publicação: 15/06/2019 04:00

Os 100 mil m² contam com oito quadras de tênis, quatro de vôlei, três de futsal, três ginásios poliesportivos, arena futebol e tênis de mesa, cinco piscinas e quatro campos de futebol, entre outros atrativos
 (Fotos: Minervino Júnior/CB/DA.Press
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Os 100 mil m² contam com oito quadras de tênis, quatro de vôlei, três de futsal, três ginásios poliesportivos, arena futebol e tênis de mesa, cinco piscinas e quatro campos de futebol, entre outros atrativos

 

Ao visitar um clube no meio da semana, é comum ver as quadras esportivas, as piscinas e os campos de futebol vazios. Mas, às terças-feiras, na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), o cenário é diferente. Um grupo de crianças, entre 6 e 8 anos, se reúne para aproveitar as instalações e encher o local de vida. Os pequenos são estudantes do ensino fundamental e moradores da Vila Telebrasília. Vários deles sequer entraram em uma piscina antes. “Muitas vezes eu escuto: ‘Tio, esse foi o melhor dia, o mais feliz da minha vida!’ Ver isso me dá muito orgulho”, conta o presidente da AABB, Nelson Vieira. Essa é uma das iniciativas que faz a associação se considerar um clube diferente.
 
A história do espaço começa em 1928, com a primeira sede inaugurada, no Rio de Janeiro. Em 1960, surge a unidade na capital federal. A princípio, a ideia era criar um lugar de lazer para os funcionários do Banco do Brasil, mas, em 1991, o clube passou a receber toda a comunidade. Hoje, são 4,6 mil associados. Para chegar à atual estrutura, o espaço passou por grandes reformas. “Não tinha sede social, apenas algumas piscinas e quadra de tênis”, relembra o diretor. Espaço bem diferente dos 100 mil m², com oito quadras de tênis, quatro de vôlei, três de futsal, três ginásios poliesportivos, arena futebol e tênis de mesa, cinco piscinas, quatro campos de futebol, entre outros atrativos oferecidos aos associados atualmente.
 
O projeto social AABB Comunidade, que leva as crianças para conhecer o clube, é um dos orgulhos da associação. “Nós trazemos estudantes carentes para dentro do clube e damos lazer, esporte, música e reforço escolar. Eles visitam todos os espaços, mas sempre preferem ficar nadando”, diz o diretor. O programa é contínuo e as coordenadoras selecionam os participantes. De terça a sexta-feira, 150 crianças levam alegria ao local. O grupo se divide em dois: 75 delas vão pela manhã, almoçam e, em seguida, vão para a escola. O restante vai no período da tarde.
 
 
 
Tempo de relaxar
 
Na hora de decidir o programa da família dos momentos de descanso, nem passa pela cabeça de Valéria Thomaz, 54 anos, fazer algo diferente de aproveitar o sol e a companhia do marido e dos filhos para se divertir e relaxar ao ar livre, como fazia quando era pequena. “O que me faz bem é frequentar o clube e passar um bom tempo junto a minha família e meus amigos, brincando, jogando… Me preocupa ver que poucas pessoas das novas gerações têm esse hábito”, diz a servidora pública.
 
Associada à AABB desde 1983, Valéria enxerga o espaço como sua segunda casa, um lugar onde encontra a felicidade de se sentir viva. “Sou uma pessoa muito ativa, então, sempre fui de participar de todas as festividades e campeonatos esportivos. Até passei eu mesma a organizar muita coisa”, conta. Atleta de vôlei, ela faz questão de enfatizar a capacidade de um clube de unir as pessoas, tanto que já perdeu a conta de quantos amigos fez lá dentro e quantos vínculos viu se estreitarem ali.
 
“Certa vez, comecei a pensar em tantas mães que querem se sentir mais próximas dos filhos, mas eles só querem saber de videogame, tablet e essas tecnologias. Aí tive a ideia de fazer um torneio esportivo de mães e filhos. Fui atrás de patrocínios, mandei fazer troféus em forma de coração e foi um sucesso!”, celebra. Valéria conta que é nessas ocasiões que percebe como o ambiente certo pode fazer toda a diferença na vida de quem o frequenta. “A gente acabou virando uma só família ali dentro da AABB.”
 
 
 
Espírito de equipe
 
Não é à toa que o clube da Asa Sul tenha como marca o esporte. Além das quadras em ótimo estado e a força dos times formados nelas, é possível encontrar até nomes famosos entre os frequentadores. É o caso de Milton Setrini, 67, mais conhecido como Carioquinha. Referência para quem acompanhou o basquete brasileiro das décadas de 1970 e 1980, o armador  vestiu a camisa da Seleção Brasileira ao lado de Oscar Schmidt e tem em casa medalhas como a de ouro nos Jogos Pan-Americanos da Colômbia, em 1971. Hoje, ele treina qualquer pessoa que esteja disposta a brincar com a bola laranja na AABB.
 
“Frequento o clube quase todo dia e me sinto muito bem aqui. Como já rodei o país, fui a muitas associações do Banco do Brasil, mas essa aqui de Brasília foi onde me encontrei. Aqui, sinto um espírito esportivo muito bacana”, conta. Elogiando a organização do lugar, ele diz ainda que, quando se fala em esporte, o assunto não é só troféu e conquista. “Claro que não é todo mundo que vai virar atleta profissional. O objetivo é dar qualidade de vida para quem vem. É deixar os meninos se sentirem bem.”
 
Essa meta é diariamente alcançada. Carioquinha fez no DF amigos de todas as idades, desde as crianças que não eram nascidas à época do seu maior sucesso até fãs que viram os jogos dele pela tevê e hoje combinam encontros no clube. “É muito legal esse companheirismo. Tem vezes que eu mando mensagem perguntando quem vai para a AABB e a galera responde que já está lá. É como se fosse todo mundo de uma mesma equipe”, define.
 
* Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer

O ex-jogador de basquete Milton Setrini, o Carioquinha, e a sócia Valéria Thomaz consideram o clube uma família  

O ex-jogador de basquete Milton Setrini, o Carioquinha, e a sócia Valéria Thomaz consideram o clube uma família

 

 
Associação Atlética Banco do Brasil (AABB)
  • Área: 100 mil m²
  • Associados: 4,5 
  • Idade: 59 anos
 
Como se associar
  • Há duas formas de se associar: associado efetivo e comunitário, ambos plano família. O associado efetivo custa R$ 163 e comunitário, R$ 243 mensais. A compra pode ser efetuada na sede da AABB, localizada na Asa Sul.

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