A VOLTA DA ROLA SOLTA
Dalinha Catunda e Lindicássia Nascimento
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DALINHA CATUNDA
Rola que vai e que volta
É ave de ribaçã
Desse tipo de rolinha
Não vou dizer que sou fã
Gosto da rola que fica
Que meu xerém ela bica
Pois rola assim tem elã.
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LINDICÁSSIA NASCIMENTO
É a lei da natureza
É um vai e vem danado
O certo é que ela gosta
De um canto bem cuidado
O carinho recebido
Por certo não esquecido
Volta para mais agrado!
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DALINHA CATUNDA
Tem pomba que é bandoleira
Tem pomba que é retirante
E dessas conheço um bando
As que chamam de avoante
Delas tive em cativeiro
E muitas em meu terreiro
E um periquito falante.
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LINDICÁSSIA NASCIMENTO
Rola, pomba, periquito
Qual desses você domou?
É um negócio esquisito
Vejo que algum voou
Cadê teu afinamento?
Não precisa fingimento
Diga que a rola voltou.
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DALINHA CATUNDA
Das rolas que eu já prendi
Sempre tratei muito bem
E aquelas que eu já soltei
Para me ver inda vem
E vou aqui lhe avisar
A que se foi sem voltar
Não provou do meu xerém.
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LINDICÁSSIA NASCIMENTO
Eu aposto que esse ai
Mesmo sem xerém provar
Deve ter se arrependido
Da bicada que quis dar
Não deve ter esquecido
Que pássaro desfalecido
Jamais poderá voltar.
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DALINHA CATUNDA
Tem passarinho bonito
Voando em todo lugar
Tem deles que nessa vida
Só aprendeu a cantar
Se for roedor de pequi
Das bandas do Cariri
Puxo o pescoço pra assar.