A SAGA DO SABUGO
Dalinha Catunda
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Meu caro amigo quem acha,
Que o sabugo é o vilão.
Nunca correu paro o mato,
Bem cheio de precisão.
Depois do serviço feito
É que da fé o sujeito
Que faltou papel a mão.
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Um sabuguinho perdido,
No meio do milharal,
É a salvação da lavoura
E até que não pega mal.
Quem é que vai recusar,
De com ele se limpar
Sem outra escolha afinal?
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Não fiquem de boca aberta.
Nem pensem que é novidade.
Pois ele era apreciado,
Nos campos e na cidade.
Passou na bunda de gente
Que posava de decente,
Da alta sociedade.
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O sabugo, meu amigo
Já foi de grande valia.
Bunda de ricos e pobres,
Muitas vezes acudia.
Mas o povo é bem cruel
Agora que tem papel,
O sabugo repudia.
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Nos velhos tempos foi tido
Como a melhor solução.
E limpa, coça e penteia,
Dizia a população.
Que nos tempos das refregas
Já andou limpando as pregas,
Sabugo era a salvação
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Versos de Dalinha Catunda
Foto da página Enquanto Isso em Goiás