Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão segunda, 28 de outubro de 2019

A MODERNIZAÇÃO DO CAMPO

 

A modernização no campo

A mecanização da lavoura alterou o perfil do trabalho no campo nos últimos 11 anos, com a redução da mão de obra utilizada, mas impulsionou a produtividade

Notas & Informações, O Estado de S.Paulo

28 de outubro de 2019 | 03h00

A mecanização da lavoura alterou o perfil do trabalho no campo nos últimos 11 anos, com a redução da mão de obra utilizada, mas continuou a impulsionar de maneira notável a produtividade em diferentes setores. Entre 2006 e 2017, o rendimento médio da cultura de soja, por exemplo, passou de 2.583,67 quilos por hectare (kg/ha) para 3.357,66 kg/ha, uma evolução de praticamente 30%, como mostrou o Censo Agropecuário 2017 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira passada.

No período entre os dois últimos Censos Agropecuários, o número de estabelecimentos com tratores aumentou 50%. Aumentou também o número de estabelecimentos com semeadeiras/plantadeiras, colheitadeiras e adubadeiras/distribuidoras de calcário. É mais intenso também o uso de meios de transporte como caminhões, motocicletas e aviões.

 O processo de mecanização, de acordo com o gerente técnico do Censo Agropecuário, Antonio Carlos Florido, é crescente e contínuo.

A consequência, além do aumento da eficiência dos estabelecimentos agropecuários, é a redução da mão de obra empregada. “Quanto mais automação, menos gente na produção”, observa Florido. “Isso tem acontecido em todos os setores da economia, não é algo restrito ao setor agropecuário.”

Também a qualificação dos que continuam a trabalhar no campo vem mudando. A substituição gradativa do trabalho braçal por máquinas agrícolas exige um número crescente de trabalhadores do campo qualificados para operar essas máquinas.

Há um exemplo especial da substituição do trabalho humano por máquinas, o da cultura de cana em São Paulo. A proibição da queima da cana como preparação para a colheita forçou a substituição do homem por máquinas. Florido estima que uma máquina substitua em média 100 trabalhadores. “Quem não se qualifica tem que fazer trabalho braçal e o trabalho braçal está terminando.”

O processo é longo e contínuo. Em 1985, os estabelecimentos rurais empregavam 23,9 milhões de trabalhadores (média de 4,03 empregados por estabelecimento). Em 2017, eram 15,1 milhões de empregados (3,0 por estabelecimento). Apesar da expressiva redução da mão de obra empregada na agropecuária, o IBGE não considera que esteja ocorrendo um êxodo rural.

O que se observa é o envelhecimento da população no campo. O porcentual de produtores com mais de 65 anos, por exemplo, aumentou de 18% para 23% do total entre 2006 e 2017. Na faixa etária oposta, a dos mais jovens, ocorre o inverso. Em 2006, 39,4% dos proprietários rurais tinham menos de 45 anos; em 2017, a proporção era pouco superior a 30%.

Nesse período, a agricultura familiar perdeu 9,5% dos estabelecimentos e 2,2 milhões de postos de trabalho (o número de empregados na agricultura não familiar aumentou 702 mil nos 11 anos considerados).

Quanto ao uso de agrotóxicos, o número de estabelecimentos que admitem o uso desses produtos aumentou 20,4%. Um dado considerado grave pelo IBGE nessa questão é que, dos produtores alfabetizados que utilizam agrotóxicos, apenas 30,6% declaram ter recebido orientação técnica a respeito da aplicação do produto. O que preocupa não é o agrotóxico, mas seu uso por pessoas não devidamente instruídas para isso.


Escreva seu comentário

Busca


Leitores on-line

Carregando

Arquivos


Colunistas e assuntos


Parceiros