À LUZ DO POENTE (POEMA DO PIAUIENSE DA COSTA E SILVA)
À LUZ DO POENTE
Da Costa e Silva
Há dias que se esquecem de repente Nesta vida de lutas e cuidados; E outros que passam, porém são gravados Na retina e no espírito da gente.
De entre os meus dias tristes já passados, Há um que a todo tempo está presente, Pois não me sai dos olhos, nem da mente, Desde o instante em que fomos separados.
Se pudesse ser sonho o que se sente, Julgara pensamentos desvairados O que revejo subjetivamente:
Vultos negros, solenes, desolados, Levando, lentamente, à luz do poente, Um caixão roxo de florões dourados.
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