Águia domina jararaca e espera sua reação: reage pô!
Final de 1959. Eu já completara 16 anos de idade. A cidade: Fortaleza, capital do Ceará, estado da Federação onde o preconceito racial é mais acirrado e, na maioria das vezes, praticado sem qualquer subterfúgio. Fui vítima – embora faça muito tempo que ocorreu, ainda lembro. Deus deve ter “lubrificado” a cabeça da autora. Estou vivo e continuo negro. Dela, nunca mais ouvi falar – nem sei se ainda vive.
Pois, naqueles tempos, por preconceito ou não (mas acho que sim), diziam aos quatro cantos que, em 60 (1960), negro iria virar macaco. A ignorância gerou ansiedade na grande maioria dos afrodescendentes daquelas paragens.
Chegou 60 e acabou 60. Não vi nenhum negro virar macaco – pelo menos que seja dependente da minha árvore genealógica. A teoria de Darwin perdeu credibilidade – pelo menos com os negros, felizes por continuarem negros e não macacos. Não aconteceu a teoria da evolução.
Eis que, 27 anos depois de 1960, a Avenida Presidente Vargas, no Rio de Janeiro, provavelmente recebeu a maior concentração humana entre todas que aconteceram no Brasil. Era a formatação e a formalização pública que transformava o anseio de milhões na realidade da luta pelas “Diretas Já”.
Tempos depois, o brasileiro voltou a votar para eleger seu Presidente. Fernando Collor, Fernando Henrique e, no dia 1 de janeiro de 2003, 43 anos depois, finalmente o negro virou macaco. Sim, o negro/macaco trocou a sua liberdade das selvas e das matas pelas bananas sociais, elegendo o então “Sassá Mutema” da nossa história, Luís Inácio da Silva para Presidente da República.
No princípio, tudo bem. Hoje, finalmente nos assemelhamos com a letra da música de Márcio Greyck: “Aparências, nada mais; Sustentaram nossas vidas; Que apesar de mal vividas têm ainda; Uma esperança de poder viver; Quem sabe rebuscando essas mentiras; E vendo onde a verdade se escondeu”.
Fim do primeiro período de 4 anos. Veio a reeleição, e, terminada essa, veio a eleição da candidatura preferencial. E aí começou a faltar as bananas e o macaco acordou para se juntar ao índio, que, àquela altura queria algo mais que apito.
Relembrado e dito isso, hoje, em Curitiba, tudo pode acontecer. Inclusive nada. Mas, não tenhamos dúvidas: o Brasil não é um País de idiotas e tem outra geração além da que vive de pão e mortadela ou caçando Pokémon. E a gente de bem espera que tudo seja como tem que ser.
Que a águia domine a jararaca – devolvendo-lhe o próprio veneno.
“Jararaca: serpente peçonhenta. Jararaca é um nome popular e comum dado a várias espécies de serpentes do gênero Bothrops. As principais espécies são: jararaca-verde, jararaca-da-seca, jararaca-do-norte, jararaca-ilhoa, jararaca-da-mata, jararaca-cruzeira e jararacuçu. As jararacas vivem em várias regiões da América Central, América do Sul e México. No Brasil, por exemplo, existem várias espécies de jararaca. Os habitats principais são cerrados e florestas.
Existe grande variedade com relação a cores e tamanho. Dependendo da espécie de jararaca, podem atingir de 70 cm a 2 metros de comprimento. O tamanho médio das jararacas é de 1,20 cm. Grande parte das espécies possui vida noturna e terrestre. As jararacas são vivíparas (dão a luz a filhotes). Alimentam-se principalmente de pequenos roedores, sapos e lagartos. As jararacas são serpentes peçonhentas, ou seja, produzem veneno. O veneno das jararacas é potente e pode levar o indivíduo picado a morte, caso não haja socorro médico e aplicação de soro antiofídico.” (Transcrito do Wikipédia).
Cavalo-marinho (espécie rara encontrada em Porto de Galinhas, Pernambuco)
Pensando que é “dono de tudo” (quando, na verdade, não é dono nem de si próprio), o Homem continua depredando e acabando com tudo. Menos mal quando o faz para sobreviver e “enganar” suas necessidades fisiológicas por horas – quando mata para comer.
Tanto quanto muitas espécies vivas que estão sobre a Terra, o Cavalo-Marinho está sofrendo uma séria ameaça de extinção em mares e habitats brasileiros.
No dia 22 de julho de 2014, o Repórter e colunista Antônio Roberto Rocha, em matéria assinada, divulgou no Jornal TRIBUNA DO NORTE, circulante em Recife-PE, apresentou um importante trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Projeto Hippocampus. Vejam:
Porto de Galinhas aproveita cavalos-marinho como atração turística
O Projeto Hippocampus, realizado no balneário de Porto de Galinhas, está de casa nova.
Há vários aquários de água salgada, que têm como objetivo a proteção e a reprodução dos cavalos-marinhos que habitam o litoral pernambucano.
Desde 2001, o projeto acompanha a história de vida da população de cavalos-marinhos no manguezal de Maracaípe, além de promover estudos em outros locais de Pernambuco e do Brasil.
Além de suas atividades voltadas para a análise do habitat desses animais, a entidade também é uma das únicas no Brasil a desenvolver um constante trabalho de educação ambiental junto às comunidades locais e de turistas, desencorajando a pesca proibida e o comércio de cavalos-marinhos como peixes ornamentais ou souvenirs.
O horário de visitação do Hippocampus é de terça-feira a sábado, das 9h às 12h50 e das 14h30 às 16h50. O ingresso custa R$ 5. Mais detalhes: Projeto Hippocampus
“Hippocampus é um gênero de peixes ósseos, pertencente à família Syngnathidae, de águas marinhas temperadas e tropicais que engloba as espécies conhecidas pelo nome comum de cavalo-marinho.
Os cavalos-marinhos caracterizam-se por terem uma cabeça alongada, com filamentos que lembram a crina de um cavalo, e por exibirem mimetismo semelhante ao do camaleão, podendo mudar de cor e mexer os olhos independentemente um do outro. Nadam com o corpo na vertical, movimentando rapidamente as suas barbatanas. Algumas espécies podem ser confundidas com plantas marinhas, como corais ou anêmonas marinhas. Geralmente medem entre 15 e 18 centímetros, mas podem medir desde 13 a 30 centímetros, dependendo da espécie, com peso entre 50 e 100 gramas. Vivem em águas de regiões de clima temperado e tropical.
Todas as espécies de cavalos-marinhos estão em perigo de extinção. Uma das causas é pesca predatória e a destruição de hábitat. Outra causa é o captura frequente deles para serem usados como peça de decoração ou simplesmente serem criados em um aquário.
Existem duas espécies brasileiras de cavalos-marinhos, o Hippocampus erectus e o Hippocampus reidi.” (Transcrito do Wikipédia).