Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Violante Pimentel - Cenas do Caminho sexta, 12 de janeiro de 2024

A HISTÓRIA DO “RI-RI” (CRÔNICA DA COLUNISTA MADRE SUPERIORA VIOLANTE PIMENTEL)

 

A HISTÓRIA DO “RI-RI”

Violante Pimentel

A história do “ri-ri”, zíper, fecho-éclair ou simplesmente “fecho”, começou em 1893 na Exposição Mundial de Chicago, nos EUA, onde este objeto deslizante, usado para fechar e abrir roupas, foi apresentado pela primeira vez. Tratava-se de uma versão primitiva do objeto, com minúsculos ganchos e argolas, desenvolvida pelo engenheiro americano Whitcomb Judson. Cansado de abrir e fechar todos os dias os cordões dos seus sapatos, ele teve a ideia de criar um artefato rudimentar, composto de ganchos e furos. Porém, esse tipo de zíper não era muito eficiente: não fechava com facilidade e se abria em horas impróprias.

A peça utilitária ficou conhecida como fecho-éclair, palavra vinda do francês Éclair, que significa relâmpago, e se refere ao nome da sociedade detentora do registro da marca — a Éclair Prestil SN. Em Portugal e no Brasil adotou-se a expressão “fecho-éclair”. Este nome predomina no Rio, ao contrário de São Paulo onde prevalece “zíper”.

 

 

A primeira participação deste utilitário na indústria do vestuário aconteceu durante a I Guerra Mundial, quando os uniformes dos soldados norte- americanos foram confeccionados com fecho-éclair nas calças.

Na II Guerra, o fecho-éclair foi usado em sacos de dormir, uniformes, malas e sacolas para transportar mortos.

O americanoWhitcomb L. Judson, em 1891, inventou o primeiro protótipo de fecho com ‘dentadura incluída’. O sueco Gideon Sundback pegou a idéia em 1913, e desenvolveu.

O fecho-éclair tem dentes plásticos ou metálicos, pelos quais corre o cursor, que tem aberturas em forma de um «Y». Pela parte de cima passam os dois trilhos separados, lado a lado, e dentro do cursor os dentes dos trilhos se engancham, para saírem por uma saída só, juntos, pelo lado oposto pelo qual entraram.

No Brasil, o maior fabricante desse objeto que ri, ao qual as costureiras do interior nordestino passaram a chamar de “ri-ri”, foi a YKK, (Yoshida Brasileira Indústria e Comércio), com sede no Japão e atuando em 44 países. Os outros fabricantes são: Linhas Correntes e Metalúrgica Ultra.

O fecho-éclair atual é um conjunto, que resulta de equipamentos modernos e matérias-primas mais resistentes e mais variadas, como os metais que compõe seus ganchos, que podem ser dourados, niquelados ou de plástico.

No interior nordestino, antigamente, os fechos de saias e vestidos eram chamados de “ri-ri”. Fecho-eclair e zíper é como eram chamados no Rio de Janeiro e São Paulo. Era um utilitário, usado apenas em confecções femininas. Toda saia ou vestido tinha um “ri-ri”, costurado numa fenda lateral ou nas costas, que variava de 20 a 35 centímetros. Tinha a finalidade de facilitar o vestimento da peça, na passagem pela cabeça. O nome está ligado ao som, provocado pelo seu fechamento ou abertura, quando as duas carreiras de dentinhos de metal deslizam sobre os trilhos que o compõem.

Antigamente, a braguilha (ou barguilha) das calças de homens eram abotoadas, ou seja, fechadas com botões. Somente com a moda de calças Jeans (Faroeste, Lee etc), feitas de tecidos bastante pesados, os botões foram substituídos pelo “ri-ri”, chamado agora, oficialmente de fecho-eclair ou zíper.

Enquanto as calças e bermudas com braguilha (ou barguilha) abotoadas nunca causaram danos físicos ao homem, o zíper lhe tem causado muitos “acidentes”. Já houve casos do homem ficar preso ao zíper, pela pele do membro sexual, no momento de vestir ou tirar a calça ou bermuda. Em alguns casos, houve até necessidade de socorro médico, e de pequena cirurgia, onde um pouco da pele precisou ser cortada.

Por preconceito, o “ri-ri”, zíper ou fecho-eclair demorou muito a ser aceito pelo homem, em suas calças e bermudas. O homem achava que aquilo era artefato para roupa de mulher. Mas terminou cedendo, uma vez que o modelo abotoado saiu de linha.

Até então, o vestuário, tanto masculino como feminino só usava botões e colchetes.

A calça LEE fez, na década de 5O, a união do zíper com jeans, quando lançou a calça jeans feminina.

Na década de 70, o zíper, finalmente, triunfou no setor do vestuário, entrando em contato com a alta costura.

André Courrèges , estilista francês (1923 – 2016), foi considerado um marco na trajetória desse fecho. Foi ele o primeiro a usá-lo como adorno em suas coleções. Nesse mesmo período, a necessidade de renovação da moda para atender as exigências de um público jovem cada vez mais comprador, fez do zíper o parceiro ideal das roupas, confeccionados em materiais plásticos e de cores vibrantes. Além da moda plástica e geométrica de Pierre Cardin, Rabanne e Mary Quant, este utilitário esteve também a serviço do vestuário dos Hippies e dos Astronautas, e de lá para cá, esteve sempre presente na maioria dos produtos confeccionados, quer no mundo da moda, quer no mundo dos produtos utilitários.

Atualmente, o zíper acompanha a moda. Algumas vezes está fechando, outras vezes está somente adornando os produtos lançados pela moda.

O zíper entrou no mundo da moda em 1935, pelas mãos da estilista Elza Schiaparelli.

Nesse período, o vestuário, tanto masculino como o feminino usava botões e colchetes.

A calça LEE fez, na década de 5O, a união do zíper com jeans, quando lançou a calça jeans feminina.

Na década de 70, o zíper, finalmente, triunfou no setor do vestuário, entrando em contato com a alta costura.

Atualmente, o ri-ri (zíper ou fecho-éclair) acompanha a moda. Algumas vezes está fechando, outras vezes está abrindo, mas sempre adornando os produtos em lançamento.

O “ri-ri” atual (zíper ou fecho-éclair) é um conjunto, que resulta de equipamentos modernos e matérias-primas mais resistentes, variadas e bonitas, com os metais que compõe seus ganchos em cor dourada, niquelados ou de plástico, servindo de bonitos adornos na confecção de roupas.

No interior nordestino, antigamente, os fechos de saias e vestidos eram chamados de “ri-ri”, porque as duas tirinhas com quadradinhos de metal ou plástico, ao se juntarem, lembravam um sorriso. A palavra pegou e o objeto tornou-se conhecido pelas costureiras, com esse nome. Por isso, a palavra “ri-ri” predomina até hoje, entre as pessoas mais antigas, no interior nordestino.

Toda saia ou vestido tinha um “ri-ri”, de lado ou na parte de trás, num comprimento de 20 a 35 centimetros, com a finalidade de facilitar o vestimento da peça, na passagem pela cabeça.

Dona Lia, minha saudosa mãe, costurava muito e muitas vezes eu, ainda menina, ia ao armarinho de Seu Zé Cirilo, em Nova-Cruz (RN), comprar “ri-ri”, retrós, carretel de linha, agulha de máquina e de mão, botões, conforme ela anotava numa folha de papel. O nome “ri-ri” nunca faltava.

A partir da moda de calças Jeans (Faroeste, Lee etc), feitas com tecido bastante pesado, os botões das braguilhas (ou barguilhas) de calças masculinas foram substituídos definitivamente pelos “ri-ris”, que passaram oficialmente a ser chamados de “zíper” ou “fecho-eclair”.

O zíper atual é um conjunto, que resulta de equipamentos modernos e matérias-primas mais resistentes, variadas e bonitas, com os metais que compõe seus ganchos, em cor dourada, niquelados ou de plástico, servindo de bonitos adornos na confecção de roupas.

No interior nordestino, antigamente, os fechos de saias e vestidos eram chamados de “ri-ri”, porque as duas tirinhas com quadradinhos de metal ou plástico, ao se juntarem, lembravam um sorriso. A palavra “ri-ri”, no interior nordestino pegou e o objeto tornou-se conhecido pelas costureiras, com esse nome. A palavra “ri-ri”, portanto, faz sentido. Zíper e fecho-eclair não eram palavras conhecidas no interior nordestino. Eram palavras de capital. Por isso, “ri-ri” predomina até hoje, na linguagem das pessoas antigas.

Toda saia ou vestido tinha um “ri-ri”, de lado ou na parte de trás, num comprimento de 20 a 35 centímetros, com a finalidade de facilitar o vestimento da peça, na passagem pela cabeça.

Tempos depois, as braguilhas (ou barguilhas) de calças e bermudas masculinas, que antes eram fechadas com botões, passaram a ser fechadas com “ri-ri”, a partir da moda de calças Jeans (Faroeste, Lee etc), tecido bastante pesado.

E os botões das braguilhas (ou barguilhas) de calças masculinas foram substituídos definitivamente pelos “ri-ris”, que passaram oficialmente a ser chamados de “zíper” ou “fecho-eclair”, nomes já usados nas capitais.

Entretanto, no interior nordestino, esse invento permanecerá sempre com o nome de “ri-ri”. Quando em Nova-Cruz, alguém se refere a ele como zíper ou fecho-éclair, já se sabe que é gente de fora, com outros hábitos e costumes.

Salve o “RI RI”!


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