Vários leitores do JBF encaminharam pra esta gazeta escrota um texto da autoria de Carlos Alberto Bastos Moreira.
Trata-se de um coronel da reserva do Exército, cujo facebook pode ser acessado clicando aqui .
O texto versa sobre o assunto do momento: a intervenção que o governo federal decretou na segurança do estado do Rio de Janeiro.
Transcrevo do jeito que está circulando na internet.
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Não se iludam com aplausos de intervenção do Exército Brasileiro.
Não fomos feitos para isto, a não ser para policiarmos áreas em que já destruímos o inimigo praticamente de maneira total, pelo emprego total de nossas armas e poder de fogo.
Não temos o perfil de patrulhar ações pontuais, em área completamente sob fogo inimigo.
Estão nos colocando (e a nosso potencial humano combatente numa situação de fragilidade) perante a lei do politicamente correto.
Qualquer militar que atira, que matar, certamente vai começar tendo sua arma recolhida para exame balístico.
Isto não existe para nós, em guerra, nossa destinação.
Somos totalmente diversos de uma destinação da honrosa polícia, por questão de emprego.
O policial atira se a voz de prisão não for respeitada…
Exército é feito para atirar primeiro e quem não quiser morrer que se renda.
Totalmente diferente. Ou não funciona ou se desmoraliza.
Polícia é muito mais capaz de atuar nesses eventos pontuais de desordem.
Nós somos profissionais do aniquilamento, embora muitos que já se tornaram “vovôs” tenham perdido a noção desse conceito. Temo muito por nossos rapazes, soldados, demais graduados e oficiais… largados em uma arena e tendo um braço amarrado.
Não se esqueçam ou por isso me critiquem; nós somos profissionais do aniquilamento do inimigo e só somos aptos a patrulhar áreas onde nosso potencial já se fez totalmente sentido.
Não somos polícia. Polícia é coisa especializada. Nós somos o caos. A guerra.
Temo a desmoralização… as armas apreendidas para balística pelos “direitos humanos”, etc., etc…
Temo pelo tenente preso e abandonado pelos chefes (como já aconteceu no Alemão…), temo a proximidade de conversas com o inimigo. Temo mais um escândalo.
C2-50 Manual de Campanha da Cavalaria… art… parágrafo… “é terminantemente proibido entabular conversações com o inimigo. Qualquer tentativa deste, nesse sentido, deve ser repelida pelas armas.”
Vai dar para fazer sem que “a justiça” (que está em posição de emboscada) não condene o guerreiro que seguiu o regulamento???
Eu não consentiria a menos que houvesse Lei Marcial ou Estado de Guerra.
Eu gosto de soldados…
E quando uma mãe manda seu filho servir ao Exército, ela sabe que ele poderá morrer em alguma guerra. Mas, jamais se conformará de ele for preso por atirar em um vagabundo.