Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo terça, 04 de maio de 2021

A ESTREIA DA QUARTA TEMPORADA DE THE HANDMAID,S TALE

 

A estreia da quarta temporada de 'The Handmaid's tale'

PATRÍCIA KOGUT

 
 
 
Elisabeth Moss na quarta temporada de 'The Handmaid's tale' (Foto: Divulgação)
Elisabeth Moss na quarta temporada de 'The Handmaid's tale' (Foto: Divulgação)

 

O episódio de estreia da quarta temporada de “The Handmaid’s tale”, na Paramount+, tem um sabor de leve revanche (atenção para o spoiler). June (Elisabeth Moss) ainda tem muitos altos e baixos pela frente.

Como o espectador já sabe, a heroína conseguiu organizar a fuga de nove mulheres e 86 crianças para o Canadá. Ela ficou em Gilead, onde vive uma de suas duas filhas. Porém, obteve uma vitória importante. Foi baleada, mas a polícia não conseguiu capturá-la. Junto com outras aias, consegue chegar a uma fazenda. Trata-se de um núcleo de resistência a Gilead e parte de uma rede denominada Mayday. O proprietário do lugar é um comandante idoso casado com uma adolescente de 14 anos, Esther (Mckenna Grace, atriz espetacular). June sai da situação de opressão total e entrevê a liberdade perdida, ainda que por uma fresta. A paleta de cores de “The handmaid’s tale” muda completamente. Já não se veem os uniformes vermelhos. O figurino ganha tons acinzentados. O ambiente é o rural. Assim, a produção também se renova e ganha fôlego.

Desde que a pandemia começou, ficou impossível assistir a qualquer produto de teledramaturgia sem pensar no coronavírus e em máscaras e aglomerações. É como se um filtro invisível tivesse se instalado entre o espectador e a tela. Venho falando sobre isso bastante por aqui.

No caso de “The Handmaid’s tale”, há um filtro suplementar: a eleição de Joe Biden e a guinada política ocorrida nos Estados Unidos. A série é uma ficção científica que se baseia numa obra de Margaret Atwood escrita nos anos 1980. É uma distopia num futuro indefinido, quando os EUA teriam sucumbido a um regime totalitário de extrema direita conservadora. Nesse ambiente, a heroína, June, é feita escrava, a exemplo de outras “aias”.

“The Handmaid’s tale” é angustiante demais. Mas, quando estreou, em 2017, com Donald Trump na presidência, foi perturbadora. Ela expressava uma realidade possível. Seus vilões representavam alguns dos valores que estavam em alta naquele momento. Tudo isso atribuía uma verossimilhança apavorante à aventura de June. Agora, isso mudou. Vamos ver como a nova temporada vai ser recebida pelo público.


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