Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sexta, 14 de junho de 2019

À ESPERA DO INVERNO

 


À espera do inverno
 
A estação que está por vir divide opiniões entre brasilienses. O tempo seco e frio deve se intensificar nos próximos dias

 

» CAROLINE CINTRA

Publicação: 14/06/2019 04:00

Temperaturas durante o período devem variar de 13 ºC a 26 ºC (Ed Alves/CB/D.A Press)  

Temperaturas durante o período devem variar de 13 ºC a 26 ºC

 



O inverno chega oficialmente em 21 de junho, mas os brasilienses já percebem a proximidade da estação mais fria do ano. As manhãs geladas têm feito os moradores da capital tirarem os casacos do guarda-roupa. O último sábado, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), registrou o período mais frio do ano até agora, com 10,6 ºC, durante a madrugada. Temperatura semelhante à que havia sido registrada em 25 de maio — 10,9 ºC.

Há quem goste do clima e esteja empolgado com a chegada da nova estação. Para outras pessoas, o período é de sofrimento. A analista financeira Izabel Cristina Lima, 33 anos, tem asma e, como o período de frio no Distrito Federal é mais seco, costuma passar mal. “Esse tempo piora tudo. Preciso sempre me hidratar mais, passar mais manteiga de cacau nos lábios, usar colírio, além de passar bastante creme na pele para não ressecar”, conta.

Para ajudar a espantar o frio, Izabel ainda intensifica a rotina de exercícios físicos e vai passar a ir mais à academia e, de segunda a sexta-feira, prefere descer nas paradas de ônibus distantes do trabalho, para caminhar um pouco mais. “Acho que ajuda bastante também a gente se movimentar. Apesar de não gostar do clima, acredito que este ano fará mais frio do que no ano passado, infelizmente”, opina a analista.

Nascida na capital do sol, Fortaleza, a assistente administrativa Luzia Uchôa, 53, lembra que, quando chegou ao DF, sofreu com a diferença climática. Por isso, desde que os sinais de frio começaram a aparecer, no início do mês, ela se agasalha bem para sair de casa, em Samambaia Sul, e ir ao trabalho, no Setor Bancário Norte. “Eu não gosto desse clima e ainda não me acostumei. Por enquanto, ainda está bom, mas estou com medo do que nos aguarda nos próximos dias”, relata.

Diferentemente da nordestina, a copeira Cleia Rodrigues, 36, não via a hora de o frio chegar para colocar em prática a programação para a estação: sofá, pantufa e filmes e séries. “O clima fica muito mais agradável para fazer tudo. A gente que mora em Brasília já está acostumado a receber todas as estações. Passamos pelo calor, chuva e agora é o frio. Não me incomoda nem um pouco”, garante.

O operador comercial Gabriel Gonçalves, 24, também prefere o frio. Para ele, o clima fica mais agradável, apesar da seca e das dificuldades respiratórias que sofre devido à asma. “Uso mais a minha bombinha, jaquetas e blusa de frio”, conta. No entanto, ele não acredita que o inverno seja mais intenso que nos anos anteriores. “Acredito que a situação será inversa. Vai ficar cada vez mais seco, mais quente.”

Clima

A professora de geografia da Universidade de Brasília (UnB) Ercília Steinke explica que, na região Centro-Oeste, de forma geral, o inverno predomina uma massa de ar seca, devido à falta de nuvens, o que causa a perda rápida do calor e, por isso, as noites costumam esfriar bastante. “A massa fria avança do Sul ao Centro-Oeste. Isso torna o clima da nossa região diferente das outras. No Sul, não tem estação seca, no Nordeste, agora, chove e, na Amazônia, região Norte, chove sempre e tem umidade do ar alta”, esclarece.

A previsão do Inmet é de que o inverno em Brasília fique dentro da normalidade. A meteorologista Nayane Araújo afirma que o esperado é um período seco e com pouca chuva, no entanto, a possibilidade de precipitações não é totalmente descartada. “A previsão é de que chova eventualmente”, afirma. A especialista prevê ainda que a aproximação de frentes frias possa causar, eventualmente, inversão da temperatura — em vez de manhãs mais frias, as tardes podem registrar índices mais baixos nos termômetros.

Beleza

Algumas características marcam o início da estação fria e a seca no DF, entre elas, a florada dos ipês, árvores típicas do cerrado. Quem passa pelos eixos Norte e Sul pode contemplar a beleza dos ipês-roxos, os primeiros a florir. Depois, os amarelos e os brancos devem brotar, em julho, seguidos do rosa, que chega no fim de agosto. “É uma beleza passar por elas (as árvores) na ida ao trabalho. Deixam a cidade mais bonita e ainda combinam com o céu, que também fica espetacular nessa época. Não gosto muito do inverno, é frio demais, mas a beleza que traz à cidade é incomparável”, declara a servidora pública Mariana Coimbra, 37.
 

"Eu não gosto desse clima e ainda não me acostumei. Por enquanto, ainda está bom, mas estou com medo do que nos aguarda nos próximos dias" Luzia Uchôa, assistente administrativa

 


 

"Esse tempo piora tudo. Preciso sempre me hidratar mais, passar mais manteiga de cacau nos lábios, usar colírio, além de passar bastante creme na pele para não ressecar" Izabel Cristina Lima, analista financeira

 


 

"Acredito que a situação será inversa. Vai ficar cada vez mais seco, mais quente" Gabriel Gonçalves, operador comercial

 



Você sabia?

O dia que registrou a temperatura mais baixa na história do DF foi 30 de junho de 1985, com 1 ºC. No mesmo ano, em 31 de julho, foi registrada a segunda temperatura mais baixa na capital — 1,6ºC.




Previsão

Saiba como deve variar a temperatura neste e nos próximos meses
Junho:     min. 13,9 ºC     máx. 25 ºC
Julho:     min. 13,7 ºC     máx. 25,3 ºC
Agosto:     min. 15 ºC     máx. 26,9 ºC

Fonte: Inmet

 

"A gente que mora em Brasília já está acostumado a receber todas as estações. Passamos pelo calor, chuva e agora é o frio. Não me incomoda nem um pouco" Cleia Rodrigues, copeira

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