Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quinta, 17 de setembro de 2020

A ÉPOCA DA RENOVAÇÃO

Jornal Impresso

Paisagem urbana: A época da renovação
 
A primavera, estação predileta de Andressa Paiva (foto), começa em 22 de setembro. %u201CÉ o período de encantamento que nos envolve em todos os aspectos, ao ver a beleza da natureza e sentir o perfume das flores%u201D, diz a professora. Além do fim da seca, o novo tempo revigora a flora e muda a paisagem da capital.   (Carlos Vieira/CB/D.A Press)
 
 
 
A poucos dias da primavera, a paisagem urbana começa a mudar e chama a atenção dos moradores da capital federal. Especialistas explicam porque esse período é tão revigorante para a natureza

 

Ana Maria da Silva*

Publicação: 17/09/2020 04:00

Em meio à seca, uma aquarela colore avenidas, espaços públicos e quadras da capital. Há uma energia boa se aproximando nos próximos dias: a primavera! Com início em 22 de setembro, a estação deixa o inverno para trás e faz a preparação para o verão. Segundo o professor em ecologia da Universidade de Brasília (UnB) Eduardo Bessa, isso significa que as condições de entrada de energia solar começam a se recuperar depois do inverno. “Ou seja, é quando as plantas aproveitam para retomar as folhas e para florir, enquanto os animais se alimentam mais e procuram parceiros para acasalar”, diz.
 
De acordo com o professor, muitas plantas rebrotam nessa fase. “Acontece que o inverno é muito seco aqui no cerrado. Uma forma de as plantas evitarem perder a pouca água, que existe disponível, é se livrando do órgão vegetal que mais perde água, as folhas”, explica Eduardo. “À medida que a seca vai terminando, as plantas mobilizam as reservas que têm para produzir novas folhas. A que mais me chama a atenção é a sapucaia, uma árvore que tem bastante no Eixão Norte, que nessa época do ano fica rosa vibrante por conta das folhinhas novas”, completa.
 
A estação das cores vai além dos ipês floridos, que se destacam pela sua beleza e cores vibrantes. De acordo com o Departamento de Parques e Jardins da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), outras espécies florescem no período. São elas: cagaita, cássia rosa, tarumã, fisocalima, sapucaia, sucupira, pequizeiro, jacarandá da Bahia e quaresmeiras.
A pluralidade da flora urbana é motivo de encantamento para os moradores de Brasília. É o caso da professora Andressa Caroline Paiva, 39 anos, que aguarda pela chegada da estação favorita. “É a que mais gosto. É o período de encantamento que nos envolve em todos os aspectos, ao ver a beleza da natureza e sentir o perfume das flores”, ressalta.
 
A mudança que chega com a estação pode ser percebida nas pessoas, conforme afirma Andressa. “O astral das pessoas muda. A natureza nessa época torna-se mais linda. Aqui em Brasília, uma característica marcante é o florescimento dos ipês. Observou que as pessoas param nas ruas simplesmente para apreciar tamanha beleza? Em que época do ano podemos observar atitudes assim? As pessoas ficam mais leves, felizes e animadas”, acredita.
 
A beleza desta época do ano é uma oportunidade de tirar fotos marcantes, oportunidade que a professora não deixa passar em branco: “É a oportunidade de garantir fotos de uma beleza imensurável.  O colorido deixa qualquer foto mais linda. A primavera exala beleza e podemos ver isso nas fotos, que ficam delicadas e nos deixam mais belos, também. Sem contar com a oportunidade de estar em contato direto com a natureza”, relata. “Aqui em casa nós somos as loucas das fotos. Aproveitamos essa temporada para garantir cliques lindos e especiais”, acrescenta. Entre os locais favoritos de Andressa, estão o Parque da Cidade e a Península dos Ministros.
 
Para a professora, a chegada da primavera marca dias de esperança, uma vez que sugere a oportunidade de recomeço. “Tem uma frase do Paulo Coelho sobre a primavera que gosto muito. Diz assim: ‘Não se pode dizer para a primavera ‘tomara que chegue logo e dure bastante’. Pode-se apenas dizer: ‘Venha, me abençoe com sua esperança, e fique o máximo de tempo que puder’. Linda, né? Com a primavera, chegam novos tempos. Precisamos nos agarrar a isso”, destaca.
 
A cientista social Alexandra Carias, 39, celebra o momento que está por vir. “A primavera é importante porque representa o início de um novo ciclo, de nascimento e renascimento. Gosto do clima ameno, de ver as plantas florescerem e da beleza da estação”, diz. “Ter a natureza tão próxima a mim me dá uma sensação enorme de tranquilidade. É um carinho para os meus olhos e para minha alma”, ressalta.
 
Para Alexandra, a chegada do período muda o astral das pessoas, e a sensação de bem-estar faz-se presente. “Os ambientes e a cidade ficam mais bonitos. E isso gera um encantamento”, acredita. Ela vivencia esse sentimento diariamente ao olhar os pés de ipê-roxo próximo ao prédio onde mora. “É um privilégio e uma satisfação enorme. Eu vim do Rio de Janeiro, e no meu primeiro contato com Brasília senti muita falta de beleza natural. Para mim, acordar e dar de cara com as árvores floridas, o gramado e algumas aves que aparecem é um alento. Sou grata”, completa.



Você sabia?
 
Inclinação
 
Se a Terra não se inclinasse em seu eixo, não existiriam as estações. Cada dia teria 12 horas de luz e 12 horas de escuridão. E como o eixo do planeta Terra forma um ângulo com seu plano orbital, existe o verão e o inverno, dias longos e dias curtos. Durante o verão, os dias amanhecem mais cedo e as noites chegam mais tarde. Ao longo dos três meses desta estação, o Sol volta-se lentamente para a direção norte e os raios solares diminuem sua inclinação. No início do outono, os dias e as noites têm a mesma duração: 12 horas. Isso é porque a posição do Sol está exatamente na linha do Equador.

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