Irene no Céu
Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.
Imagino Irene entrando no céu:
– Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
– Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.
Poema de Manuel Bandeira
A foto não é colorida – mas a rosa é negra
Preta, é a cor. Negra, é a raça – poucos fazem essa distinção.
Aceite ou não, quem assim desejar. A tão comemorada Lei Áurea, para o brasileiro foi apenas uma fantasia. A diferenciação (e os preconceitos) da raça é algo mundial.
Princesa Isabel, uma ova!
A questão é cultural e, por ser assim, cultural. Nos EUA, na Inglaterra, na África do Sul e provavelmente na África maior, raiz dos nossos antepassados.
Abolição da escravidão. O que foi isso? Onde isso aconteceu?
Em pleno século XXI o “Governo” brasileiro, deu um baita reforço à cultura da escravidão e da discriminação, quando sancionou a “lei das cotas” para acesso na universidade pública.
Babacas! Governo de babacas! Filhos da puta!
Exemplo: 60 vagas para o curso de Medicina de uma universidade pública, sendo 30 paras cotistas, e 30 para não cotistas. E aí vem o resultado do Vestibular. 50 cotistas são aprovados, mas apenas os 30 melhores classificados são chamados e matriculados.
E aí vem a sacanagem. Os 20 cotistas que “sobraram”, todos tem notas e médias superiores aos 30 não cotistas. E aí, como fica?
Qual o benefício da “lei das cotas”?
Me ajude e escreva uma legenda para essa foto
Vivo no Maranhão há exatos 31 anos. Vim do Rio de Janeiro, depois de ter saído de Fortaleza na tenra idade. O Ceará é sem nenhuma dúvida o Estado mais “racista” do Brasil – e, dizem, foi antes da assinatura da Lei da Abolição, que o Ceará no município de Redenção – zona de grande produção açucareira naqueles tempos – resolveu “libertar” os escravos das fazendas. Mas a discriminação permanece até os dias de hoje.
Não tenho informações oficiais que possa assegurar, mas o Maranhão, provavelmente é o Estado onde permanece o maior número de Quilombos e remanescentes de escravos. Talvez isso explique a perseverança, a disseminação e o sucesso de danças como Tambor de Crioula e Cacuriá, manifestações vivas transportadas da África mãe.
La belle de nuit
A raça negra é bela. Bela, também. Quaisquer “defeitos” ou discordâncias jamais dirão respeito à cor da pele – mas, talvez ao caráter.
Alguém já parou para refletir quantos “negros” estão enrolados, denunciados e condenados nesse lamaçal que “brancos” e muitos de cabelos brancos resolveram colocar a empresa Petrobras?
Literalmente, nenhum.
Mas, esse não é o assunto da postagem. Aqui viemos hoje para falar de beleza e especialmente da beleza negra, começando com a rosa, que não fala, apenas exala o perfume que rouba de outras belezas.
Muitos que aqui comparecem e que não são mais crianças, com certeza lembram da bela francesa Catherine Deneuve, a “Belle de jour”, que Luís Buñuel pintou e bordou num dos maiores sucessos cinematográficos de todos os tempos.
E quem pensa que a mulher negra ficaria atrás, se lhe fosse dada a oportunidade de representar, por exemplo, num filme com o nome “Belle de nuit”? É, é essa beleza de cima.
Ou, quem sabe, esse desenho selvagem da foto abaixo?
Muita beleza além das curvas insinuantes