Acordei triste e fui conversar com as folhas da mangueira no fundo do quintal. Elas riam e dançavam ao sabor do vento, felizes da vida, e me convenceram de que não valia a pena chorar. Pediram que eu olhasse o azul do céu e as cores de um arco-íris que enfeitava aquele azul claro. Daí a pouco uma chuvinha fina respingou água no meu rosto exatamente no lugar em que cabia uma lágrima. Deixei que escorresse livremente na face até que caísse no chão de areia branca povoada por formigas pequenas e trabalhadoras. Todas felizes, pareciam estar preparando uma festa, tão grande a alegria delas num vai-e-vem incessante e buliçoso. Uma borboleta azul e amarela pousou em minha mão, rodopiou, voou e voltou a pousar e disse-me chamar-se Alegria,mas que eu poderia, se assim preferisse, chamá-la de Esperança. Procurei-a para falar do meu dia e ela tinha partido. Voltou logo depois, feliz e sorridente e partiu novamente. Até hoje não sei para onde ela foi. Onde se esconde a borboleta azul e amarela? Por onde andará a alegria das dançarinas folhas da mangueira, das formigas felizes e trabalhadoras, da borboleta azul e amarela, em seu vai-e-vem rodopiante? Por quais céus voarão a alegria e a esperança?
(Nota deste Colunista: A BORBOLETA AZUL simboliza esperança e é vista como símbolo da transformação, da felicidade, da beleza. Expressa recomeço, proteção, boas energias. A BORBOLETA AMARELA significa alegria, prosperidade. Representa também renovação, anúncio de mudanças em nossa vida.)
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