Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Alexandre Garcia quinta, 15 de agosto de 2019

A AMAZÔNIA É NOSSA

 

 

A AMAZÔNIA É NOSSA

Esta semana, Sua Santidade o Papa fez um apelo para que os líderes do mundo salvassem a Amazônia. Perdão, Santidade, mas quando estouraram os escândalos do Banco do Vaticano ou da pedofilia, não ouvi nenhum líder brasileiro pedindo que o mundo salvasse a Santa Sé. Há quase um ano, achei bom que o Papa da vizinha Argentina não tivesse feito nenhuma manifestação quando o líder na campanha presidencial brasileira foi esfaqueado para morrer. Afinal, o Vaticano nada tem a ver com a política brasileira. Mas agora vão fazer por lá em outubro, um Sínodo para a Amazônia, cujo relator é o arcebispo de São Paulo, Dom Claudio Hummes. Vão tratar da amazônia brasileira, que é brasileira; e de suas populações, que são brasileiras – num território estrangeiro, tal como faziam os impérios espanhol e português, ao nos colonizarem.

Dois cardeais alemães discordam de Roma a respeito desse Sínodo. O ex-prefeito emérito da Congregação da Doutrina da Fé, Dom Gerhald Muller e o cardeal de 90 anos, Dom Walter Brundenmuller alegam que a carta com princípios do Sínodo é herética, estúpida e apóstasa. Não chega às 95 teses de Lutero nas portas da igreja de Wittenberg, há mais de 500 anos, mas é um aviso. Problemas internos na Igreja, mas problemas maiores com o Brasil. Da Alemanha também nos chega a informação de que o governo pode suspender 35 milhões de euros que seriam destinados a projetos contra o desmatamento da Amazônia. O dinheiro alemão, como de outros europeus, iria para ONGS que têm estabelecido territórios autônomos na Amazônia brasileira, onde já impediram a entrada de general brasileiro.

Como passou o tempo de governos mais preocupados em garantir dinheiro para permanecer no poder, estamos descobrindo agora de quem é a Amazônia. A riqueza do solo e do sub-solo é nossa e de mais ninguém. E a conquistamos a despeito do Tratado de Tordesilhas, não é, Pedro Teixeira? E depois de Tordesilhas, não é Plácido de Castro, não é José Maria da Silva Paranhos Jr? E agora vem um argentino nos dizer que líderes do mundo precisam “salvar” a Amazônia? O General Villas Boas, consagrado esta semana no Senado como nosso herói contemporâneo, tuitou a coincidência de a cobiça recrudescer depois de anunciado o acordo entre Mercosul e União Européia. Teria sido também coincidência o anúncio de suposto desmatamento por parte do então diretor do INPE?

Na homenagem a Villas Boas no Senado, ocupou a tribuna o líder do MDB, Senador Márcio Bittar, do Acre que, repetindo Plácido de Castro, lembrou que essa terra é nossa. Não temos que receber lições de ninguém. E nem é preciso discutir o mérito, porque nossa Soberania está acima de qualquer julgamento. Que toda essa cobiça insistente sirva para que pensemos sobre o bordão “sabendo usar não vai faltar”. A Amazônia, porque é nossa, é nossa responsabilidade. Significativamente, o Vice-Presidente da República, General Mourão, encerrou seu discurso de saudação a Villas Boas com o grito de SELVA!


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