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Equipe de Cultura entrega troféu (E); as homenageadas são as cantoras Linn da Quebrada e Jup do Bairro (D) |
Depois de agitar a cena audiovisual brasiliense durante 10 dias, a 51ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro terminou em clima de festa e premiação. A cerimônia do “Óscar” da capital federal foi na noite de ontem com a participação do Correio Braziliense, responsável pela entrega do troféu Saruê, oferecido em homenagem à produção, ao profissional ou ao momento de maior destaque da edição do festival. A condecoração foi criada em 1996 e é concedida pela equipe de Cultura do jornal. Nesta edição, a estatueta, com design do artista plástico Francisco Galeno, foi para o longa-metragem Bixa travesty (de Kiko Goifman e Claudia Priscilla).
Bastante celebrado na sessão de sábado (22), o filme projeta mensagem de representatividade de gênero por meio de músicas e da biografia da contestadora performer Linn da Quebrada. O Saruê também ressaltou a participação da cantora Jup do Bairro. A obra faturou ainda o troféu Candango de melhor trilha sonora e foi considerado o melhor filme pelo júri popular. O conteúdo chamou atenção num momento de extremismos e intolerância no Brasil e no mundo. No ano passado, o prêmio Saruê foi para o curta-metragem Afronte, de Bruno Victor e Marcus Azevedo.
Outros homenageados
Já quem ganhou o coração do júri oficial do 51º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro na categoria longa-metragem foi Temporada, filme de andamento sereno que mostra o dia a dia de uma trabalhadora de Minas Gerais. Considerado melhor longa-metragem pelo júri oficial, o filme do mineiro André Novais Oliveira levou outros quatro prêmios candangos. Além das interpretações de Grace Passô (melhor atriz) e do coadjuvante Russo BDR, ambos premiados, o filme se destacou pela fotografia e pela direção de arte. Em outras edições do festival de que participou, Novais também voltou para casa premiado por filmes como o curta Quintal (2015) e o longa Ela volta na quinta (2013). Filmes de realizadoras que tiveram boa representatividade nesta edição também foram premiados na cerimônia de encerramento ontem à noite no Cine Brasília (EQS 106/107).
Beatriz Seigner, do longa Los silencios, venceu como melhor diretora, com um filme que trata da difícil rotina de imigrantes latino-americanos. Outra obra dirigida por uma mulher, Gabriela Amaral Almeida, A sombra do pai, também se destacou com troféus de melhor som, melhor montagem e melhor atriz coadjuvante (Luciana Paes, habitual colaboradora de Gabriela). Diretores valorizados no ano passado no Festival de Brasília, Glenda Nicácio e Ary Rosa, responderam por mais sucesso no politizado evento da capital. Com o filme Ilha, a dupla formada na Bahia levou o prêmio de melhor roteiro (escrito por ambos) e ainda comemorou a valorização do trabalho de Aldri Anunciação, que teve a performance premiada levando para casa o título de melhor ator.
Outro filme que causou burburinho no evento, o documentário Torre das donzelas foi celebrado com prêmio especial do júri oficial, pelo “sensível, firme e inadiável encontro com nossa história”. Muito prestigiada pelo público, a mostra Brasília concentrou prêmios para as produções O outro lado da memória e New life S.A.. O primeiro obteve prêmios de melhor direção de arte, trilha sonora, melhor direção (André Luiz Oliveira) e melhor longa (pelo júri popular), enquanto New life S.A. conquistou os de melhor ator (Murilo Grossi) e de melhor longa-metragem.
PRÊMIOS OFICIAIS
Troféu Candango — Longa-metragem:
Melhor longa-metragem (Prêmio DOT Cine): Temporada
Melhor longa-metragem júri popular (prêmio Petrobras e prêmio técnico Canal Curta!): Bixa travesty
Melhor direção: Beatriz Seigner, por Los silencios
Melhor ator: Aldri Anunciação, por Ilha
Melhor atriz: Grace Passô, por Temporada
Melhor ator coadjuvante: Russão, por Temporada
Melhor atriz coadjuvante: Luciana Paes, por A sombra do pai
Melhor roteiro: Ary Rosa e Glenda Nicácio, por Ilha
Melhor fotografia: Wilsa Esser, por Temporada
Melhor direção de arte: Temporada
Melhor trilha sonora: Bixa travesty
Melhor som: Gabriela Cunha, por A sombra do pai
Melhor montagem: Karen Akerman, por A sombra do pai
Prêmio especial do júri: Torre das donzelas
Menção honrosa: Bixa travesty
Troféu Candango — Curta-metragem:
Melhor curta-metragem (prêmio técnico DOT Cine): Conte isso àquelas que dizem que fomos derrotados
Melhor curta-metragem júri popular (prêmio técnico CiaRio/Naymar): Eu, minha mãe e Wallace
Melhor direção: Nara Normande, por Guaxuma
Melhor ator: Fábio Leal, por Reforma
Melhor atriz: Maria Leite, por Mesmo com tanta agonia
Melhor ator coadjuvante: Uirá dos Reis, por Plano controle
Melhor atriz coadjuvante: Noemia Oliveira, por Eu, minha mãe e Wallace
Menção honrosa de atriz coadjuvante: Rillary Rihanna Guedes, por Mesmo com tanta agonia
Melhor roteiro: Fábio Leal, por Reforma
Melhor fotografia: Anna Santos, por Mesmo com tanta agonia
Melhor direção de arte: Nara Normande, por Guaxuma
Melhor trilha sonora: Normand Roger, por Guaxuma
Melhor som: Nicolau Domingues, por Conte isso àqueles que dizem que fomos derrotados
Melhor montagem: Gabriel Martins e Luisa Lana, por Plano controle
Prêmio especial do júri: Liberdade
MOSTRA BRASÍLIA - 23º TROFÉU CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Prêmios do júri oficial
Melhor longa-metragem (R$ 100 mil e prêmio CiaRio/Naymar): New life S.A.
Melhor longa-metragem júri popular (prêmio Petrobras e prêmio Estúdio Plug In): O outro lado da memória
Melhor curta-metragem (R$ 30 mil e prêmio Aquisição Prime Box): Entre parentes
Melhor curta-metragem júri popular (prêmio técnico CiaRio/Naymar): Terras brasileiras
Melhor direção (R$ 12 mil): André Luiz Oliveira, por O outro lado da memória
Melhor ator (R$ 6 mil): Murilo Grossi, por New life S.A.
Melhor atriz (R$ 6 mil): as presidiárias, por Presos que menstruam, representadas por Naiara Lima
Melhor roteiro (R$ 6 mil): Wesley Gondim, por Pra minha gata Mieze
Melhor fotografia (R$ 6 mil): Alan Schvarsberg, por Entre parentes
Melhor montagem (R$ 6 mil): Zefel Coff, por A praga do cinema brasileiro
Melhor direção de arte (R$ 6 mil): Moacyr Gramado, por O outro lado da memória
Melhor edição de som (R$ 6 mil): Olívia Hernandez, por Riscados pela memória
Melhor trilha sonora (R$ 6 mil): Vinícius Jibhajan, por O outro lado da memória
Prêmios do júri popular
Melhor longa-metragem (R$ 40 mil): O outro lado da memória
Melhor curta-metragem (R$ 10 mil): Terras brasileiras
Prêmio Petrobras de Cinema e prêmio Plug.in para o melhor longa-metragem: O outro lado da memória
Prêmio CiaRio/Naymar para melhor curta-metragem: Terras brasileiras
Prêmio CiaRio/Naymar para melhor longa-metragem: New life S.A.
Prêmio Prime Box Brazil para melhor curta-metragem: Entre parentes
FESTUNIBRASÍLA — 2º FESTIVAL UNIVERSITÁRIO DE CINEMA DE BRASÍLIA
Melhor direção: Flores, por Valdo Vergara e Henrique Bruch (PUC/RS)
Júri popular: A casa de Ana, de Clara Ferrer e Marcella C. De Finis (Universidade Federal Fluminense)
Melhor filme: Capitais, de Kamilla Medeiros e Arthur Gadelha
Menção honrosa: Um lugar ao sul, de Gianluca Cozza (Universidade Federal de Pelotas), e De vez em quando, quando eu morro, eu choro, de R.B. Lima (Universidade Federal da Paraíba)
OUTROS PRÊMIOS
Prêmio Saruê: para a participação de Linn da Quebrada e Jup do Bairro, no longa Bixa travesty
Prêmio Marco Antônio Guimarães: O outro lado da memória, de André Luiz Oliveira
Prêmio Conterrâneos de melhor documentário: O outro lado da memória, de André Luiz Oliveira
Prêmio Técnico Canal Brasil de melhor curta-metragem: Mesmo com tanta agonia, de Alice Andrade Drummond
Prêmio Abraccine de melhor filme de curta-metragem: Mesmo com tanta agonia, de Alice Andrade Drummond
Prêmio Abraccine de melhor filme de longa-metragem: Los silencios, de Beatriz Seigner
Prêmio Zózimo Bulbul — Fest Film Fest Uni: Impermeável pavio curto
Prêmio Zózimo Bulbul de melhor filme curta-metragem: Eu, minha mãe e Wallace
Prêmio Zózimo Bulbul de melhor filme longa-metragem: Ilha
MOSTRA CALEIDOSCÓPIO
Melhor filme prêmio oficial — prêmio técnico VOD Tamanduá e prêmio Aquisição Prime Box Brasil: Os sonâmbulos