Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense domingo, 04 de maio de 2025

12ª FEIRA DO RABISCÃO TRAZ UM FESTIVAL DOS TRAÇOS E DAS CORES À CAPITAL

12ª Feira Rabiscão traz um festival dos traços e das cores à capital

 


Em 47 estandes com circulação de obras de 60 artistas expositores, a tradicional 12ª Feira Rabiscão começou nesse sábado (3/4) e tem previsão de público de 2 mil pessoas, até este domingo (4/5), no Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul, a partir das 11h

 

Por Ricardo Daehn

 

Rabiscando feira de arte e designer no Espaço Renato Russo. Tiago Palma -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Rabiscando feira de arte e designer no Espaço Renato Russo. Tiago Palma - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)x

 

Rabiscando feira de arte e designer no Espaço Renato Russo. Tiago Palma - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Na 12ª edição, o Rabiscão Ilustrado, evento que movimenta o comércio de produtos gráficos, até este domingo (4/5) (a partir das 11h, no Espaço Cultural Renato Russo/508 Sul), traz uma intensidade que reflete a boa aceitação comercial junto a obras de artistas locais. "Tudo, no começo, era um encontro de criadores que combinavam ficar bebendo e desenhando em bares. Agora, o evento é divulgado em cartazes pela cidade, e pelas redes sociais. Parece um pouco os festivais de banda, com a cultura do consumo de produtos artesanais independentes. Ainda há, entre muitos clientes, o fetiche forte pela aquisição do material impresso", pontua o artista Caio Gomez que, no comando de um estande no evento, há 15 anos trabalha no Correio. Na espécie de feira, ele comemorava o volume de vendas de camisetas, gravuras e isqueiros decorados.

 

Local de destaque, na rota de circulação de artes, a exemplo de eventos como Motim e Tesourinha, que tomam espaços como a Galeria dos Estados e o Museu Nacional, desta vez, o Rabiscão trouxe 47 estandes com circulação de obras de 60 artistas e previsão de público de 2 mil pessoas. Na primeira das três edições de 2025, o evento ocupou lugar afetivo, a 508 Sul, berço da criação e estímulo para artistas por lá formados. Para além da venda, o Rabiscão estimula maior contato com artes.

 

Desenhos espontâneos do público, sob orientação de artistas, consolida círculo de amores e admirações de longa data como no caso dos namorados João Victor Cicon, 27 anos, e Maria Cecília, 24. Há quatro anos, eles compartilham passeios pelo evento. "Gosto das imagens da Honey Pepper (Maissa Pimentel), que acompanho há tempos. Nunca saio de mãos vazias", disse Maria que, em Samambaia, é monitora de alunos com necessidades especiais.

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Adepta do cosplay, ela vestiu-se como Evangeline Fox, personagem literária de Era uma vez um coração partido. Em frente à artista de ocasião, o design gráfico e motion designer João Victor livrava-se do cotidiano de obras destinada a interfaces de software e sites, e experimentava o desafio de criar à mão livre, em proposta estilizada.

 

Com representação de letras em estilo latino-americano, o pintor popular Flávio Stronzo, 28, expunha a mescla de fileteado portenho às artes vistas em carroceria de caminhões brasileiros, com efeito singular. "Aqui é mil vezes melhor a conexão com o público. Como artista, faz uma diferença imensa. Mostro para as pessoas a característica de ser meio ao minimalismo. Gosto muito das coisas bem coloridas", comentou o designer gráfico, pintor e letrista, que teve passagem por Buenos Aires, e se especializou em estilo de arte popular destacado como patrimônio imaterial pela Unesco.

Do DF para a Marvel
Circular pelo espaço, apinhado de gente, leva ao encontro com o brasiliense Tiago Palma, 42, ilustrador que deixou a incursão nas artes se profissionalizar, há 25 anos, depois de formado em publicidade. Há duas semanas, tornou-se oficial: o ex-baterista de bandas como Etno e Horta Project assinou, direto com a Marvel americana, o contrato para ser desenhista de histórias em quadrinhos ianques, com iminente acesso aos primeiros roteiros do qual será desenhista.

Por enquanto, não pode falar do personagem. Em meio a recrutadores de convenções como a CCXP, Palma viu a alta na avaliação de portfólio por profissionais refletir em incremento de vendas. Na Rabiscão, ele comercializa quadrinhos como Calaboca, Fido (R$ 45), volume que se refere à participação brasileira na Segunda Guerra Mundial; tudo com cores quentes, fortes, a fim de trazer "um impacto crítico quanto à hostilidade bélica".

Artista que adaptou o traço autobiográfico de ser neurodivergente à obra (no livro TDAH — Transtorno de Artista com Hipercriatividade, à venda), Clarisse Paiva, ilustradora e artista plástica local com formação em Artes visuais (UnB) e Design de moda (Iesb) apresentava aos visitantes a novidade do Rabiscão: o Stamp Rally, espécie de passaporte (R$ 5), onde a cada carimbada (em estande) é possível "levar um pedaço da obra de cada artista presente". Ao Correio, ela contou da linha de lenços com motivos de ipês: "O que o Japão faz com as cerejeiras, podemos trazer para cá, romantizando a flora da mesma maneira que eles".

 

Conferir, de perto, o talento de criadores locais fez a cabeça dos namorados Luan Henrique, 18, e Renata Aparecida, 17, ambos na finalização do ensino médio. Vindo do Recanto das Emas, ele buscou inspiração em desenhos deixados por anônimo na mesa (em que trabalhava) para registrar animais por ele ilustrados como leão, macaco e urso. "A dinâmica de desenhar aqui é bem legal", comentou Renata, moradora do Riacho Fundo 2, ao que ele completou: "É bom vir aqui para aprimorar conhecimento. A gente se sente bem: a arte, aliás, nunca faz mal a ninguém".

 


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