Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo sábado, 21 de novembro de 2020

ZÉ KATIMBA: ANIVERSÁRIO DE 88 ANOS E PRIMEIRA LIVE

 

Zé Katimba comemora aniversário de 88 anos e realiza sua primeira live

Compositor canta, conta histórias de sua trajetória e homenageia Chiquinha Gonzaga e Dona Ivone Lara, entre outras
Zé Katimba é um dos principais compositores da Imperatriz Leopoldinense Foto: Márcio Alves / O Globo
Zé Katimba é um dos principais compositores da Imperatriz Leopoldinense Foto: Márcio Alves / O Globo
 

RIO — Zé Katimba saiu clandestinamente da Paraíba ainda criança rumo ao Rio de Janeiro, a bordo de um navio cargueiro junto dos pais. Na chamada Cidade Maravilhosa, o jovem migrante sentiu na pele o preconceito contra nordestinos e a desigualdade social. Mas foi esse contexto que criou um compositor prolífico, sensível e politizado, cuja obra é reverenciada pelo público e por seus pares, como Zeca Pagodinho, Monarco e Martinho da Vila, seu principal parceiro.

 Hoje, no YouTube (/zekatimbaoficial), às 16h, o bamba faz live para comemorar seus 88 anos, completados no dia 11, com partipação de Dandara Alves e Zé Inácio Jr., seu filho.

— Resolvi contar minha história e cantar minhas músicas — diz o músico.

E suas histórias são muitas. Além de ter vivido em diversos bairros do Rio e em Niterói, Katimba foi um dos fundadores da Imperatriz Leopoldinense. E chegou a ser preso pela Ditadura.

— A gente forganizava o movimento no Teatro Opinião, com as músicas de protesto. Era em pleno regime militar, acabei detido — relembra. — Se tivesse que fazer, faria tudo de novo, porque fiz por amor, e a gente não deve desistir nunca dos nossos sonhos.

O repertório do show virtual traz clássicos como “Martim Cererê” (com Gibi) e “Na minha veida” (com Martinho).

— Vamos também homenagear Chiquinha Gonzaga, Mart’nália e Dona Ivone Lara, além da Simone, nossa Cigarra, que foi quem mais gravou minhas músicas com o Martinho — adianta.

Bem-humorado, Katimba lembra dos tempos difíceis com leveza.

 

— Era uma época muito dura quando cheguei aqui. E tudo que não prestava era coisa de “paraíba”. No meio desse furdunço todo de preconceito, tive que sobreviver. Eu fui um dos fundadores da escola, mas quem empurrava alegoria e metia mão em cola quente? M as aprendi tudo, desde trabalhar o couro até tocar. Fui passista, mestre-sala, vice-presidente, presidente, puxei corda... Venci, fiz tudo por amor. E só o amor dá nobreza — afirma. — Graças a Deus, insisti. As escolas fazem a maior festa do universo, são nossos patrimônios culturais. E a música é única, pode ser pop, rock, o que for. A cultura popular tem uma sabedoria muito profunda.

O músico conta que ainda tem muito para aprender.

— Pretendo me aposentar aos 100 anos e viver de sambas de amor. Eu quero me formar em aprendiz, quero aprender todos os dias. A essência da vida é essa, aprender e amar.


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