Na pandemia, a televisão e o computador perderam ainda mais o protagonismo nas casas brasileiras para os celulares. Enquanto o percentual de residências com aqueles aparelhos caiu, a parcela de famílias com smartphones cresceu de 94,4% para 96,3% de 2019 para 2021.
E a fatia de domicílios só com telefone celular saltou para 81,4%. No ano anterior à pandemia, era de 72,4%. Consolidando o seu reinado nos lares brasieiros, o smartphone também se tornou o principal dispositivo de acesso à internet em casa.
Os dados são do levantamento Tecnologia da Informação e Comunicação com base em informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadTIC), divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE, e confirmam uma tendência crescente nos últimos anos: o conteúdo audiovisual e de emissoras de TV, assim como o streaming, antes consumidos só via televisores, agora passaram a ser acessados por diferentes dispositivos.
De acordo com o estudo, nos últimos cinco anos, a quantidade de casas apenas com celular passou de 62% do total, em 2016, para 72%, em 2019. Na pandemia, saltou para 81% no ano passado. E o aparelho fixo foi saindo de cena: caiu à metade neste período.
Percentualmente, a presença de TVs nas residências já vinha minguando desde 2016 quando foi de 97,2%. De 2019 para 2021, mesmo com o isolamento social e a ampliação do uso de telas, a trajetória de queda se manteve, passando de 96,2% para 95,5%.
TV desbanca o computador no acesso à web
Já o percentual de domicílios com microcomputador foi reduzido de 41,4% para 40,7% entre o ano pré-pandemia e 2021. A variação da presença do tablet é ainda maior, de 11,6% para 9,9%.
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Com o avanço da presença do celular em casa, ele se tornou o principal dispositivo de acesso à internet nas residências, sendo utilizado em 99,5% dos domicílios com acesso à rede em 2021.
Em seguida, vem a TV, principal dispositivo para acesso à internet em 44,4% dos domicílios, superando, pela primeira vez, o computador (42,2%). Efeito da disseminação dos serviços de streaming.