RIO - A sustentabilidade e a responsabilidade social do turismo marcaram duas das mais tradicionais listas tendências de viagens para o próximo ano, divulgadas pela mídia especializada nas últimas semanas. Ao escolherem seus melhores destinos para 2021, tanto a editora de guias Lonely Planet quando a revista "National Geographic Traveler" deram destaques a iniciativas que se propõem a ações como preservação do meio ambiente, respeito às comunidades locais e valorização da diversidade.
O Cerrado, sugerido pela "National Geographic Traveler" na categoria Natureza/Vida Selvagem, foi a única menção nas duas seleções, ao Brasil. A publicação ressalta que o bioma, a maior área de savana da América do Sul, que abriga 5% de todas as espécies de plantas e animais do planeta, está em constante ameaça pelo avanço da agricultura. O texto lembra que mais de 103 mil quilômetros quadrados foram destruídos apenas na última década.
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A paisagem de vastas planícies, dominado por plantas imponentes e habitado por animais desconhecidos fora da continente, como antas, tamanduás-bandeiras e tatus-canastras, foi apontado como o mais próximo do que se poderia encontrar, na nossa Terra real, de um cenário onde poderiam viver os dinossauros da franquia "Jurassic Park".
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Ao todo, são 25 destinos espalhados por cinco categorias (Sustentabilidade, Natureza/Vida Selvagem, Cultura/História, Família e Aventura). Entre os considerados os mais sustentáveis, estão a cidade de Denver, no Colorado (que pretende atingir 100% de energia renovável até 2030); o Parque Nacional Marinho de Alonissos, na Grécia; o ecoturismo no Gabão, onde 11% do país é protegido como parque nacional; a capital dinamarquesa Copenhague, que pretende se tornar neutra em carbono até 2025; e a cidade alemã de Friburgo, que tem 40% de sua área urbana coberta por vegetação nativa.