Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo sexta, 25 de dezembro de 2020

SIMONE: NÃO ME SINDO REDUZIDA A SÍMBOLO DO NATAL

 

'Não me sinto reduzida a símbolo do Natal', diz Simone

Aos 71 anos, artista fala da falta que sente de um abraço e da live temática que faz em homenagem à data religiosa
 
A cantora Simone Bittencourt Foto: Nana Moraes / Divulgação
A cantora Simone Bittencourt Foto: Nana Moraes / Divulgação
 

Simone quase foi batizada como Natalina. A cantora ganharia o nome incomum em homenagem à data de seu nascimento — ela chegou ao mundo nos primeiros sete minutos de um 25 de dezembro —, mas o avô impediu o registro do nome.

— Por causa dele, que foi um anjo em minha vida, escapei dessa — brinca a artista, que nesta sexta-feira completa 71 anos. 

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Mas a palavra não a abandonou de vez. De substantivo próprio, o termo “natalina” se transformou num pegajoso adjetivo (quase pejorativo). Impossível fugir disso, ela reconhece. Não à toa, a comemoração do aniversário será embalada por uma live-celebração pelo feriado religioso. Hoje, em transmissão às 20h no YouTube e no canal de TV Arte1, Simone canta clássicos do disco “25 de dezembro”, que há 25 anos consolidou interpretações de sucessos de fim de ano, como “Então, é Natal”, “Boas festas” e “Bate o sino”. Outros temas parecidos estarão no repertório.

— Jamais imaginei a dimensão que “25 de dezembro” teria. Foi um projeto criado de maneira inocente, e que se tornou algo explosivo — diz ela, que idealizou o álbum, com mais de 1,5 milhão de cópias vendidas, ao se deparar com uma prateleira de discos natalinos, de nomes como Frank Sinatra e Nat King Cole, numa loja em Nova York. — Por que John Lennon pode, e eu, não? Eu sei que virei símbolo do Natal, mas não me sinto reduzida a isso. Sou uma pessoa grande. Tenho um repertório bonito.

'Fico nervosa com as lives'

A cantora Simone, aos 71 anos Foto: Divulgação / Rodrigo Marques
A cantora Simone, aos 71 anos Foto: Divulgação / Rodrigo Marques

Desde abril, Simone se debruça sobre a extensa discografia. Em lives semanais assistidas, até agora, por cerca de 1 milhão de espectadores, a cantora já revisitou mais de 300 canções eternizadas em sua voz, além de ter se arriscado por letras nunca antes gravadas. Avessa a aplicativos, ela ainda sente dificuldade em manejar smartphones. Por necessidade, porém, precisou se familiarizar com alguns recursos digitais.

— Acho que não imaginam como fico nervosa com as lives. Tremo toda. Não gostaria que fosse assim, porque isso me atrapalha. Mas não consigo ser tranquila — conta.

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No escritório que faz as vezes de estúdio no apartamento onde a artista mora, em São Conrado — e de onde será transmitido o show de hoje —, é Simone quem ajusta equipamentos técnicos como microfones e caixas de som. Como de praxe, não haverá qualquer equipe por trás das câmeras. Apenas a produtora Darliana e a cachorrinha Lola a acompanharão em casa. E então será assim o Natal (e o aniversário) de Simone: tranquilo, sem muita gente por perto.

— Sinto falta de um abraço, de um olhar carinhoso do público... Certo dia, numa dessas transmissões, abracei o meu tablet. Foi uma babaquice? Pode até ter sido. Mas sou essa pessoa que gosta de encostar e tocar os outros — ela frisa.

A cantora Simone Bittencourt Foto: Divulgação / Rodrigo Marques
A cantora Simone Bittencourt Foto: Divulgação / Rodrigo Marques

Tal qual Caetano

Em isolamento desde abril, Simone faz o possível para manter o corpo ativo. Há dias em que se dedica a exercícios abdominais. Em outros momentos, dá voltas pela casa, contabilizando as caminhadas com tampinhas de garrafa PET. Apesar do “tempo que passa mais rápido e parece nos carregar junto”, ela tem se sentido mais bonita. Sim, a cantora concorda com a afirmação de Caetano Veloso, que, em sua última live, na semana passada, teceu elogios à beleza da colega.

— O tempo tem sido generoso comigo, acho que estou envelhecendo bem. O mesmo acontece com Caetano. Ele está mais belo hoje — ressalta Simone, que tem uma “dieta” movida a arroz, feijão e carne. — Não posso negar que tenho rugas, pelancas e que o colágeno está longe de ser maravilhoso. Mas sou uma mulher de 71 anos, né? Tenho que aceitar que não sou mais novinha.

Na foto que abre esta reportagem, ela aparece com o rosto limpo, sem maquiagem:

— Só usei rímel — pondera.

A produtora corrige:

— Não é rímel. É delineador.

Simone faz graça:

— Viu só como meu conhecimento sobre essas coisas é ótimo?

 


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