Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Raimundo Floriano - Perfis e Crônicas terça, 16 de fevereiro de 2021

POESIA EM TEMPO DE PANDEMIA

 

POESIA EM TEMPO DE PANDEMIA

Raimundo Floriano

 

 

Há coisa de quinze dias, surgiu-me no sinistro-quarto-podo-dáctilo, quer dizer, no dedo à esquerda do dedão do pé esquerdo, ou seja, no seu “indicador”, uma pequena bolha, que foi crescendo “que nem um nó na garganta”, até alcançar um tamanho a nos inspirar cuidados. Pra variar, no mesmo “indicador” do pé direito, apareceu outra, pequenininha, recusando-se a imitar a anterior em magnitude.

 

Na semana passada, Veroni, minha mulher, resolveu fotografar a sinistra e se apavorou com o rumo que as coisas estavam tomando. Vejam-na:

 

 

 

Imediatamente, Mara, minha caçula, procurou orientação médica, sendo-lhe indicado o Enfermeiro Ricardo Lima, Podólogo, ou Podiatra, com queiram, que, logo em seguida, iniciou o tratamento – domiciliar, eis que continuo em rigorosa quarentena, há onze meses, embora já tenha recebido a primeira dose da Oxford/AstraZeneca. Vejam-no com a mão na massa:

 

 

 

Conversa vai, conversa vem, falei-lhe sobre minha atividade cultural, o Almanaque Raimundo Floriano, virtual Internet, os livros que escrevi e, como amostra física, ofertei-lhe meu último trabalho impresso, o Caindo na Gandaia, com a seguinte dedicatória:

 

“Ao Ricardo, uma lembrança de minhas bolhas pandêmicas.”

 

No dia seguinte, ele me surpreendeu, entregando-me um envelope pardo contendo uma folha A-4, na qual se via impressa esta poesia:

 

PANDÊMICAS BOLHAS

 

Bolhas, bolhas!

Aclama bolha, estoura, tola.

Murchas bolhas, não vindouras, poucas.

 

Estoura bolhas.

Pandêmicas bolhas.

Poéticas bolhas.

 

Bolhas anis, bolhas viris.

“Rai-o-mundo” das bolhas sutis, “veronis”.

Reflexivas bolhas.

Pandêmicas bolhas.

 

(Odracir Amil)

 

Pois é, amigos, a Cultura é um visgo! Atrai e gruda! Mesmo na enfermidade, é um grande conforto ver esses meus dois pisantes, que já trilharam árduos caminhos, receberem a dedicação, os cuidados e o carinho de um intelectual, competentíssimo em sua área profissional, o poeta Ricardo Lima.

 

Glória a Deus!

 


quinta, 18 de fevereiro de 2021 as 08:19:12

Teresa Cristina da Silva Néto
disse:

Primo Raimundo , surpreendente ! Emocionante ! Até suas bolhas simétricas nos dedos , em competição de tamanhos , inspira versos ! Você atrai, Raio Mundo “ veronis”, a cultura, a inteligência , o saber e a atenção de quem passa por seus caminhos . É um “ visgo”. Imagino o quanto fez brincadeira das bolhas poéticas , apesar do medo danado de tudo que é estranho e desconhecido em nosso corpo . O competente funcionário foi contagiado ( eita termo temeroso)pela história, prla cultura , pela vontade de saber , pelo amor ao conhecimento e a pesquisa que moram em sua casa e em sua conversa . Parabéns, Ricardo Lima ! Que inspiração ! Que competência ! Que alegre humor nestes tempos tão incertos e difíceis . Obrigada por conhecer os intelectuais que andam solto pelos caminhos dessa vida e, acabam, muitos, por fazerem parada na casa de Raimundo Floriano . Teresa Cristina


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quinta, 18 de fevereiro de 2021 as 08:18:51

Teresa Cristina da Silva Néto.
disse:

Primo Raimundo , surpreendente ! Emocionante ! Até suas bolhas simétricas nos dedos , em competição de tamanhos , inspira versos ! Você atrai, Raio Mundo “ veronis”, a cultura, a inteligência , o saber e a atenção de quem passa por seus caminhos . É um “ visgo”. Imagino o quanto fez brincadeira das bolhas poéticas , apesar do medo danado de tudo que é estranho e desconhecido em nosso corpo . O competente funcionário foi contagiado ( eita termo temeroso)pela história, pela cultura , pela vontade de saber , pelo amor ao conhecimento e a pesquisa que moram em sua casa e em sua conversa . Parabéns, Ricardo Lima ! Que inspiração ! Que competência ! Que alegre humor nestes tempos tão incertos e difíceis . Obrigada por conhecer os intelectuais que andam solto pelos caminhos dessa vida e, acabam, muitos, por fazerem parada na casa de Raimundo Floriano . E não é que deu até rima a poesia e a ceifeira pandemia ? Abraços e meus cumprimentos . Primo Raimundo Floriano , você é demais ! 🌷 Teresa Cristina


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