Irradiada pela primeira vez, na voz do locutor Sebastião Stanislau, em 8 de setembro de 1939, sendo o seu texto atribuído ao jornalista Carlos Rios, por alguns, e ao radialista Mário Libânio, por outros.
Ave Maria!
Rainha pura e ditosa dos homens pecadores.
Santa radiosa do céu!
Hora doce e emocionante, entre o dia que morre e a noite que surge.
As criaturas perdidas, na inquietação que enche a terra, olham o firmamento, ansiosas pela luz das estrelas que começam a inundar a imensidade.
Ave Maria!
Paz e recolhimento para os espíritos, conforto e esperança para as almas!
O homem dobra os joelhos e abranda a sua ira, esquece os seus sofrimentos e abre o seu coração, nesta hora terna de piedade e de recolhimento.
O seu pensamento voa para o céu, qual gigantesco pássaro audacioso que soltasse, na amplidão, as suas asas doiradas.
Ave Maria!
As catedrais e as capelas humildes entoam, ao mesmo tempo, a sua oração que o bronze secular cobre de sons divinos, enchendo o espaço de harmonias inefáveis.
Ave Maria!
Hora da prece e do perdão.
Hora dos fidalgos e dos plebeus.
Hora dos cristãos de todas as idades e dos filhos de Deus de ambos os hemisférios.
Ave Maria!
Hora grandiosa de Deus!
Traço de união divina entre a criatura e o Criador.
Hora mágica da humanidade que abre um doirado caminho de luz, entre a terra angustiada e o céu bendito.
Ave Maria!