Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

De Balsas Para o Mundo sexta, 28 de abril de 2017

O 46º ANIVERSÁRIO DO BPEB

O 46º ANIVERSÁRIO DO BPEB

Raimundo Floriano

 

Sargento Floriano – 1961

 

            O amigo Blum, que foi Brigada na valorosa PE, veio pegar-me na 215 Sul, de onde já saímos ouvindo marchas militares no toca-fitas do seu carro.

 

            Nossa chegada ao Portão das Armas marcou o início desse dia especial, quando comemoramos o 46º Aniversário do BPEB - Batalhão de Polícia do Exército de Brasília, o Batalhão Brasília, do qual sou um dos fundadores.

 

            Era 12 de maio de 2006. Embora 13 fosse a data oficial, a festividade aconteceu com um dia de antecedência, pelo fato de cair numa sexta-feira.

 

            Após recebermos os cumprimentos do Cerimonial, fomos nos deparando com velhos camaradas que disseram Ad sumus!   – Aqui estamos!

 

            O Soldado Alves se apresentou. Praça de 1962, hoje advogado de sucesso no DF, desde então não nos víamos. Empatia imediata. E o passado foi-se materializando: Geraldo Nascimento, vulgo Sepetiba, que doou o primeiro “camburão” para a Unidade, nos idos dos anos 60; Coronel Paulo Izaías, nosso Comandante de 1961 a 1963; Coronel Jannuzzi e Soldado Geraldo Branquinho, esses dois oriundos da 6ª Companhia de Guarda, pioneira do Verde-Oliva na Capital Federal; Sargento Abílio Teixeira, com o porte e a elegância de um parlamentar; Capitão Cunha, Júlio Mandacaru, Luciano e muitos outros, além deste Furriel que vos fala, 39 anos após sua baixa, em 1967, devido à aprovação em concurso público para a Câmara dos Deputados.

 

            Exatamente às 11h00, sob o Comando do Ten-Cel Negraes, teve início a solenidade. Em frente aos palanques, o pátio vazio.

 

            Súbito, no vão entre os pavilhões do PIC e do S/3, começou a surgir a Tropa. Primeiramente, a Banda, depois a Bandeira, o Estado-Maior e as Companhias, entoando a canção Fibra de Herói, de Guerra Peixe e Teófilo Barros Filho, secundada pela Canção da Infantaria, de Thiers Cardoso e Hildo Rangel.

 

            Arrepios! Arrebatamentos! A vibração começou a tomar conta de todos os presentes. Ênfase especial para o impecável adestramento daquele corpo de militares que se expunha ante nossos olhos!

 

            Seguiram-se os atos de preito ao Marechal Zenóbio da Costa, Patrono da PE, condecorações e a Fala do Comandante. Então, entoamos a Canção do BPEB, letra e música do General Paulo Roberto Yog de Miranda Uchoa, o que já acentuou em nosso peito incontido aperto de sentimentos cívicos.

 

            Logo em seguida, todos nós, os PEs da Velha Guarda, com o Capitão Araújo liderando nosso Pelotão como Porta-Símbolo, desfilamos em frente à Tropa e aos palanques, na cadência do dobrado Batista de Melo, de Mathias de Almeida, e haja coração para aguentar mais outro tranco de emoção!

 

Banda de Música do BPEB: dobrados inesquecíveis  - Acervo Laboratório Fotográfico do Bataslhão

 

            Dando continuidade, o Batalhão desfilou em continência ao Comandante, às autoridades e aos convidados, ao som do dobrado São Cipriano, de João Nascimento.

 

            Culminando a festividade no pátio, a Pirâmide Humana, com 30 homens sobre uma motocicleta, brindou-nos com seu magnífico show, que já faz parte do Guiness Book of Records, por ser único no mundo – 47 elementos!

 

            Um coquetel musical, no Pavilhão do Comando, deu o ponto final, o arremate na inesquecível confraternização.

 

            Ao nos despedirmos dos camaradas, e ao transpormos o Portão das Armas, eu e o meu amigo Blum parecíamos dois recrutas saindo para casa em dia de dispensa. Sim, porque nossa ausência é transitória, efêmera. Na próxima solenidade, responderemos novamente à chamada para, junto à mocidade do nosso Batalhão, com juvenil entusiasmo, cantarmos:

 

“No Planalto Central Brasileiro

A estrela da ordem já brilha

Pois surgiu com seu porte altaneiro

O soldado PE de Brasília!”

 

            O texto acima foi enviado, pela Internet, tão logo o redigi, para o Comandante do BBEB, que assim me deu o retorno:

 

“Tenente Raimundo Floriano,

Muito Obrigado pelo e-mail. São estes tipos de mensagens que demonstram que ainda existem pessoas com sentimento de civismo e amor pelas instituições. Hoje, 2ª feira, esta vossa mensagem foi lida durante a reunião dos oficiais do BTL, e posteriormente afixada uma cópia em cada celotex das SU. Lembre-se de que o BPEB continua sendo a extensão de vosso lar. Uma vez PE! Sempre PE! TC Negraes, CMT do BPEB.”

 

            No dia 13 de maio de 2010, o BPEB completa o seu Jubileu de Ouro. Já estamos nos organizando para formarmos a Grande Companhia da Saudade, com veteranos que virão de todas as partes do Brasil, para festejarmos juntos esse fato histórico.

 

            A verdade é esta: faz 42 anos que deixei a farda, mas a caserna não sai de mim!

 

            No ano de 1997, quando nossa Turma, a de 1957, da Escola de Sargentos das Armas - EsSA, sediada em Três Corações-MG, completou 40 anos, lá comparecemos, alunos e monitores, para uma grande festa, que durou três dias. O quadro relativo a esse encontro consta da Página 66 do meu livro Do Jumento ao Parlamento, edição esgotada.

 

            Em 2007, a festa se repetiu, na comemoração do Cinquentenário da Turma, cujo quadro lhes apresento a seguir.

 


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