Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo domingo, 31 de janeiro de 2021

NELSON SARGENTO, ORLANDO DRUMMOND E MAIS TRÊS IDOSAS SÃO VACINADOS

 

Nelson Sargento, Orlando Drummond e mais três idosas participam de cerimônia de nova fase de imunização no Rio

O prefeito Eduardo Paes recebeu os idosos no Palácio da Cidade na manhã deste domingo (31)
 
O compositor Nelson Sargento e o ator Orlando Drummond foram vacinados em cerimônia para início de nova fase de imunização no Rio Foto: Marcia Foletto / Agência O Globo
O compositor Nelson Sargento e o ator Orlando Drummond foram vacinados em cerimônia para início de nova fase de imunização no Rio Foto: Marcia Foletto / Agência O Globo

Faça o teste: Qual é o seu lugar na fila da vacina?

Foram vacinados nessa cerimônia:

  • Neiva Gomes Brandão, dona de casa, de 95 anos
  • Nelson Sargento, compositor, de 96 anos
  • Dulcinéia Gomes Pedrada, dona de casa, de 97 anos
  • Sebastiana Farnezi da Conceição, costureira, de 98 anos
  • Orlando Drummond, ator, de 101 anos
O compositor Nelson Sargento cantou após ser vacinado em cerimônia para celebrar início da próxima fase Foto: Marcia Foletto / Agencia O Globo
O compositor Nelson Sargento cantou após ser vacinado em cerimônia para celebrar início da próxima fase Foto: Marcia Foletto / Agencia O Globo

Após ser vacinado, Nelson Sargento resumiu o sentimento:

— Que felicidade!

Logo depois, o sambista cantou um pequeno trecho de "Agoniza mas não morre", música de sua autoria. Na saída da cerimônia, o compositor completou:

Ao fim da cerimônia, o ator Orlando Drummond falou com a imprensa rapidamente sobre ter recebido uma dose da vacina contra a Covid-19:

— Sinto uma alegria muito grande em ter sido vacinado. Graças a Deus.

Entre as imunizadas com a primeira dose da vacina neste domingo, a dona de casa Neiva Gomes Brandão, de 95 anos, deseja que a população se vacine para que a cidade volte à normalidade:

— A vacina foi maravilhosa. Espero que essa campanha toda seja maravilhosa, que todo mundo vacine, que faça bem para todo mundo. Todo mundo deve se vacinar, para ficar imunizado, e isso vai passar logo para voltar o Rio como era — disse Neiva.

Seguindo o isolamento em casa, a idosa moradora de Ipanema conta que o que mais sente falta é dos passeios na orla.

— O que mais sinto falta é a praia, que gosto muito e não posso ir. Agora que posso dar uma chegadinha e tomar um sol.

Aos 101 anos, o ator Orlando Drummond é vacina contra a Covid-19 em cerimônia no Palácio da Cidade Foto: Marcia Foletto / Agencia O Globo
Aos 101 anos, o ator Orlando Drummond é vacina contra a Covid-19 em cerimônia no Palácio da Cidade Foto: Marcia Foletto / Agencia O Globo
 
 

Para Dulcinéia Gomes Pedrada, de 97 anos, o grande desejo é conhecer a tataraneta caçula, que fez um ano em novembro.

— Essa vacina é um ponto de esperança. Quero voltar a receber minha família e conhecer minha tataraneta — disse a idosa, que tem sete netos, sete bisnetos e três tataranetas.

A idosa mora com a bisneta, a neta e a nora. A universitária Maria Clara Pedrada, 24 anos, bisneta de Dulcinéia, disse que a idosa é bem independente e é quem cozinha diariamente. Durante toda a pandemia, só saiu de casa hoje para ser vacinada.

— Ela queria receber as pessoas de volta aqui em casa. Ficou muito feliz com a vacinação porque ela estava triste por não estar recebendo visita. Nesse período todo, só saiu agora para receber a vacina. Eu, minha mãe e minha avó tivemos covid bem no início e ela não teve absolutamente nada — contou a bisneta Maria Clara.

No aniversário de 97 anos, dia 24 de novembro, não teve visita de nenhum parente. Bolinho foi só com a nora, a neta e a bisneta.

A costureira Sebastiana Farnezi da Conceição completou 98 anos no último dia 19, mas o presente chegou 12 dias depois. Ela não teve a tradicional festa de aniversário que reúne cerca de 90 pessoas, entre amigos e familiares. A comemoração foi no Palácio da Cidade, onde recebeu a dose do imunizante.

 

— Tô garantida -— exclamou a idosa após ser vacinada.

Ir à feira, ao supermercado e à hidroginástica foram programas suspensos com a pandemia.

Em maio, sua filha ficou 11 dias internada, oito deles no CTI. Após isso, a preocupação de Sebastiana com a doença aumentou. A neta da costureira, a atriz Luana Farnezi, de 39 anos, também considera a vacinação um presente de aniversário, já que completa 40 anos nesta segunda-feira. Luana disse que, apesar da alegria da avó com a vacina, já explicou que ainda é cedo para voltar à rotina:

— Já alertei a ela que tem segunda dose pra tomar. Não tem como ficar saindo. Ela sente falta de ir ao salão. Ela é muito vaidosa.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, acompanhou a cerimônia e falou sobre a vacinação voltada, nesta nova fase, para todos os idosos com mais de 80 anos. Desde quarta-feira, pessoas com mais de 60 anos têm direito a serem imunizadas, no entanto, precisam ser profissionais da área de Saúde, como médicos e enfermeiros.

— É emocionante você poder ver o Nelson Sargento sendo vacinado sabendo que ele vai poder continuar vivendo e cantando a sua poesia, é emocionante ver o Seu Peru, que encheu de alegria as nossas vidas na televisão e na rádio, aos 102 anos. É uma alegria você ver pessoas anônimas que para suas famílias são tão importantes. Hoje é um dia importante porque a gente parte para vacinar priorizando as pessoas mais velhas — disse Paes.

O prefeito voltou a falar sobre a importância de seguir as medidas sanitárias para evitar a propagação da Covid-19 no Rio. A expectativa é de que a imunização de pessoas a partir dos 60 anos seja concluída em dois meses.

— O nosso desejo e sonho é que nos próximos dois meses, isso obviamente vai depender da chegada da vacina, é vacinar todos os cariocas acima de 60 anos de idade, que é a população mais vulnerável e tem ido mais a óbito com o coronavírus. Nunca é demais para gente fazer um apelo para que as pessoas entendam esse momento, respeitem essas histórias lindas de vida e que segurem um pouco mais a onda, se controlem para que as pessoas possam viver mais —  destacou.

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, que também esteve presente na cerimônia nesta manhã, voltou a falar do planejamento do município para atender à terceira idade até o fim de março, imunizando o grupo a partir de 60 anos.

— A ideia é que feche março com todos os idosos acima de 60 anos vacinados na cidade. Nossa principal preocupação é vacinar os idosos — afirmou Soranz.

Vacinação para idosos

A partir desta segunda-feira, a prefeitura dá início ao calendário, ao longo do mês de fevereiro, para imunizar pessoas a partir de 80 anos. Os atendimentos serão escalonados, de segunda a sexta-feira, divididos por idade, e com repescagem aos sábados. A nova fase contará com atendimento em postos de Saúde de atenção básica — como Clínicas da Família — e em 10 locais no sistema drive-thru. (Veja o calendário completo e os endereços)

Na primeira semana serão atendidos os seguintes públicos:

  • segunda-feira, dia 1º: pessoas com 99 anos ou mais
  • terça-feira, dia 2: 98 anos
  • quarta-feira, dia 3: 97 anos
  • quinta-feira, dia 4: 96 anos
  • sexta-feira, dia 5: 95 anos
  • sábado, dia 6: repescagem para quem tem 95 anos ou mais

Vacinação na capital

A previsão é de que a cidade do Rio receba novas doses da CoronaVac, do Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, ainda na próxima semana. Apesar da expectativa, a nova fase da campanha de vacinação foi planejada com as doses dos lotes recebidos neste mês, tanto de CoronaVac como da Oxford/AstraZeneca, que foi entregue esta semana. Nos postos de vacinação o público não poderá escolher qual das duas vacinas irá receber.

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A Secretaria municipal de Saúde terá apoio das pastas de Assistência Social e de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida para realizar o atendimento a idosos que tenham dificuldade de buscar por atendimento nos postos para a imunização. Na primeira fase desta etapa, as pessoas com mais de 60 anos atendidas foram as que residem em abrigos de longa permanência. Desde a última quarta-feira, foi ampliado para profissionais da Saúde com mais de 60 anos. E amanhã, dia 1º, passa a imunizar idosos em geral, com recorte por idade a cada dia. Em fevereiro, a expectativa é vacinar pessoas com idade a partir de 80 anos.

— Só idosos que estão em programas sociais da prefeitura, do Bolsa Família e abaixo da linha de pobreza, a gente tem 20 mil. Eles têm mais dificuldade de procurar os postos de saúde. É muito mais complexa a vacinação deles, tanto pela questão socioeconômica, e pelas questões de transporte. Então a Secretaria de Assistência Social e a Secretaria de Envelhecimento Saudável também vão estar ajudando. É um momento emocionante para quem vai poder vacinar seus avós. Infelizmente eu não pude porque perdi minha avó para a Covid-19 — disse Soranz.

E completou sobre a estratégia do município:

— Muita discussão de vários outros setores da sociedade, de pessoas jovens querendo ser vacinadas, querendo entrar como prioridade na fila. Isso não pode acontecer. A prioridade tem que ser das pessoas que estão morrendo. O objetivo dessa vacina é evitar óbito e evitar internação — afirmou o secretário de Saúde.

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A prefeitura também vai usar o cadastro de campanhas de vacinação anteriores, como da gripe, para atender aos idosos acamados em casa. Os que ainda não tiverem esse tipo de atendimento por parte da secretaria de Saúde podem entrar em contato com a pasta para fazer o cadastro na unidade de saúde mais próxima.

— A grande maioria de idosos acamados, a secretaria já tem esse cadastro e faz a vacina para gripe e outras ações, principalmente nas comunidades do Rio. Algumas áreas mais nobres a gente ainda não têm esse cadastro e está pedindo para que as famílias procurem a sua unidade de saúde e façam o seu agendamento. É sempre importante que o acamado seja vacinado pela sua unidade de referência porque ela vai acompanhar a segunda dose e qualquer tipo de reação vacinal — explicou Soranz.

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