MORREU MARIA PREÁ
História de domínio público, resgatada por
VIOLANTE PIMENTEL
Em uma pequena cidade de um Estado nordestino, havia uma paroquiana muito fogosa, conhecida por MARIA PREÁ, do tipo que gosta de adular o Padre, arrumando a igreja, organizando as Missas, a comida, e até suas roupas, inclusive as batinas. Era uma mulher bonitona, com atributos femininos bem salientes (seios e ancas), que provocavam desejo em qualquer homem normal. O Padre José que, antes de tudo, era homem, não escapava dessa tentação. Como a carne é fraca, o voto de castidade do Padre fracassou, e ele se envolveu com a tal paroquiana, numa atração fatal, do jeito que o diabo gosta.
Certo dia, numa ocasião em que as portas da igreja ainda estavam fechadas, o Sacristão flagrou o Padre José e Maria Preá em plena conjunção carnal, transando, num sofá que havia na Sacristia, como se fossem Adão e Eva no Paraíso. O susto que o Sacristão levou foi tão grande, que ele não se conteve e deu um grito de espanto. O Padre, envergonhado, não encontrou palavras para justificar o óbvio ululante. A partir de então, nunca mais teve sossego, passando a ser chantageado, constantemente, pelo Sacristão. Sem qualquer escrúpulo, o rapaz sempre relembrava o flagrante, e lhe exigia propinas e regalias, em troca do seu silêncio com relação a Maria Preá. Se o escândalo se espalhasse, o Padre sabia que sua vida sacerdotal sucumbiria.
Alguns meses depois, o Padre José, dirigindo sua Rural antiga, deslocou-se até o lugarejo vizinho, para participar de uma reunião que envolvia atividades da igreja. A reunião terminou antes da hora de costume, e ele retornou bem mais cedo do que das outras vezes. A igreja ainda estava fechada.
O Padre entrou na Casa Paroquial, que ficava ao lado. O costumeiro silêncio estava sendo quebrado por alguns gemidos e sussurros, que vinham de um dos quartos. O Padre se aproximou e deparou-se com uma cena grotesca e chocante, que ele jamais poderia esperar: O Sacristão que o vivia chantageando, por tê-lo flagrado transando com Maria Preá, encontrava-se, simplesmente, em decúbito dorsal, numa cena de sexo animalesco, servindo de fêmea ao Coroinha. Em suma, o Sacristão foi flagrado pelo Padre José, numa cena de homossexualismo, ocupando a passividade do ato. Dessa vez, quem deu um grito de horror foi o Padre, diante da surpresa e da aberração!
O Sacristão se ajoelhou aos seus pés, e implorou para que ele não contasse nada a ninguém, pois também seria um verdadeiro escândalo. O Padre José, sentindo-se vingado, respondeu:
– Sacristão, safado e veado! Esta história não vai sair daqui!!! Mas preste bem atenção:
"DE HOJE EM DIANTE, MORREU MARIA PREÁ, ENTENDEU?!!!"
E a chantagem do Sacristão terminou aí!