Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo terça, 07 de dezembro de 2021

MILA MOREIRA SE ENCANTOU: SE MORER AMANHÃ, JÁ FIZ TUDO O QUE QUERIA, DISSE A ATRIZ

 

Mila Moreira: 'Se morrer amanhã, já fiz tudo o que queria', disse atriz

 

Mila Moreira em sua casa, num registro de 2003: 'Vivo bem, namoro, me divirto'

 

 

A sociedade questiona mulheres que não têm filhos. É como se a pessoa a partir de certa idade precisasse, constantemente, explicar por que motivos não se tornara mãe. A atriz Mila Moreira, que faleceu nesta segunda-feira, aos 75 anos, encarava esse tipo de pergunta durante entrevistas de forma bastante direta, dizendo que não teve filhos por opção e era muito feliz assim. Da mesma forma, desde o início da conservadora década de 1980, Mila já exaltava sua individualidade ao afirmar que não dependia de estar acompanhada para se sentir bem.

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- Descobri que é muito importante ficar só, embora também saiba que nunca se deve dizer "desta água não beberei". Eu já bebi todas. Algumas foram remédios, com outras me envenenei. Mas quero curtir minha liberdade, viver minha carreira, minha casa, as viagens. Sem compromisso afetivo. Ando muito pouco exigente com meu conceito de felicidade. Ser feliz é estar vivo. O resto acontece naturalmente. Até o amor - disse a atriz ao GLOBO em agosto de 1982, aos 36 anos, quando estava no ar na novela "Elas por elas", de Cassiano Gabus Mendes.

 

Mila Moreira na época da novela 'Marron Glacê', em 1979
 

 

Três anos depois, em setembro de 1987, Mila interpretava Mumu Soares Sampaio em "Bambolê", a sua nona novela desde que havia deixado a carreira nas passarelas para se tornar atriz, nos anos 1970. Diante de uma pergunta que a fez refletir sobre os rumos tomados por sua vida, ela afirmou que nunca deixava de se questionar sobre isso, mas se considerava feliz com suas escolhas.

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- Eu me questiono sem parar e, às vezes, penso se não estaria melhor com os filhos que nunca tive, embora já tenha me casado. Também não fiz faculdade, só me formei em Contabilidade, e me pergunto se não seria bom voltar a estudar. Mas, em compensação, se eu não seguisse o caminho que segui, jamais teria viajado tanto. Tudo na vida tem duas mãos, é preciso abdicar de uma, e eu acho ótima a vida que escolhi. Além disso, sou otimista e me considero feliz. Aliás, tenho horror a gente negativa. Estar viva, ter saúde e trabalhar já é um privilégio.

Em 2010, aos 64 anos, quando interpretava uma guru da moda na novela "Ti ti ti", Mila continuava com a postura de autoconfiança e sem arrependimentos diante da vida. De acordo com uma entrevista à "Revista da TV", do GLOBO, a atriz vinha lidando de forma tranquila com as dores e as delícias do envelhecimento.

 

Mila Moreira e Tony Ramos durante troca de presentes no Natal de 1979

 

 

- Cuido da pele, sem exagero. Sou magra, mas tenho flacidez. Por isso, faço ginástica - contou, sem saudosismo: - Eu tive o meu tempo e brilhei. Fui ótima modelo e sigo como atriz. Vivo bem, namoro, me divirto. Tenho amigos que envelhecem comigo, brincamos com a própria terceira idade. É o ciclo da vida. Como dizia para a mamãe, se eu morrer amanhã, já fiz tudo o que queria. Só me entristece ver quem ainda perde tempo com bobagem. “Tomorrow is another day” é a melhor frase do mundo.

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Seis anos mais tarde, a artista nascida em São Paulo, filha de pais portugueses, vivia Gioconda Moretto Ferrari, a Gigi, na novela "Lei do Amor'. Àquela altura, após quase 30 produções para a TV e com a experiência de seis casamentos (ela já foi casada com o ator Luís Gustavo, o produtor musical Ronaldo Bôscoli e o designer Hans Donner, entre outros), a artista parecia ainda mais convicta a respeito dos caminhos que tomara na vida.

- Como não tive filhos, sempre foi fácil casar. Pensei em ter, mas estava sempre trabalhando e viajando. Não conseguiria criá-los, acho que criança tem que ter mãe. Além disso, nunca me senti segura financeiramente. Quando comecei não se ganhava o dinheiro que se ganha hoje.

 

Mila Moreira em 1982 com o ator Luís Gustavo, com quem foi casada

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