Com um acervo que inclui preciosidades como o manuscrito com a letra de “As rosas não falam”, além de outros documentos, imagens, objetos e indumentária, o Museu do Samba reabre esta semana, quarta-feira. Veja uma lista de atrações para relembrar a obra de Cartola (1908-1980), que inclui lives de Rildo Hora, Moacyr Luz e Teresa Cristina e filme em streaming. Confira.
FOTOGALERIA: NOS 40 ANOS DE MORTE DE CARTOLA, UM ROTEIRO PARA RELEMBRAR SUA OBRA
Museu do Samba
Fechado desde o início da pandemia, o espaço volta com visitas sob agendamento. A reabertura acontece na data em que se comemora o Dia do Samba, 2 de dezembro. Além do acervo de Cartola, o museu tem — entre outros itens, como depoimentos em vídeo — peças como violão de Candeia, a primeira carteira de sócio-compositor de Silas de Oliveira no Império Serrano, óculos de Dona Ivone Lara, terno de Zé Keti, peças de Aluízio Machado, Dodô da Portela, Monarco, Martinho da Vila, Vilma da Portela e Bira Presidente, do Cacique de Ramos. Uma nova mostra temporária também abre junto com o museu, “Samba/semba”, que inclui pinturas de Nelson Sargento e reproduções de trabalhos de nomes como Rosa Magalhães e Fernando Pinto.
Nesta segunda-feira (30) às 18h, por ocasião dos 40 anos de morte de Cartola, haverá uma live no Instagram (@museudosamba). Sua neta, Nilcemar Nogueira, e Felipe Ferreira, diretor do museu, receberão Maurício Barros, pesquisador e autor do livro “Zicartola”; Rildo Hora — que vai contar sobre sua experiência como produtor de Cartola e tocar gaita —; e Sandra Portella, que vai cantar músicas como “Sala de recepção” e “O mundo é um moinho”.
Museu do Samba. Rua Visconde de Niterói 1.296, Mangueira — 3234-5777. Seg a sex, das 10h às 17h (agendamento em contato@museudosamba.org.br). Grátis.
Lives
À luz dos primeiros sambas de Cartola, Moacyr Luz presta hoje, a partir das 17h, um tributo ao mestre mangueirense em apresentação de voz e violão transmitida em live no Instagram (@moaluz).
— Cartola eleva a batucada, nas raízes da cultura brasileira, a um nível de elegância que ela merece. Sua obra é reverenciada pelas novas gerações e continua atual mesmo depois da virada do século — ressalta Moacyr.
O cantor e compositor relembra ainda clássicos como “O sol nascerá” e “O mundo é um moinho”, além de “As rosas não falam”.
Outra homenagem fica por conta da cantora Teresa Cristina, que apresenta hoje, a partir das 22h no Instagram (@teresacristinaoficial), repertório dedicado ao baluarte.
— Marcará a volta das minhas lives — diz a cantora, que gravou “Tive sim”, composta na década de 60.
‘Cartola: música para os olhos’
“Naquele tempo eu me chamava Agenor, hoje eu me chamo Angenor”, conta Cartola ao falar da época em que nasceu, quando morava na Rua Ferreira Vianna, no Catete, no documentário “Cartola: música para os olhos” (Brasil, 2007), dirigido pelos prestigiados Lírio Ferreira e Hilton Lacerda. O filme reconstitui ao mesmo tempo a história do compositor e a do samba, por meio de imagens de arquivo e depoimentos que incluem nomes como Ismael Silva, João da Baiana e Donga.