Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo domingo, 29 de abril de 2018

AGILDO RIBEIRO - AOS 86 ANOS, MORRE O HUMORISTA AGILDO RIBEIRO

 

AOS 86 ANOS, MORRE O HUMORISTA AGILDO RIBEIRO

Ator estava afastado da TV desde 2016, quando fez "Zorra total"

O comediante Agildo Ribeiro, que vai ser homenageado por prêmio de humor criado por Fábio Porchat - Ana Branco / Agência O Globo

RIO - O humorista Agildo Ribeiro morreu em sua casa, no Rio de Janeiro, neste sábado, informa o colunista Ancelmo Gois, em razão de problemas cardíacos. Nascido em 26 de abril de 1932 (havia completado 86 anos na última quinta-feira), o ator foi um dos comediantes de maior sucesso no país.

 

Filho de um tenente comunista que se desesperou ao vê-lo trocar o Colégio Militar pelo humorismo, Agildo Ribeiro não podia fugir à sua vocação. Para um artista que dizia “carregar uma claque ambulante” consigo mesmo, fazer rir é um compromisso para a vida toda. Que o ator e comediante cumpriu até o fim, mesmo afastado dos palcos e da televisão desde 2016.

— Nas ruas, me chamam de rei da comédia, de gênio, andam atrás de mim pedindo que eu conte piada, faça imitações do Maluf, faça caretas, riem de tudo o que eu falo. É sempre assim — disse o humorista, em entrevista ao GLOBO em março deste ano, quando foi o grande homenageado pelo Prêmio do Humor, promovido por Fábio Porchat.

 

Rei dos bordões e dos personagens marcantes, Agildo ingressou no elenco de programas pioneiros da TV Globo em 1965 e logo se tornou um dos comediantes mais populares do país a partir dos anos 1970, ganhando a alcunha, merecida, de “capitão do riso".

 

ALGUNS MOMENTOS MARCANTES DA CARREIRA DE AGILDO RIBEIRO

  • O humorista Agildo Ribeiro conquistou o público como o professor de mitologia apaixonado por Bruna Lombardi, em um dos quadros do programa "Planeta dos Homens", na TV GloboFoto: Reprodução

  • Em dos primeiros papeis, ainda na TV TupiFoto: Reprodução

  • Programa Satiricon, com Jô Soares, Agildo Ribeiro, Zé Vasconcelos e Renato Corte Real, em agosto de 1973Foto: Divulgação/ TV Globo/ Antônio Nery

  • Programa "A Festa é Nossa", com Agildo Ribeiro e Lúcio Mauro, em fevereiro de 1983Foto: Arquivo O Globo

  • Agildo Ribeiro em um dos seus papeis femininosFoto: Divulgação

  • Cena de Agildo Ribeiro, Arlete Salles, Maria Gladys e Luís Salém em "A lua me disse", novela de 2005. Foto: Renato Rocha Miranda / Divulgação / TV Globo/ Renato Rocha Miranda

  • Agildo na gravação do filme "Casa da Mãe Joana", com José Wilker e Agildo Ribeiro, em abril de 2006Foto: Salvador Scofano / Salvador Scofano

  • Participação especial de Agildo Ribeiro no último 'Casseta e Planeta, urgente!', em dezembro de 2010Foto: Divulgação TV Globo / Blenda Gomes / Divulgação / TV Globo / Blenda Gomes

  • Agildo Ribeiro e Elizabeth Savalla, contracenando na novela "De Quina pra Lua", em outubro de 1985Foto: Adir Mera / Adir Mera / Agência O Globo

  • Há 45 anos, Agildo Ribeiro contracenava com o ratinho Topo GiggioFoto: Gustavo Stephan / Gustavo Stephan/ 28.08.2010

  • Agildo Ribeiro vestido como Chacrinha, em fevereiro de 1983Foto: C. Leonan / C. Leonan

  • Encontro de humoristas Agildo Ribeiro e Chico Anysio Foto: Carlos Ivan / Carlos Ivan

  • Fábio Porchat e Agildo Ribeiro na homenagem do Prêmio do Humor, em março de 2018Foto: Marcos Ramos / Agência O Globo

— Sou muito observador, tenho um ouvido incrível. Tenho mania de imitar os outros e a imitação é o caminho inicial para fazer um tipo — observou ele, sobre o seu talento natural para o site Memória Globo.

 

 

A estreia na TV Globo foi no seriado “TNT”, em 1965, no qual interpretava um repórter que narrava a história de três jovens modelos, Tânia (Vera Barreto Leite), Nara (Márcia de Windsor) e Tetê (Thais Muiniz Portinho). Nos anos 1960 e 1970, fez grande sucesso contracenando com o ratinho Topo Gigio e, logo em seguida, pegou o auge dos programas humorísticos de TV. Sua presença era sempre um diferencial em atrações como “Planeta dos Homens”, “Chico City” e “A Escolinha do Professor Raimundo”.

‘Agildo era uma metralhadora também no palco, as pessoas na plateia literalmente passavam mal de tanto rir.’

- FÁBIO PORCHATComediante

Nos esquetes, Agildo dava um toque todo pessoal a personagens escritos por nomes como Max Nunes, Jô Soares, Gugu Olimecha. E era mestre em popularizar bordões. Difícil encontrar quem não conhecesse, na época, o “para com isso, sua múmia paralítica” do professor de Mitologia Aquiles Arquelau (um acadêmico obcecado pela atriz Bruna Lombardi, que sempre descambava para alguma descrição erótica ao explicar um conceito). Outros de seus bordões que caíram na boca do povo foram “Coisa horrorosa!” e “Posso esclarecer?”.

Casado três vezes (com a comediante Consuelo Leandro, a atriz Marília Pera e a bailarina Didi Ribeiro), fez parte de uma geração de ouro do humorismo na TV, junto com Costinha, Golias, Dercy Gonçalves, José Vasconcelos, Chacrinha, Paulo Silvino, Chico Anysio, Lúcio Mauro e Jô Soares. Os que sobreviveram estavam, assim como Agildo, longe das telinhas.

O comediante estava sem papel fixo na TV desde a sua última passagem pelo humorístico “Zorra Total”, em 2016. Mas, no último dia 17, fez uma participação especial no “Tá no ar”. Um mês antes, ele comentou sobre o seu afastamento na entrevista ao GLOBO:

— Sabe o que eu queria? Queria que alguém, algum desses novos humoristas, me imitasse num programa da TV. Pelo menos seria uma chance de me ver na TV outra vez.

— Quando eu era garoto, via tudo que ele fazia — comentou Hélio de La Peña, do Casseta & Planeta.

Fábio Porchat e Agildo Ribeiro na homenagem do Prêmio do Humor 2018 - Marcos Ramos / Agência O Globo

— Fico feliz de ter conseguido homenageá-lo no Prêmio do Humor — disse Porchat. — Eu brincava que ele era muito “versátil” porque contracenou com a Rogéria e com o Topo Gigio. Ele era uma metralhadora também no palco, as pessoas na plateia literalmente passavam mal de tanto rir.

 

 

Além da televisão, Agildo também atuou no teatro. Foi João Grilo, um dos principais personagens da dramaturgia brasileira, na montagem de “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna.

No cinema, teve como últimos trabalhos os filmes “O homem do ano” (2003) e “Casa da Mãe Joana” (2008).

O corpo do ator está sendo velado neste domingo na capela 1 do Memorial do Carmo, no Caju, das 10h às 14h. A cremação está prevista para 15h.

 


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