RIO - A chegada do verão ao Hemisfério Sul tem estimulado países a reabrirem suas fronteiras para voltar a receber turistas. Nesta semana, duas nações anunciaram a retomada de voos internacionais, sem restrição de origem: África do Sul e Cuba. A ilha caribenha já começa a receber estrangeiros neste domingo (15), quando reabre o Aeroporto Internacional de Havana, o único que permanecia fechado e a principal porta de entrada ao país. O país de Nelson Mandela ainda não informou a data exata de reabertura, mas segundo o presidente, ela deve acontecer nas próximas semanas.
"Todos os voos internacionais serão agora permitidos de acordo com os protocolos de contenção da pandemia e da apresentação de um certificado negativo da Covid-19", disse o presidente Cyril Ramaphosa, numa declaração à nação africana pela televisão.
Como afirmou, os protocolos de segurança para viajar para o país incluem a apresentação de um exame negativo para a Covid-19 feito até 72 horas antes do embarque. Autoridades afirmaram ainda que um controle de sintomas, como medição de temperatura, será feito logo na chegada. Se houver qualquer suspeita, o viajante ficará de quarentena em um local designado.
Já o governo cubano vai testar todos os viajantes internacionais para o coronavírus na chegada e cobrar uma tarifa sanitária para cobrir os custos extras de novos protocolos de higiene. Em ambos, turistas terão que continuar com medidas de prevenção durante a estada, como distanciamento social e uso de máscaras.
O Chile também decidiu abrir as fronteiras para voos internacionais, de qualquer destino, a partir de dezembro, mas sem especificar o dia exato. Para desembarcar no país, visitantes também precisarão apresentar um exame negativo para Covid-19, feito até 72 horas antes do embarque.
No último dia 30, a Argentina também abriu suas fronteiras, mas apenas para os países vizinhos: Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai. O país exige que os turistas apresentem um teste negativo para a Covid-19 e, por enquanto, circulem apenas na capital, Buenos Aires.
Governos afirmam que entrada de estrangeiros é segura
O aumento no número de casos na Europa e a crescente contínua dos Estados Unidos levantam precauções para uma possível segunda onda em outros países, mas autoridades dos países afirmam que o controle nas fronteiras será suficiente para conter a pandemia.
Segundo o Ministério do Turismo da Argentina, o nível de transmissão local na capital está em níveis baixos e a entrada dos vizinhos só poderá ser feita via aérea (exceto Uruguai), permitindo um maior controle nos aeroportos. Postos de fiscalização impedirão a entrada de turistas por rodovias.
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Já o governo de Cuba informou que esperou até "que o surto de coronavírus fosse suficientemente contido" no país. As três nações estavam com portas fechadas há cerca de sete meses.