Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Coluna do DIB terça, 29 de dezembro de 2020

2020: O ANO QUE NÃO EXISTIU (ARTIGO DO SACRISTÃO ANTÔNIO CARLOS DIB, COLUNISTA DO ALMANAQUE RAIMUNDO FLORIANO)

 

2020: O ANO QUE NÃO EXISTIU

A. C. Dib

 

 

Frase muito batida nas rodas sociais ─ virtuais ─ na atualidade é a de que “2020 é ano para não ser lembrado”. O ano da peste ─ peste mundial ou pandemia, epidemia precedida do grego antigo pan a designar “tudo, todos” ─, ano do lockdown, ano do isolamento social, ano de muitas partidas e de muita luta pela vida. Acreditamos, porém, que o sofrimento se faz acompanhar de alguma didática.

 

Conforme Nietzsche, “aquilo que não me mata, só me fortalece”. 2020 é ano de muita luta, dor e sofrimento, mas é também ano de muitas lições. Pensamento recorrente é o de que crescemos, amadurecemos e aprendemos pelo sofrimento.

 

Não estamos aqui a fazer apologia do sofrimento, mas importa reconhecer que as grandes crises provocam a quebra do marasmo e do comodismo, motivam avanços científicos, escrevem histórias de superação, revelam grandes heróis. Avançam as pesquisas científicas, com vacina produzida em tempo recorde; médicos e profissionais da saúde se destacam em luta heroica nos hospitais, travada com idealismo e sacrifícios extremos; consolida-se a ferramenta da teleconferência; o comércio procura reinventar-se, com a dinâmica das transações virtuais; aumentam os cuidados com a assepsia.

 

Humildade é outra lição que merece ser apreendida. Verificamos, uma vez mais, que a mãe natureza merece respeito, atenção, carinho, inseridos que estamos em um grande, harmonioso e frágil complexo, onde vidas se entrelaçam, interagem e se complementam. Não é caso de subjugar a natureza, mas aprender com ela, atuando com humildade, responsabilidade e respeito, dentro de seus limites.

 

Ano bizarro, diferente, sem abraços, beijos e presença física, mas marcado pelo carinho, pela solidariedade diante da dor, pelo calor humano (ainda que não presencial) e pelo fervor das orações.

 

Que o novo ano, a se abrir, nos traga conforto para a dor, refrigério para a alma, solução para os conflitos, paz e saúde, muita saúde. Que seja o ano da cura, o ano da vacinação e da conquista da almejada “imunização de rebanho” ─ no jargão médico ─, que inibe a circulação do temível vírus. Que possamos colher os frutos da experiência, com humildade, sabedoria e inteligência.

 

Para todos, um feliz ano novo!


segunda, 20 de junho de 2022 as 07:07:48

Teresa Cristina da Silva Néto
disse:

Incrível , prezado Antônio Carlos Dib, como sua visão é mesmo de um otimismo só comparável a Cândido , de Voltaire. Pangloss e esse é o melhor dos mundos que podemos ter. Não encarei a pandemia como uma oportunidade de crescimento , manifestações de solidariedade ou qualquer avanço . Ao contrário , um retrocesso do mundo que existiu e jamais o esqueceremos. Um ano de sofrimento e morte ! 2020 que vergastou . Por tanta dor e morte ficamos é mais fracos . Talvez a humildade por nos sabermos pequenos demais e impotentes diante do inevitável . Já ouvi que o sofrimento faz o ser humano crescer e aprender . Discordo . Muito sofrimento nos deixa encolhidos de tanto medo . Aprendemos foi desconfiança , insegurança , políticos com ares rompantes de cientistas e a manipular a população , até a mais culta, se aproveitando da fragilidade e desconhecimento que significou o vírus chinês . O mundo se submeteu à crueldade inerente de seres abjectos que , unidos a facções criminosas cujas quais devem pertencer , dominaram o cenário mundial . Calaram as vozes de quem sabia um pouco mais . Pensarei sobre esse ano com tristeza e desprezo que o ser humano sofreu em insanas decisões inconstitucionais , em especial nosso Brasil. Quem deveria ser Supremo acabou por se tornar ínfimo em sua manifestação de poder . Poder como defesa de fracassos acumulados em suas vidas pessoais . Seres impotentes que tentaram e ainda tentam subjugar como forma de superar tanta inferioridade que carregam dentro de si . Triste e doloroso ano de 2020/2021! De “lockdown”, de tira e põe a máscara ; de carnaval em acordo com traficantes e “bicheiros “ e o abuso da característica do ser humano de não ser responsável por suas próprias decisões . Assim sendo , em acatar o que bestiais homens da capa preta , em conluio com governadores insanos, decidiam impunemente . Obrigada por seus textos . Fazem refletir ! Dialogamos através deles . Parabéns pelo seu modo de olhar a vida . Quem sabe qual é o melhor mundo ? Abraços com admiração e estima . Teresa Cristina


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