Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)
Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.
O Globo domingo, 22 de outubro de 2023
BOTAFOGO X ATHLETICO-PR: TIMES VOLTAM A SE ENFRENTAR NESTE DOMINGO, COM PORTÕES FECHADOS
CBF confirma que Botafogo e Athletico-PR voltam a se enfrentar neste domingo com portões fechados
Jogo entre as equipes foi interrompido no sábado por falta de energia no estádio; em consequência, partida do alvinegro contra o Fortaleza foi adiada por força do regulamento
Por O Globo — Rio de Janeiro
A CBF confirmou que o restante da partida entre Botafogo e Athletico-PR será neste domingo, às 15h, com os portões fechados, com a concordância dos clubes. O jogo, que começou neste sábado, foi interrompido aos seis minutos do segundo tempo após o estádio Nilton Santos apresentar problemas com a iluminação.
De acordo com a nota da confederação “por questões de segurança pública, em razão do jogo entre Flamengo e Vasco no Maracanã, também neste domingo, às 16h, ficou definido entre CBF, FERJ (Marcelo Vianna - Vice-Presidente de Competições) e o Secretário de Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, Coronel Luiz Henrique Marinho Pires, que os 39 minutos restantes da partida entre Botafogo e Athletico-PR serão realizados com portões fechados”.
Além disso, a CBF informou que a partida do Botafogo, previamente marcada para terça-feira contra o Fortaleza foi adiada. O regulamento Geral de Competições prevê um intervalo de 66 horas entre o término de um jogo e o início de outro. Uma nova data ainda será definida.
A partida entre Botafogo e Athletico, que começou a ser realizada neste sábado, foi paralisada no início do segundo tempo — com o placar em 1 a 1 — em decorrência de problemas de iluminação no Estádio Nilton Santos. Ao longo da primeira etapa, a arbitragem precisou paralisar o jogo três vezes por quedas de luz dos refletores. Por isso, os acréscimos fizeram o cronômetro da primeira parcial ultrapassar os 60 minutos.
Ainda assim, os jogadores desceram para o intervalo antes do tempo determinado e passaram 20 minutos nos vestiários. No entanto, assim que retornaram ao campo, outras duas paralisações forçaram uma pausa mais longa, em dois blocos de meia hora.
De acordo com a Light, empresa fornecedora de energia do Nilton Santos, foi detectado um “efeito interno de responsabilidade do estádio”. Após a primeira queda, o Botafogo chegou a acionar os geradores, mas a ação não surtiu efeito.
O Globo sábado, 21 de outubro de 2023
MARACANÃ: ESTÁDIO PODERÁ TER GRAMA ARTIFICIAL
Maracanã poderá ter grama artificial
De acordo com o governo, decisão será do administrador e não cabe ao estado se intrometer nesta questão
Por Athos Moura e Tatiana Furtado — Rio de Janeiro
20/10/2023 15h13 Atualizado há 15 horas
No edital de licitação do Maracanã, lançado nesta quinta-feira, o governo do estado falou sobre o uso ou não de grama sintética no estádio. O assunto é abordado no anexo que fala sobre as sugestões e contribuições dadas nas audiências públicas.
Rodrigo Gustavo Rotzsh, representante da Frente Flamengo Maior, questionou sobre “a previsão de utilização de gramado artificial e repasse do custo de manutenção aos inquilinos”.
Em resposta, o governo informou que “ambas são ações de gestão do futuro concessionário do Complexo e não cabe ao poder concedente impor ou se imiscuir (intrometer) nestes pontos”.
O Globo sexta, 20 de outubro de 2023
PAN-AMERICANO DE SANTIAGO-2023: CERIMÔNIA DE ABERTURA TEM TOQUE BRASILEIRO
Cerimônia de Abertura do Pan-americano de Santiago-2023 tem toque brasileiro
Uma das diretoras é Tamara Catharino, especialista em composição coreográfica, cujo estilo consiste em criar imagens e efeitos através dos movimentos de grupos em larga escala
Por Carol Knoploch — Santiago (Chile)*
20/10/2023 07h00 Atualizado há 3 horas
A frase lema dos Jogos Pan-Americanos Santiago-2023, “Nosso ponto de encontro”, será um dos fios condutores da Cerimônia de Abertura da competição, que acontece nesta sexta-feira às 20h30 (de Brasília) no Estádio Nacional Julio Martínez Prádanos. O evento contará com cerca de 5 mil artistas, 40 mil espectadores in loco e 200 milhões de pessoas de olho na TV ou internet, segundo a estimativa da Panam Sports. No Brasil, não haverá transmissão pela TV aberta, mas será transmitida pelo Canal Olímpico do Brasil, streaming oficial do COB, e pela CazéTV.
A festa foi elaborada pela Balich Wonder Studios uma empresa especializada e que foi responsável pelas cerimônias de Lima-2019, assim como da abertura da Copa do Mundo do Catar no ano passado. Em Santiago-2023 haverá apresentações de Movimiento Original, Ana Tijoux, Los Bunkers, Los Tres, Los Jaivas e do ícone colombiano Sebastián Yatra. A ideia, segundo os organizadores, é contar a rica história e cultura do Chile.
— É um sonho para qualquer pessoa fazer parte de um evento tão importante como os Jogos Pan-Americanos — disse Yatra, que ao chegar em Santigo fez questão de visitar um de seus ídolos do esporte, a compatriota Mariana Pajón, no Parque Peñalolén, onde será realizada a competição de BMX.
Entre as diretoras da festa, há uma brasileira, Tamara Catharino, especialista em composição coreográfica, cujo estilo performático consiste em criar imagens e efeitos através dos movimentos de grupos em larga escala. Ela já trabalhou nas cerimônias da Olimpíada do Rio-2016, Pan-Americano de Lima-2019, Copa do Mundo do Catar-2022 e a Copa Africana de Nações 2022, em Camarões. Em Santiago ela coordena toda a coreografia e movimentos do show.
— O que posso falar é que terão muitos elementos artísticos e surpresas para poder tornar esse momento único. Podem esperar um grande show que representará toda a gama cultural do Chile — garante a artista, que vive entre o Rio e Lisboa.
O Brasil está no Chile com a maior delegação da história, em eventos fora do Brasil. Ao todo são 621 atletas (342 homens e 279 mulheres) — até então, o recorde era do Pan de Toronto-2015, com 616 atletas. O Brasil tem como meta manter-se entre os três primeiros no quadro de medalhas e classificar o máximo de atletas para os Jogos Olímpicos de Paris-2024.
Na última edição, em Lima-2019, o Brasil terminou em segundo lugar no quadro geral, com recordes de medalhas de ouro (54) e do total de pódios (169). Além disso, foram conquistadas 29 vagas olímpicas. Na edição de 1963, em São Paulo, o Brasil também terminou em segundo lugar, atrás somente dos Estados Unidos.
Os Jogos Pan-americanos de Santiago são importante janela de classificação para Paris 2024, com 33 modalidades distribuindo vagas, pontos para o ranking olímpico ou valendo marcas. Serão 21 modalidades com classificações direta, além de outras 12 com pontuações importantes para o ranking. Atualmente, o Brasil já conta com 105 vagas para os Jogos Olímpicos do ano que vem.
O desfile da delegação do Brasil será comandado pelos medalhistas olímpicos em Tóquio, Fernando Scheffer, da natação, e Luisa Stefani, do tênis. Eles terão a honra de carregar a bandeira nacional.
— Fiquei muito feliz de ser o porta-bandeiras. Estive nos Jogos Pan-americanos em Lima, fui campeão, fui para Tóquio em 2021, conquistei a medalha de bronze, agora vou para meu segundo Jogos Pan-americanos e recebi essa honra de carregar a bandeira nesse desfile. É muita alegria muito grande — disse Scheffer.
O evento será disputado em quatro regiões do Chile, sendo a principal a do Parque Esportivo Estádio Nacional. Ao redor do histórico estádio, sede da final da Copa do Mundo de 1962, foi construído um complexo esportivo multidisciplinar, que reunirá 12 locais, recebendo 20 modalidades.
Aos pés da Cordilheira dos Andes está o Parque Peñalolén, espaço erguido para os Jogos Sul-Americanos de 2014 e que será sede de cinco disciplinas. O Parque O'Higgins, o Parque Metropolitano San Cristóbal, as praias de Viña del Mar e de Pichilemu também servirão como cenário dos Jogos.
O Globo quinta, 19 de outubro de 2023
BRASLEIRÃO 2023: VASCO VENCE FORTALEZA POR 1 A 0 E DORME FORA DA Z4
Payet faz primeiro gol, Vasco vence Fortaleza e dorme fora do Z4
Francês decretou a vitória cruz-maltina com gol no começo do segundo tempo
Por Vitor Seta — Rio de Janeiro
18/10/2023 23h30 Atualizado há 8 horas
Depois de dois jogos, o Vasco reencontrou o caminho das vitórias e se fortaleceu na missão de escapar da zona de rebaixamento. Em noite de momentos eletrizantes e muita intensidade, o cruz-maltino venceu um perigoso Fortaleza por 1 a 0 com o primeiro gol de Payet. Em seu sétimo jogo com a camisa do Vasco, o francês enfim desencantou e abriu o placar em bonito lance, no seu melhor estilo: recebeu na entrada da área, levou para a canhota e acertou chute no cantinho esquerdo, à direita de João Ricardo.
A vitória tirou o Vasco momentaneamente da zona de rebaixamento. Em 16º e com 30 pontos, o cruz-maltino agora seca o Santos, que recebe o Bragantino hoje, às 20h, e pode retomar o lugar fora do Z4.
Marcado pelo bandeirão em homenagem a Heitor, Gui e Manu, pequenos vascaínos xodós da torcida, o primeiro tempo foi de muito volume de jogo das duas equipes. Com o campo molhado pela chuva que caiu no início da partida, Vasco e Fortaleza demoraram alguns minutos até se ajustarem à trajetória da bola nos gramados. Depois disso, o cruz-maltino apostou na marcação alta e na recuperação rápida, enquanto o leão do Pici explorava os erros na saída de bola para construir e assustar.
Apesar do equilíbrio de momentos perigosos criados, foi o goleiro João Ricardo quem mais trabalhou na primeira etapa. Fez cinco defesas, contra apenas uma de Léo Jardim. Parou Praxedes duas vezes em grande intervenções e fez movimento plástico para tirar desvio de Marcelo Benevenuto para trás. O Fortaleza assustou com Lucero e viu Machuca ter bola roubada por Paulo Henrique de frente para o gol. O lateral-direito ganhou a vaga no setor e fez boa partida.
Na segunda etapa, o técnico Ramón Díaz ousou e apostou na entrada de Rossi no lugar de Marlon Gomes, que sentiu lesão no músculo posterior da coxa esquerda. Com a entrada do atacante, que vinha de dois jogos como desfalque por lesão — mas acabou sentindo o mesmo problema físico nos minutos finais —, Payet passou a atuar menos pelas pontas e mais por dentro, o que mudou completamente sua atuação: ganhou espaço para desenvolver dribles e jogadas e chegou ao gol que abriu o placar, numa das primeiras oportunidades em que buscou o gol após várias tentativas de servir os colegas de ataque.
A abertura do placar fez o jogo voltar a ganhar em intensidade. O Fortaleza se lançou à frente e quase empatou em seguida com Pochettino, parado em linda defesa de Léo Jardim, que ainda fez duas intervenções importantes no segundo tempo. O goleiro foi o grande nome do Vasco no segundo tempo e ajudou o time de Ramón Díaz a segurar e conquistar vitória importantíssima a 11 jogos do fim do campeonato. Além de ganhar moral para o próximo compromisso, o clássico contra o Flamengo, no domingo.
O Globo quarta, 18 de outubro de 2023
ELIMINATÓRIAS DA COPA: BRASIIL PERDE PARA O URUGUAI POR 2 X 0
Na pior apresentação com Diniz, Brasil perde para o Uruguai em jogo marcado por lesão de Neymar
Derrota por 2 a 0 joga luz em questões sobre a capacidade de adaptação ao estilo de jogo de Diniz para os próximos quatro jogos sobre o comando do treinador
Por João Pedro Fragoso — Rio de Janeiro
17/10/2023 23h03 Atualizado há 10 horas
Foi, de longe, a pior atuação da seleção brasileira com Fernando Diniz. Com apenas uma finalização a gol, o Brasil acumulou erros táticos, técnicos e individuais. Não à toa, os dois gols que sofreu na derrota por 2 a 0 para o Uruguai surgiram a partir de falhas individuais no sistema defensivo.
Mais do que preocupante para a sequência das Eliminatórias, competição que Brasil não deve ter dificuldades para conquistar seu objetivo, a derrota fortalece a dúvida se a seleção conseguirá, nos quatro jogos que restam com Fernando Diniz, assimilar e executar as ideias do treinador. Se não, corre-se o risco do legado do comandante no time canarinho ser resumido apenas aos resultados, que, até agora, são ruins.
— Claro que é curto prazo. E a gente tem que ser realista, temos que melhorar. O momento não é bom, temos que seguir tentando crescer e implementar o estilo de jogo o quanto antes — disse o capitão Casemiro após a partida.
Em relação à adaptação ao estilo do treinador, só o que foi feito de maneira razoável foi a saída de bola desde trás, com a participação do goleiro. Mas com a dinâmica mal executada no meio e no ataque, de nada adiantou essa tentativa de construção.
Casemiro, primeiro volante que enfrenta clara dificuldade em jogar com toques curtos e movimentações rápidas, mais uma vez não foi bem. Até por isso, o treinador avançou o camisa 5 e recuou Neymar para jogar entre os zagueiros. Mas de nada adiantou, já que Vini Jr., outro que demonstra dificuldades em se adaptar aos pedidos do treinador, ou Rodrygo, também não estiveram bem.
Para piorar, o time foi vazado na primeira finalização do Uruguai. Marquinhos falhou em marcação na direita e permitiu cruzamento baixo para Darwin Ñunez cabecear para o fundo do gol. Poucos minutos depois, Neymar sofreu lesão no joelho esquerdo e, em prantos, foi substituído nos acréscimos.
— Sabemos que com certeza é um momento muito sério, mas tomara que não seja nada, porque é um jogador importante para nós. Temos um carinho imenso por ele. Ele vem tendo essas lesões e, quando começa a pegar ritmo, tem outra lesão. Tomara que não seja nada — falou Casemiro.
Já na segunda etapa, o desempenho continuou mal. Desorganizada, a seleção seguiu sem criar chances e, com novas falhas individuais, sofreu o segundo gol.
Aos 30 minutos, Darwin Ñunez recebeu passe em cobrança de lateral dentro da área e, mesmo no chão e marcado por Gabriel Magalhães e Casemiro, conseguiu achar De la Cruz, que marcou o segundo do Uruguai. Com a atuação soberana da seleção celeste em campo, os uruguaios aproveitaram os últimos minutos para entoar gritos de "olé!".
Com a derrota, a seleção brasileira caiu para a terceira colocação nas Eliminatórias. O Uruguai, por sua vez, subiu para a segunda.
O Globo terça, 17 de outubro de 2023
ELIMINATÓRIAS DA EUROCOPA 2024: TRÊS SELEÇÕES PODEM GARANTIR VAGA HOJE
Eliminatórias da Eurocopa 2024: três seleções podem garantir vaga hoje; veja
Sete partidas fecham a Data Fifa na tarde desta terça-feira
Por Redação do GLOBO — Rio de Janeiro
17/10/2023 04h01 Atualizado há 6 horas
Com os resultados de ontem nas Eliminatórias para a Eurocopa de 2024, a Áustria se juntou ao grupo de seleções já classificadas para o torneio: Alemanha (anfitriã), França, Bélgica, Portugal, Espanha, Escócia e Turquia. Todas as equipes conseguiram a vaga com duas ou três rodadas de antecedência, e não precisarão buscá-la na última Data Fifa, que acontece em novembro.
Lembrando que há um total de 24 vagas. Das 16 que ainda restam, 13 serão conquistadas através destas eliminatórias, e as últimas três, pela repescagem. Hoje, mais três seleções poderão se garantir seu lugar: Inglaterra, Hungria e Dinamarca.
Os ingleses, que têm 13 pontos, recebem a Itália, em Londres, às 15h45, no principal jogo desta terça-feira. Caso não sejam derrotados em casa, estarão classificados, pois ainda haverá o confronto entre italianos e a Ucrânia, terceira colocada do grupo C, que visita Malta, no mesmo horário. Ambas as equipes têm dez pontos.
Já para a Hungria, líder do grupo G, com 13 pontos, o cenário é simples: basta vencer a Lituânia, fora de casa. A equipe é apenas a quarta colocada. Posicionadas entre as duas, Sérvia e Montenegro farão um confronto direto pela segunda vaga. Todos os jogos começam as 15h45.
Para os dinamarqueses, o cenário precisa de algumas combinações. Dividindo a liderança do grupo H com a Eslovênia, com 16 pontos, o país precisa vencer o lanterna San Marino, e torcer para os eslovenos pontuarem contra a Irlanda do Norte. Estas partidas acontecerão simultaneamente, às 15h45.
Mais cedo, às 13h, Finlândia e Cazaquistão abrem o dia de jogos. A Dinamarca precisará de um empate neste confronto, para sair classificada desta rodada.
O Globo segunda, 16 de outubro de 2023
LIBERTADORES FEMININA: PELA SEGUNDA VEZ, TEM TRÊS TIMES BRASILEIROS NA SEMIFINAL
Pela segunda vez, Libertadores Feminina tem três times brasileiros na semifinal
Corinthians, Palmeiras e Internacional tiveram campanha invicta na competição, com quatro vitórias e até goleadas
Por Laís Malek — Rio de Janeiro
16/10/2023 09h54 Atualizado há 24 minutos
Na Libertadores Feminina de 2023, sediada na Colômbia, os representantes brasileiros chegam à fase semifinal com uma campanha invicta. O Palmeiras, que conseguiu a vaga por ser atual campeão do torneio, enfrenta o Atlético Nacional brigando por uma vaga, e Corinthians e Internacional duelam na outra chave. Essa é a segunda vez que o Brasil tem três semifinalistas na competição, 11 anos após a edição de 2012.
Em 2012, o Brasil recebeu a competição, que foi disputada em três cidades de Pernambuco: a capital Recife, além de Caruaru e Vitória de Santo Antão. O time local, o Vitória das Tabocas, que no ano anterior havia sido vice-campeão brasileiro foi o escolhido para representar o país-sede. Além dele, o São José-SP, campeão da Libertadores de 2011, e o Foz Cataratas-PR, vencedor da Copa do Brasil de 2011, participaram do torneio.
As três equipes chegaram à semifinal, mas quem ficou com o título foi o Colo-Colo, do Chile, que derrotou nos pênaltis o Foz Cataratas na decisão. O São José ficou com o terceiro lugar, e o Vitória foi o quarto colocado. Cristiane, hoje no Santos, foi a artilheira da competição pelo São José com oito gols marcados.
Agora, a expectativa é de que o título mais uma vez seja de uma equipe do Brasil. E o retrospecto é positivo: o Palmeiras goleou o Olimpia por 6 a 0 na semifinal, e veio de três vitórias na fase de grupos. Depois de atropelar o Barcelona-COL por 5 a 0 e o Caracas-VEN por 6 a 0, enfrentou o Atlético Nacional-COL na última rodada e teve seu confronto mais difícil, na vitória por 4 a 3. É este adversário que o alviverde agora reencontra, em duelo marcado para a terça-feira, às 21h30.
O Corinthians também tem um histórico de goleadas, e vem da vitória sobre o anfitrião América de Cali por 5 a 0. Na fase de grupos, deixou para trás o Colo-Colo (1 a 0), o Always Ready-BOL (6 a 0) e o Libertad-Limpeño-PAR (5 a 0). Já o Internacional bateu o Nacional-URU (3 a 0), o América de Cali (4 a 2) e goleou o Boca Juniors por 5 a 0. Nas quartas, venceu o Colo-Colo por 4 a 2, com direito a hat-trick de Priscila, que chegou a seis gols e se tornou a artilheira da competição. As Gurias Coloradas enfrentam o time comandado por Arthur Elias na quarta-feira, às 23h30.
O Globo domingo, 15 de outubro de 2023
SELEÇÃO BRASIEIRA: NINO, DO FLUMINENSE, SOFRE LESÃO, E ADRYELSON, BOTAFOGO, É CONVOCADO
Nino, do Fluminense, sofre lesão, e Adryelson é convocado para a seleção brasileira
Zagueiro tricolor sofreu entorse em treinamento e será acompanhado pelo departamento médico. Com goleiro Lucas Perri, Botafogo agora tem dois jogadores na seleção
Por O Globo — Rio de Janeiro
14/10/2023 21h26 Atualizado há 11 horas
O zagueiro Adryelson, do Botafogo, foi convocado pela seleção brasileira para a partida contra o Uruguai, na próxima terça-feira, pela quarta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. A convocação aconteceu após a lesão de Nino, do Fluminense
Nino sofreu uma entorse no joelho esquerdo durante um treino realizado neste sábado. Segundo a CBF, a recuperação do zagueiro será acompanhada nas próximas semanas. A chegada de Adryelson em Montevidéu está prevista para este domingo. Segundo a entidade, o departamento médico da seleção vai acompanhar a evolução do defensor do Fluminense.
Adaptação ao Rio, sonho de seleção e alto rendimento
Entre alguns destaques do Botafogo, um dos que sobressaem é o zagueiro Adryelson. “Xerife”, como é chamado, o defensor de 25 anos representa tudo que a diretoria da SAF idealiza num jogador e entrega exatamente o que o técnico Luís Castro precisa.
É com o alto nível técnico, tático e até mental do zagueiro que o Botafogo espera dar a volta por cima da eliminação na Copa do Brasil para o Athletico-PR, neste sábado, às 18h30, contra o mesmo adversário, na Arena da Baixada.
Natural de Barão de Grajaú, cidade com menos de 20 mil habitantes no interior do Maranhão, revelado pelo Sport e com passagem pelas divisões de base do Palmeiras e da seleção brasileira — conquistou um Sul-Americano sub-17 e um Torneio de Toulon —, Adryelson é mais um dos cases de sucesso do Botafogo na segunda janela de transferências do ano passado.
Até então desconhecido de boa parte dos torcedores da primeira divisão do futebol brasileiro, o zagueiro foi contratado pelo alvinegro à custo zero a partir de análise do departamento de scout. Antes considerado aposta, Adryelson estreou no início do segundo turno do Brasileirão de 2022, nunca mais deixou a equipe titular e agora está extremamente valorizado no cenário nacional e internacional.
O Globo sábado, 14 de outubro de 2023
SELEÇÃO BRASIEIRA: CONHEÇA YAN COUTO, LATERAL, DECISIVO NA COPA
Decisivo em Copa, admirado por Guardiola e destaque na La Liga: conheça Yan Couto, lateral da seleção brasileira
Defensor deve ser promovido ao time titular contra o Uruguai
Por Redação do GLOBO — Rio de Janeiro
13/10/2023 15h34 Atualizado há 18 horas
Com a lesão de Danilo ainda no primeiro tempo do jogo contra a Venezuela, Fernando Diniz promoveu a estreia do jovem Yan Couto, de apenas 21 anos, na seleção principal. Desconhecido do torcedor brasileiro, o lateral-direito foi revelado pelo Coritiba e, depois de apenas dois jogos no time principal do Coxa, migrou para o futebol europeu. A pouca experiência no cenário nacional explica o baixo reconhecimento em torno do jogador, mas também pode fazer com que o defensor represente uma grata surpresa da, até aqui, ruim data Fifa.
Natural do Paraná, Yan Couto teve os mesmos passos de muitos jogadores de futebol profissional no Brasil. Deu os primeiros passos no esporte no futsal, já no Coritiba, e depois migrou para o campo. Ao todo, foram 10 anos no clube paranaense. Por lá, o lateral brilhou nas divisões de base e foi figurinha carimbada no sub-15 e sub-17 da seleção brasileira. Assim, inclusive, ganhou reconhecimento de gigantes como o Barcelona, o Bayern de Munique e do Manchester City.
Isto é porque Yan foi um dos destaques do time sub-17 do Brasil que conquistou o tetra na Copa do Mundo da categoria, em 2019. Foi dele o passe para o gol decisivo de Lázaro na vitória por 2 a 1 contra o México, na final.
Depois das boas apresentações no Mundial, Yan acertou com o Barcelona, que compraria o lateral do Coritiba por 5 milhões de euros (cerca de R$ 23 milhões na época). No entanto, a entrada de um personagem especial mudou todo o circuito: Pep Guardiola.
— De última hora, o Pep (Guardiola) viu meus jogos, (disse que) gostou muito do meu estilo de jogo, do que fiz no Mundial. Disse que sou um grande jogador, muito promissor. Também falou que tenho que praticar meu inglês, que tem que ser melhor do que o do Gabriel Jesus quando ele chegou — falou Yan em entrevista na época.
Dessa maneira, o lateral-direito, aos 17 anos, cancelou o negócio com o Barcelona e fechou com o Manchester City, que pagou 6 milhões de euros (R$ 30 milhões) ao Coritiba antes mesmo de vê-lo atuar no futebol profissional — caso Yan faça cinco partidas na Premier League, o Coxa receberá um valor bônus.
Na temporada seguinte, em 2020, Yan Couto realizou seus dois únicos jogos no Coritiba, na época comandado por Eduardo Barroca, no campeonato estadual. Em seguida, rumou para a Inglaterra.
Mas quando chegou no futebol inglês, Yan teve talvez a primeira grande decepção da carreira. Após ter escolhido o Manchester City justamente pela promessa de que seria utilizado no time principal, o defensor não foi sequer para o banco de reservas em um jogo oficial, participando apenas de amistosos de pré-temporada. Dessa maneira, teve que aceitar ser emprestado para o Girona, da Espanha, que compõe o Grupo City. Por lá, fez 29 partidas, com cinco assistências e dois gols.
Na temporada seguinte, Yan se transferiu para o Braga, de Portugal. No país, deu quatro passes para gol e balançou as redes uma vez em 42 jogos. Seu desempenho agradou muito ao time português, mas o clube não conseguiu comprar os direitos do jogador, uma vez que o empréstimo foi fechado sem valor de compra fixado.
Assim, desde 2022 Yan Couto atua pelo Girona. Na temporada passada, fez 26 jogos, com um gol e duas assistências. Na atual, já soma também duas assistências e um gol em oito partidas. A boa fase do lateral é repetida pelo time como um todo. Com 22 pontos, o Girona ocupa a segunda colocação do campeonato espanhol, atrás somente do Real Madrid, com 24.
Convocado por Diniz após Vanderson, do Monaco, sofrer lesão no joelho, Yan vive um momento especial na carreira. Com a atuação segura contra a Venezuela, onde quase deu uma assistência para Neymar, é muito provável que o jogador seja mantido no time titular que enfrentará o Uruguai, na terça-feira. Mais do que isso, há a esperança de que, com continuidade no futebol europeu e na seleção brasileira, o jovem possa preencher a lacuna que naturalmente será deixada com a saída de Danilo, que, aos 32 anos, faz, provavelmente, seu último ciclo de Copa do Mundo.
O Globo sexta, 13 de outubro de 2023
ELIMINATÓRIAS DA COPA: BRASIIL DE DINIZ DÁ PASSOS ATRÁS
Análise: Brasil de Diniz dá passos atrás com fragilidade defensiva e ineficiência no ataque
Empate com a Venezuela é sinal de queda de desempenho progressiva e preocupante
Por Diogo Dantas
13/10/2023 02h07 Atualizado há 8 horas
O fim dos 100% de aproveitamento da seleção brasileira sob o comando do técnico Fernando Diniz veio atrelado a uma atuação que dá passos atrás no que a equipe apresentou do primeiro para o terceiro jogo.
Na Arena Pantanal, em Cuiabá, o Brasil cedeu o empate à Venezuela, sexta colocada nas Eliminatórias da Copa de 2026, e também perdeu o posto de líder da competição para a Argentina.
Em uma partida em que teve domínio, mas não qualidade para finalizar as jogadas, o gol do zagueiro Gabriel Magalhães em bola parada foi muito pouco para o volume ofensivo, pois faltou precisão.
Bello, no segundo tempo, marcou um golaço para os venezuelanos e interrompeu a sequência positiva brasileira no terceiro jogo da competição: 1 a 1. Na terça-feira, o adversário será o Uruguai, fora.
Em três jogos, a seleção já sofreu dois gols em seus domínios. O mesmo que em todos os dois ciclos sob o comando do técnico Tite, mostrando que o desequilíbrio ofensivo é o problema mais grave.
Depois de sofrer para vencer o Peru por 1 a 0 na última data Fifa, o Brasil se mostrou ineficiente e até certo ponto relaxado diante da Venezuela, e foi punido com uma reação do adversário no fim.
A partida marcou o retorno do atacante Vini Jr às convocações após se recuperar de uma lesão muscular de gravidade moderada. Mesmo bem no Real Madrid, o jovem não teve uma atuação destacada no time de Diniz e acabou substituído.
Neymar foi novamente o maestro da seleção e, além da assistência, esteve presente na criação das principais jogadas. Mas cansou e passou a se jogar em várias situações.
Coletivamente, o Brasil esteve longe de encantar. Segue em evolução gradativa do novo trabalho, mas a oscilação é uma preocupação para Diniz e para a CBF, que o colocou como interino.
— Tentamos propor o jogo. É um processo, a gente sabe que tem que melhorar. Temos pouco tempo de treinamento com o novo treinador — afirmou o capitão Casemiro.
O Brasil teve vários jogadores mal tecnicamente. Richarlison por mais uma vez não teve bom desempenho e deu lugar a Gabriel Jesus no segundo tempo, mas o nível não melhorou. Diniz também deu chance ao jovem lateral Yan Couto, novato na lista, e que por sua vez agradou.
Na lateral-esquerda, Guilherme Arana ocupou a vaga de Renan Lodi, machucado, e também jogou bem. A lista de observações na seleção foi completada com a oportunidade dada a Gerson e André no meio-campo, mas a dupla do futebol carioca também não conseguiu produzir o suficiente para a vitória.
Diante da dificuldade de penetrar na defesa adversária, Diniz aproveitou a mobilidade de Rodrygo e posicionou o atacante próximo a Vini e Neymar. Com isso, Danilo avançava como um ponta.
A postura ofensiva do lateral não bastou para o Brasil abrir o placar antes do intervalo. Depois do gol marcado no começo do segundo tempo, a situação até clareou.
Com mais espaço, o Brasil fez um jogo mais vertical, em que Vini Jr apareceu melhor. A entrada de Gabriel Jesus também potencializou as oportunidades. E a seleção por pouco não ampliou com Rodrygo em contragolpe. Mesmo assim, as tomada de decisão muitas vezes eram equivocadas.
A Venezuela tentou igualar o placar com mais ofensividade a partir da entrada de Soteldo. O jogo entre ataque e defesa do primeiro tempo se transformou em uma maior trocação. E evidenciou um problema defensivo quando o Brasil é atacado.
André ocupou a linha defensiva para fazer a transição quando o Brasil tinha a bola e mesmo assim não adiantou muito. O problema era conseguir soluções no terço final do campo. Sem Neymar inspirado e já desgastado, nenhum outro jogador conseguiu colocar os atacantes em situação de gol.
Como quem não faz, leva, o empate acabou punindo a ineficiência do Brasil.
O Globo quinta, 12 de outubro de 2023
ELIMINATÓRIAS DA COPA: VINI JR., UM NOVO LÍDER, AGORA PROTAGONISTA, ESTREIA NO CICLHO DA SELEÇÃO BRASILEIRA PARA A COPA DE 2026
Um novo líder: Agora protagonista, Vini Jr. estreia no ciclo da seleção brasileira para a Copa de 2026
Depois de só se firmar com Tite nas vésperas da Copa do Catar, atacante do Real Madrid inicia trajetória com Fernando Diniz como melhor jogador brasileiro em atividade no futebol mundial e um dos principais nomes da equipe
Por João Pedro Fragoso — Rio de Janeiro
12/10/2023 04h01 Atualizado há 2 horas
Assim como diz um trecho da música Zé do Caroço, de Leci Brandão, está nascendo um novo líder na seleção brasileira. Por mais que Neymar ainda seja a principal referência técnica, Vinicius Júnior, desponta para assumir, ao lado do camisa 10, o protagonismo do time no novo ciclo de Copa do Mundo. É com essa expectativa que hoje, às 21h30, contra a Venezuela, na Arena Pantanal, pelas Eliminatória, Vini fará sua estreia na equipe agora comandado por Fernando Diniz.
Ausente nos dois primeiros jogos do Brasil com o treinador por conta de uma lesão muscular, Vini Jr. tem titularidade confirmada no lado esquerdo do ataque. Ao contrário do último ciclo, quando só confirmou vaga às vésperas da Copa do Mundo do Catar, o camisa 7 começa o atual com a credencial de ser o melhor jogador brasileiro em atividade no futebol mundial.
— Ter o Vinicius Júnior na seleção e com um técnico como Fernando Diniz é muito promissor e animador. Diniz vai potencializar muito o futebol do Vini, que, aberto pela esquerda, vai ter um estímulo de se movimentar, criar a opção de jogada, participar, interagir e praticar um jogo inclusivo, que é um conceito que o Fernando Diniz desenvolve muito bem e os jogadores têm ressaltado — destacou Paulo Cesar Vasconcellos, comentarista do Grupo Globo.
Além de promover uma nova dinâmica de jogo, a presença de Vini Jr. pelo lado esquerdo do ataque brasileiro deve também mudar o estilo apresentado pelo time nas duas primeiras partidas com Fernando Diniz. Contra Bolívia e Peru, o treinador teve Rodrygo, companheiro de Vini no Real Madrid, atuando pela esquerda. Com preferência em atuar pela faixa central do campo, ele buscou mais as jogadas da ponta para o meio, o que proporcionou bons lances com Neymar. Próxima, a dupla se buscou em campo o tempo inteiro. Já Vini, por sua vez, é mais vertical e tenta o fundo para superar os adversários no um contra um.
Embora seja um estilo novo na seleção brasileira, analistas apontam que as características de ambos os jogadores podem dar a Diniz a chance de propor no time canarinho uma tática já conhecida pelo treinador.
— Acho que a tendência nesse jogo é até reunir mais o time do lado esquerdo, por conta da diferença de característica entre o Rodrygo e o Vini Jr. Se a gente fizer uma comparação com o Fluminense, com Marcelo e Keno, o Keno flutua menos para o outro lado. O Diniz, geralmente, dá mais liberdade ao Marcelo, por ter mais essa característica — disse Rodrigo Coutinho, analista de desempenho e comentarista do Sportv.
Nesse caso, com Vini Jr. mais espetado na ponta, quem deve desempenhar essa função de levar o jogo mais para dentro é o lateral Guilherme Arana. Com características que complementam bem com essa ideia, o jogador deve ser titular.
— Com Jorge Sampaoli (no Atlético-MG) eu atuava mais por dentro do que por fora. Temos jogadores de muita velocidade, como o Vini, que fazem essa função (pelo corredor). Como já fiz as duas funções, o que o Diniz escolher não vai ser novidade para mim — afirmou o lateral-esquerdo.
Acolhimento a Vini
Além de marcar a estreia do atacante no novo ciclo com Fernando Diniz, a partida da seleção em Cuiabá será a primeira do atacante no Brasil após sofrer racismo contra o Valência, em maio, pelo Campeonato Espanhol. Mais midiático de todos os casos sofridos pelo atacante, isso desencadeou uma série de protestos no país. Já querido pelo estilo de jogo ousado e pela personalidade alegre, a tendência é que o atacante sinta de perto o carinho do torcedor.
— Ele será acolhido no estádio e isso, evidentemente, fará bem para sua estima. Mas a luta do Vini Jr. não é só contra o crime de racismo praticado em estádios espanhóis. Ele é contra a prática do que no Brasil também é considerado crime de racismo. O Brasil também é um país racista — lembrou PC Vasconcellos.
Além do Brasil, a Argentina de Messi tem 100% de aproveitamento após duas rodadas das Eliminatórias. Hoje, às 20h (transmissão do Sportv 2), a atual campeã mundial recebe o Paraguai. No complemento da terceira rodada, o Uruguai visita a Colômbia, às 17h30; a Bolívia é mandante diante do Equador, às 20h; e o Chile encara os peruanos, às 21h.
O Globo quarta, 11 de outubro de 2023
ELIMINATÓRIAS DA COPA: SELEÇÃO TEM SETE NOVIDADES EM RELAÇÃO A PRIMEIOS JOGOS CM DINIZ; DOIS SÃO ESTREANTES
Seleção tem sete novidades em relação a primeiros jogos com Diniz; dois são estreantes
Grupo se prepara para jogos contra Venezuela, quinta-feira, e Uruguai, dia 17
Por Redação do GLOBO — Rio de Janeiro
10/10/2023 03h30 Atualizado há um dia
Os convocados por Fernando Diniz para o segundo período de Data Fifa se apresentaram nesta segunda, em Cuiabá, onde a seleção brasileira enfrenta a Venezuela na quinta-feira, pelas Eliminatórias à Copa 2026. A repetição da maioria dos que foram chamados para os compromissos do mês passado mostra que o grupo começa a ganhar corpo. Ainda assim, há espaço para rostos novos. Dos 23 que enfrentarão Venezuela e Uruguai (dia 17, em Montevidéu), sete não estiveram nas duas primeiras rodadas das Eliminatórias. Saiba quem são
Estreantes
Entre eles, os destaques são os laterais Yan Couto e Carlos Augusto. Esta é a primeira vez que eles são chamados para a seleção principal. Foram convocados, respectivamente, para o lugar dos cortados Vanderson e Renan Lodi (ambos por lesão).
Yan é o mais novo dos dois. Com 21 anos, o lateral-direito já chamava atenção desde 2019, quando fez parte da seleção campeã do Mundial Sub-17, no Brasil. Menos de um ano depois da conquista, o Coritiba, clube que o revelou, anunciou sua venda ao Manchester City por 6 milhões de euros, além de bônus, por um contrato de cinco temporadas.
O lateral, que se destaca por jogar de forma avançada, nunca atuou pelo clube de Pep Guardiola. Mas vem se destacando no Girona-ESP, que pertence ao Grupo City.
Yan está em sua terceira temporada na equipe, e enfim parece ter conquistado a titularidade. É um dos destaques da boa campanha do time espanhol, até aqui a grande surpresa da La Liga — é o segundo colocado, atrás apenas do Real Madrid.
Carlos Augusto (24 anos), por sua vez, já vem de três temporadas de ascensão pelo Monza-ITA, clube que o comprou do Corinthians, em 2020. Após 107 partidas, 12 gols e nove assistências, chamou a atenção da Inter de Milão. E já chegou com status de titular da lateral esquerda.
Jogadores da Seleção Brasileira chegam a Cuiabá para partida contra Venezuela; fotos
10 fotos
Jogo eliminatório contra a Venezuela acontece no feriado (12)
1ª vez com Diniz
Embora não seja estreante, Guilherme Arana se apresentou com sensação parecida. O lateral-esquerdo do Atlético-MG foi convocado pela sexta vez para a seleção principal (além da conquista do ouro olímpico, em Tóquio-2020). Mas esta é a primeira após a lesão que acabou com seu sonho de disputar a Copa do Catar:
— É como se fosse a primeira vez, uma estreia.
Bremer, Gerson, David Neres e Vini Jr. completam a lista das novidades. Este último chegou a ser convocado por Diniz, mas foi cortado após lesão na coxa direita.
O Globo terça, 10 de outubro de 2023
TITE NO FLAMENGO: ANUNCADO, TÉCNICO EQUILIBRARÁ EXPECTATIVAS E DESAFIOS PÓS-SELEÇÃO
Anunciado pelo Flamengo, Tite equilibrará expectativas e desafios pós-seleção
Técnico assinou até dezembro de 2024 em seu primeiro trabalho após a Copa do Mundo
Por Tatiana Furtado e Vitor Seta
10/10/2023 05h30 Atualizado há 4 horas
Foram dias de negociação, num desenrolar que já estava desenhado. Mas o torcedor do Flamengo precisou esperar até ontem à noite, momento do anúncio oficial, para ter a confirmação de Tite como técnico do time até o fim de 2024. O trabalho no rubro-negro será o primeiro desde a despedida da seleção brasileira, após a Copa do Catar, no fim do ano passado. E representará uma série de desafios.
“Desejamos um ótimo trabalho a todos e muito sucesso com o Manto Sagrado”, postou o clube nas redes sociais. Junto a Tite, chegam os auxiliares Matheus Bachi, Cléber Xavier e César Sampaio, além do preparador físico Fábio Mahseredjian e do analista de desempenho Lucas Oliveira, que estava no Palmeiras. Eles começam a trabalhar hoje no CT do Ninho do Urubu.
No Flamengo, o técnico terá que reconstruir uma equipe que vem de seis títulos perdidos nesta temporada. E que precisa garantir uma vaga na próxima Libertadores — o rubro-negro é quinto colocado no Brasileiro, com 44 pontos, três acima do Fluminense, primeiro fora do G6. Na próxima etapa da carreira, Tite precisará seguir os exemplos positivos de nomes como Mano Menezes e Felipão, que trilharam caminhos de sucesso no retorno ao futebol brasileiro após a seleção.
Alcançar o cargo de técnico da amarelinha é um privilégio de poucos profissionais na História. Proporcional à honra é a pressão, que tende a tornar incerto o pós. Assumindo o elenco mais forte do futebol brasileiro, Tite tenta ficar do lado mais pesado de uma balança que nem sempre é favorável.
Na prática, dos treinadores que passaram pela seleção brasileira nos últimos 20 anos, os exemplos de maior sucesso são Felipão e Mano — Dunga e Parreira já não engrenaram trajetórias promissoras e duradouras.
Hoje no Corinthians, Mano, de 61 anos, fez o mesmo caminho: assumiu o rubro-negro logo após deixar a seleção. Na época, em 2013, o Flamengo, em cenário muito diferente do atual, vivia momento de austeridade financeira e instabilidade. O trabalho não rendeu, e Mano pediu demissão após 22 jogos. Passou por Corinthians, Cruzeiro e Shandong Luneng-CHI. Mas seu trabalho de maior sucesso não seria imediato: viria numa passagem multivitoriosa e de mais de 1.100 dias no retorno à Raposa. Lá, Mano venceu dois Mineiros e foi bicampeão da Copa do Brasil. Ali, voltaria a ser um nome de peso no mercado.
Felipão, 13 anos mais velho, chegou a ir ao Grêmio antes de fazer sucesso pelo chinês Guangzhou Evergrande após a segunda passagem pela seleção, marcada pelo catastrófico 7 a 1 na semifinal da Copa de 2014.
Hoje no Atlético-MG, Felipão passou por Grêmio, Cruzeiro e viveu seu novo melhor momento em 2018, quando conquistou o Brasileirão pelo Palmeiras. Já no Athletico, levou a equipe à final da Libertadores de 2022 e se aposentou momentaneamente para se tornar diretor técnico.
Rostos conhecidos
No Fla, Tite, de 62 anos, reencontrará 11 jogadores com quem trabalhou na seleção: Santos, Rodrigo Caio, Pablo, David Luiz, Filipe Luís, Gerson, Everton Ribeiro, Everton Cebolinha, Bruno Henrique, Gabigol e Pedro — uma relação que, com o contato diário, pode se desenrolar em entrosamento e entendimentos mais claros. O networking pós-seleção também pode ser uma vantagem no mercado.
— Como treinador de seleção, você tem muito mais ausência. Isso dá mais vontade de treinar um clube, onde você tem maior contato com os atletas, tempo de trabalho. É um cenário bem diferente da seleção, onde você passa mais tempo em observações, avaliando, selecionando... — argumenta Sebastião Lazaroni, que treinou o Brasil entre 1989 e 1990 e fez longa carreira em times posteriormente. — No clube, você tem que trabalhar com o material humano que encontra, um projeto e um planejamento um pouco diferentes.
O Globo segunda, 09 de outubro de 2023
BRASILEIRÃO 2023: BOTAFOGO VENCE FLU NO MARACANÃ PIOR 2 A 0
Análise: Botafogo reencontrou sua melhor característica para vencer Fluminense no Maracanã
Vitória por 2 a 0 foi marcada pela volta da verticalidade e do melhor momento físico da equipe, contra um rival de "tanque vazio"
Por Davi Ferreira — Rio de Janeiro
09/10/2023 01h00 Atualizado há 9 horas
Há várias rodadas, não se via o Botafogo jogar com o ímpeto que apresentou ontem no Maracanã. Os melhores momentos desta campanha, que se aproxima de encerrar o jejum de títulos brasileiros do clube, haviam sido marcados por jogos em que o alvinegro golpeava seus adversários em sequência, marcando gols e impedindo qualquer tipo de reação. Foi assim que venceu o Fluminense no Clássico Vovô, por 2 a 0.
O momento parecia improvável para tal reação, pois o tricolor chegava de uma classificação à final da Libertadores, enquanto o Botafogo estava há quatro rodadas sem vencer, esmorecido por resultados decepcionantes na mão de Bruno Lage, demitido na semana passada. Contra Fernando Diniz, treinador que agora embarca para treinar a seleção brasileira, estava o estreante Lucio Flavio.
Pois foi sob o comando do ex-meia que a equipe demonstrou, desde os primeiros instantes de bola rolando, que marcaria em cima e exploraria os erros adversários. Em menos de um minuto, Eduardo assustou Fábio, completando cruzamento de Júnior Santos, atacante que acabou se tornando o nome da partida.
Primeiramente, aos 19 minutos, adiantando-se à defesa e recebendo o lançamento de Tchê Tchê, que o deixou de cara para o gol. Sem tremer, driblou o goleiro adversário e empurrou para o fundo das redes. Não havia tempo a perder. Dois minutos depois, passeou pelo meio de campo desprotegido montado por Fernando Diniz — apenas com André na proteção —, e acionou Tiquinho Soares. O 15º gol do artilheiro do Brasileirão veio em bonita finalização por cobertura.
Fluminense e Botafogo: veja fotos do clássico deste domingo
Foi neste curto período que o Botafogo garantiu os três pontos. O placar poderia ter sido maior, pois Marlon Freitas e Luis Henrique perderam chances claras no segundo tempo, mas o torcedor já deve ter ficado contente o suficiente com a retomada das velhas características. Do outro lado, estava uma equipe altamente qualificada, que acabava de voltar da classificação para a final da Libertadores.
— Deixar bem claro que o grupo está fechado. Todo mundo unido. Qualquer treinador que vier, e o mais importante sempre vai ser o Botafogo. Parabenizar nossa equipe pelo grande jogo hoje, diante de um grande adversário. É ressaltar nossa vontade, e seguimos juntos — declarou Tiquinho
Uma resposta rápida e surpreendente diante da potencial crise que se desenhava era importante. Porém, é apenas um primeiro sinal. Nas 12 partidas restantes do campeonato, Lucio Flavio precisará comprovar que tem a condição de levar o time ao título, em sua primeira experiência como técnico — ainda interino, mas que pode ganhar cara e jeito de efetivo. A rodada também ajudou.
O empate do Red Bull Bragantino e as derrotas de Grêmio e Palmeiras aumentaram a vantagem para nove pontos. O próximo compromisso será apenas no dia 18, contra o América-MG, em Belo Horizonte, às 20h.
Lições a se tirar
Do outro lado, Diniz disse na coletiva como a equipe "esvaziou o tanque" física e emocionalmente, após eliminar o Internacional na Libertadores. Alguns jogadores realmente pareceram não estar preparados para entregar a mais alta intensidade, como Keno e Jhon Arias. Diante de um Botafogo vertical e que voltou a ser forte fisicamente, não a foi a melhor tarde para o tricolor.
No entanto, não faltaram chances. Antes do primeiro gol alvinegro, Germán Cano optou por um chute equivocado ao invés de acionar John Kennedy, que aparecia livre pela esquerda. O argentino ainda desperdiçou uma cabeçada na segunda etapa, que poderia ter desencadeado uma reação.
Por sua vez, Kennedy teve ao menos duas boas chances na primeira etapa. Em uma, teve seu chute barrado por Lucas Perri, quase na pequena área. Depois, carimbou a trave do goleiro.
Nos dois confrontos contra o colorado, a classificação esteve próxima de escorrer pelos dedos, só que o adversário não teve a competência para converter chances claras. Melhor para o Flu, que foi preciso e aproveitou as oportunidades que teve. Ontem, o rival não deu brecha para o azar, e abriu logo uma vantagem da qual o time de Diniz não conseguiu se recuperar.
Várias tentativas de mudanças foram feitas durante o jogo, com o comandante deixando bem clara sua irritação com os momentos de desatenção de seus atletas. A formação que deixa apenas um homem na proteção para liberar cinco jogadores ofensivos tem seus prós e contras. Ao enfrentar uma equipe com intensidade ofensiva, que sabe surpreender em contra-ataques, pode se tornar um ponto fraco.
O título brasileiro já era uma realidade distante e, agora, é quase impossível parao Flu: são 14 pontos atrás do líder. No dia 19, às 21h, receberá o Corinthians, no Maracanã.
O que resta para o Fluminense agora é tomar as lições desta derrota em casa — a primeira após oito meses e 26 jogos —, e cuidar para que tudo saia bem contra o Boca Juniors, no dia 4 de novembro.
O Globo domingo, 08 de outubro de 2023
BRASLEIRÃO 2023: FLAMENGO E CORINTHIANS EMPATAM
Gerson faz golaço, mas Flamengo cede empate ao Corinthians e segue distante do líder
Time fica a oito pontos do Botafogo
Por Diogo Dantas
07/10/2023 23h00 Atualizado há 10 horas
O Flamengo não transformou a superioridade e maior qualidade em relação ao Corinthians no melhor resultado. Após sair na frente, cedeu empate e desperdiçou chance de se aproximar do líder do Brasileiro.
O 1 a 1 em Itaquera, com direito a golaço de Gerson, acabou frustrante pelo desempenho da equipe rubro-negra, sobretudo no primeiro tempo. O ponto conquistado não levou o time nem ao G-4.
Com 44 pontos, o Flamengo está agora a oito do Botafogo, e a diferença pode chegar a 11. Tudo por conta de um pênalti que Léo Pereira cometeu ao colocar o braço na bola. Fábio Santos converteu.
Em uma partida de poucas oportunidades claras, o Flamengo dominou, foi superior em chances criadas, mas encontrou um Corinthians recuado e bem postado.
Foi essa postura dos donos da casa que permitiu um toque de bola sem que o Flamengo fosse incomodado, o que gerou a sensação de evolução da equipe em relação à era Sampaoli.
Mario Jorge optou por manter Everton Ribeiro na equipe e o meia teve bons momentos pelo lado direito do campo, tanto na defesa como no ataque. Acertou até uma bola na trave.
Mas as ações rubro-negras se concentraram, na maior parte do tempo, pela esquerda. Com Gerson, Bruno Henrique e as subidas de Ayrton Lucas, o Flamengo levou mais perigo pelo setor.
O Corinthians só incomodava quando Yuri Alberto conseguia apertar a saída de bola. Roubou uma ou duas de Léo Pereira. Mas a intensidade do time paulista era muito pequena de forma geral.
A proteção à área, entretanto, foi eficaz. Tanto que o Flamengo enfileirou arremates de média distância. E teve dificuldade em acionar Pedro, que pouco entrou na área ou finalizou a gol.
No segundo tempo, Gerson, também de longe, acertou chute cruzado de rara felicidade para furar o bloqueio corinthiano. O que mudou o panorama do jogo até o fim.
O Corinthians precisou sair, lançou sangue novo no ataque, e assustou. O Flamengo trocou Pedro por Gabigol. E Gerson saiu com dores no pé para a entrada de Arrascaeta.
A reação alvinegra demorou, mas veio. Em arremate de fora, a bola bateu no braço de Léo Pereira. O árbitro, com auxílio do VAR, anotou a penalidade, que Fábio Santos converteu.
A partir daí, a postura do Corinthians mudou. Tentou aproveitar o bom momento para virar a partida, e se deparou com a instável zaga do Flamengo, com erros de Ayrton Lucas e Wesley em profusão.
Na saída do Corinthians, Arrascaeta encontrou bons passes para Bruno Henrique e depois Gabigol. Nos momentos em que pisava na área, o Flamengo não finalizava com precisão.
Com mais medo de levar o segundo gol do que fazer, os dois times se mostraram satisfeitos com o empate.
O Globo sábado, 07 de outubro de 2023
BRASLEIRÃO 2023: CONTRA O SÃO PAULO, VASCO TESTA PODER DE REAÇÃO
Contra o São Paulo, Vasco testa poder de reação no primeiro de quatro jogos seguidos no Rio
Cruz-maltino enfrenta ainda Fortaleza, Flamengo e Internacional ao lado de sua torcida
07/10/2023 04h00 Atualizado há 4 horas
A goleada por 4 a 1 sofrida na Vila Belmiro para o Santos, no domingo passado, puxou o Vasco de volta à zona de rebaixamento do Brasileirão e deixou lições: o trabalho está longe de feito. A parte mais difícil já passou, a distância para a saída do Z4, que já foi de nove pontos, foi reduzida rodada a rodada e agora o cruz-maltino é 17º colocado com 26 pontos, apenas um atrás do próprio Santos e do Goiás, primeiros time fora da “turma da degola”. Hoje, às 18h30, contra o São Paulo, em São Januário, o time inicia uma sequência de quatro jogos consecutivos no Rio de Janeiro que podem ser decisivos para a permanência na Série A.
Após enfrentar o tricolor paulista, o Vasco terá pela frente o Fortaleza (São Januário, dia 18), Flamengo (Maracanã, dia 22) e Internacional (novamente na Colina, no dia 25). O último, na atual conjuntura, seria um confronto direto contra a queda. Para hoje, os cruz-maltinos esgotaram rapidamente os ingressos, em apenas quatro horas de vendas.
Será o 12º jogo de Ramón Díaz à frente do Vasco, que desde que assumiu o time multiplicou o rendimento. Em números do aplicativo Sofascore, entre a chegada do técnico e o período anterior (14 jogos), o time praticamente dobrou o número de pontos conquistados (17 contra 9), aumentou o saldo de vitórias (5 a 2), diminuiu o de derrotas (4 contra 9) e derrubou o números de gols sofridos de 23 para 15. O aproveitamento saltou de 21,4% para 51,5%. Agora, é hora de mostrar que tudo isso pode se traduzir em resultados ainda melhores no que promete ser um momento decisivo da temporada cruz-maltina.
— A mensagem é muito clara da minha parte e de todos os jogadores: estamos fazendo muito esforço, muito treinamento, muito trabalho, para poder sair desta situação. Como disse, nos últimos quatro jogos ganhamos três e perdemos um. Por isso, pudemos sair de uma situação muito dramática. E nunca vamos deixar de lutar. Vamos até o final. Com o apoio deles em nossa casa, vamos brigar — afirmou o treinador após a derrota para o Santos.
Desfalques
Para a partida de hoje, o Vasco terá o desfalque de Medel, suspenso após expulsão em confusão na Vila Belmiro. Maicon volta ao time. No ataque, o cruz-maltino ainda não terá Rossi, que segue se recuperando de lesão muscular na coxa direita. No seu lugar, Gabriel Pec permanece como titular.
As principais escolhas da comissão técnica estão na manutenção ou não de Payet entre os titulares e numa possível entrada de Jair na vaga de Zé Gabriel. Ao longo da semana, o clube brigou por um efeito suspensivo para ter o volante — suspenso por quatro jogos por cotovelada no jogo diante do Bahia — na partida de hoje à tarde.
Campeão da Copa do Brasil, o São Paulo chega ao Rio de Janeiro com três desfalques importantes: o zagueiro Beraldo, o lateral-direito Rafinha e o atacante Calleri. Os três estão suspensos pelo terceiro amarelo. Alan Franco, Nathan e Juan devem ser os substitutos. O atacante Alexandre Pato voltou a ser relacionado e viajou para a partida. O tricolor é o segundo pior visitante do campeonato, com cinco empates e seis derrotas.
O Globo sexta, 06 de outubro de 2023
LIBERTADORES: BOCA JUNIORS CHEGA À FINA SEM VENCER UM JOGO NO MATA-MATA
Rival do Fluminense: Boca Juniors chega à final da Libertadores sem vencer um jogo no mata-mata
Clube argentino empatou os seis jogos das fases eliminatórias e em todos passou nos pênaltis
Por O Globo
06/10/2023 09h34 Atualizado há 11 minutos
Quatro vitórias, sete empates e uma derrota. Essa foi a campanha do Boca Juniors na Libertadores de 2023, até aqui. O fato curioso — e inédito na história da competição — é que o time argentino, que chegou à final depois de eliminar o Palmeiras nos pênaltis, passou por todas as fases de mata-mata sem vencer uma partida sequer e os triunfos foram na fase de grupos.
Nas oitavas de final, os Xeneizes enfrentaram o Nacional, do Uruguai, e empataram por 0 a 0, no Estádio Gran Parque Central, e por 2 a 2, em La Bombonera. Na fase seguinte, o adversário do Boca Juniors foi o Racing e as duas partidas terminaram com um empate sem gols — 0 a 0 no El Cilindro e 0 a 0 na Bombonera.
Na semifinal contra o Palmeiras não foi diferente. Após um empate sem gols na Argentina, o Boca Juniors ainda conseguiu sair na frente do placar no Allianz Parque, com um gol de Cavani, mas sofreu o empate depois da expulsão do zagueiro Marcos Rojo. Assim, o clube de Buenos Aires se tornou a primeira equipe a empatar todos os seis jogos eliminatórios da Libertadores.
Em todas as fases, o Boca Juniors avançou nos pênaltis e o héroi dos confrontos foi o goleiro Sergio Romero. Ao todo, o argentino pegou seis cobranças, sendo duas em cada fase: Ignacio Ramírez, Daniel Bocanegra, Gonzalo Piovi, Leonardo Sigali, Raphael Veiga e Gustavo Gómez pararam no arqueiro da seleção argentina da Copa do Mundo de 2014.
O Globo quinta, 05 de outubro de 2023
LIBERTADORES: VIRADA EM 6 MINUTOS É RESULTADO DE UM FLUMINENSE OUSADO E UE NUNCA DEIXOU DE ACREDITAR EM SI
Análise: Virada em 6 minutos é resultado de um Fluminense ousado e que nunca deixou de acreditar em si
Sem compromisso com o que deu errado no 1º tempo, Fernando Diniz conseguiu tirar o tricolor da armadilha do Internacional
Por Rafael Oliveira — Rio de Janeiro
05/10/2023 02h00 Atualizado há 8 horas
Para além do que se faz em campo, as grandes campanhas são feitas de histórias. A do Fluminense na Libertadores atual é, dentro das quatro linhas, de talentos que, sob a regência de Fernando Diniz, apresentam um futebol nem sempre vistoso, mas que nunca deixou de ser ousado. Fora delas, de uma torcida que percebeu desde a estreia o quanto este ano era diferente e, mesmo nos momentos de baixa, nunca deixou de acreditar no time. Na virada por 2 a 1 sobre o Internacional, no Beira-Rio, estas duas virtudes convergiram para levar o tricolor à decisão do torneio após 15 anos.
Uma final única, em pleno Maracanã, dia 4 de novembro. Contra um adversário que será conhecido nesta quinta, quando Palmeiras e Boca Juniors farão a segunda partida do confronto, em São Paulo, depois de um 0 a 0 na Argentina.
Não foi uma virada qualquer. Ela foi construída num intervalo de seis minutos, a partir dos 35 do segundo tempo. Num momento em que, embora o Fluminense tivesse ampla posse de bola, quem criava as melhores chances era o Internacional. Resultado da decisão de Diniz de aumentar o número de atacantes (chegou a ter cinco), lançar quase todo o time à frente e deixar apenas um homem na contenção. Porque, por mais que o cenário estivesse desfavorável, técnico e jogadores continuavam acreditando. Além da torcida, claro.
O jogo começou muito mais favorável ao Internacional pela armadilha bem executada no primeiro tempo. Com a bola nos pés, os colorados trocaram passes e giraram de forma rápida e exploraram o quanto puderam o lado esquerdo da marcação rival e, principalmente, a bola aérea.
Foi através dela que abriram o placar, com apenas 9 minutos. No escanteio cobrado por Alan Patrick pela esquerda, Mercado levou a melhor sobre a marcação dupla de Alexsander e Guga na segunda trave e cabeceou para o fundo das redes. No lance, Fábio tropeçou no pé de Nino e caiu no meio da pequena área, ficando impossibilitado de saltar.
Enquanto impôs seu ritmo, o Internacional foi soberano na partida. Mas, por volta dos 25 minutos, esta intensidade cobrou seu preço, e os colorados perderam boa parte de suas forças. Passaram a concentrar o pouco que ainda tinham na marcação, de fato muito bem executada.
Diniz abriu mão de seu quarteto ofensivo, optando por começar com Alexsander no lugar de John Kennedy, para não sofrer desvantagem numérica no meio. Mas isso não funcionou. O Fluminense se deparou com um adversário que aproximou seus jogadores para marcar. Com isso, cada tricolor que tinha a bola nos pés encontrava dois ou três em torno de si.
O primeiro mérito de Diniz foi não ter compromisso com o que deu errado. Na volta do intervalo, trouxe Kennedy e deu a Marcelo uma liberdade para aparecer onde fosse melhor. O lateral virou ponta direita, esquerda, flutuou no meio, oxigenou a criação tricolor.
O Inter, ainda assim, vinha tendo as melhores chances. E esta história poderia ter sido diferente se Enner Valencia não tivesse desperdiçado duas grandes oportunidades, aos 25 e aos 32.
Vacilo que não houve no lado tricolor. O time que nunca deixou de acreditar em seu potencial e que, por mais riscos que corresse, sabia exatamente o que fazer quando tivesse oportunidade. E elas vieram. Aos 35, Marcelo deu um toque sutil que deixou Cano em ótimas condições. Ele lançou Kennedy, que não perdoou a saída equivocada do goleiro Rochet.
Seis minutos depois, Yony González tocou para Kennedy, que num corta luz deixou a bola pronta para Cano. O artilheiro marcou seu 12º no torneio. O auge da noite para não ser esquecida pela torcida não poderia ser mais apropriado. Com L... de Libertadores.
O Globo quarta, 04 de outubro de 2023
LIBERTADORES: FLUMINENSE ENCARA O INTERNACIONAL EM JOGO DECISIVO PARA IR À FINAL
Fluminense encara o Internacional em jogo decisivo para ir à final da Libertadores
Disputa no meio-campo deve definir quem sairá do Beira-Rio, hoje, com o sonho da conquista ainda vivo
Por Davi Ferreira
04/10/2023 04h01 Atualizado há uma hora
A chance de voltar a uma final de Libertadores depois de 15 anos está bem à frente do Fluminense. Num torneio em que cada partida é tida como “o jogo do ano”, o tricolor se vê diante de seu compromisso mais desafiador: sair do Beira-Rio, hoje, com a vaga na decisão. Após o empate em 2 a 2 com Internacional, no Maracanã, o time comandado por Fernando Diniz depende de uma vitória simples. Em caso de igualdade, a vaga será definida nos pênaltis.
Garantir-se na final passa, essencialmente, por vencer a batalha no meio-campo. No Rio, foi o domínio no setor que definiu os momentos de alternância de protagonismo no confronto. E não será diferente hoje.
Treino do Fluminense em Porto Alegre
Equipe se prepara para partida decisiva contra o Internacional no Beira-Rio
Com o retorno de Ganso, Diniz teve à disposição, no Maracanã, todos os seus principais jogadores após cinco meses. Isso abriu uma dúvida relacionada a Alexsander e John Kennedy. O volante é uma importante peça defensiva e ajuda na cobertura pela esquerda. Já o atacante se estabeleceu como opção ofensiva confiável no período em que os dois meias estavam fora.
A escolha do treinador foi manter Kennedy como titular, escalar Ganso ao lado de André e barrar Alexsander. Para Diniz, deixar o camisa 10 no banco afeta a capacidade de criação tricolor.
Em razão da expulsão de Samuel Xavier, no primeiro tempo, o volante entrou no intervalo. Com as saídas dos dois escolhidos como titulares, Alexsander ajudou a equipe a recuperar o equilíbrio defensivo e a buscar o empate. Sacá-lo novamente pode significar menos combate na frente da área tricolor e pelos lados.
Planos em xeque
Assim como acontecerá hoje, Eduardo Coudet escalou o Inter com cinco jogadores no meio, além de ter no equatoriano Enner Valencia um atacante que costuma recuar para criar. Isso ajudou os gaúchos a terem superioridade, sobretudo no início da segunda etapa.
Quando o argentino recuou a equipe para defender com cinco homens, o Flu conseguiu se recuperar, mesmo com um a menos.
O novo duelo das entrelinhas levanta o dilema da semana passada: há três jogadores (Ganso, Alexsander e Kennedy) para duas vagas. O treino fechado de ontem deixará a dúvida no ar até pouco antes de a bola rolar.
No Rio, o Flu correu riscos, e a impressão que ficou foi a de um jogo que poderia ter parado na mão de qualquer um dos times. Em entrevista, Diniz não gostou de ser questionado, achou que as fragilidades não tiveram a ver com suas escolhas e defendeu a estratégia.
— Não que o Alexsander não possa jogar, mas é uma formação totalmente coerente com aquilo que o Fluminense tem apresentado nas últimas partidas, quando tem todo mundo à disposição — afirmou.
Diniz não dá sinais de mudanças no onze inicial. A única certeza será a entrada de Guga, para substituir Samuel Xavier na lateral.
Pelo lado do Inter, Coudet tem todo o elenco disponível. Autor de um dos gols colorados na primeira partida, Hugo Mallo estava cotado para voltar ao banco e dar lugar a Bustos. Mas os últimos treinos indicam sua manutenção na equipe.
‘Mandante’ inédito?
Uma novidade histórica dá uma pitada adicional ao confronto. Caso elimine o Inter, o tricolor se tornará o primeiro time a jogar a final única da Libertadores em seu próprio estádio.
A Conmebol adotou o modelo em 2019. Nesse curto período de quatro anos, nenhuma equipe potencialmente “mandante” chegou perto de disputar a taça atuando em seus domínios: Universitario (do Peru, em 2019), Flamengo (2020 e 2023), Peñarol e Nacional (do Uruguai, em 2021) e Barcelona (do Equador, em 2022) ficaram no caminho.
Vice-campeão em 2008 jogando no próprio Maracanã, o tricolor já é o “mandante” a chegar mais perto da festa em seus domínios nessa nova configuração. E o tricolor quer ir até o fim.
O Globo terça, 03 de outubro de 2023
BRASILEIRÃO 2023: EMPATE E TIQUINHO EXPÕEM SEQUÊNCIA DE ESCOLHAS EQUIVOCADAS DE BRUNO LAGE NO BOTAFOGO
Análise: Empate e Tiquinho expõem sequência de escolhas equivocadas de Bruno Lage no Botafogo
Opção do treinador por começar a partida contra o Goiás com o camisa 9 no banco motivou vaias da torcida antes mesmo do início do jogo; artilheiro entrou no segundo tempo e marcou o gol alvinegro
Por João Pedro Fragoso — Rio de Janeiro
03/10/2023 00h01 Atualizado há 9 horas
O empate do Botafogo em 1 a 1 com o Goiás, ontem, no Nilton Santos, expôs ainda mais as recentes escolhas ruins que Bruno Lage tem feito no comando do alvinegro. Ao barrar Tiquinho Soares, artilheiro e craque do Brasileirão até o momento, o treinador deu ao jogo um clima totalmente negativo e adverso. De quebra, reverteu o efeito positivo criado pelo treino aberto no último sábado, quando o português teve seu nome gritado pelos torcedores.
Retrato disso é que, após a escalação inicial do alvinegro ter sido anunciada no sistema de som, Lage foi vaiado pelos botafoguenses. Em seguida, eles cantaram para seu camisa 9.
O clima de ansiedade nas arquibancadas passou para o campo. Sem a concentração necessária, os jogadores do Botafogo forçaram cruzamentos, erraram passes e foram envolvidos pelo Goiás. Com exceção do chute de Diego Costa, após erro dos esmeraldinos, o alvinegro praticamente assistiu ao primeiro tempo.
Mas, além do jogo abaixo tecnicamente que fez o Botafogo no primeiro tempo, a coragem de um Goiás que figurava na zona de rebaixamento contra o líder do campeonato também ajuda a explicar o que foi a primeira etapa.
Com um insinuoso Allano pela ponta direita, o time não se limitou a jogar no contra ataque e foi recompensado. Aos 26, Guilherme Marques cobrou escanteio, Lucas Halter ganhou de Gabriel Pires no primeiro pau e cabeceou para abrir 1 a 0.
O gol, além de aumentar a pressão sobre o Botafogo e Bruno Lage, expôs a partida ruim que Gabriel Pires vinha fazendo, sem conseguir dar a força necessária na marcação e no ataque. Além dele, Júnior Santos, escolhido para a ponta direita, não foi bem.
Não à toa, a dupla foi escolhida para deixar o campo no intervalo para as entradas de Tiquinho Soares e Luis Henrique. Ousado, Lage deixou o Botafogo numa espécie de 4-2-4, com Eduardo na função de segundo homem do meio-campo e Tiquinho como segundo atacante, atuando fora da área e servindo aos atacantes.
Tiquinho faz a diferença
Foi assim que o camisa 9 empatou a partida logo aos seis minutos. Pela esquerda, onde se sente confortável para atuar, o atacante recebeu de Luis Henrique, ajeitou e chapou no ângulo de Tadeu para marcar o gol do alvinegro, dando razão aos torcedores que pediram sua entrada desde a metade do primeiro tempo.
— Acho que a gente sai triste por estar jogando em casa, o torcedor compareceu, nos apoiou e infelizmente não ganhamos. É ressaltar esse pontinho. Acho que lá na frente vai nos ajudar bastante. O Botafogo vai lutar até o final por esse campeonato — afirmou Tiquinho. — Estou bem fisicamente, mas estou aqui para ajudar meus companheiros.
Empolgado com o gol do principal jogador, o Botafogo tentou empurrar o Goiás para trás e jogar no campo de ataque. No entanto, o que sobrou de ânimo faltou de organização. A única jogada de perigo do alvinegro foi aos 38, quando Tchê Tchê recebeu passe pela direita e, de canhota, acertou o travessão em linda finalização.
Na sequência, o time esmeraldino conseguiu mastigar a partida e, utilizando o desespero do Botafogo a seu favor, assegurou o empate no Nilton Santos.
Após o apito final, o time deixou o campo sob um misto de aplausos e vaias. Já Bruno Lage, que cumprimentou todos os atletas dentro do gramado, desceu para o vestiário sob os gritos de “burro”.
Com o resultado, o Botafogo chegou ao quinto jogo consecutivo sem vitória. Por outro lado, o empate manteve a distância do alvinegro para o segundo colocado em sete pontos. Com o cenário no Brasileirão praticamente igual ao do início da rodada, o que expõe o treinador, mais do que o 1 a 1, são as escolhas impopulares e que não têm funcionado. Elas vêm principalmente desde o clássico contra o Flamengo e podem ser exemplificadas com a escolha de Tiquinho Soares no banco de reservas, aliadas à postura muitas vezes insegura e carregada de chavões nas coletivas — após o jogo contra o Goiás, o treinador se apresentou de forma diferente.
O Globo segunda, 02 de outubro de 2023
SANTOS 4 X VASCO 1: GOLEDA NA VILA EXPÕE DESAFIO DO VASCO DE SER REGULAR E TESTA CAPACIDADE DE REAÇÃO
Análise: Goleada na Vila expõe desafio do Vasco de ser regular e testa capacidade de reação
Forma como time irá absorver derrota para o Santos é fundamental para sequência do Brasileiro
Por Rafael Oliveira — Rio de Janeiro
02/10/2023 02h00 Atualizado há 8 horas
A torcida do Vasco sabia que a sequência de vitórias (o time vinha de três seguidas) não iria durar para sempre. Mas não esperava que ela fosse ser interrompida de forma tão dolorida. A derrota por 4 a 1 para o Santos, na Vila Belmiro, evidenciou que, apesar de viver uma ascensão no Campeonato Brasileiro, o time de Ramón Díaz ainda tem desafios pela frente. E um dos principais é a busca pela regularidade.
A tarde de erros na Vila pode custar a volta para a zona do rebaixamento. Com 26 pontos, o Vasco é o 16º colocado. Hoje, vai precisar torcer contra o Goiás, que tem a mesma pontuação (e uma vitória a menos) e abre o Z4. O Esmeraldino visita o Botafogo, no Nilton Santos.
Outro desafio que se impõe ao Vasco é de ordem emocional. O time precisará aprender a absorver tropeços como este sem deixar que prejudiquem sua sequência na competição. No sábado que vem, os cruz-maltinos contarão com o apoio da torcida para tentar se reabilitar diante do São Paulo, em São Januário.
Estabilidade foi o que faltou ao time ontem a partir do fim do primeiro tempo. A equipe até começou bem a partida. Pressionou a saída de bola do Santos e gerou oportunidades nos erros do rival. Aos 9, numa chegada atrasada de Puma Rodríguez para marcar Marcos Leonardo dentro da área, a arbitragem entendeu que houve pênalti, e o próprio atacante converteu.
Só que os vascaínos não se abalaram. Mantiveram sua proposta de jogo e seguiram produzindo mais que o rival. Foram premiados aos 30, com um ótimo contra-ataque puxado por Gabriel Pec e que terminou com Vegetti concluindo a gol.
Os problemas já vinham aparecendo, como a limitação defensiva de Puma, sobrecarregando Medel; os erros na saída de bola e a dificuldade de encaixar o último passe (principalmente pela tarde nada inspirada de Paulinho e pela discrição de Marlon Gomes). E foi nos acréscimos, por causa de uma desatenção geral, que tudo isso estourou.
Em dois minutos, Rincón e Marcos Leonardo marcaram mais dois e definiram a partida. Aos 45, Dodô ganhou de Vegetti na primeira trave e desviou uma cobrança de escanteio. A bola encontrou o venezuelano livre pela esquerda para concluir. Aos 47, Zé Gabriel escorregou e entregou um contra-ataque que terminou com Marcos Leonardo, novamente pela direita vascaína, finalizando de forma certeira.
As mudanças de Ramón no intervalo não surtiram efeito. Pelo contrário. O que se viu em campo foi um Vasco com suas dificuldades mais acirradas. E desestabilizado. Aos 9, Sebastián Ferreira caiu na provocação de Soteldo (que subira em cima da bola com ela em jogo) e deu início a briga generalizada. O resultado foram três expulsos (Medel e Lucas Lima, além de Rodrigo Fernández, que estava no banco) e o Vasco ainda mais sem foco no confronto direto.
O último gol saiu porque o Santos soube se beneficiar da forma desordenada que o rival se lançou ao ataque. Num dos contragolpes, aos 29, ficaram quatro santistas contra três vascaínos. Jean Lucas acionou Soteldo, que chutou cruzado com força.
O apito final veio como um alívio para o torcedor cruz-maltino, já que o Vasco não esboçava nenhuma capacidade de reação. E restou a Ramón Díaz evitar, acertadamente, o tom de tragédia após a derrota.
— Me sinto orgulhoso do time, de tudo que estamos fazendo, porque nos últimos quatro jogos ganhamos três e perdemos um. E nunca dissemos que iríamos ganhar todos os jogos. É uma luta até o final. Vamos seguir lutando, falta muito tempo, mas sabemos que temos que corrigir alguns erros que cometemos — ponderou.
O Globo domingo, 01 de outubro de 2023
SANTOS X VASCO: ESCALAÇÕES E ONDE ASSISTIR
Santos x Vasco: escalações e onde assistir
Partida é duelo direta para se afastar da zona de rebaixamento
Por O Globo — Rio de Janeiro
01/10/2023 10h27 Atualizado há 49 minutos
O Vasco vai hoje à Vila Belmiro para enfrentar o Santos pela 25ª rodada do Brasileirão. O Cruzmaltino enfrentará um adversário motivado pela torcida. Neste sábado, o peixe fez um treino aberto.
Caso vença, o clube, que está na 18ª posição com 24 pontos, deixará a zona de rebaixamento e passará justamente o Vasco, com 26 pontos e na 15ª posição. Entre os times ainda estão Goiás, com 26 pontos; e Bahia, com 24, que perdeu para o Flamengo neste sábado. O time goiano enfrenta o Botafogo, na segunda-feira.
Hoje, o Vasco não terá o atacante Rossi, que sentiu a posterior da coxa direita. Gabriel Pec deve substituí-lo. Já o Santos segue sem o atacante Mendoza, ainda tratando um estiramento na panturrilha direita.
Santos
João Paulo, Lucas Braga, Joaquim, João Basso, Dodô e Kevyson; Tomás Rincón, Jean Lucas e Lucas Lima; Soteldo e Marcos Leonardo
Vasco
Léo Jardim, Puma Rodríguez, Medel, Léo e Lucas Piton; Zé Gabriel, Praxedes, Paulinho e Payet; Gabriel Pec e Vegetti
Local: Vila Belmiro. Horário: 16h. Árbitro: Anderson Daronco (Fifa/RS). Transmissão: Globo, Premiere e Rádio CBN.
O Globo sábado, 30 de setembro de 2023
PRÉ-OLÍMPICO DE VÔLEI MASCULINO: JOGOS VÃO ATÉ DIA 8, QUANDO BRASIL ENFRENTA A ITÁLIA
Pré-Olímpico de vôlei masculino no Maracanãzinho: ainda há ingressos
Jogos vão até o dia 8, quando o Brasil enfrenta a Itália; para este dia não há mais entradas
30/09/2023 08h01 Atualizado há 46 minutos
Ainda há ingressos para o Pré-olímpico de vôlei masculino, que será disputado no Maracanãzinho. A seleção brasileira estreia na competição contra o Catar, neste sábado, às 10h. Na sequência, o time enfrenta a República Tcheca, Alemanha, Ucrânia, Cuba, Irã e Itália.
Três torneios pré-olímpicos, com grupos de oito times cada, definirão seis seleções para Paris-2024. Os dois melhores de cada chave carimbam o passaporte para a Olimpíada. O Brasil está no grupo A, enquanto as os grupos B e C terão torneios no Japão e na China.
O Brasil será representado no Pré-Olímpico masculino pelos levantadores Bruninho e Fernando Cachopa; os opostos Alan e Darlan; os ponteiros Adriano, Honorato, Lucarelli e Lukas Bergmann; os centrais Flavio, Judson, Lucão e Otávio; e os líberos Maique e Thales.
A seleção brasileira feminina já garantiu vaga em Paris-2024, após terminar em segundo lugar, atrás da Turquia, no Pré-olímpico disputado em Tóquio, na semana passada. Também estão garantidos em Paris-2024 no feminino a França, como país sede, República Dominicana e Sérvia (Grupo A) e Estados Unidos e Polônia (Grupo C).
Os ingressos para os jogos podem ser comprados neste link e na bilheteria norte do estádio Nilton Santos (exceto feriados e dias de jogos de futebol ou outros eventos). O valor mais alto é R$ 600 (para jogo do Brasil em "experiência na quadra"). E o mais barato, R$ 10 (meia-entrada, na arquibancada, jogo que não é do Brasil).
Não há mais tickets para o último dia de competição em que o Brasil enfrenta a Itália e Cuba joga contra o Irã.
Confira a tabela:
Sábado, 30/09 - 10h - Brasil x Catar
Domingo, 01/10 - 10h - Brasil x República Tcheca
Terça, 03/10 - 20h30 - Brasil x Alemanha
Quarta, 04/10 - 20h30 - Brasil x Ucrânia
Sexta, 06/10 - 10h - Brasil x Cuba
Sábado, 07/10 - 10h - Brasil x Irã
Domingo, 08/10 - 10h - Brasil x Itália
O Globo sexta, 29 de setembro de 2023
LIBERTADORES: BOCA E PALMEIRAS NÃO SAEM DO ZERO NA BOMBONERA
Boca e Palmeiras trocam 'sustos', mas não saem do zero na Bombonera
Em jogo nervoso, alviverde leva placar intacto para o Allianz e pode garantir mais uma final de Libertadores
28/09/2023 23h32 Atualizado há 11 horas
A primeira vez do técnico Abel Ferreira em La Bombonera não foi das mais calmas. Em jogo mais tenso do que era previsto para o Palmeiras nesta quinta-feira, o alviverde e o Boca Juniors trocaram momentos de "susto", mas não saíram do zero no placar no primeiro jogo da semifinal da Libertadores. Melhor para os brasileiros que decidem o confronto no Allianz Parque, na próxima quinta.
Com o estádio lotado e incansável no apoio, os xeneizes não se intimidaram com o adversário complicado, que começou achando mais espaços nas costas da defesa argentina, com Rony e Arthur correndo em profundidade.
Mas assim que pegou o gosto do jogo, o Boca foi mais perigoso. Ex-Palmeiras, Merentiel criou muito pelas pontas e assustou Weverton. Assim como Barco.
Cavani também foi ameaça pelo alto: teve duas ótimas chances ainda no primeiro tempo, e só não levou ainda mais perigo porque Gustavo Gómez e Murilo fizeram grande jogo defensivo. O goleiro Weverton também foi um dos principais nomes da partida. Fez intervenções importantes e corajosas.
No segundo tempo, o ritmo diminuiu. Abel mexeu no time do Palmeiras e voltou a precisar lançar mão de jovens. Entraram Fabinho e Luís Guilherme, além de Endrick, já no fim.
Na base do coração e no apoio da torcida, o time da casa explorou as ligações diretas e o jogo aéreo nos últimos dez minutos. Foram sucessivos os sustos sofridos pelo alviverde, apesar de pouco inspirados ofensivamente.
De qualquer forma, o 0 a 0 termina como um bom placar para o time brasileiro. Não sofreu gols inoportunos e tem totais condições de carimbar mais uma final de Libertadores no currículo jogando em casa, onde só perdeu duas vezes em 28 jogos nesta temporada.
O Globo quinta, 28 de setembro de 2023
LIBERTADORES: FLUMINENSE E INTERNACIONAL EMPATAM NO MARACANÃ
Fluminense e Internacional saem reclamando da arbitragem após empate no Maracanã
Fernando Diniz, treinador tricolor, e Alexandre Barcellos, presidente colorado, demonstraram insatisfação em lances distintos do jogo da semifinal da Libertadores
28/09/2023 04h00 Atualizado há 6 horas
O empate por 2 a 2 entre Fluminense e Internacional, pela ida das semifinais da Libertadores, teve momentos onde a arbitragem do argentino Dario Herrera esteve em destaque, como a expulsão do lateral tricolor Samuel Xavier, ou os gols anulados do colorado, entre eles um do zagueiro Gabriel Mercado. Após a partida no Maracanã, os dois lados demonstraram insatisfação com a atuação do árbitro.
O treinador Fernando Diniz revelou seu incômodo durante a coletiva, sobre o lance que resultou na expulsão de Samuel, na reta final do primeiro tempo. Naquele momento, o tricolor vencia por 1 a 0, e o ele foi expulso por fazer uma falta em Enner Valencia, recebendo o segundo cartão amarelo. Para Diniz, no entanto, o primeiro amarelo foi equivocado.
— Ponto negativo de hoje, para mim, claramente, foi a arbitragem. Peço a vocês que vejam os lances. No primeiro, que ele dá amarelo para o Samuel, o Valencia faz falta clara no Nino — declarou Diniz.
Além disso, o comandante tricolor reclamou da forma que Herrera decidiu pela expulsão do lateral, e disse que o viu exagerando na forma:
— Ele expulsa o Samuel com uma convicção... Nem encosta, ele recolhe o pé. Ele dá o segundo amarelo. Nem falta foi. Aí compromete o andamento do jogo – afirmou Diniz. — A gente espera que a arbitragem seja justa. Mas o juiz interferiu completamente na partida hoje, completamente. Era lance que o VAR podia chamar.
Outro ponto que não passou batido por ele foram os acréscimos dados logo após o lance, quando o Internacional conseguiu buscar o gol de empate, em cabeçada de Hugo Mallo. Ele aproveitou para pedir uma atuação melhor dos árbitros na partida de volta.
Presidente do Inter reclama
As reclamações também surgiram do outro lado. Logo após a coletiva de Diniz, o presidente do Internacional, Alexandre Barcellos, foi à zona mista para demonstrar sua insatisfação com a anulação do gol de Gabriel Mercado, já no segundo tempo.
O tento marcado por ele, de cabeça, foi anulado pelo VAR, que identificou um toque no braço do zagueiro. Barcellos não aceitou esta marcação e reclamou que antes houve um toque igual no braço de André. Para o clube, motivo para ter sido marcada uma penalidade.
— O jogador do Fluminense vai com a mão na bola. Nitidamente, salta com a mão. Pênalti claro, que infelizmente não foi marcado. O árbitro, talvez, tivesse dificuldade em ver, mas o VAR poderia ter marcado essa penalidade, assim como ele foi olhar o gol e constatou que bateu na mão. Importante fazer esse registro — frisou Barcellos.
Igualdade no placar e nas reclamações dos dois lados. A volta do confronto acontece na próxima quarta-feira, às 21h30, no Beira-Rio. Quem vencer, avança à decisão. Em caso de novo empate, a vaga será decidida nos pênaltis.
O Globo quarta, 27 de setembro de 2023
FRAUDES NO CAFÉ: FAZ MAL CONSUMIR GRÃOS IMPUROS?
Fraudes no café: faz mal consumir grãos impuros? Especialista responde
Ministério determinou recolhimento de 8 lotes após identificar presença de cascas e paus acima dos limites permitidos
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) determinou o recolhimento de 8 lotes de café torrado e moído no Brasil por detecção de fraude e impurezas. O governo identificou a presença de cascas e paus nos pacotes acima dos limites permitidos pela legislação. A mistura em excesso de cascas e paus de café teve o intuito de aumentar o volume dos pacotes, segundo informou a pasta
Porém, o que fazer com esses lotes adulterados em casa? Faz mal à saúde consumir esse café com impurezas? Segundo a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (PROTESTE), este tipo de fraude é quase impossível do consumidor conseguir identificar em casa.
— Nesses produtos foram detectados que os grãos de café foram substituídos por matéria-prima contendo excesso de cascas e paus de café, a fim de aumentar o volume e enganar o consumidor. Vale lembrar que tudo é moído/triturado e torrado em altas temperaturas, portanto, os grãos, as cascas e os paus de café acabam ficando na mesma coloração, forma e sensorialmente muito parecidos, não permitindo a diferenciação — explica Rafael Moura, coordenador de saúde e comida da PROTESTE.
Segundo o técnico, esses resíduos, se estiverem em condições sanitárias favoráveis, depois de moídos/triturados e torrados, não oferecem riscos e perigos à saúde do consumidor.
— O cuidado é adquirir produtos que não foram constatadas fraudes e, se possível, marcas com reputação comprovada que não estejam relacionadas às más práticas de mercado. Caso consiga identificar qualquer tipo de fraude, buscar todos os direitos do consumidor, com devoluções, trocas e busca de reparações dependendo de cada situação específica — diz Moura.
As fiscalizações de café torrado e moído pelo governo começaram este ano com a entrada em vigor de uma portaria que define o regulamento técnico do café torrado no Brasil.
As marcas com os lotes recolhidos são: Fazenda Mineira, Jardim, Lenhador Extra Forte, Lenhador Tradicional, Balaio, Bico de Ouro e Bico de Ouro 100% Puro Robusta.
O Globo terça, 26 de setembro de 2023
CASAMENTO DE RONALDO E CELINA LOCKS: SAIBA QUEM ESTÁ NA LISTA DE CONVIDADOS; VEJA FOTOS
Casamento de Ronaldo e Celina Locks: saiba quem está na lista de convidados; veja fotos
Kaká, Júlio Baptista, Galvão Bueno, Sabrina Sato e Mariana Ruy Barbosa estão na lista de convidados
Por O Globo
26/09/2023 04h01 Atualizado há 45 minutos
O ex-jogador Ronaldo Fenômeno se casou, nesta segunda-feira, com a modelo Celina Locks, em Ibiza, na Espanha. A cerimônia religiosa, considerada “íntima”, dá início à programação do evento, que terá nova celebração na próxima sexta-feira. Ao longo dos próximos dias, famosos devem chegar a ilha espanhola para celebrar a união.
Ronaldo Fenômeno se casa em Ibiza com modelo Celina Locks
Celebrações tiveram início nesta segunda-feira e vão até sexta-feira
Quem está na lista de convidados?
Quem já chegou para o casório é a apresentadora Sabrina Sato, uma das madrinhas do casal. Filho de Fausto Silva, o apresentador João Guilherme Silva também já está no local, acompanhado da namorada, a modelo Schynaider Moura.
Galvão Bueno e o ex-jogador Kaká são outros que estão a caminho do evento na ilha paradisiáca. Mulher do narrador, Desirée Soares fez uma série de postagens no Instagram mostrando momentos da viagem, assim como Caroline Batista, casada com o ex-meia. Os quatro chegam a aparecer juntos em algumas fotos no aeroporto. Veja abaixo:
O ex-Real Madrid Júlio Baptista, que jogou com Ronaldo na Seleção, já está no casamento e participou da cerimônia desta segunda-feira ao lado da mulher Silvia Nistal.
Quem também deve ir ao evento é a atriz Marina Ruy Barbosa, amiga da noiva. A cantora Anitta também foi convidada. Modelos que já trabalharam com Celina Locks e outros nomes do mundo da moda também já estão na ilha espanhola. É o caso de Bruna Boechat e Amanda Faical. Elas aparecem em uma foto ao lado de Celina Locks e outras convidadas, como Silvia Nistal, Schynaider Moura e Sabrina Sato.
O Globo segunda, 25 de setembro de 2023
COPA DO BRASIL: TÍTULO INÉDITO DO SÃO PAULO PREMIA DEORIVAL, ÍDOLOS E BASE RESILIENTE
Análise: título inédito do São Paulo na Copa do Brasil premia Dorival, ídolos e base resiliente
Tricolor empatou com o Flamengo em 1 a 1 no Morumbi e preencheu a última lacuna que faltava em sua sala de troféus
Por Vitor Seta
25/09/2023 02h30 Atualizado há 7 horas
Quis o destino que um clube tricampeão do mundo e da América e hexacampeão brasileiro ficasse tanto tempo tendo a Copa do Brasil como principal lacuna em sua sala de troféus. Quis o destino também que essa agonia e o jejum de 15 anos sem títulos nacionais fossem encerrados ontem, no empate em 1 a 1 com o Flamengo no Morumbi. E com dois ídolos do São Paulo comandando uma geração resiliente da base.
Menos de dois meses depois do anúncio de seu retorno, Lucas colocou no peito a tão desejada medalha pelo clube que o revelou. Em campo, foi às lágrimas.
— Estou vivendo um sonho, literalmente. Por tudo que envolveu minha volta, a mobilização da torcida nas redes sociais, até alguns jogadores mandando mensagens para mim. O São Paulo é sentimento, está na minha pele, fui formado no clube, subi com 17 anos, agora estou com 31, careca e com dois filhos, aguentando a molecada me zoando já — disse o atacante ao SporTV.
Além de Lucas, que já tinha sido campeão da Sul-Americana de 2012 com a camisa tricolor, o atacante Jonathan Calleri é outro a colocar de vez seu nome na galeria do clube. Adicionou mais um capítulo de uma história particular de amor: o autor do gol da vitória na primeira partida da final, no Maracanã, conquista seu primeiro troféu com o tricolor, uma antiga obsessão.
Mesmo quando passou cinco anos atuando na Europa, Calleri nunca escondeu a vontade de voltar a atuar pelo São Paulo, realizada em 2021. No ano seguinte, ele sofreu um duro golpe com o vice-campeonato da Sul-Americana, contra o Independiente del Valle. Agora, aos 30 anos, pode enfim comemorar.
— Sempre tento dar 100%. Às vezes, não consigo jogar bem, mas sou um cara que se entrega por essa camisa. Hoje (ontem), a gente conseguiu algo muito merecido — afirmou o camisa 9, autor de 12 gols e seis assistências nesta temporada. Ele também defendeu o grupo de críticas e cobranças.
O São Paulo vence a Copa do Brasil com campanha que não deixa brecha para dúvidas: no caminho até a final, derrubou os rivais Palmeiras e Corinthians, vencendo três dos quatro clássicos. Antes, ainda eliminou Ituano e fez confronto duríssimo com o Sport.
Dorival desabafa
Ontem, o Flamengo fez bom jogo e endureceu a partida. Mais incisivo com a volta de Arrascaeta, o rubro-negro pressionou o tricolor em seu campo e chegou a abrir o placar com Bruno Henrique, melhor jogador da equipe nesse caótico segundo semestre.
Mas Rodrigo Nestor, tão criticado pela torcida tricolor, empatou poucos minutos depois, num belo chute de fora da área, aproveitando o goleiro Rossi adiantado após sair para afastar uma cobrança de falta.
Nestor faz parte de uma geração de crias de Cotia, como Pablo Maia, Welington, Juan e até o mais jovem, Beraldo, que foram resilientes em meio às cobranças de um clube que se viu em ebulição no início deste ano.
O técnico Dorival Júnior, que assumiu em abril o desafio de reconstruir o vestiário e o espírito competitivo após a saída do ídolo Rogério Ceni, desabafou depois da conquista. Ele relembrou a saída turbulenta do próprio Flamengo no fim do ano passado, logo depois de conquistar a Libertadores e a Copa do Brasil.
— Só eu, minha família e amigos entendemos toda a situação. É natural que eu tenha ficado chateado, mas jamais levei para o lado pessoal. Sempre soube separar muito bem. Não tinha um espírito de revanche em sentido nenhum da palavra — iniciou o treinador, antes de rebater críticas da época:
—Quando ganhamos as competições, diziam que era “arroz com feijão” e que qualquer um faria igual com o elenco do Flamengo. Um mês depois, quando aquela equipe não conseguiu os resultados, (disseram que) precisava de reforços. Estranhei aquelas atitudes, colocações. Trinta dias atrás diziam ser o melhor elenco da América e que ganharia todas as competições.
O Globo domingo, 24 de setembro de 2023
PRÉ-OLÍMPICO DE VÔLEI FEMININO: BRASIL VENCE O JAPÃ E GARANTE VAGA PARA PARIS-2024
Pré-olímpico de vôlei: Brasil vence o Japão e garante vaga para Paris-2024
Seleção feminina vence as japonesas na casa das rivais e garante segundo lugar no Pré-olímpico; Turquia também está classificada em Paris-2024
24/09/2023 09h48 Atualizado há 24 minutos
Jogando na casa das rivais, em Tóquio, o Brasil superou o Japão por 3 a 2 (25/21, 22/25, 27/25, 15/25 e 15/10), em confronto emocionante, no Pré-olímpico e garantiu vaga nos Jogos de Paris. Com o resultado, o Brasil terminou em segundo lugar no torneio (seis vitórias e uma derrota), atrás da invicta Turquia, que este ano venceu ainda a Liga das Nações e o Campeonato Europeu. A seleção brasileira masculina de vôlei iniciará seu Pré-olímpico no próximo sábado, contra o Catar, no Maracanãzinho.
No último e decisivo set, depois de perder uma parcial por dez pontos de diferença, o Brasil chegou a abrir três pontos de diferença, com um ace de Gabi, mostrando que estava na briga. O jogo foi emocionante e muito disputado. O placar só foi empatar em 10 a 10, com um bloqueio na central Carol. Com um toque na rede das japoesas, o Brasil voltou a abrir vantagem (12 a 10) e a entrada de Pri Daroit no saque sacramentou a vitória. Mais de 13 mil torcedores estiveram no ginásio em Tóquio.
Gabi foi a maior pontuadora pelo Brasil, com 23 pontos. Hayashi e Koga, com 18 pontos, foram as que mais pontuaram pelo Japão.
Como apenas as duas primeiras seleções garantiam a classificação, o Brasil precisava vencer o Japão, por qualquer placar, para conquistar vaga para Paris-2024 via Pré-olímpico.
Na véspera, o Brasil havia vencido a Bélgica e a Turquia superado o Japão. A vitória das turcas, que se garantiram em Paris-2024, foi de extrema importância na calculadora. Passou a dar a chance das brasileiras de ultrapassar as japonesas, donas da casa e que não haviam perdido até então. No final das contas, o Japão teve duas derrotas e terminou em terceiro lugar no torneio.
— Sensação de ter feito o que a gente se comprometeu a fazer, a gente sabia que não seria fácil. A gente tem um grupo extremamente focado, a gente sabia que seria difícil. Esse jogo aqui cansa mentalmente, eu estou muito feliz pela atitude e pela luta do time, não deixamos nenhum momento a vontade de chegar — disse a levantadora Roberta, à TV Globo logo após o jogo, que foi a titular do time após pedido de dispensa de Macris.
Até o momento, quatro seleções já estão classificadas para Paris-2024 por meio de Pré-Olímpicos (em 2024 sairão as últimas seleções via ranking). Além do Brasil e da Turquia, pelo Grupo B, na chave A, Sérvia e República Dominicana também garantiram vaga. O Grupo C terá sua definição neste domingo. Itália, Estados Unidos e Polônia disputam as duas vagas restantes.
A seleção feminina nunca ficou de fora dos Jogos Olímpicos desde 1980, quando participou pela primeira vez. Na história do torneio, o Brasil soma duas medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze.
Campanha do Brasil no Pré-Olímpico feminino:
16.09 – Brasil 3 x 0 Argentina (25/17, 25/20 e 25/22)
17.09 – Brasil 3 x 0 Peru (25/14, 25/13 e 25/15)
19.09 – Brasil 3 x 2 Bulgária (25/15, 22/25, 27/29, 25/21 e 15/8)
20.09 – Brasil 3 x 0 Porto Rico (25/21, 25/15 e 25/9)
22.09 – Brasil 0 x 3 Turquia (21/25, 27/29 e 19/25)
23.09 – Brasil 3 x 0 Bélgica (25/18, 25/14 e 25/20)
O Globo sábado, 23 de setembro de 2023
COPA DO BRASIL: SÃO PAULO X FLAMENGO, FINAL
São Paulo x Flamengo: final da Copa do Brasil pode ter temperatura recorde na cidade; veja medidas de clubes e CBF
Termômetros devem chegar a patamares do históricos próximos dos 38 ºC
Por Diogo Dantas e Vitor Seta
23/09/2023 04h30 Atualizado há 4 horas
A capital paulista deve registrar calor recorde neste fim de semana em que Flamengo e São Paulo disputam o segundo jogo da final da Copa do Brasil. Ao longo da semana, a Defesa Civil do estado divulgou comunicado de previsão de calor intenso no sábado e do domingo, com termômetros podendo superar a marca histórica de 37,8 ºC da cidade — alguns serviços de previsão falam em 38 ºC. Um elemento a mais para a decisão de domingo, marcada para as 16h, no Morumbi.
"Esta onda de calor irá se estabelecer sobre o Estado de São Paulo, tornando os dias com calor intenso em todas as regiões", avisa a Defesa Civil.
A situação já chamou atenção da Federação Paulista, que anunciou que, nas partidas de seus torneios, haverá quatro paradas técnicas para hidratação. O protocolo, que vai da categoria sub-11 aos profissionais, no masculino e no feminino, orienta que cada tempo (de 45 minutos) deve ser paralisado duas vezes, uma aos 15 e outra aos 30 minutos de jogo. Para os jogos com tempos de 30 minutos, a orientação é de uma parada.
O GLOBO consultou Flamengo e São Paulo, que mantêm seus cuidados com os atletas e não abordaram um protocolo específico para a partida de domingo.
O Flamengo informou que faz um trabalho de prevenção com os jogadores que precisam de mais reposição de água — identificados dias antes de cada partida —, visando à diminuição da temperatura central. Os uniformes também ajudam no processo, retendo suór e impedindo troca de temperatura do corpo com o exterior.
O São Paulo, por meio de seu departamento médico, também observa de perto os detalhes da hidratação de cada atleta. Assim como o Flamengo, o clube é vestido pela Adidas e dispõe das tecnologias da marca em seu uniforme. Dono da casa, o tricolor recomenda aos torcedores que estarão presentes no Morumbi que se hidratem constantemente no dia da partida.
Na Copa do Brasil, a CBF também promoverá parada técnica nos dois tempos. Como de praxe, os clubes disponibilizarão caixa térmica com água, isotônicos e outros suplementos.
Flamengo e São Paulo fazem o confronto derradeiro valendo o título da competição. No jogo de ida, os paulistas venceram por 1 a 0. Ficam com o título em caso de empate. O Flamengo precisa vencer por um gol de diferença para levar a decisão para os pênaltis — ou mais de um gol para virar o placar agregado.
O Globo sexta, 22 de setembro de 2023
VASO DA GAMA: SÃO JANUÁRIO VOLTA A FERVER A FAVOR DE UM TIME TRANSFORMADO
Análise: São Januário volta a ferver a favor de um Vasco transformado
Intenso, organizado e tinindo tecnicamente, cruz-maltino dá grande exibição e goleada sobre o Coritiba de presente de retorno ao torcedor
Por Vitor Seta
22/09/2023 03h00 Atualizado há 7 horas
Exatos 91 dias depois do último jogo do Vasco com a presença de torcedores em São Januário, a noite de ontem reservou um reencontro apoteótico. O cruz-maltino já vinha em evolução no segundo turno do Brasileirão, mas para quem esteve na Colina na goleada por 5 a 1 sobre o Coritiba, fica a imagem da torcida cruz-maltina empurrando o time para fora da zona de rebaixamento.
O objetivo nunca esteve tão perto: com 23 pontos e na 18ª colocação, o Vasco está a dois do Bahia, primeiro fora do Z4. Na próxima segunda-feira, vai a Belo Horizonte disputar jogo adiado da 15ª rodada com o América-MG, que pode fazer o time enfim respirar fora das quatro últimas posições, em caso de vitória.
São 11 gols vascaínos em cinco jogos nesse returno. Ontem, aplausos e ovações deixaram para trás de vez a triste memória de três meses atrás. São Januário voltou a ser o caldeirão que ferve a favor do Vasco. Um Vasco diferente daquela época: transformado, "faminto" e com um futebol muito além de uma briga contra o rebaixamento.
O time mostrou tudo que tem de melhor, o que o leva para o “G4” desse segundo turno. Intensidade defendendo e atacando, saída de bola de altíssimo nível e uma organização ofensiva muito difícil de ser combatida por um frágil Coritiba (que chegou à sétima derrota consecutiva). Além do principal: atletas em grande fase técnica que fazem diferença jogo após jogo.
Foram dois gols de Vegetti, xodó da torcida vascaína, já no segundo tempo, aumentando a goleada com o terceiro e o quarto. Em dois lances de ótimo centroavante que é: completando cruzamento de Paulinho (que voltou a fazer grande jogo) após linda matada no peito e depois, cabeceando em jogada de Lucas Piton. Ouviu pela primeira vez em São Januário lotado os gritos de “matador”.
Estádio de São Januário volta a receber torcedores do Vasco
Reencontro ocorre após três meses de interdição judicial
— Estava muito ansioso para poder estar aqui com toda a gente, com a torcida. Estou muito feliz. O grupo merece. Ganhamos outra final. Tem que comemorar hoje, e amanhã já pensar na próxima partida — disse o camisa 99.
São seis gols e uma assistência em sete jogos do atacante argentino com a camisa do Vasco. Vem se firmando como a principal contratação deste segundo semestre.
Atuação avassaladora
Antes disso, ainda no primeiro tempo, o time já havia feito atuação avassaladora. O técnico Ramón Díaz surpreendeu na escalação e deu ainda mais motivos para a festa dos torcedores: Payet iniciou como titular. Rossi, que fez ótimo clássico contra o Fluminense no sábado, também foi mantido. Pelos pés da dupla nasceu o segundo gol da partida: Paulinho levantou na área para Rossi, que escorou para Payet. O francês devolveu para o “Búfalo” completar para o gol. Tento construído de pé em pé, no melhor estilo desse novo Vasco.
O Globo quinta, 21 de setembro de 2023
RANKING MUNDIA DA FIFA: ARGENTINA EM PRIMEIRO, BRASL EM TERCEIRO - VEJA O TOP 10
Fifa divulga ranking mundial e Argentina abre vantagem na liderança; Brasil segue em terceiro
O top-10 não conta com novas seleções, mas possui uma alteração em relação ao anterior
Por O Globo
21/09/2023 07h30 Atualizado há uma hora
A Fifa divulgou, nesta quinta-feira, a nova atualização do seu ranking mundial de seleções — a quarta vez na temporada — e a Argentina abriu vantagem na liderança. O time treinado por Lionel Scaloni venceu os dois jogos da eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 e chegou a 1851,41 pontos, se distanciando da França que está com 1840,76. O Brasil fecha o top-3 com 1837,61 pontos.
Com as vitórias sobre Bolívia e Peru nas eliminatórias do Mundial de 2026, o Brasil ganhou 9,34 pontos em relação a última atualização do ranking mundial de seleções da Fifa e encostou na França, que perdeu quase 3 pontos.
O top-10 não conta com novas seleções, mas possui uma alteração em relação a listagem de julho deste ano. Portugal e Itália trocaram de posições dentro do ranking — no meio do ano, a seleção portuguesa estava em 9º e a italiana em 8º, hoje elas se inverteram.
Veja o top-10 do Ranking da Fifa
Argentina - 1.851,4 pontos
França- 1.840,7 pontos
Brasil - 1.837,6 pontos
Inglaterra- 1.794,3 pontos
Bélgica- 1.792,6 pontos
Croácia- 1.747,8 pontos
Holanda- 1.743,1 pontos
Portugal- 1.728,5 pontos
Itália- 1.727,3 pontos
Espanha- 1.710,7 pontos
O Globo quarta, 20 de setembro de 2023
BRASILEIRÃO 2023: FLUMINENSE ENFRENTA O CRUZEIRO
Em último jogo antes da Libertadores, Fluminense enfrenta o Cruzeiro pelo Brasileiro
Time terá a volta de Fernando Diniz, suspenso no clássico do último sábado
Por Davi Ferreira
20/09/2023 03h30 Atualizado há 6 horas
O Fluminense faz hoje seu último jogo antes de começar as semifinais da Libertadores, o grande objetivo desta temporada. A partir das 21h30, o tricolor recebe o Cruzeiro, retorna ao Maracanã após 27 dias — o estádio havia sido fechado para reparos no gramado. Da mesma forma, Fernando Diniz volta à área técnica, após comandar a seleção brasileira, e também por estar suspenso na última rodada — derrota para o Vasco.
Como a partida de ida contra o Internacional, também no Maracanã, será na próxima quarta-feira, o Fluminense terá uma semana para mergulhar na preparação, após o jogo de hoje. Ontem, em apenas 1h30, a torcida tricolor já esgotou todos os ingressos para o duelos com os gaúchos.
Ganso segue fora
Hoje, Fernando Diniz mandará a campo o que tem de melhor à disposição. Jhon Arias, com leve entorse no tornozelo direito, é desfalque certo. A expectativa é ter o colombiano na semifinal da Libertadores. Germán Cano também teve um problema no tornozelo esquerdo, mas deve jogar.
Lima entra na vaga de Jhon Arias, para formar o meio-campo com André e Alexsander. Ganso, ainda com dores no joelho direito, segue fora.
A defesa também tem alterações, a começar pelos retornos de Samuel Xavier e Felipe Melo. Enquanto o lateral-direito volta de suspensão, o zagueiro está recuperado de problemas físicos. Na lateral esquerda, Marcelo, que treinou normalmente com a equipe, será preservado e dará lugar a Diogo Barbosa.
— Importante dar sequência no Campeonato Brasileiro, seguir perto da parte de cima da tabela. A gente vem da derrota em um clássico, mas não pode abalar, porque semana que vem tem Libertadores. Então, temos que entrar ligados para buscar os três pontos. Com a torcida a nosso favor e o gramado, que deve estar excelente para jogar, vai ser muito bom — disse Keno.
Com 38 pontos, o Fluminense está na sexta posição do Brasileiro. Já o Cruzeiro é o 11º, com 29 , e quer se afastar da zona de rebaixamento — está cinco pontos acima do Z4. Após estrear vencendo o Santos por 3 a 0, na Vila Belmiro, o treinador Zé Ricardo não terá à disposição apenas o zagueiro Luciano Castán, suspenso pelo terceiro amarelo.
No primeiro turno, o Fluminense venceu o Cruzeiro por 2 a 0, no Mineirão. Os gols foram de Paulo Henique Ganso e Germán Cano. Esta vitória no início de maio foi a última da equipe fora de casa neste Brasileirão. Se o desempenho como visitante é ruim, o tricolor está invicto como mandante e ostenta uma sequência de 24 jogos invicto em casa na temporada.
O Globo terça, 19 de setembro de 2023
MARINHO PERES SE ENCANTOU: ZAGUEIRO DO INTERNACIONAL, SANTOS E SELEÇÃO BRASILEIRA MORRE, AOS 76 ANOS, VÍTIMA DE AVC
Morre Marinho Peres, ex-zagueiro de Internacional, Santos e seleção brasileira
Ex-jogador tinha a saúde debilitada desde 2019, quando sofrera um AVC
Por Redação do GLOBO — Rio de Janeiro
18/09/2023 21h19 Atualizado há 12 horas
Morreu na noite desta segunda-feira Marinho Peres. O ex-zagueiro de 76 anos, campeão brasileiro com o Internacional em 1976, estava internado há um mês. A morte foi divulgada pela viúva Mazé em suas redes sociais. A causa não foi divulgada.
O Internacional lamentou o falecimento de seu ex-jogador. Ele também atuou por Santos (onde foi campeão paulista, em 1973), Palmeiras, Barcelona e seleção brasileira, pela qual disputou a Copa do Mundo de 1974, na Alemanha, como titular da zaga e capitão do time. Seu primeiro clube como profissional foi o São Bento-SP, em 1965. Já o último antes da aposentadoria como jogador foi o America-RJ, em 1981.
A performance do zagueiro na Copa de 1974 chamou atenção do Barcelona, dos lendários Rinus Michels e Johan Cruyff, respectivamente o treinador e a estrela da Holanda que eliminara o Brasil daquele Mundial e encantara o planeta mesmo sem ter sido campeã. No entanto, sua passagem pelo clube catalão foi comprometida por fatores extracampo.
De cidadania espanhola, o zagueiro precisou conviver com o risco (e, posteriormente, pressão) de ter que servir as Forças Armadas do país. A diretoria do Barcelona não conseguiu contornar a situação, e, quando a Marinha apertou o cerco, a solução foi negociá-lo com o Inter e mandá-lo de volta ao Brasil às pressas. Em Porto Alegre, recuperou a tranquilidade e foi campeão gaúcho e brasileiro.
O Globo segunda, 18 de setembro de 2023
FLAMENTO: SEM DNA, CAMPEÃO DÁ SINAIS DE TERRA ARRASADA
Análise: Flamengo sem DNA campeão dá sinais de terra arrasada que vai além de Sampaoli
Time vê título da Copa do Brasil mais distante após apresentação coletiva e individual muito ruim
Por Diogo Dantas
18/09/2023 03h00 Atualizado há 19 minutos
Acostumados a uma era de conquistas, e a jogadores que forjaram suas idolatrias em momentos decisivos, a torcida do Flamengo que lotou o Maracanã e gerou a maior renda do futebol brasileiro, mais de R$ 26 milhões em uma final de Copa do Brasil, imaginava que a festa proporcionada contra o São Paulo geraria uma espécie de encanto, que transformaria o atual elenco no time galático que empilhou taças nos últimos anos. Contra o São Paulo de Dorival Júnior, o que se viu não foi nem sombra de um DNA campeão. Não sobrou quase nada. Restou a derrota por 1 a 0 e uma sensação de fim de ciclo, de que o ano acabou antes da hora. Por isso a renda milionária resultou em ofensas ao presidente Rodolfo Landim.
O abatimento dos jogadores ao apito final, somado às vaias da torcida sobre o grupo e em direção ao técnico Jorge Sampaoli e membros da diretoria deixou o clima pesado para o jogo da volta, em que o Flamengo precisaria vencer por dois gols de diferença para ser campeão. A postura em casa, porém, não dá qualquer indícios de que isso seja possível. Não fosse esse Flamengo, ainda com Gabigol, Bruno Henrique, Pedro e a possibilidade de ter o retorno de Arrascaeta, um time que obteve conquistas apesar de alguns treinadores. Deixando a fantasia de lado, a realidade vai além de escolhas erradas de Sampaoli. Passa, e muito, por atletas sem confiança no técnico sim, mas sem espírito competitivo, organização coletiva e tecnicamente em má fase.
O gol de Calleri ilustra muito bem a situação crítica do Flamengo. Bola lançada pelo lado direito da defesa, em que Wesley, por atuar como um ponta, deixa sempre desprotegido. Uma zaga que dá pouco combate. No cruzamento, o atacante se desloca para a segunda trave sem ser marcado. E quando a bola chega nele, o goleiro Matheus Cunha sai atrasado, e é facilmente batido com a cabeçada. O São Paulo saiu na frente aos 46 do primeiro tempo depois de uma etapa inicial em que o Flamengo não chutou a gol. Três atacantes, zero arremates. Houve apenas uma chance de perigo em lance de Bruno Henrique.
Gabigol, aberto pela direita, não ofereceu nenhuma resistência. Pedro, ainda que tenha conseguido uma finalização, errou passes demais. Os três foram pesos mortos em um Flamengo acéfalo, já que Gerson não teve capacidade de conduzir o time ao ataque e em muitos momentos se escondeu. Havia um buraco entre os setores e o jogo era construído sempre com os zagueiros, que deixaram Pulgar e Victor Hugo de costas e em apuros com passes forçados. A bola naturalmente ia até Matheus Cunha, que muitas vezes dava o chutão.
Na sorte, algumas jogadas de cruzamento aconteceram, mas o Flamengo não teve organização para ser superior na posse de bola, trocar passes e tentar alguma jogada coletiva. Movimentos aleatórios ditaram regra. E o São Paulo, mais coeso e intenso, aproveitou bem os espaços. Mesmo sem grande partida de Lucas Moura, Lucas Beraldo e Pablo Maia ditaram o ritmo e tinham na zaga bem postada uma segurança. Rafinha anulou Bruno Henrique. Arboleda, de volta, segurou Pedro e Gabi. No ataque, Caleri conseguia fazer o jogo fluir. Dominava apesar da marcação e distribuía a bola bem.
Depois de constatar o fracasso de sua opção, Sampaoli lançou Everton Ribeiro no segundo tempo, mas tirou Victor Hugo. O time voltou com mais posse de bola e tentou o abafa. No lance mais perigoso, o meia recebeu cruzamento de Ayrton e achou Pedro pelo alto, mas a cabeçada parou na defesa. Em seguida, veio Cebolinha, que enfileirou lances individuais sem sentido e desperdiçou uma das chances mais claras, em raro erro de saída do São Paulo. Os visitantes passaram a ficar atrás e tentar o contra-ataque, mas também faltou gás para a parte final.
O jogo chegou em um momento em que ninguém queria arriscar tanto. A torcida do Flamengo ficou irritada com a lentidão da equipe nas transições para buscar o empate. Não havia mais alternativas tão interessantes no banco de reservas. Sampaoli tentou algo com Matheuzinho e Thiago Maia. Conseguiu, ao menos, não levar mais gols. E poderia ter igualado o marcador diante do recuo do São Paulo. Ao deixar as principais peças em campo, e tirar apenas Gabi, que sentiu dores musculares, Sampaoli deixou claro que não tinha mais de onde tirar, e os jogadores também provaram que não são mais tão decisivos assim.
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O Globo domingo, 17 de setembro de 2023
BRASILEIRÃO 2023: VASCO LEVA A MELHOR SOBRE O FLUMINENSE - 4 A 2
Em clássico eletrizante, Vasco é mais efetivo que o Fluminense e leva a melhor pelo Brasileiro
Vitória por 4 a 2 empolga possível reação para fuga do rebaixamento
Por Diogo Dantas
16/09/2023 18h11 Atualizado há 13 horas
Em um jogo eletrizante, equilibrado e cheio de alternativas, o Vasco deu alegria e esperança ao seu torcedor, ao derrotar o Fluminense por 4 a 2, no Nilton Santos, e mostrar que é possível escapar do temido rebaixamento. Gabriel Pec foi o nome da partida, com dois gols. Vegetti voltou a balançar as redes, e Praxedes marocu pela primeira vez com a camisa cruz-maltino. Marcelo e Lima fizeram para o tricolor, que terminou o dia ainda preocupado com a lesão de Jhon Arias.
O Vasco não vencia o Fluminense há oito jogos, desde o fim de 2019, o jejum mais longo da Série A.
O jogo
Sem Fernando Diniz, suspenso, o Fluminense tentou se impor pela maior qualidade técnica e melhor toque de bola desde o começo da partida, mas encontrou pela frente um Vasco totalmente mobilizado.
A estratégia do time de Ramón Díaz foi alternar momentos de pressão com outros de recuo. Quando não tinha a bola, o Vasco marcava forte. Com ela nos pés, fazia um jogo bastante vertical.
A presença de Rossi como titular foi o diferencial nesse sentido na etapa inicial. No primeiro gol, de Praxedes, Paulinho roubou bola de Cano e fez bela jogada pela direita.
A bola voltou para Rossi, que superou Marcelo e deu assistência precisa para o meio-campo abrir o placar. Foi praticamente a única finalização do Vasco no primeiro tempo.
O Fluminense, além de perder o jogo, perdeu Arias, lesionado, o que comprometeu sua estratégia antes do intervalo.
Na etapa final, Lima entrou em cena e Alexsander passou a cobrir Marcelo. Os dois foram responsáveis pela reação. O experiente lateral acertou belo chute antes do primeiro minuto e empatou.
Em seguida, porém, o Vasco foi cirúrgico outra vez. Em cobrança de escanteio, Vegetti subiu na primeira trave e acertou o ângulo, de cabeça.
A emoção dobrou. Aos 10 minutos, Lima deixou tudo igual. André deu lindo passe vertical para Guga na linha de fundo. Ele cruzou para Lima entrar na área e colocar no fundo da rede.
Aí, Ramón Díaz lançou Pec para explorar os contra-ataques, e conseguiu. A cada jogada do Fluminense, que teve chances com John Kennedy e Martinelli, havia perigo.
Aos 25, Léo Jardim fez bela defesa em finalização de Martinelli. Antes, Kennedy fez um salseiro e errou o alvo, enquanto Cano estava livre à espera do passe.
Com a tentativa de esticar uma bola, Marcelo entregou o ouro novamente. Zé Gabriel lançou Pec, que foi beneficiado por vacilo de André no recuo, e ficou livre na frente de Fábio para retomar a ponta.
Havia tempo para mais. Payet, que deu cadência precisa ao time do Vasco, esticou contra-golpe certeiro com passe em profundidade para Puma, que virou o jogo. Vegetti, novamente ele, aparou de cabeça, e serviu Pec entre os zagueiros para o atacante fazer o quarto gol e dar números finais ao placar.
O Globo sábado, 16 de setembro de 2023
VASCO X FLMINENSE: PAULINHO E ARIAS DÃO AS CARTAS NO CLÁSSICO
'Motores' no meio, Paulinho e Arias dão as cartas do clássico entre Vasco e Fluminense
Facilitadores no meio, jogadores são peças essenciais para os esquemas de Ramón e Diniz, que se encontram neste sábado
Por Vitor Seta
16/09/2023 03h00 Atualizado 16/09/2023
Convencionou-se, entre os jargões do futebol, chamar parte das funções menos vistosas no meio-campo de “trabalho sujo”. Mas os meias Paulinho e Jhon Arias, destaques de Vasco e Fluminense no clássico de hoje, às 16h, no Nilton Santos, passam bem longe disso: são os responsáveis por um elegante trabalho de saída de bola e controle do ritmo de jogo, com muita qualidade técnica envolvida.
Capacidade de drible, passe e aceleração para quebrar linhas, se livrar da marcação e iniciar os movimentos de ataque estão no roteiro obrigatório da dupla jogo a jogo. Arias, que atua um pouco mais adiantado, se envolve até no último passe. Na data Fifa, o colombiano cruzou para Borré marcar na vitória por 1 a 0 sobre a Venezuela. Pelo Fluminense, são 13 assistências em 45 jogos na temporada.
Ele é peça importante para o esquema de apresentação e movimento constante de Fernando Diniz. Sua presença pela direita e a dobradinha com Samuel Xavier (suspenso hoje) dão profundidade e opções ao ataque no setor.
— Ele é, desde o ano passado, um dos melhores jogadores do futebol brasileiro. É um cara extremamente decisivo, desequilibrou muitos jogos para a gente — afirmou Diniz após vitória sobre o Santos, em julho, quando Arias distribuiu um de seus passes para gol.
Paulinho, por outro lado, ainda busca o primeiro gol — ele fez um belo contra o Palmeiras, anulado em decisão polêmica do VAR — ou assistência, mas nada que o impeça de ser considerado como um reforço importante. Revelado pelo próprio Fluminense, o meia custou R$ 6,5 milhões ao Vasco, que foi buscá-lo no Al-Shabab-SAU.
Após uma estreia pouco feliz contra o Corinthians, justificou contra o Grêmio, no seu primeiro jogo como titular, o investimento: se infiltrou entre defensores e acionou Gabriel Pec em profundidade, que cruzou para Vegetti marcar o gol da vitória, a primeira do Vasco em mais de um mês, naquela ocasião. De lá para cá, não saiu mais do time titular.
— Fiz a formação toda no Fluminense e hoje tendo a oportunidade de jogar contra eles será um momento especial. Clássico é sempre um jogo diferente. Estamos confiantes, preparados, fizemos uma grande semana de trabalho e temos tudo para fazer um grande jogo. Se fizer um gol eu vou comemorar, sim. A melhor parte do futebol é o gol e, se acontecer, tem que ser celebrado — comentou Paulinho na última quinta-feira.
Os números mostram a influência dos meias de Vasco e Fluminense na construção. Em seus seis jogos pelo Brasileiro, Paulinho acumula média de 1,5 passe-chave por jogo, enquanto Arias, em 18, tem média de 1,9. A taxa de acerto de dribles também é significativa: o meia tricolor, que atua mais pelos corredores, acerta 64% deles, enquanto o vascaíno, mais centralizado, tem taxa de 56% de sucesso.
Objetivos em jogo
O clássico, válido pela 23ª rodada do Brasileirão, mexe com objetivos das equipes neste fim de temporada. Na semifinal da Libertadores, o Fluminense começa a ver a classificação via Brasileiro para a competição ameaçada: o Athletico encostou no G6 e está a um ponto dos 38 do tricolor. Hoje, tem os retornos de Marcelo e Marlon, mas Ganso, com dores no joelho direito, será desfalque. Alexsander deve ser titular.
O Vasco, por outro lado, com 17 pontos, tenta seguir caminhando por uma saída da zona de rebaixamento, hoje a oito pontos de distância com dois jogos a menos (contando com o clássico). O cruz-maltino deve ter o retorno de Puma Rodríguez à lateral, no lugar de Robson Bambu. Ramón Díaz também testou opções na vaga de Serginho no ataque, enquanto Maicon segue titular com a suspensão de Medel. Payet, por enquanto, volta a iniciar no banco.
O Globo sexta, 15 de setembro de 2023
CAETANO VELOSO: CANTOR ANUNCIA NOVAS APRESENTAÇÕES DE SHOW DO DISCO *TRANSA*
Caetano Veloso anuncia novas apresentações de show do disco 'Transa'; veja datas
Cantor e compositor volta a apresentar músicas do disco de 1971, após performance marcada por temporal em festival no Rio de Janeiro
Por O GLOBO — Rio de Janeiro
14/09/2023 14h46 Atualizado há 19 horas
Caetano Veloso fará dois novos (e únicos) shows com repertório ancorado no disco "Transa", um dos mais significativos de sua carreira. A informação foi adiantada pelo colunista Lauro Jardim, do GLOBO, nesta quinta-feira (14). As apresentações acontecerão no espaço Arena Jockey, na Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro, nos dias 11 e 12 de novembro, com ingressos a partir de R$ 300 — as vendas já foram iniciadas no site Eventim.
Em agosto, Caetano Veloso subiu ao palco do festival Doce Maravilha, também no Rio de Janeiro, para recriar a emblemática obra de 1971, gravada em Londres, no período em que o artista baiano foi expulso do país, juntamente com o amigo Gilberto Gil, pelo regime militar ditatorial. Na ocasião da apresentação, no entanto, uma tempestade desabou na cidade, e Caetano entrou no palco com mais de cinco horas de atraso, quando boa parte do público já tinha ido embora. Desde então, fãs iniciaram uma campanha nas redes sociais para que ele repetisse o show em condições mais adequadas.
Cultuado por artistas como Tim Bernardes (que criou “Trepa”, uma versão do disco colorida por guitarra fuzz) e Romulo Fróes (que releu as canções do LP em show de 2022), "Transa" retornará aos palcos com a atual banda de Caetano e com a participação de músicos que participaram das gravações em 1971: Jards Macalé (no violão, na guitarra e na direção musical), Áureo de Souza e Tutti Moreno (nas percussões) — o baixista Moacyr Albuquerque morreu em outubro de 2000.
O repertório traz pérolas do cancioneiro de Caetano, como "You don’t know me", "Nine out of ten", "Neolithic man", "Nostalgia", "Triste Bahia" (uma criação sobre o poema de Gregório de Matos), "It's a long way" e "Mora na filosofia".
O Globo quinta, 14 de setembro de 2023
COPA DO BRASIL: FLAMENGO É ATROPELADOPELO ATHLETICO-PR
Desorganizado e com Gabi expulso, Flamengo é atropelado pelo Athletico
Sampaoli vê mexidas em meio a desfalques não funcionarem e rubro-negro preocupa antes do primeiro jogo da final da Copa do Brasil
13/09/2023 23h33 Atualizado há 9 horas
Foram 11 dias sem jogos do Flamengo nesta data Fifa, e se o retorno do rubro-negro ao Brasileirão, nesta quarta-feira, contra o Ahtletico, poderia ser uma prévia do que esperar no primeiro jogo final da Copa do Brasil, no próximo domingo, a noite foi de preocupação: o rubro-negro levou um dolorido 3 a 0 em Cariacica (ES) marcado por desorganização e pouca inspiração.
O zagueiro Cacá abriu o placar no primeiro tempo. Alex Santana e Vitor Bueno, de pênalti, completaram na segunda etapa.
Matheus Cunha — que voltou da seleção brasileira sub-23 com a vaga ameaçada por uma possível chance ao argentino Rossi — foi mantido, mas levou azar no primeiro gol. O chute de Vitor Bueno desviou em Pedro, acertou o contrapé do goleiro rubro-negro e sobrou à feição para Cacá inaugurar o placar.
Antes, o Flamengo já tinha sofrido. David Luiz, pouco à vontade atuando quase como um volante, tarefa que já desempenhou em alguns momentos na carreira, errou em saída de bola. Cuello acabou recebendo de frente para Matheus Cunha, que fez boa defesa. Minutos antes, o próprio goleiro já havia dado a bola nos pés de Vitor Bueno.
A escalação de David Luiz na posição foi uma das soluções de Jorge Sampaoli, em noite infeliz, para os vários desfalques: Ayrton Lucas e Bruno Henrique estavam suspensos, e Pulgar ficou fora da viagem após defender a seleção chilena. No ataque, o técnico argentino testou a volta da dupla Pedro e Gabigol, além da entrada de Cebolinha. Thiago Maia, improvisado, fechava a lateral na maior parte do tempo.
O camisa 9 teve a chance mais perigosa no segundo tempo num chute de longe, bem defendido por Léo Linck, enquanto Cebolinha teve poucos momentos de inspiração no primeiro tempo, mas acabou muito criticado pelos torcedores no estádio Kleber Andrade.
Foram no segundo tempo os curtos bons momentos do rubro-negro, com Gerson. Mas a melancolia seguiu. Gabigol foi expulso ao atingir Cuello com o braço, em lance revisado no monitor do VAR por Rafael Klein: o amarelo virou vermelho. Allan, que havia entrado no intervalo, ainda saiu no segundo tempo com dor no tornozelo esquerdo e virou outra preocupação para a decisão de domingo.
Um organizado Athletico, que também vinha com muitos desfalques, como Vitor Roque, aproveitou a instabilidade do rival e marcou o segundo com Alex Santana. Nos acréscimos, fechou com Vitor Bueno, cobrando pênalti cometido por Éverton Ribeiro. Os gritos de “time sem vergonha”, que já apareciam nas arquibancadas, explodiram.
O Globo quarta, 13 de setembro de 2023
ELIMINATÓRIAS DA COPA: BRASIIL COMETE MUITOS ERROS, APESAR DA VITÓRIA
Análise: apesar da vitória, Seleção comete muitos erros e Diniz demora a fazer o que mais sabe, ousar
Saldo em data Fifa é positivo após dois resultados positivos e boas impressões
Por Diogo Dantas
13/09/2023 07h07 Atualizado há 3 horas
A segunda apresentação da seleção brasileira sob o comando de Fernando Diniz parecia caminhar para um jogo frustrante, com problemas, mas a bola parada e o gol de Marquinhos premiaram a insistência e as mudanças do técnico contra o Peru, mesmo que tardias. A rara jogada pela ponta esquerda, nos pés de Martinelli, que entrou no fim, resultou em escanteio que Neymar cobrou com perfeição na cabeça do zagueiro para anotar o 1 a 0 em Lima.
O jeito foi jogar pelo alto diante de erros progressivos nas jogadas pelo chão. O Brasil ainda enfrentou a demora da intervenção do VAR duas vezes, e teve dois gols anulados. O resultado deixa a seleção com 100% de aproveitamento — seis pontos em dois jogos —, na liderança das Eliminatórias pelo saldo de gols. Em outubro, Diniz terá a chance de buscar a evolução do jogo, contra Venezuela (dia 12, em Cuiabá) e Uruguai (dia 17, em Montevidéu).
Preocupado em repetir o time para consolidar seus conceitos, o treinador acabou não encontrando soluções coletivas para furar o competente boqueio adversário. A sucessão de jogadas improvisadas de um talentoso ataque brasileiro por pouco não foi suficiente para chegar à vitória. Depois dos dois gols anulados, de Raphinha e Richarlison, a seleção levou perigo com Neymar, ainda no primeiro tempo, mas na etapa final caiu bastante de produção e quase não finalizou. Houve excesso de erros de vários jogadores e a perda gradativa da consistência de equipe. Algo até natural para um início de trabalho. Diniz se deu conta de tudo, mas demorou a mexer e a ousar, algo que se esperava dele.
O que levou à queda
A diferença do nível de adversário ajudou a causar certa frustração, o que pode se repetir na próxima data Fifa. Contra a Bolívia, o Brasil conseguiu 11 finalizações e quase 70% de posse de bola no primeiro tempo, quando abriu o placar. Dessa vez, houve mais dificuldades. Apenas três finalizações, dois gols anulados, e 57% de posse. O maior problema além da demora do VAR e da falta de sorte foi a saída de bola. Ainda houve certa lentidão na transição.
Do meio para frente, o Brasil conseguiu trocar passes, gerar aproximações e inversões para confundir a defesa do Peru, que se manteve bem postado e sem dar espaço. Era justamente essa dificuldade de atrair os peruanos até a linha de defesa que impedia a possibilidade de um jogo mais vertical em determinados momentos. Mesmo com Raphinha e Rodrygo, houve pouco apoio dos laterais, pela falta de profundidade.
O cenário obrigou a seleção a se movimentar na frente da área, sobretudo do lado direito, e tentar obter superioridade numérica entre dribles e tabelas. A estratégia não era suficiente. No segundo tempo, o predomínio não continuou e o Brasil chegou a viver momentos de desconforto e ameaça. O gol, no fim, foi um alívio. E como saldo da data Fifa fica a sensação de que as boas impressões prevalecem em meio a dois resultados positivos e sinais de que há grande possibilidade de evolução.
O Globo terça, 12 de setembro de 2023
ELIMINATÓRIAS DA EUROCOPA 2024: 9 A 0 SOBRE LUXEMBURGO É A MAIOR GOLEDA DA HISTÓRIA DE PORTUGAL
9 a 0 sobre Luxemburgo é a maior goleada da história de Portugal; e sem Cristiano Ronaldo em campo
Astro cumpriu suspensão e foi liberado pela federação portuguesa; Gonçalo Ramos, Gonçalo Inácio e Diogo Jota se destacaram com dois gols cada
Por Redação do GLOBO — Rio de Janeiro
11/09/2023 17h59 Atualizado há 15 horas
A vitória de Portugal sobre Luxemburgo, pelas Eliminatórias da Eurocopa 2024, já era esperada. Mas o placar conseguiu surpreender. Os 9 a 0 aplicados nesta segunda se tornaram a maior goleada da história da seleção lusitana. Com um detalhe que torna o placar ainda chamativo: Cristiano Ronaldo, maior estrela e goleador máximo da equipe, não esteve em campo.
O CR7 estava suspenso por ter recebido o terceiro cartão amarelo no jogo anterior, contra a Eslováquia, fora de casa. Com isso, acabou liberado pela Federação Portuguesa para retornar à Arábia Saudita e se reapresentar ao Al-Nassr.
Sem o astro, o brilho da goleada foi compartilhado. A dupla de Gonçalos, Ramos e Inácio, marcou dois gols cada. Assim como Diogo Jota. João Félix, Bruno Fernandes e Ricardo Horta completaram o placar.
Após seis rodadas, Portugal lidera de forma isolada o Grupo J, com 18 pontos e 100% de aproveitamento. A Eslováquia vem em segundo, com 13. É seguida por Luxemburgo, com 10, que apesar da goleada segue com chances de classificação para a Euro 2024.
O Globo segunda, 11 de setembro de 2023
HERPES ZOSTER: NÃO TEM DOR IGUAL
“Não tem dor igual”, afirma paciente de herpes zoster
Saiba mais sobre a doença, que causa vesículas dolorosas na pele e pode ser tratada e prevenida (1)
Por GSK
31/08/2023 11h55 Atualizado há uma semana
Algumas doenças se tornam mais comuns conforme vamos envelhecendo, por conta da diminuição das defesas do organismo. Uma delas é o herpes zoster⁽¹⁾. Popularmente conhecido como cobreiro, ela é causada pelo mesmo vírus que provoca a catapora na infância, o varicela zoster⁽²⁾. Esse vírus pode ficar adormecido no organismo e “acordar” anos depois, causando novas lesões, que se manifestam em forma de pequenas bolhas dolorosas pelo corpo. Estima-se que um em cada três adultos pode desenvolver o herpes zoster ao longo da vida⁽¹⁾*. Normalmente essas lesões tendem a desaparecer em poucas semanas — mas pode haver uma exceção: a neuralgia pós-herpética, que traz mais consequências para o paciente⁽¹⁾.
A dor é o sintoma mais impactante da doença. Essa é a memória que o escritor Silvio Cerceau, de 49 anos, tem do herpes zoster. “A pior dor que existe, não tem explicação. Foi um período difícil na minha vida. Fiquei seis meses sem conseguir trabalhar”, diz.
Segundo o infectologista Jessé Reis Alves, gerente médico da GSK, o herpes zoster pode ser muito discreto e não é possível prever quando irá se manifestar. “Pode ser uma dor no local onde a lesão vai surgir. Essa dor precede as lesões dermatológicas e faz o paciente buscar atenção médica. Mas, às vezes, o diagnóstico não é estabelecido porque não há nenhuma lesão que defina que o quadro se trata de herpes zoster”, explica Alves.
O nome popular do herpes zoster – cobreiro – é dado porque as lesões formam um trajeto no corpo do paciente. Isso acontece, explica o infectologista, porque elas seguem o caminho do nervo, provocando vermelhidão e pequenas bolhas. Nessas situações, o diagnóstico é mais fácil e por isso a importância de buscar um serviço médico o quanto antes. “Essa fase inicial se caracteriza por um pouco de prurido e sensação de queimação e ardência. Às vezes com relato de sensação de choque porque afeta o nervo. O quadro varia bastante. Mas o típico são as manifestações de dor associadas às lesões (eritema vesicular), que acompanham o trajeto do nervo. Geralmente, isso ocorre nas regiões torácica, abdominal, nos membros e também nos nervos na região da face”, descreve o médico. Entretanto, a fase crônica da doença, que é a neuralgia pós-herpética, tem um tratamento mais difícil. “Mesmo quando o tratamento com antivirais é iniciado no tempo correto, na dose adequada, isso não garante que esse indivíduo não vá desenvolver a neuralgia pós-herpética”, alerta o infectologista.
Silvio Cerceau teve as duas formas de herpes zoster. Em abril de 2022, sentiu fadiga, indisposição e notou pequenas bolhas nas costas que se assemelhavam à queimadura. O diagnóstico foi rápido, mas a doença levou seis meses para ir embora. A jornada teve dores e incapacidade. Tão logo as bolhas secaram, em sete dias, veio a neuralgia pós-herpética. “Não existe dor igual. São 24 horas com a sensação de que alguém estivesse colocando uma faca naquele mesmo lugar, uma dor que incomoda e te deixa indisposto. Foram seis meses de tratamento. Cheguei a tomar remédios neurológicos para aliviar a dor. Eu não conseguia ficar sentado por causa da fadiga. Tive problema de memória devido aos efeitos colaterais da medicação: esquecia até onde estava”, descreve o escritor.
Herpes zoster é uma doença tratável e também pode ser prevenida.(¹)
MAIS FREQUENTE ACIMA DOS 50
Como o vírus tende a despertar quando a imunidade está mais baixa, a doença acaba se tornando mais frequente em pacientes acima dos 50 anos e imunossuprimidos⁽¹⁾. A geriatra Maisa Kairalla, presidente da Comissão de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, explica que existe um declínio natural do sistema imunológico no organismo, que se inicia próximo dos 30 anos. “Esse processo se torna mais pronunciado conforme a gente envelhece”, diz.
Já os imunossuprimidos somam riscos, alerta a especialista. “Além do declínio imunológico natural, há fatores que aumentam essa vulnerabilidade, como uso de imunossupressores em pacientes reumatológicos, tratamento com corticoides em doses elevadas ou no diabetes,” finaliza Maisa.
⁽¹⁾ CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Prevention of herpes zoster: recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR, v. 57, RR-5, p. 1-30, 2008.
⁽²⁾ MINISTÉRIO DA SAÚDE. Herpes (cobreiro). Disponível aqui. Acesso em 17 de março de 2023.
*Dados referentes à população dos Estados Unidos. Podem não ser representativos para a população global
MATERIAL DIRIGIDO AO PÚBLICO GERAL. POR FAVOR, CONSULTE O SEU MÉDICO.
O Globo domingo, 10 de setembro de 2023
BASQUETE: ALEMANHA E SÉRVIA FAZEM FINAL DE MUNDIAL QUE MARCA A FORÇA CRESCENTE DO BASQUETE EUROPEU
Alemanha e Sérvia fazem final de Mundial que marca a força crescente do basquete europeu
Times despacharam times de Estados Unidos e Canadá recheados de jogadores da NBA e ampliaram cenário de tomada de holofotes na modalidade
Por Vitor Seta
10/09/2023 02h30 Atualizado há 9 minutos
Em 2021, quando perguntado sobre as vaias recebidas em um confronto contra o Miami Heat, o pivô sérvio Nikola Jokic, hoje campeão da NBA com o Denver Nuggets, relativizou a pressão: "Eu joguei na Sérvia, cara. É um mundo totalmente diferente, queria que vocês pudessem sentir isso". Neste domingo, a mesma Sérvia que produziu o craque faz hoje a final do Mundial de Basquete com a Alemanha, às 9h40, em Manila (Filipinas). Uma decisão que reforça o poder do basquete europeu, que cada vez mais ganha espaço global e na própria liga americana, a principal do mundo.
Dois seis melhores pontuadores de Alemanha e Sérvia neste Mundial, cinco atuam no basquete americano, entre mais ou menos minutos: Dennis Schroder (17,9 pontos por jogo, Toronto Raptors), Franz Wagner (16, Orlando Magic) (Alemanha) e Mo Wagner (12,4, Orlando Magic), da Alemanha. Mais Bogdan Bogdanovic (19,4, Atlanta Hawks) e Nikola Jovic (10,3, Miami Heat), da Sérvia. Há ainda Daniel Theis, do Indiana Pacers, e Filip Petrusev, do Philadelphia Sixers.
Os demais, alguns com passagens pelos Estados Unidos, moldaram seu basquete dentro ou em volta do ambiente da Euroliga, a monumental competição continental da modalidade. Com o segundo Mundial seguido saindo das mãos dos Estados Unidos e seus jovens da NBA (mais fortes nesta edição), os talentos europeus ganham ainda mais os holofotes do mundo.
Esse movimento parte de uma mudança crescente no panorama até alguns anos atrás hegemônico: há cinco anos um americano não ganha o prêmio de MVP (melhor jogador) da NBA. Dois deles (2021 e 2022) acabaram nas mãos de Jokic. Os dois anteriores foram para outro europeu, o grego Giannis Antetokounmpo. O último ficou com Joel Embiid, camaronês naturalizado francês. O trio não disputou o Mundial.
— Derrotamos um dos melhores times do mundo. Foi uma batalha incrível. Foi muito divertido, gosto desse tipo de jogo em especial. É algo com que você sonha. Atuar num palco grande, não fica melhor que isso — afirmou Johannes Thiemann, da Alemanha.
Recordes
Os 113 pontos dos alemães sobre a seleção americana (113 a 111) na semifinal foram um recorde duplo, tanto a maior pontuação feita em uma semi, quanto a maior sofrida pelos Estados Unidos em um Mundial. Agora, a equipe busca o troféu inédito.
A tradicional Sérvia, que também busca seu primeiro título após a separação de Montenegro (foram bicampeões como Iugoslávia), foi dona de feito parecido. Despacharam o Canadá de Shai Gilgeous-Alexander, Dillon Brooks e outros nomes importantes da NBA num jogo defensivo perfeito e muita eficiência no ataque: 95 a 86.
— Nossa defesa começa nos armadores e vira um efeito em cadeia no resto do time. Se um erra, tudo desmorona. Os pivôs têm muita confiança na pressão dos armadores na bola e o resto do time bota muita fé neles. É por isso que jogamos com tanta confiança — analisou Svetislav Pesic, técnico da Sérvia.
Se quando as semifinais foram formadas, a expectativa era pela primeira decisão totalmente americana, o confronto entre Canadá e Estados Unidos ficou para a disputa de terceiro lugar. Nos dois jogos, o roteiro foi parecido: uma defesa por zona afiada, que só o basquete Fiba, mais livre para marcação dentro do garrafão que a NBA permite. Mais o ritmo cadenciado, a coletividade e o bom aproveitamento na seleção de arremessos que o assertivo e regrado basquete europeu sabe fazer bem.
Os disciplinados sérvios chegam com o melhor aproveitamento dos arremessos de quadra (56%) e a segunda melhor média de pontos (97,7 por jogo). Já os alemães, mais versáteis em seu jogo, vêm com a quarta melhor média de pontos por jogo (94,4) e o quarto melhor aproveitamento de arremessos (51,4%). Independentemente de quem ficar com o título neste domingo, o basquete da Europa sai ainda mais forte.
O Globo sábado, 09 de setembro de 2023
ELIMINATÓRIAS DA COPA: BRASIL GOLEIA BOLÍVIA NA ESTREIA
Brasil goleia Bolívia na estreia das eliminatórias, em noite de estreia de Diniz e recorde de Neymar
Camisa 10 marcou duas vezes em goleada por 5 a 1 e assumiu a artilharia histórica da seleção brasileira. Equipe de Fernando Diniz começa eliminatórias na ponta da tabela
Por Davi Ferreira
08/09/2023 23h46 Atualizado há 4 horas
O primeiro passo da seleção brasileira de Fernando Diniz nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 foi dado com sucesso em uma noite histórica. A vitória por 5 a 1 sobre a Bolívia veio após uma atuação dominante em um Mangueirão, em Belém, com 43 mil pagantes. O placar construído com dois gols de Rodrygo, dois de Neymar e um de Raphinha, deixa a seleção na liderança da tabela ao final da primeira rodada. Outro a assumir o topo foi o próprio Neymar: ele chegou a 79 gols pela seleção e ultrapassou Pelé na artilharia histórica da equipe.
Diniz escalou sua primeira seleção com o camisa 10 armando o trio de ataque composto por Raphinha, Rodrygo e Richarlison. A equipe se apresentou em campo com paciência nas trocas de passe e apoio dos laterais, por dentro e por fora do ataque, mostrando a influência do treinador do Fluminense sobre seus novos comandados. É verdade que a partida foi contra um adversário que não ofereceu nenhuma dificuldade, mas o dever brasileiro de se impor foi muito bem cumprido.
A história do primeiro tempo foi de uma Bolívia totalmente postada na defesa e um Brasil que martelou a todo instante. Enquanto o primeiro gol não saiu, houve um certo nervosismo, também em função de um adversário que não poupava nas faltas.
Logo aos 2 minutos, Neymar cobrou uma falta rasteira com perigo. Porém, sua primeira grande chance veio de pênalti, quando o árbitro paraguaio Juan Benítez marcou uma infração do zagueiro Jusino ao desviar com o braço um cruzamento rasteiro de Rodrygo. O camisa 10 fez sua cobrança tradicional, mas o goleiro Viscarra acertou o canto e encaixou a bola.
Um rápido momento de desconcentração da equipe brasileira terminou quando o placar finalmente foi aberto. Aos 23 minutos, Danilo lançou Raphinha pela direita da área, e o atacante chutou forte. Após a defesa do goleiro e a bola rebatida em um defensor boliviano, Rodrygo a viu ficar oferecida diante de um gol aberto, e só empurrou para marcar o primeiro gol da era Diniz.
A partir dali, a seleção encontrou ainda mais chances em campo — foram 11 finalizações ao longo do primeiro tempo, sete delas no gol. Duas muito perigosas vieram em cabeçada de Richarlison, defendida por Viscarra no reflexo, e outra de Neymar em que ele enfileirou quatro adversários, mas parou no goleiro novamente. Sem sofrer quase nenhuma ameaça na defesa, a equipe foi para o intervalo vencendo pela vantagem mínima.
Tudo mudou logo no início da etapa complementar, quando Raphinha foi premiado com um gol após ser um dos destaques dos primeiros 45 minutos. Sempre surgindo pela direita, o atacante do Barcelona dominou na área, cortou para a canhota e bateu rasteiro. A bola desviou levemente no pé de um defensor e entrou no cantinho.
Sem diminuir o ritmo, a seleção ampliou antes dos dez minutos. Richarlison já havia perdido um gol incrível quando Bruno Guimarães encontrou um belo passe para Rodrygo no meio da defesa boliviana. O atacante do Real Madrid saiu cara a cara com o goleiro e colocou a bola no fundo da rede pela segunda vez na noite.
Veio então o momento histórico: aos 15 minutos, Neymar marcou seu 78º em jogos oficiais com a amarelinha e ultrapassou Pelé, se tornando o maior artilheiro da história da seleção. Em jogada na área onde Rodrygo tentou um drible e foi desarmado, o camisa 10 chegou por trás e encontrou a bola oferecida para ser chutada, balançando a rede boliviana. Na comemoração, ele deu socos no ar em homenagem ao Rei do Futebol.
Lembrando que a marca foi alcançada segundo os cálculos da FIFA, que não reconhece 18 gols feitos pelo Rei e, por isso, o jogador do Al-Hilal chegou ao topo da lista. A CBF ainda considera Pelé como líder, com 95 gols.
Com quatro de vantagem, o jogo diminuiu um pouco de ritmo e o adversário conseguiu encontrar um gol em contra-ataque. Ábrego surgiu em transição e saiu de cara para Ederson, batendo alto, sem chance para defesa.
Nada que fizesse a seleção de Diniz parar de buscar os gols. No apagar das luzes, ainda deu tempo de Neymar marcar mais uma vez e chegar aos 79 gols pela seleção. Aos 47 minutos, completou cruzamento de Raphinha e fechou o placar em 5 a 1. A seleção volta a campo na terça-feira, às 23h, quando visita o Peru.
O Globo sexta, 08 de setembro de 2023
SELEÇÃO BRASILEIRA: NEYMAR, ÚLTIMA DANÇA? CRAQUE INICIA NOVO CICLO SOB INCERTEZAS, MAS AINDA PROTAGONISTA
Última dança? Neymar inicia novo ciclo na seleção sob incertezas, mas ainda protagonista
A um gol de superar Pelé com a camisa do Brasil, craque volta a jogar uma partida oficial após mais de seis meses, e será a principal referência do novo técnico Fernando Diniz
08/09/2023 02h21 Atualizado há 8 horas
A presença de Neymar na liga saudita e a de jovens estrelas como Vini Jr. e Rodrygo no futebol europeu pode dizer mais sobre a conjuntura do esporte no Brasil do que sobre seus talentos em si. Fato é que o atacante do Al-Hilal reinicia um ciclo com a camisa amarela sob incertezas. Ainda que esteja no posto de protagonista dentro e fora de campo e seja titular absoluto da seleção.
Se marcar hoje contra a Bolívia, no pontapé inicial da seleção nas Eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2026, às 21h45, no Mangueirão, em Belém, sob o comando do técnico Fernando Diniz, Neymar vai superar Pelé em número de gols, nas contas da Fifa. Ambos têm 77, sem contar os 18 que a CBF atribui ao Rei em amistosos.
Além dos gols, são 124 partidas pela seleção brasileira, superando ídolos como Ronaldo, Romário e Zico. Desde 2010, Neymar é o principal nome de uma geração, que ele mesmo batiza, ainda aos 31 anos. Pela idade, as incertezas sobre como chegará ao Mundial daqui a três anos são enormes.
Elogios mútuos
Ao técnico Fernando Diniz, o atacante deixou claro que a nova fase da carreira, com a saída do PSG e o acerto com o Al-Hilal, da Arábia Saudita, o impulsionou a escrever a página final de sua história com um belo capítulo na seleção. No caso, um bom desempenho em uma Copa do Mundo.
—Neymar externou todas essas coisas, tanto o desejo de a gente trabalhar junto e a vontade de repensar a participação dele na seleção. Ele se mostrou muito disposto, extremamente feliz pela oportunidade de a gente construir uma história — comentou o técnico na entrevista coletiva de divulgação da lista para os jogos contra Bolívia e Peru.
Dúvidas por questão física e esperança nos números
Após a participação no Catar, marcada por uma lesão logo na primeira fase, Neymar deixou o país sem garantir o retorno para um novo ciclo. O craque está há seis meses sem jogar uma partida oficial, entre troca de clubes e problemas físicos. Em julho, participou de um amistoso de pré-temporada pelo PSG, do qual saiu com lesão na coxa direita, e, por isso, ainda não estreou pelo clube saudita.
Neymar teve a participação na estreia da seleção nas Eliminatórias colocada em xeque por causa da lesão muscular, revelada pelo técnico do Al-Hilal, Jorge Jesus. Recuperado, o jogador treinou em Belém e será titular no meio-campo.
— Não é a primeira vez que sou convocado para a seleção desta forma. Me sinto bem e feliz. Não estou 100% fisicamente, mas a cabeça está boa — disse o camisa 10, que teceu elogios ao novo comandante da seleção brasileira.
A expectativa é para saber se o jogador repetirá o desempenho que teve antes da Copa do Mundo. Na temporada até chegar ao Catar, Neymar fez 29 jogos, em todas as competições, marcou 18 gols e deu 17 assistências. Conforme o tempo passou, o futebol do craque também se transformou. De atacante de beirada do campo a jogador cerebral, que marca gols mas também serve os companheiros.
A questão física e o excesso de lesões pesou ao longo dos últimos anos. Na primeira temporada no PSG, foram as mesmas 17 assistências, mas com 28 gols em 30 jogos. Em números, o melhor ano da carreira ainda é o de 2012, pelo Santos, com 43 gols e 20 assistências. Na melhor temporada pelo Barcelona, balançou as redes 39 vezes entre 2014 e 2015.
Cifras ainda impressionam
O histórico, talvez mais do que o momento, lhe fez custar 90 milhões de euros ao Al-Hilal (R$ 483,5 milhões). O atacante vai ganhar na Arábia Saudita 320 milhões de euros (cerca de R$ 1,7 bilhão), incluindo salário, luvas e acordos comerciais. De acordo com o jornal francês Le Parisien, o atacante brasileiro agora é dono do terceiro maior salário do planeta. E só fica atrás de Cristiano Ronaldo e Benzema, empatados no valor do contracheque.
Recentemente, Neymar comparou-se a Zico ao lembrar que seu talento não pode ser medido apenas pelo fato de não ter uma conquista de Copa do Mundo. O novo ciclo se inicia com esse peso. O craque da última década prepara a sua última dança, se não com títulos individuais e de expressão, com o bolso cheio certamente.
O Globo quinta, 07 de setembro de 2023
FERIADÃO: BIENAL, CORTEJO E FEIRAS - OS EVENTOS QUE AGITAM A PROGRAMAÇÃO DO RIO NO PERÍODO
Bienal, cortejo e feiras: os eventos que agitam a programação do Rio no feriadão
Brechó no Museu da República, esquete musical na Feira de São Cristóvão e comida de boteco em Ipanema são algumas atrações da semana
Por Carmem Angel — Rio de Janeiro
07/09/2023 03h30 Atualizado há 7 horas
A lista de eventos da semana tem opções para os fãs de livros, artesanato, gastronomia ou música, do Centro à Barra da Tijuca. Confira o que fazer nos próximos dias:
Bienal do Livro. O evento literário ocupa o Riocentro até domingo com feira de livros, atrações infantis e encontros com autores. A seguir, alguns destaques da programação. Qui: Ailton Krenak (14h); Carla Madeira e Valter Hugo Mãe (15h); Laurentino Gomes e Ynaê Lopes dos Santos (19h). Sex: Thalita Rebouças (11h); “Sextou com Simas”, com Luiz Rufino, Luiza Souza (Da Gema) e Leandro Vieira. Sáb: Jenna Evans Welch (15h); Claudia Abreu & Virginia Woolf (16h). Dom: Clayton Nascimento e “Macacos” (18h); Homenagem a Rita Lee, com Mel Lisboa, Silvia Machete e Nina Becker. Riocentro. Qui e sex, das 9h às 22h. Sáb e dom, das 10h às 22h. R$ 39. Crianças até 1m não pagam. Menores de 16 anos com responsáveis.
Parada 7: A Parada da Arte. Sete de setembro é dia de desfile. Artistas plásticos, músicos, atores, poetas e dançarinos participam da parada. Criado no ano passado em defesa da democracia, o cortejo organizado pelo Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica e o Centro Cultural Justiça Federal parte da Cinelândia e segue até a Praça Tiradentes como uma grande manifestação artística. Concentração às 15h. Grátis.
Senac Rio Summit. Na próxima semana, o Expomag, na Cidade Nova, recebe palestras sobre inovação e tecnologia, além de games, experiências imersivas e shows: Bloco Fogo e Paixão (seg), Soujazz (ter), Mulheres de Chico (qua), sempre às 18h. A programação se estende até o dia 15 com Zé Bigode Orquestra e Empolga às 9. Grátis.
78 anos da Feira de São Cristóvão. O aniversário é celebrado com a esquete musical “Pau de arara carioca”, que conta a história dos fundadores da feira em música, teatro e cordel. Sex e sáb, às 21h. Dom, às 13h. R$ 10 (em dinheiro).
Carioquíssima. A tradicional feira de artesanato monta suas barraquinhas em Botafogo. Rua Mena Barreto 150. Sáb e dom, das 13h às 21h.
Junta Local. Dose dupla da feira de pequenos produtores: no Museu da República, junto com a feira de soluções sustentáveis e brechó Faz Girar (sáb e dom, das 10h às 18h); e na Praça da Pira, ao lado do CCBB, com a roda de samba Galocantô (sáb, das 11h às 18h).
O Fuxico. A feira na Praça Nossa Senhora da Paz ganha edição dedicada à comida de boteco. De acompanhamento, música ao vivo. Sáb e dom, das 12h às 20h.
O Globo quarta, 06 de setembro de 2023
SELEÇÃO BRASIEIRA: QUEM SÃO OS ESCUDEIROS DE DINIZ
Quem são os escudeiros de Diniz e por que eles serão facilitadores do trabalho que se inicia na seleção brasileira
Capitaneados por André e Bruno Guimarães, grupo tem oito dos 23 convocados após corte de Antony e chegada de Lucas Perri
Por Diogo Dantas
06/09/2023 03h38 Atualizado há 5 horas
Não se pode dizer que o novato Fernando Diniz está em casa no início de trabalho como técnico interino na seleção brasileira. Entretanto, um grupo de fiéis escudeiros vai lhe dar o acolhimento inicial para, aos poucos, “criar vínculos” com os atletas que já vinham sendo convocados, nas palavras do treinador. A presença de jogadores com quem o comandante já trabalhou nos clubes por onde passou vai ajudar a compensar a falta de tempo para estreitar laços e difundir ideias de jogo com apenas três sessões de treino até a estreia contra a Bolívia na sexta-feira, em Belém.
São oito atletas da lista de 23 que já tiveram contato direto com o “Dinizismo”. Seriam nove, não fosse o corte do atacante Antony, em função das polêmicas sobre a suposta agressão à ex-namorada. Os principais homens de confiança hoje são Bruno Guimarães, com quem Diniz tem relação pessoal desde o seu início como treinador, no Audax-RJ. E a dupla do Fluminense, André e Nino. Os demais são Caio Henrique, Raphael Veiga, Renan Lodi, Roger Ibañez e Lucas Perri.
Por que André é hoje a relação mais importante
A manutenção de André na lista depois da chegada do técnico tem a ver com o mérito de suas atuações pelo clube, mas passa também por uma confiança mútua, que faz do volante muitas vezes a personificação em campo do jeito Diniz de pensar futebol e as relações da vida.
Do ano passado para cá, a manutenção de André e do técnico no Fluminense teve ligação direta. O treinador só aceitou renovar o contrato se o meio-campo fosse mantido clube, apesar do assédio internacional. E o próprio jogador bateu o pé e recusou as investidas do Liverpool, pois havia se comprometido com Diniz de que ficaria até o fim da participação na Libertadores.
O técnico tinha sinalizações de que Corinthians e Atlético-MG o queriam para 2023. E a condição foi manter a espinha dorsal do Fluminense, com André, e também Nino, Arias, Ganso e Cano. Mas o volante era o mais atrativo para o mercado internacional. Mesmo assim, o jogador confiou no trabalho do técnico e concluiu que outras ofertas viriam adiante, com o desempenho no Fluminense e as chances em sequência na própria seleção brasileira. André foi convicto e confiou no seu talento, mas também na conexão com Diniz.
Bruno começou e cresceu com Diniz
Outro que tem ligação de longa data com o técnico é o meio-campo Bruno Guimarães. Bruno é quase uma criação de Diniz. Eles trabalharam juntos no Audax, no início da carreira do atleta, e depois no Athletico-PR, quando o jogador deslanchou e acabou vendido para o Lyon-FRA, em 2018. Antes, mesmo com a saída de Diniz do Furacão, tornou-se titular absoluto com Tiago Nunes e participou da conquista da Sul-Americana.
— Tenho relação de pai para filho com o Diniz. Meu primeiro treinador, que me levou ao profissional. Isso me marca. O estilo nunca mudou. O Diniz melhora todos os jogadores. Quando vocês trabalha com ele você vai melhorar. Sou o que sou e devo muito a ele, na parte técnica, tática. Por não ter medo de jogar — declarou Bruno Guimarães ao GLOBO antes da Copa do Mundo do Catar.
Bruno não é a única criatura de Diniz. No Fluminense, Caio Henrique passou de meia-esquerda para a lateral-esquerda, e deslanchou para ser vendido depois de 2019 ao Monaco, da França. Renan Lodi, hoje no Olympique de Marselha, iniciou sua jornada no Athletico-PR, em 2018, sob a bênção do técnico.
Quinteto foi influenciado pelo técnico
Os demais jogadores não tiveram a mesma vivência, mas têm noção clara dos preceitos do técnico dentro de campo. Emprestado em 2018 pelo Palmeiras ao Athletico-PR, Raphael Veiga teve poucas chances com o técnico. Foi mais utilizado, naquele ano, depois da saída de Diniz. Roger Ibañez formou dupla de zaga no Fluminense com Matheus Ferraz nos dois primeiros jogos de Diniz, em 2019. Logo depois se transferiu para a Atalanta, da Itália. Hoje defende o Al-Ahli, da Arábia Saudita.
Chamado para a vaga de Bento, cortado, Lucas Perri foi indicado por Diniz a reserva de Tiago Volpi no São Paulo, em 2020, após Jean ser preso nos Estados Unidos acusado de agredir a esposa. Antony também trabalhou com o atual técnico da seleção no São Paulo. O atacante, na temporada seguinte, deixaria o Brasil para atuar no Ajax, da Holanda, antes de ir para o Manchester United, onde joga hoje.
O Globo terça, 05 de setembro de 2023
*SÍNDROME DO FILHO DO MEIO*: A ORDEM DE NASCIMENTO D4ETERMINA A PERSONALIDADE?
'Síndrome do filho do meio': a ordem de nascimento determina a personalidade?
Novas pesquisas afirmam que os filhos do meio costumam receber menos atenção dos pais
Por Malú Pandolfo Em El País
05/09/2023 04h31 Atualizado 05/09/2023
Não é o primeiro nem o último. Mas aquele que não recebe a atenção constante dada ao filho mais velho, nem é o mais mimado como o mais novo. O filho do meio, dependendo de como é visto, pode sentir uma espécie de "abandono" quando comparado aos seus irmãos ou pode desfrutar de uma espécie de "liberdade" ao não ter sempre os olhos sobre ele. Mas, ele é o filho problemático?
Alguns consideram que a síndrome do filho do meio é um mito social, sem fundamento. No entanto, existe uma teoria da ordem de nascimento que sugere que o lugar que cada pessoa ocupa entre seus irmãos afetará a personalidade e a vida adulta.
— Os pesquisadores têm visto os filhos do meio como aqueles que recebem o pior tratamento, porque não recebem a mesma atenção dada ao filho mais velho e mais novo, o que leva à síndrome do filho do meio — diz Marisol Barreiro, psicóloga e neuropsicóloga clínica.
Com o primeiro filho, tudo é aprendizado. Os pais estão se adaptando ao novo papel à medida que a criança cresce.
— Quando o segundo filho aparece, a mãe não está tão assustada porque já sabe mais ou menos como lidar. O mesmo acontece com o pai. Por isso, eles não dão a mesma atenção ao segundo filho — descreve Cynthia Zaiatz, licenciada em neuropsicologia.
Segundo a especialista, durante a infância, as crianças não percebem diferenças significativas na atenção que os pais dedicam a um filho em relação ao outro.
— O problema surge mais tarde, quando eles são mais velhos e percebem as diferenças — diz Zaiatz, que destaca que é normal que, com a chegada do terceiro irmão, o filho do meio sinta ciúmes, ao contrário do mais velho, que geralmente não sente tanto ciúmes.
Em termos gerais, no esquema tradicional de três irmãos, o mais novo tende a ser o mais mimado, o mais velho costuma ser o que mais ajuda a cuidar dos outros, e o do meio muitas vezes têm muitas queixas, tende a ser mais rebelde e sempre se sente menos atendido.
O psicanalista austríaco Alfred Adler é o autor da teoria da ordem de nascimento, segundo a qual a posição na família afeta a personalidade da pessoa. Ele era filho do meio e estava em competição com seu irmão mais velho, Sigmund. Após a morte do analista em 1937, suas ideias sobre a ordem de nascimento se espalharam pelo mundo.
No entanto, as conclusões de Adler em sua teoria foram controversas e geraram debates na comunidade científica.
— Alguns estudos científicos mostram que a ordem de nascimento tem influência não apenas na personalidade, mas também na profissão. Outros estudos não mostram nenhuma influência — adverte Barreiro.
Rebeldia na adolescência
No ensaio "Birth Order", Frank J. Sulloway argumenta que a ordem de nascimento afeta o comportamento dos adultos. O autor, no livro de 1998 "Born to Rebel", examinou os papéis históricos desempenhados pelos filhos do meio. Ele descobriu que os "nascidos depois" tendem a se tornar rebeldes com muito mais frequência do que os irmãos mais velhos, diz Barreiro.
O psicólogo Kevin Leman foi ainda mais longe na teoria da ordem de nascimento em "The Birth Order Book". Segundo o renomado especialista, os filhos do meio costumam lamentar terem recebido coisas usadas — desde brinquedos até roupas — durante a infância. Além disso, ele sugere que o filho mais velho em uma família será um líder, um "pai assistente" para seus irmãos e mais cuidadoso do que os outros. Acredita-se que os filhos mais novos passarão suas vidas como os caçulas da família, com personalidades alegres e bem-humoradas.
Aqueles que afirmam que a ordem de nascimento entre irmãos não é determinante na vida argumentam que isso não influencia mesmo na adolescência, uma fase marcada por questionamentos e busca por um próprio lugar no mundo. Essa foi a conclusão de pesquisadores da Faculdade de Psicologia da Universidade Complutense de Madri, que afirmaram que "não existem diferenças significativas entre os primogênitos e os nascidos depois, nem em diferentes variáveis interpessoais, nem no tipo de afetos que experimentam. A percepção do apoio dos pais, por outro lado, contribui para que os adolescentes sejam mais considerados com os outros, menos agressivos e experimentem afetos positivos".
Por outro lado, Alfred Adler sustentava que na idade adulta o desenvolvimento dos filhos do meio leva a uma competição em relação aos irmãos mais velhos. E, a nível profissional, são os que "trabalham duro para serem bem-sucedidos em suas carreiras", afirma Barreiro. Ela também afirma que eles são mais agradáveis e se dão melhor com outras pessoas em comparação com os irmãos mais velhos e mais novos.
É verdade que o filho do meio tende a ser mais ressentido? Segundo Marisol Barreiro, essa afirmação não tem base científica.
— Na verdade, costumam ser mais propensos a estarem muito unidos aos seus irmãos e a estabelecerem laços fortes com eles — diz ela.
O lado positivo
Nem tudo o que se observa nos filhos do meio tem uma conotação negativa. Pesquisas científicas também encontraram vantagens psicológicas positivas para aqueles que estão no meio de seus irmãos. Catherine Salmon, professora de psicologia da Universidade de Redlands e coautora do livro "O Poder Secreto dos Irmãos do Meio", passou as últimas duas décadas estudando amostras de milhares de irmãos do meio.
— Suas conclusões, baseadas em pesquisas realizadas com seus colaboradores, mostram que os irmãos do meio tendem a depender menos dos pais. No entanto, isso não significa que não se importem com os relacionamentos com os outros — explica Marisol Barreiro.
Ter nascido no meio de seus irmãos traz benefícios. Devido à sua idade, eles tendem a estabelecer vínculos fortes tanto com o mais velho quanto com o mais novo. Além disso, os irmãos do meio são mais independentes e têm mais habilidades de socialização. Em geral, eles não buscam tanto apoio dos pais ou dos colegas.
— Os estudos de Salmon mostram que os irmãos do meio também podem se tornar bons parceiros, já que tendem a se dar bem com muitos tipos diferentes de personalidades — acrescenta Barreiro.
Os nascidos no meio de seus irmãos compartilham algumas características em sua personalidade, diz Barreiro. Em geral, eles têm um excelente controle emocional, um fator-chave para o sucesso na vida adulta. Entre as características, Barreiro menciona a força para lutar por seu lugar e se fazer ouvir. Além disso, ela considera que são bons mediadores, treinados para resolver conflitos com seus irmãos. Por outro lado, eles têm uma mente aberta, são pouco propensos a preconceitos, têm a capacidade de negociar e persuadir, são estrategistas na resolução de problemas e podem se adaptar a diferentes situações.
O Globo segunda, 04 de setembro de 2023
MALÁRIA: CONHECIMENTO TRADICIONAL E MALÁRIA
Conhecimento tradicional e malária
Integrar o conhecimento tradicional à medicina moderna, quando feito com respeito às evidências, pode ser boa ideia
Por Natalia Pasternak
04/09/2023 04h31 Atualizado há 5 horas
Quando se fala em conhecimento tradicional, em geral imagina-se algo separado, ou até antagônico, à medicina moderna. De um lado, teríamos medicamentos produzidos por indústrias bilionárias, testados em ensaios clínicos randomizados e aprovados pelas agências regulatórias. De outro, teríamos medicamentos tradicionais, baseados em conhecimentos de povos originários, tradições e folclores. São os remédios de ervas, as garrafadas, os chás curativos, e que muitas vezes se misturam com superstições, bênçãos e rituais religiosos. Há iniciativas que sugerem integrar o conhecimento tradicional à medicina moderna. Se for feito com respeito às evidências, isso pode ser uma boa ideia.
Um exemplo de conhecimento tradicional que virou medicina moderna, descrito em detalhes no livro “Que Bobagem!”, é a artemisinina, molécula derivada da farmacopeia herbal da medicina tradicional chinesa (MTC) e que acabou se transformando em um dos medicamentos mais utilizados para tratamento de malária.
Vinda da planta Artemisia annua, também conhecida popularmente como sweet wormwood em inglês, “doce absinto” no português, a substância foi descoberta e isolada por uma equipe de cientistas formada nos anos 1960 para comprovar cientificamente um tratamento para malária derivado de MTC. Youyou Tu, a pesquisadora principal, examinou mais de duas mil ervas, selecionando 640 que pareciam promissoras. Em 1971, ela e colaboradores escolheram a artemisia, que mostrava um potencial de inibição do parasita causador da malária, mas tiveram muita dificuldade de obter bons resultados.
Tu havia encontrado um texto médico antigo que aconselhava preparar uma infusão das ervas com dois litros de água fria, espremer bem o suco e tomar tudo, sem ferver. A cientista imaginou que a fervura destruiria a estrutura das moléculas bioativas, e talvez por isso os escritos antigos falassem em água fria. Assim, resolveu adaptar a extração usando éter etílico. O extrato final foi bem-sucedido em inibir malária em roedores. Em 1972, o grupo conseguiu isolar o composto de efeito antimalárico. Elucidada a estrutura da molécula natural, os cientistas desenvolveram a dihidroartemisinina, uma molécula modificada que era ainda melhor. Em 1984, o Ministério da Saúde da China certificou a artemisinina, e em 1992, sua derivada dihidroartemisinina. Tu recebeu o Prêmio Nobel em 2015.
Todo o processo levou quarenta anos. A artemisinina é um exemplo de pesquisa cientifica séria e meticulosa, feita dentro da melhor metodologia moderna. Não é o primeiro exemplo de uma ideia vinda dos usos tradicionais que dá origem a um medicamento importante de uso global. Já contamos nesta coluna a história da aspirina, que também foi descoberta a partir do uso tradicional da casca do chorão.
Integrar conhecimento tradicional à medicina moderna é, portanto, não só desejável, mas perfeitamente possível de ser feito, com respeito às evidências. Desrespeitoso, ao contrário, seria tratar o conhecimento tradicional como algo frágil, que precisa ser protegido do olhar científico, incapaz de resistir ao rigor metodológico da medicina moderna, condenado a um papel meramente folclórico ou “complementar” e que para sobreviver requer regras, tratamento e categorias especiais que o imunizem contra testes e impeçam eventuais aperfeiçoamentos tecnológicos que possam aumentar eficácia e segurança. A integração do conhecimento tradicional à medicina moderna já existe, e já produz resultado para a sociedade. Quando bem-feita, chamamos essa integração de pesquisa científica de qualidade. Rende até, como no caso da artemisinina, Prêmio Nobel.
O Globo domingo, 03 de setembro de 2023
BASQUETE: BRASIL PERDE PARA A LETÔNIA E ESTÁ FORA DA COPA DO MUNDO DE BASQUETE
Brasil perde e está fora da Copa do Mundo de Basquete
Seleção perdeu para a Letônia e torce por derrota de outras seleções para conseguir vaga olímpica
Por O Globo — Rio de Janeiro
03/09/2023 08h45 Atualizado há uma hora
A seleção brasileira de basquete perdeu para a Letônia, neste domingo, por 104 a 84 e foi eliminado da Copa do Mundo de Basquete, em Jacarta, na Indonésia. Após vencer a Espanha, o time do Brasil precisava de uma vitória para se classificar para as quartas de final.
— A Letônia é um time a ser olhado neste Mundial, vem fazendo jogos impressionantes e não é à toa que deixou Espanha e França para traz. Jogaram muito bem, souberam explorar nossa defesa, e conseguiram matar bolas no estouro do cronômetro — citou Gustavo De Conti, técnico da seleção.
O Brasil esteve atrás do placar durante toda a partida, mas até o fim do segundo período, manteve uma diferença mínima no placar. Os letões ampliaram a pontuação a partir do terceiro quarto, quando fecharam com uma diferença de 14 pontos.
As parciais foram:
1º período: Brasil 20 x 22 Letônia
2º período: Brasil 42 x 45 Letônia
3º período: Brasil 63 x 81 Letônia
4º período: Brasil 84 x 104 Letônia
— Parabéns a Letônia pela vitória. Jogo muito duro, físico, eles estão jogando muito bem e mereceram a vitória. Não conseguimos impor nosso jogo — disse o ala Tim Soares.
Vaga olímpica
Apesar da eliminação, o Brasil ainda tem pelo que torcer nesta Copa do Mundo. O mundial dá duas vagas as Olimpíadas de Paris a cada continente. No basquete, diferente do futebol, a América é considerado um continente só e não dividido em Norte/Central e Sul.
Os Estados Unidos já garantiram uma vaga e a segunda está sendo disputada, além do Brasil, por Canadá, República Dominicana e Porto Rico. Para se garantir em Paris, os brasileiros precisam que os adversários diretos percam suas partidas. E que o seu saldo seja melhor do que o deles.
O Globo sábado, 02 de setembro de 2023
CAPELA NA ROCHA: CONHEÇA AS HISTÓRIAS DOS 60 ANOS DO TÚNEL DE SANTA BÁRBARA
Capela na rocha, obra de 15 anos e impacto nos bairros: conheça as histórias dos 60 anos do Túnel Santa Bárbara
Inaugurada em 1963, via que liga o Catumbi, no Centro, a Laranjeiras, na Zona Sul, completa seis décadas. Durante a sua construção 19 operários morreram e foram homenageados em espaço que tinha painel de azulejos assinado por Djanira
Por Carmélio Dias — Rio de Janeiro
02/09/2023 04h30 Atualizado há 4 horas
Em maio de 1948, uma solenidade marcou a remoção da primeira pedra que abriria caminho para a construção do túnel projetado para ligar o Catumbi, no centro, a Laranjeiras, na Zona Sul do Rio. A promessa, na ocasião, era de que a obra seria concluída em 14 meses. Levou 15 anos: a via foi entregue aos cariocas apenas em julho de 1963. A história de sua abertura é marcada por idas e vindas bem familiares: longas interrupções, aditivos ao orçamento original, polêmica por conta do impacto nos dois bairros conectados e, sobretudo, pela trágica morte de 19 trabalhadores.
Administrado pela CET-Rio, o Túnel Santa Bárbara — um dos mais importantes da cidade e sem o qual é difícil imaginar o trânsito no Rio de hoje — chega aos 60 anos percorrido, diariamente, por 95 mil veículos, entre os quais ônibus de 12 linhas. Até pouco antes da sua inauguração, era chamado apenas de túnel Catumbi-Laranjeiras. O nome de Santa Bárbara — padroeira dos que trabalham em túneis e minas — foi dado em homenagem aos operários que perderam a vida durante sua construção. Em apenas um episódio, em 1951, cinco pessoas morreram após desmoronamento causado por explosivos que eram usados para abrir caminho em meio à rocha.
No local onde ocorreu a explosão, acima de onde hoje passam as pistas do túnel, abriu-se um grande vão, semelhante a uma gruta. O ponto teve que receber reforço estrutural para que as obras continuassem. Anos depois foi construída ali uma capela em homenagem aos mortos na obra, onde seus nomes estão gravados juntamente com a frase: “Tu que passas por este caminho que a nossa morte abriu no seio da pedra, pede a Santa Bárbara que tenhamos a vida no seio de Deus.”
A capela foi inaugurada em 1961 e, em uma das paredes da gruta, foi instalado um enorme painel de azulejos assinado por Djanira, estrela do modernismo brasileiro.
— É um trabalho excepcional. Foi concebido, desenhado, por Djanira, e os azulejos foram pintados um a um pelo ceramista Adolpho Soares e sua esposa Anna Soares Mandecher, que, embora não tenha sido creditada, foi fundamental — conta o historiador e arquiteto Nireu Cavalcanti.
Houve quem visse na capela, com sua obra de arte famosa, a oportunidade de transformar o túnel em atração turística. Aos sábados e domingos, dias de menor movimento, o tráfego em uma das pistas no sentido Laranjeiras-Catumbi, onde fica a estreita escada que dá acesso à gruta, seria interrompido para possibilitar a chegada de visitantes. O projeto, claro, não foi adiante.
Em 1985, o painel, com seus dez mil azulejos, foi retirado do local. O ambiente extremamente úmido no interior da gruta estava deteriorando a pintura. Depois de passar anos encaixotada, a obra — na qual se vê Santa Bárbara ao centro, ladeada por anjos e trabalhadores — foi remontada no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), onde permanece até hoje.
— O museu é o maior detentor de obras da Djanira. A gente tem cerca de 800 criações dela, então é muito bom que o painel esteja aqui e preservado. Nossa ideia é, em breve, transportá-lo para a área externa do prédio, para que possa ser ainda mais apreciado por todos — revela Daniela Matera, diretora do MNBA.
Antes da retirada do painel da capela, ganhou forma um movimento para que o trabalho fosse exposto em uma praça do Catumbi. Seria uma forma de compensar o estrago: o antigo bairro carioca sofreu impacto severo com a abertura do túnel e a construção do Viaduto Trinta e Um de Março.
— O bairro foi muito descaracterizado pelas obras do túnel, uma monstruosidade o que foi feito. Nos organizamos com o objetivo de levar o painel para lá, pelo menos o Catumbi ganharia um destaque com a Djanira, mas não conseguimos — lembra Nireu Cavalcanti, que à época presidia a Associação de Moradores e Amigos de Laranjeiras (Amal).
Um bairro desfigurado
Laranjeiras, na outra ponta, também sofreu intervenções importantes, como a construção do viaduto Engenheiro Noronha e a desapropriação de casas, mas nada se compara ao que aconteceu no Catumbi. O bairro, de origem aristocrática, perdeu ruas inteiras e, com elas, parte da história e da atmosfera da vizinhança — onde ficava, por exemplo, a chamada “zona do agrião”, terreno fértil para o samba e outras manifestações culturais.
— O túnel e o viaduto dividiram o bairro. Na verdade, o Catumbi é um bairro importantíssimo para a história do Rio. Importante para a história do samba, das comunidades negras, fundamental para a história do carnaval por conta do (bloco) Bafo da Onça, um bairro que tinha uma comunidade cigana muito forte. Acabaram com o bairro. Difícil imaginar a cidade hoje sem o túnel, é uma necessidade, mas o preço social e cultural foi alto — diz o professor de História, escritor e compositor Luiz Antonio Simas.
Nada disso estava muito claro para os moradores do bairro que foram despertados pela banda da Polícia Militar às 5h do dia 29 de julho de 1963. Era o início das festividades que marcaram a abertura parcial do túnel ao tráfego, das 7h às 11h e das 17h às 21h. Só no ano seguinte, em abril de 1964, poucas semanas após o golpe que derrubou o presidente João Goulart, a via passou a funcionar durante todo o dia.
Apresentado à época como um túnel moderno, ventilado e iluminado, o Santa Bárbara logo ganhou má fama. Na década de 1980 chegou a ser considerado o mais poluído da América Latina. A solução veio apenas em 1992, quando um muro no meio das quatro pistas foi instalado para dispersar a fumaça dos carros.
O Globo sexta, 01 de setembro de 2023
REI DO MILHO: BRASIL É, AGORA, OFICIALMENTE, O NOVO *REI DO MILHO* E SUPERA OS EUA EM EXPORTAÇÕES GLOBAIS
Brasil é, agora, oficialmente, o novo 'rei do milho' e supera os EUA em exportações globais
País responde hoje por um terço do mercado internacional. Americanos lideraram as vendas do grão por mais de meio século e, na soja, hoje ocupam um distante segundo lugar
Por Bloomberg
01/09/2023 09h26 Atualizado há um minuto
Por mais de meio século, os produtores rurais americanos dominaram o mercado internacional de milho, crucial para a alimentação de rebanhos e fabricação de alimentos processados em todo o mundo.
Não mais. No ano-safra que se encerrou nesta quinta-feira, os EUA entregaram a coroa de principal exportador de milho para o Brasil e podem nunca mais recuperar este título.
Os EUA foram responsáveis por cerca de 23% das exportações globais de milho no ano-safra que se encerra este mês, enquanto o Brasil respondeu por quase 32%, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA.
E o país deve manter a liderança no ano-safra que se inicia em setembro.
Em dados que remontam ao governo Kennedy no início dos anos 1960, os EUA só haviam saído do primeiro lugar por um único ano, em 2013, após uma seca devastadora. Foi também em 2013 que o Brasil assumiu a liderança definitivamente nas exportações globais de soja.
Uma série de fatores nos EUA contribuíram para o Brasil passar à frente: custos crescentes, escassez de terras agrícolas, impactos duradouros da guerra comercial que o ex-presidente Donald Trump travou com a China e um dólar forte, que é desfavorável às exportações.
Os EUA hoje respondem por cerca de um terço das exportações globais de soja, um distante segundo lugar atrás do Brasil.
No caso do milho, cerca de 40% da produção americana abastece usinas de etanol, e essa demanda está em risco com o avanço dos veículos elétricos.
O Brasil, por outro lado, investiu para melhorar a infraestrutura portuária e logística e, com o clima mais quente, obtém duas colheitas de milho por ano. O país também se beneficia de boas relações com a China.
No ano passado, a potência asiática assinou um acordo de compra de grãos brasileiros para reduzir sua dependência dos EUA e substituir o fornecimento da Ucrânia cortado pela invasão russa.
O primeiro embarque de milho do Brasil sob o novo acordo partiu em novembro. Em julho, a China já foi o principal destino dos embarques de milho do Brasil, com compra de 902 mil toneladas.
A interdependência com a China também se estende a investimentos em infraestruturas e tecnologia que fortalecem ainda mais os vínculos dos dois países, membros fundadores do Brics.
- Não parece provável que as relações diplomáticas dos EUA com a China melhorem muito no curto prazo, o que, gostemos ou não, deixará a agricultura dos EUA em desvantagem - disse Even Pay, analista agrícola da Trivium China, uma consultora política em Pequim.
O Globo quinta, 31 de agosto de 2023
DIA DO BACON: DE SANDUÍCHE A SOBREMESA E MILKSHAKE, UM ROTEIRO EM QUE O INGREDIENTE É A ESTRELA
Dia do bacon: de sanduíche a sobremesa e milkshake, um roteiro em que o ingrediente é a estrela
Celebrado nesta quinta-feira (31), corte da barriga do porco inspira promoções, brindes e receitas criativas
Por Carmem Angel — Rio de Janeiro
31/08/2023 03h30 Atualizado há uma hora
Para uns, bacon é amor. Para outros, inimigo da saúde. Queridinha ou vilã, fato é que a barriga de porco curada e defumada tem um dia para chamar de seu, celebrado nesta quinta-feira (31). Seja no café da manhã, no hambúrguer ou até na sobremesa, confira um roteiro para sair “bacon tente”.
100% suíno
O chef Jimmy Ogro é especialista no assunto. Totalmente dedicado à carne de porco, o cardápio de seu BistrOgro leva a crocância do bacon ao filé-mignon em medalhões ou à parmegiana. O ingrediente entra ainda na batata rosti que acompanha o escalope ao brie, no arroz de lentilhas servido com cafta, e no molho do fetuccine com milanesa (R$ 58,90, cada prato). De hoje até domingo, na compra de qualquer uma dessas criações, é garantido um chope, drinque ou taça de vinho para brindar a data. Casa & Gourmet, Botafogo.
Produção própria
Com lojas no Be+Co, em Botafogo, e no Vogue Square, na Barra, a turma da Curadoria prepara seu bacon artesanalmente, desde a cura, que leva sete dias, até a defumação de seis horas com lenha de goiabeira. A proteína entra em carros-chefes, como o hambúrguer clássico ou o apimentado jalapeño (ambos a R$ 39,90). Apenas hoje, também será possível adicionar o ingrediente em outros pratos do cardápio sem cobrança.
Para começar o dia
De frente para a Praia de Ipanema ou com vista para a Lagoa Rodrigo de Freitas, o Clássico Beach Club aposta na dobradinha tradicional do café da manhã americano: ovos mexidos cremosos com bacon (R$ 28). No Nusa Café (Rua Vinicius de Moraes 129, Ipanema), a dupla ganha versão com guacamole no bagel(R$ 34). Outra opção é o beneditino bacon e avocado (R$ 34), servido em pão rústico com pasta de abacate, ovo poché, bacon crocante e molho hollandaise.
Surf and turf
A tendência que une carnes do mar e da terra faz sucesso no bar Velho Adonis (Rua São Luiz Gonzaga 2.156, Benfica). No concorrido petisco servido em uma tigelinha, o bacon frito no alho faz par com polvo (R$ 53). No português Gajos D’Ouro (Rua Aníbal de Mendonça 31, Ipanema), a pedida é a cataplana de polvo grelhado com bacon salteado, servida com arroz de brócolis (R$ 193,20). Em uma pegada descontraída, o Xepa Bar (Rua Arnaldo Quintela 87, Botafogo) serve nas mesinhas da calçada sanduíche de camarão com bacon, curado na casa, na baguete (R$ 38).
Porção extra
No bar Porco Amigo, especializado em carne suína, os fãs de bacon poderão incluir uma porção gratuita do insumo em qualquer sanduíche, apenas hoje, a partir das 18h. O adicional pode ser combinado com filé-mignon suíno, pernil, linguiça calabresa defumada (R$ 36,90, cada), ou com hambúrguer de panceta (R$ 39,90). Rua São Manuel 43, Botafogo.
Doce ou salgado
Sempre com uma cerveja para acompanhar o percurso, na Rio Tap Beer House a barriga de porco marca presença da entrada à sobremesa: no pastel com queijo (R$ 16), no hambúrguer (R$ 46,90), no braseado de peito bovino (R$ 48,90) e até no brownie de chocolate com bacon caramelizado e ganache de Stout (R$ 23,90). Travessa dos Tamoios 32, Flamengo.
Credo, mas quem me dera
O bacon empresta seu toque salgado a milkshakes. Não vale torcer o nariz antes de provar. No Porquinho (ParkJacarepaguá; Norte Shopping; Botafogo Praia Shopping), a mistura leva creme americano, calda de caramelo e farofa de bacon (R$ 9,90, 300 ml, ou R$13,90, 500 ml). No Gato Café (Rua das Palmeiras 26, Botafogo; Shopping Via Parque), a bebida é exclusiva para hoje, feita de caramelo salgado com bacon e chantilly, e decorada com tiras de bacon (R$ 29,90).
O Globo quarta, 30 de agosto de 2023
SAÚDE: OS 7 ALIMENTOS QUE VOCÊ NUNCA DEVE COZINHAR NA AIR FRYER, SEGUNDO ESPECIALISTAS
Os 7 alimentos que você nunca deve cozinhar na air fryer, segundo especialistas
Arroz, macarrão, molho e torradas, são alguns alimentos que não são recomentados preparar na fritadeira
Por O Globo — São Paulo
30/08/2023 04h30 Atualizado há 42 minutos
As air fryers ganharam o coração dos amantes de cozinha. Elas prometem fritar alimentos usando ar quente ao invés do óleo. Além de ser mais saudável, as comidas preparadas ganham crocância, textura e sabor, muitas vezes melhor do que utilizar o próprio forno. Pão de queijo, batata frita, pizzas e outros alimentos podem ser feitos em pouco tempo. Porém, existem sete que não se deve nunca colocar no aparelho. São eles:
Pipoca
No caso da pipoca, o micro-ondas é a melhor opção, isso porque a maioria das fritadeiras não atinge uma temperatura alta o suficiente para estourar os grãos
Macarrão e molho
Macarrão cru precisa de água fervente para cozinhar, por este motivo a fritadeira já não conseguiria preparar o alimento, e embora cozinhar molhos para massas em uma fritadeira seja tecnicamente possível, provavelmente poderia danificar o aparelho, além da bagunça que ficaria. Uma panela no fogão é a melhor hipótese.
Torradas
Muitas pessoas usam a air fryer para esquentar pão ou torradas para deixá-las mais quentes e crocantes. Elas funcionam, porém, depois de um tempo ela pode secar, perder a crocância e ficar dura. Além disso, as migalhas dos pães e torradas podem ficar presas no fundo do cesto à medida que a torrada é espalhada durante o cozimento.
Arroz
Assim como o macarrão, cozinhar arroz requer água, o que impossibilitaria o prato de ser feito na fritadeira. De acordo com o site da organização britânica de consumo “Which?”, “uma fritadeira de ar não é o aparelho ideal para ferver e cozinhar no vapor — é melhor usar uma panela elétrica ou uma panela no fogão”.
Verduras secas
Folhas de alface, couve e espinafre, por exemplo, podem ficar secas e perder a sensação de frescor e até mesmo a crocância própria que cada uma delas têm. Elas também podem ficar espalhadas pela fritadeira, criando mais bagunça do que um lanche delicioso.
Queijo
Embora produtos de queijo congelados, como pedaços de queijo empanados ou palitos de mussarela, sejam bons para cozinhar na air fryer, especialistas recomendam que seja evitado colocar queijos frescos no aparelho. Isso porque eles têm uma temperatura de fusão baixa, o que significa que pode queimar rapidamente.
Frango inteiro
As fritadeiras de ar quente precisam de espaço suficiente para permitir a circulação do ar quente, e um frango inteiro ocuparia muito espaço para permitir que isso acontecesse. Neste caso é provável que ele queime a parte da fora e ganhe uma certa crocância, porém, continue cru por dentro.
O Globo terça, 29 de agosto de 2023
FROTA DE NEYMAR: CRAQUE GANHOU R$8,9 MILHÕES EM CARR POR ACERTO COM O AL HILAL
Frota de Neymar: craque ganhou R$ 8,9 milhões em carros por acerto com o Al-Hilal
Jogador recebeu sete veículos de luxo e uma van para transportar pessoas próximas
Por O Globo — Rio de Janeiro
29/08/2023 04h00 Atualizado há 26 minutos
Neymar surpreendeu o mundo do futebol e decidiu deixar a Europa ainda aos 31 anos e assinar com o Al-Hilal, da Arábia Saudita. Para convencer o brasileiro a encarar esse desafio, no entanto, o clube teve de investir pesado, não só no valor pago ao PSG (90 milhões de euros) pelo atleta e no salário dele (R$ 1,07 bilhão para os dois anos de contrato), mas também em outros pedidos feitos pelo jogador.
O contrato, com validade de dois anos, inclui também uma série de cláusulas VIP para proporcionar uma agradável estadia no Médio Oriente. Entre elas estão a aquisição de um luxuoso casarão com 25 quartos, piscina de 400 metros quadrados e três saunas, geladeira sempre carregada de açaí e guaraná e um motorista disponível 24 horas por dia, para levá-lo onde precisar.
Veja fotos do jantar de Bruna Biancardi e 'parças' de Neymar na Arábia Saudita
Veja fotos do jantar de Bruna Biancardi e 'parças' de Neymar na Arábia Saudita
Mas um dos principais itens da proposta é a frota que foi oferecida a Neymar. Em sua garagem, antes de ingressar na força do Al-Hilal, já era possível ver modelos da Ferrari, Audi, Lamborghini e Aston Martin. Agora, com sua nova condição semelhante à dos xeques árabes, ele conseguiu ampliar seu repertório automotivo.
O primeiro dos carros pedidos por ele foi um Bentley Continental GT, um muscle car britânico que é oferecido em carrocerias cupê e conversível, e em diferentes configurações mecânicas. A mais esportiva é a variante Speed, que desenvolve 659 cavalos de potência, acelera de 0 a 100 km/h em 3,6 segundos e atinge velocidade máxima de 335 km/h. Seu valor gira em torno de US$ 250 mil (cerca de R$ 1,2 milhão).
A lista continua, seguindo o fanatismo do jogador pela Aston Martin, adicionando à sua garagem de luxo um DBX: o primeiro SUV da marca inglesa. É vendido em versão de acesso equipado com motor 4.0 V8 biturbo de 550 CV e com um superior chamado DBX707, que leva a hélice até 707 CV de potência, o que permite ir de 0 a 100 km/h em 3,3 segundos e atinge uma velocidade máxima de 310 km/h. Seu valor gira em torno de US$ 330 mil (cerca de R$ 1,6 milhão).
O terceiro integrante é um Lamborghini Huracán, o modelo mais esportivo da empresa italiana. A gama de modelos conta com mais de uma opção, entre elas o “Tecnica”, que chega a 640 CV de potência, e o “Sterrato”. O valor do Lambo Huracán é de US$ 330 mil (cerca de R$ 1,6 milhão).
Por fim, nada mais nada menos do que quatro unidades da Mercedes-AMG G 63. Além de ser símbolo de status e luxo no nicho automotivo, esse modelo é um dos SUV's mais versáteis e confortáveis do mercado.
Embora não tenha sido confirmado, a expectativa é que a variante que Neymar obtenha seja a esportiva (AMG), que possui motor que desenvolve 585 CV de potência e é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos. O valor deste modelo nesta variante gira em torno de US$ 230 mil (cerca de R$ 1,12 milhão, ou cerca de R$ 4,5 milhões os quatro veículos).
Além disso, o brasileiro também teria pedido uma van, da Mercedes-Benz, para usar em passeios com familiares e amigos. O veículo (que não teve o modelo revelado) deve ter espaço para nove passageiros e deve receber "melhoras" para transportar jogador e pessoas próximas.
Outros modelos de Neymar
A nova coleção de rodas do ícone brasileiro dá o que falar, mas se a isso se somar a coleção de carros que ele já possui, a questão fica muito mais agravada. Entre os modelos exclusivos que Neymar possuía antes de aceitar jogar no Al Hilal estão um Aston Martin Vulcan do qual foram fabricadas apenas 24 unidades e que conta com motor V12 aspirado de sete litros que entrega 810 cv de potência e atinge 321 km/h; um Lamborghini Urus, em seu clássico tom amarelo patinho; um elétrico: o E.wave X, que obteve por ser embaixador do Next.e Go da empresa alemã, uma Ferrari 458 Spider e vários Audis , incluindo um Q7 e um Audi R8 Spyder.
O Globo segunda, 28 de agosto de 2023
GASTRONOMIA: FOME NO DOMINO*S? ASSINANTE O GLOBO PEDE PIZZA COM O CLUBE E APROVEITA DESCONTOS ESPECIAIS
Fome de Domino's? Assinante de O GLOBO pede pizza com o Clube e aproveita descontos especiais
A maior pizzaria do mundo oferece 30% de desconto no cardápio de pizzas para quem é assinante do jornal O GLOBO.
Por Clube O Globo — Rio de Janeiro
13/04/2022 15h21 Atualizado 01/07/2023
A Domino's está com uma oferta deliciosa para quem é do Clube. Os assinantes tem 30% de desconto na compra de pizzas médias e grandes através do site ou do app utilizando o cupom exclusivo do Clube O GLOBO.
De uma pizzaria local no estado americano de Michigan, em 1960, à maior rede de pizzarias do mundo: a Domino’s Pizza está presente hoje em 85 países, com mais de 16 mil lojas. No Brasil, desembarcou em 1993, inaugurando uma unidade no Rio de Janeiro, no bairro de Botafogo. Ao longo desses anos, investiu em tecnologia e delivery para melhorar a experiência dos amantes de pizza. Líderes em número de lojas - em 2020, somaram 300 lojas espalhadas pelo país - e estão investindo R$ 250 milhões para dobrar de tamanho e chegar a 650 unidades em 2023.
Confira as condições gerais:
Assinante O Globo tem 30% de desconto em pizzas da Domino's utilizando o cupom de desconto GLOBO30.
Desconto válido para pedidos efetuados apenas no site ou App da Domino´s Pizza.
Válido para Pizzas médias e grandes;
Válido para massas fina ou tradicional e todos os sabores;
Válido para todos os dias da semana;
O desconto só é aplicado na pizza e não no pedido inteiro;
Desconto não se aplica na taxa de entrega;
Não cumulativo com outras promoções;
Válido também para carryout: retirada na loja;
O cupom de desconto deverá ser inserido no carrinho no momento do checkout;
O desconto não será válido para pedidos no balcão.
Oferta válida até 15/03/2024.
- Encontre no site da Domino's a unidade mais próxima de você e faça seu pedido!
O Globo domingo, 27 de agosto de 2023
RIO DIVERSÃO: COM RAINHAS DE BATERIA E DESTAQUES, BAILE PROMOVIDO POR MILTONCUNHA COROARÁ ROSA MARALHÃES E HAROLDO COSTA
Com rainhas de bateria e destaques, baile promovido por Milton Cunha coroará Rosa Magalhães e Haroldo Costa
Oitava edição do Glam acontece neste domingo, na quadra da Vila Isabel, com entrada gratuita
Por Rafael Galdo — Rio de Janeiro
27/08/2023 08h30 Atualizado há uma hora
Aos mestres, toda reverência é pouca. Mas as homenagens que a carnavalesca Rosa Magalhães e o ator, diretor e escritor Haroldo Costa receberão neste fim de semana serão especiais, além de cercadas de amigos. Eles serão coroados rainha e rei da oitava edição do Baile Glam, promovido por Milton Cunha neste domingo, a partir das 17h, na quadra da Unidos de Vila Isabel, com entrada gratuita. Na festa que exalta os destaques de luxo da Sapucaí, as histórias de contribuições de ambos para a cultura brasileira serão enaltecidas, numa celebração que promete emocionar justamente quando começam os preparativos para o primeiro carnaval em quatro décadas sem a assinatura de Rosa nos desfiles do sambódromo.
— Com a saída dela das escolas de samba, eu estou órfão. Para mim, é a perda do século — afirma Milton Cunha, amigo de beber junto e de longas conversas com Rosa. — Haroldo e ela são majestades, com uma importância muito além da "sapucaiana". Ele, da companhia de danças Brasiliana e do Teatro NExperimental do Negro. Ela, do Smithsonian. Aplausos, aplausos!!
Desfiles inesquecíveis da carnavalesca Rosa Magalhães
Neste domingo, Milton conta que Rosa, sete vezes campeã do carnaval e vencedora do prêmio Emmy pela abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007, receberá a coroa da rainha do baile do ano passado, a cantora Teresa Cristina. Já a de Haroldo será entregue por oito rainhas de bateria do carnaval carioca, entre elas Viviane Araújo (Salgueiro), Erika Januza (Viradouro), Mayara Lima (Tuiuti) e Lorena Raíssa (Beija-Flor).
O baile terá uma homenagem também a Iracema Pinto, que morreu em 2019, enquanto estava a caminho da Marquês de Sapucaí. No Salgueiro, ela era coordenadora de destaques, aqueles foliões que desfilam com as fantasias mais esplendorosas do carnaval, geralmente em cima dos carros alegóricos, e que são uma das razões de ser do Glam. Num resgate da tradição de antigos bailes, 25 deles vão apresentar seus figurinos na quadra da Vila, com o mix de luxo, originalidade e performance que caracteriza essa arte.
Marcos Lerroy (Mocidade) e Amaro Sérgio (Vila Isabel) são alguns que já confirmaram presença. E Milton Cunha destaca ainda a participação de algumas destaques transexuais, como Luanda Ritz (Viradouro), reforçando a diversidade, que é outra marca do Glam.
— O baile é de quem quiser, é espaço para a explosão das novas sexualidades, onde todo mundo se diverte e ri junto — diz o comentarista de carnaval e apresentador. — É uma mistureba, uma doidice, com banda, bateria, vedetes, rainhas de bateria, candidatas a Miss Brasil...
Os desfiles de luxo, conta ele, acontecem entre 19h e 23h. Antes, haverá ainda atrações como dublagens de drag queens e um desfile de perucas. Como tradicionalmente ocorre, será apresentada ao público a Boneca Barracão, para valorizar artistas dos barracões das escolas de samba. Pela primeira vez, o título vai para uma mulher, uma aderecista do Paraíso do Tuiuti conhecida por declamar poesias na Cidade do Samba. Já no fim, será a vez de um show da Vila Isabel, com término perto das 23h30.
A quadra da Vila Isabel fica no Boulevard 28 de Setembro 382, na Zona Norte do Rio. Edições passadas da festa já tiveram passagens marcantes como a coroação de Elza Soares como rainha, em 2019, ou a chegada de Sabrina Sato vestida de Isabelita dos Patins, em 2018.
O Globo sábado, 26 de agosto de 2023
ABÓBORA GIGANTE: CASAL DE PORTUGUESES PRODUZ ABÓBORA DE 730 KG
Casal de portugueses produz abóbora 'gigante' de 730 kg; veja fotos
Plantada pelos agricultores Claudia Fernandes e Jose Rui Santos, o vegetal foi batizado de 'Claudinha' e poderá ser consumida por cerca de 3 mil pessoas
Por O Globo — Albufeira, Portugal
26/08/2023 04h00 Atualizado há 5 horas
Um casal de portugueses chamou a atenção das redes sociais após divulgar que produziram uma “abóbora gigante” de 730 quilos. Batizada de “Claudinha”, ela foi feita em Albufeira, Portugal, pelos agricultores Claudia Fernandes e Jose Rui Santos, e poderá ser consumida por cerca de 3 mil pessoas.
Existem aqueles que publicam fotos de passeios, férias, noitadas, futebol, praia. Tudo aquilo que lhes faz feliz. Nós publicamos aquilo que é a nossa realidade”, escreveu Claudia ao compartilhar as imagens da abóbora. “Como já é nosso hábito, nós batizamos as nossas abóboras sempre que vão a concurso”.
Casal de portugueses produz abóbora 'gigante' de 730 kg e batiza de 'Claudinha'
Feita pelos agricultores Claudia Fernandes e Jose Rui Santos, ela poderá ser consumida por cerca de 3 mil pessoas
No texto, ela explica que começaram dando os nomes de suas avós. Depois, o nome das mães e, agora, o das filhas delas. Apesar da felicidade, a abóbora acabou tendo uma rachadura. “Jose Rui é um mestre nesta especialidade, mas a agricultura é mesmo assim. O clima também não ajuda, e a abóbora Claudinha ‘rebentou’”.
A portuguesa ressaltou, ainda, que ela e Santos estavam “radiantes” com o crescimento da abóbora, já que foi a que teve “o melhor desempenho até hoje”. “Estamos tristes? Não estamos! Zé Rui está feliz pelo percurso feito e pelo peso atingido da abóbora Claudinha: 730 kg”, acrescentou.
Claudia afirmou que as melancias deste ano também não resistiram ao calor, mas que “agradece a todos pelo carinho”. Esperançosa, ela diz que, quando a abóbora chegar aos 800 quilos, José Rui deverá ir ao Santuário de Fátima — e destaca que o companheiro só vai parar quando chegar aos 900 kg. “O segredo é tratá-las com amor, carinho, e colocar-lhes um nome”.
O Globo sexta, 25 de agosto de 2023
ENXAQUECA:VEJA SNTOMAS, CAUSAS E TRATAMENTO
Enxaqueca: veja sintomas, causas e tratamento
A enxaqueca é uma doença neurológica, genética e crônica, que vai muito além de uma dor de cabeça
Por Lucas Mathias*
24/08/2023 17h03 Atualizado há 16 horas
A enxaqueca é uma doença neurológica, genética e crônica — não é só uma dor de cabeça. Seus sintomas podem aparecer em diferentes áreas do cérebro, mais sensíveis para quem é portador da complicação. Ela também pode funcionar como um fator de risco para outras enfermidades, como um acidente vascular cerebral (AVC) ou doenças cardiovasculares, por exemplo. Se associada ao tabagismo, esse risco pode ser ainda maior.
São diversos os sinais que podem indicar a enxaqueca. Alterações na visão, vômitos e náuseas associados à dor de cabeça, dificuldade de concentração, além de sensibilidade a luz e a barulhos. Por isso, caso algum desses indícios se manifeste constantemente, é preciso procurar um médico, que irá realizar um diagnóstico mais preciso e orientar para o tratamento mais indicado.
O problema é recorrente na população. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a enxaqueca atinge em torno de 15% da população mundial. Só no Brasil, são mais de 30 milhões de pessoas sofrendo com essa doença, que é uma das formas mais comuns de cefaleia (termo médico para a popular dor de cabeça). Cerca de 90% de quem sofre dessa patologia tem algum prejuízo no trabalho, estudos, atividades de lazer e vida sexual.
Quais são os sintomas da enxaqueca?
A dor de cabeça é somente um dos sintomas causados pela enxaqueca. Confira outros:
Dor latejante que ocorre geralmente em um lado da cabeça, de intensidade moderada a forte;
Dificuldade para realizar tarefas rotineiras;
Enjoo;
Náuseas;
Vômitos;
Sensibilidade a luz, cheiros e barulho
Como é uma crise de enxaqueca?
As crises de enxaqueca costumam aparecer ocasionalmente, com duração de quatro até 72 horas. Em casos extremos, a frequência pode ser diária.
Os sintomas da doença também costumam se manifestar em etapas. Uma delas é a aura, que normalmente precede as crises de dor de cabeça, mas ambas podem ocorrer ao mesmo tempo. Na aura, há alterações na vista como embaçamento, pontos ou manchas escuras na visão, linhas em zigue-zague e pontos luminosos que duram de cinco minutos a uma hora. Alguns portadores da enxaqueca, inclusive, têm auras e nunca apresentaram cefaleia.
Formigamento e dormência no corpo, tonturas e enjoos também podem estar associados à enxaqueca. Pessoas que passam mal em viagens de carro, ônibus e barco também devem ficar atentas, já que isso também pode ser um dos sintomas da doença.
Transtornos de humor, como a ansiedade e a depressão, são outros fatores que podem se associar a um episódio da doença. Sobre isso, o neurologista Marcelo Ciciarelli, da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), conta que há maior frequência para quem tem enxaqueca.
— Os transtornos de humor são comorbidades frequentes para portadores da enxaqueca. Ou seja, são situações que ocorrem junto com a enxaqueca em uma proporção acima da média da população geral. Você vai ver a presença disso com maior frequência nos pacientes enxaquecosos. Mas isso não quer dizer uma relação causal nem um efeito da doença, mas sim, uma associação provavelmente de um distúrbio dos mesmos neurotransmissores — afirma.
O que causa a enxaqueca?
São diversos os fatores que podem desencadear uma crise de enxaqueca, desde que a pessoa já tenha a predisposição genética.
— Costumo dizer para os meus pacientes que enxaqueca é para quem pode, não para quem quer. Ou seja, é uma predisposição genética que algumas pessoas recebem. E diante de algumas situações, elas podem desenvolver crises. É crônica no sentido de que a predisposição você vai ter para o resto da vida. Mas a frequência das crises pode mudar — explica Ciciarelli.
O cérebro é a máquina de comando do organismo e, por isso, ele comanda todas as funções vitais, conscientes e inconscientes. Por isso, pessoas com enxaqueca muitas vezes acreditam que têm múltiplas doenças, já que apresentam uma variedade de sintomas que podem ocorrer devido à disfunção química cerebral da enfermidade.
Essa disfunção pode ocorrer em vários neurotransmissores, como a serotonina, dopamina, noradrenalina e glutamato, que têm um funcionamento diferente nos portadores da enxaqueca.
No ciclo hormonal das mulheres, a enxaqueca costuma aparecer no período menstrual ou pré-menstrual. Irregularidades menstruais, endometriose, ovários policísticos e reposição hormonal podem ser fatores que agravam a doença. Segundo o neurologista da ABN, isso acontece porque, nesse momento, a mulher fica mais vulnerável.
— O ciclo hormonal das mulheres vai funcionar como uma alteração de limiar. Ou seja, durante o período pré-menstrual, devido à flutuação dos níveis de estrógeno, existe uma vulnerabilidade maior para o aparecimento de crises. É como se a mulher ficasse menos resistente, nesse período, aos fatores que desencadeiam a crise — completa Ciciarelli.
O consumo de alimentos como queijos, chocolate, café, embutidos e o uso de adoçantes com a substância aspartame, por exemplo, também pode desencadear uma crise. Assim como distúrbios do sono, como insônia ou sono prolongado, exposição ao sol, alterações de hormônios, tabagismo, odores fortes e ingestão de bebida alcoólica.
Como diagnosticar a enxaqueca?
O diagnóstico da enxaqueca é clínico, ou seja, deve ser feito por meio de avaliação médica com um especialista. Um exame neurológico não é necessário, mas é importante para reconhecer essas características. Normalmente, um indivíduo é diagnosticado com a doença se já teve pelo menos cinco crises com as características da enfermidade.
Os sintomas relatados pelo paciente são importantes para o descobrimento da doença. Os exames também podem ser feitos para identificar se existem outros fatores interferindo na dor de cabeça.
Qual é o tratamento para enxaqueca?
A enxaqueca não tem cura, mas é possível tratar a doença e amenizar seus sintomas. Como a doença tem forte relação com o estilo de vida (tabagismo, alimentação inadequada, sedentarismo e transtornos do humor, por exemplo), o tratamento dos pacientes é geralmente realizado de forma multidisciplinar: não só com um neurologista, mas também com nutricionistas, psicólogos e fisioterapeutas.
Além dos medicamentos, que ajudam a controlar os sintomas, também é possível tratar a enxaqueca com terapias, como a acupuntura, por exemplo. No entanto, cada paciente precisa ter o seu tratamento personalizado e indicado por um médico especialista, que vai fazer um planejamento terapêutico durante as consultas.
Os analgésicos comumente usados para dores de cabeça também podem ser efetivos e são indicados para o alívio no momento das crises de enxaqueca. No entanto, é preciso ter cuidado com o uso excessivo.
— Isso pode aumentar a intensidade e a frequência da dor. A gente considera abuso quando a pessoa toma mais do que 10 dias por mês de analgésico por um período mais do que 10 meses. Mas de vez em quando, durante uma crise, é totalmente indicado — completa o neurologista Marcelo Ciciarelli.
É possível prevenir a enxaqueca?
Para as pessoas que sofrem com a enxaqueca, alguns hábitos e cuidados podem evitar o surgimento das crises. Não ficar em jejum por muito tempo e evitar bebidas alcoólicas, como cervejas e vinhos, por exemplo, são algumas das sugestões.
Ter uma alimentação saudável e regrada também pode ajudar a reduzir as crises de dor de cabeça. Chocolates podem provocar essa condição, assim como frutas cítricas como laranjas e limões, quando consumidos em excesso. Mas é importante consultar um médico para descobrir quais são os alimentos que desencadeiam as dores em cada um.
Hábitos saudáveis como o relaxamento, atividades físicas regulares e um sono bem regulado também são fundamentais.
*Estagiário sob supervisão de Giulia Vidale
O Globo quinta, 24 de agosto de 2023
LIBERTADORES: FLUMINENSE INICIA CONFRNOTO CONTRA OLIMPIA NAS QUARTAS
Com a liderança de Cano e Arias, Fluminense inicia confronto contra Olimpia nas quartas na Libertadores
Tricolor confia nos bons números de seus dois principais jogadores estrangeiros para voltar à semifinal do torneio. O jogo de hoje começa às 21h30, no Maracanã
Por Davi Ferreira — Rio de Janeiro
24/08/2023 03h00 Atualizado há 27 minutos
Cinco jogos separam o Fluminense do seu sonhado primeiro título internacional. Classificado às quartas de final da Libertadores pela quarta vez nos últimos 11 anos, o tricolor dá início hoje, às 21h30min, no Maracanã, aos 180 minutos do confronto contra o Olimpia. O adversário é conhecido e não traz boas lembranças: foi algoz nas quartas da edição de 2013, e na fase eliminatória do ano passado.
A outra vez em que o clube das Laranjeiras esteve nas quartas nos últimos dez anos foi em 2021, quando foi eliminado pelo Barcelona de Guayaquil-EQU. Diferentemente das duas oportunidades em que bateu na trave na hora de chegar à semifinal, o tricolor conta agora com a força de dois estrangeiros em que a torcida deposita suas esperanças: os atacantes Germán Cano e Jhon Arias.
As presenças fundamentais do argentino e do colombiano se traduzem em números. Cano é o artilheiro da temporada tricolor, com 30 gols em 43 jogos. Na Libertadores, marcou seis vezes e é um dos vice-artilheiros da competição, atrás de Paulinho (sete gols), do já eliminado Atlético-MG.
Por sua vez, Arias não costuma balançar as redes com a mesma frequência: tem seis gols em 42 jogos. Porém, sua importância na articulação da equipe de Fernando Diniz o faz ser o líder de assistências da temporada, com 13 ao todo. Nesta Libertadores, marcou duas vezes e serviu os companheiros em outras três.
Eles são o diferencial do elenco deste ano. Quando o Fluminense caiu para Olimpia e Barcelona, contava apenas com jogadores brasileiros na equipe titular.
Na eliminação para os equatorianos, dois anos atrás, o tricolor até contava com estrangeiros em seu elenco. O equatoriano Juan Cazares e o uruguaio Abel Hernández saíram do banco no jogo decisivo.
Desta vez, dois jogadores de fora do Brasil são as principais referências da equipe, e dão a esperança de um desfecho diferente. Arias chegou às Laranjeiras em agosto de 2021, em meio à disputa daquela Libertadores, enquanto Cano foi contratado no começo do ano passado. O tricolor está fazendo sua sexta participação na Libertadores nos últimos 13 anos, mas não marca presença na semifinal desde 2008 — ano em que foi vice-campeão, derrotado para a LDU-EQU.
Para a partida de hoje, o grande desfalque é Marcelo. Além de ter tido sua suspensão de três partidas mantida pela Conmebol — só retorna na competição se o Flu avançar às semifinais —, o lateral também teve uma lesão constatada na coxa esquerda, sofrida no último fim de semana. Seu substituto será Diogo Barbosa, assim como aconteceu no duelo de volta das oitavas contra o Argentinos Juniors. No meio campo, Lima segue como titular.
Do lado do Olimpia, Fernando Arce não deve fazer grandes mudanças em relação à equipe que eliminou o Flamengo na fase anterior. Invicto há quatro jogos, somando Libertadores e Campeonato Paraguaio, o clube de Assunção usou um time misto no último compromisso doméstico, e trata a competição sul-americana como prioridade.
A partida de volta acontece na próxima quinta, às 21h30, no estádio Defensores Del Chaco. Quem avançar, enfrenta Internacional ou Bolívar — o time brasileiro venceu por 1 a 0 em La Paz, e decide em casa.
O Globo quarta, 23 de agosto de 2023
CÔTE D*AZUR: VILA FRANCESA, REFÚGIO DOS BILIONARIOS, DÁ ACESSO A ESCULTURAS GIGANTES SUBAQUATICAS
Vila francesa que é refúgio dos bilionários dá acesso a esculturas gigantes subaquáticas; Conheça
Séculos de história, museu subaquático, jardins estonteantes e privacidade total são as características que mais atraem os afortunados à Côte D'Azur, ilha próxima a Cannes
Por Camila Lima
23/08/2023 07h15 Atualizado há 2 horas
Se por décadas a definição de viagem sofisticada poderia ser resumida em hospedar-se num badalado cinco estrelas de Paris, Londres ou Tóquio e acrescentar na programação jantares em restaurantes com indicação Michelin, muita coisa mudou. O termo “quiet luxury”, tão em voga no mundo da moda e relacionado à maneira de vestir dos milionários — longe de logos aparentes e próximo ao que é realmente da mais alta qualidade — é também tendência no concorrido mercado do turismo de luxo. Mas agora são propriedades privadas, que carregam a história de séculos cravada nas paredes, que entram no foco dos hóspedes mais exigentes do planeta.
Um bom exemplo desse movimento é o Le Grand Jardin, na ilha Sainte-Marguerite. Fica apenas a 15 minutos de barco de Cannes, na França, mas não tem nada a ver com a agitada La Croisette. Lá o que vigora é a exclusividade. A vila privada é composta por 12 apartamentos, construída no século XIII e tem capacidade para 24 hóspedes. Do lado de fora, a arquitetura permanece intacta, com direito a torres medievais, esculturas e construções de paredes maciças que nos remetem à era dos castelos, proporcionando uma verdadeira viagem no tempo. Para contrastar, acomodações amplas, high tech e com décor clean. Um simples toque na mesa de cabeceira, por exemplo, é capaz de fazer a TV brotar diante da cama king size. O banheiro, de mármore italiano, tem o chão levemente aquecido. Para completar, o vaso sanitário abre e fecha automaticamente, além de contar com higienização com jatos e bolhas de água.
O serviço de quarto é outro capítulo à parte. Cada hóspede tem ao seu dispor um funcionário exclusivo, para agendar uma massagem, preparar o hamame (banho turco) ou entregar no quarto, a qualquer hora do dia ou da noite, o mais gelado dos rosés da região da Provence.
Para hospedar-se lá é preciso alugar toda a propriedade, por um período de, no mínimo, sete dias. A possibilidade de não se deparar com um desconhecido a caminho do spa ou se bronzeando num dos bangalôs que cercam a majestosa piscina tem seu preço: 150 mil euros (cerca de R$ 810 mil) por uma semana, seja na companhia da família ou de amigos. Todos os serviços extras são cobrados à parte. “Muito antes dos nossos hóspedes chegarem, já estamos em contato com seus assistentes. Queremos entender em detalhes suas rotinas, preferências e, assim, montarmos as férias perfeitas. Podemos incluir nelas refeições criadas por um chef famoso, rituais completos de wellness, aulas de ioga. Já montamos até um cassino privê”, conta Ricardo Gato, diretor de marketing do Ultima Collection, empresa suíça expert no comando de propriedades deste segmento. Para a publicitária e influenciadora Alessandra Stockler, esse movimento cresceu a partir da pandemia. “Quem é bilionário quer paz, um lugar seguro e vivenciar experiências com a certeza de que ninguém vai fotografar e postar. Inclusive, muitas marcas de luxo estão desativando o Instagram”, observa. “Esse turismo envolve também aventuras únicas e supercaras, como fazer trabalho voluntário com pandas na China.”
O jardim botânico de 14 mil metros quadrados que cerca a propriedade é outro ponto alto. Foi reformado, seguindo à risca desenhos originais resgatados durante o processo de revitalização do empreendimento. Obras de arte dividem a paisagem com laranjeiras e limoeiros. A horta e seus aromas também despertam os sentidos, além de fornecer as verduras e temperos que chegam à mesa do Le Grand Jardin. A propriedade, por sinal, é eco-friendly. Fumar, por exemplo, só é permitido em raros pontos.
Além dos muros da vila, História e natureza mesclam-se em perfeita harmonia. Foi para a Sainte-Marguerite que Luís XIV enviou o Homem da Máscara de Ferro, isolando-o do resto do mundo. O lugar é ainda uma reserva florestal tombada pela Unesco, com trilhas cercadas por pinheiros, eucaliptos, excelentes para caminhadas. Outro programa é aventurar-se pelo Mediterrâneo num mergulho no Musée de la Mer, formado por esculturas subaquáticas.
Seja qual for a opção, a ideia por aqui é a de que o hóspede sinta-se inteiramente em casa. Desde que, claro, seu lifestyle combine com a sensação de viver em um dos pedaços mais exclusivos da Côte d’Azur. E de todo o planeta.
O Globo terça, 22 de agosto de 2023
PORISCILA CASTELLO BRANCO: QUEM É A HUMORISTA E NOVA NAMORADA DE PORCHAT
Quem é Priscila Castello Branco, humorista e nova namorada de Porchat
No fim de semana, o apresentador postou pela primeira vez ao lado da atriz em suas redes sociais
Por O Globo — Rio de Janeiro
21/08/2023 10h32 Atualizado há 20 horas
Com sete anos de carreira no teatro e na televisão, atriz e humorista Priscila Castello Branco, de 34 anos, foi uma das selecionadas, em 2021, para participar do reality show “Futuro Ex-Porta”. A atração foi exibida no canal do YouTube do Porta dos Fundos, produtora de vídeo que tem como o namorado Fabio Porchat, de 40 anos, um dos sócios. Priscila ficou na sexta posição. No fim de semana, Porchat postou pela primeira vez ao lado da nova namorada em suas redes sociais
Rumores apontaram que os dois estariam juntos antes do término de oito anos do ator com Nataly Mega. Mas o namoro só foi oficializado há cerca de um mês. Um dos motivos do término com a mulher, segundo o próprio apresentador, foi o fato de não querer ser pai.
Quem é Priscila Castello Branco?
Na TV, Priscila fez participações nas novelas “Salve-se quem puder” (2020) e “Deus salve o rei” (2018), da Globo. Mas a carreira, que começou a passos tímidos, quase não se concretizou. Para a equipe do ELA, a humorista revelou que descobriu a veia cômica ao passar por escolas tarimbadas como O Tablado e Célia Helena Centro de Artes e Educação, mas o assédio sofrido por um ex-diretor interrompeu, momentaneamente, sua trajetória.
“Quando eu tinha 17 anos, ele deu em cima de mim e de outras alunas. Isso não resume, de forma alguma, o ambiente teatral, mas eu era muito jovem, fiquei impactada e falei: ‘Não quero mais, não é para mim’”, conta em entrevista neste domingo.
A atriz é formada em Direito, mas nunca exerceu a profissão. Priscila cresceu em uma família de mulheres, com a irmã mais velha, Pamela, e a avó, Lourdes, mas sem a presença do pai, ausente por mais de 20 anos.
Atualmente, ela vem desenvolvendo um projeto no cinema com o roteirista e diretor Fernando Ceylão. Priscila pretende se firmar como comediante e voltar a atuar em novelas. Para a atriz, no entanto, as mulheres ainda têm um longo caminho a percorrer para alcançar o prestígio dos homens nos palcos. “Há temas tabus para nós, como por exemplo, sexo. Ainda tem gente que acha que mulher fazer comédia é vulgar”, analisa.
O Globo segunda, 21 de agosto de 2023
RIO GASTRONOMIA: EVENTO SE DESPEDE COM NOVO RECORDE DE PÚBLICO – 90 MIL PESSOAS NOS 8 DIAS DE PROGRAMAÇÃO
Rio Gastronomia se despede com novo recorde de público: 90 mil pessoas nos 8 dias de programação
13ª edição do evento, o maior do gênero no país, chegou ao fim neste domingo (20) já deixando o gostinho de quero mais: por dois fins de semana, reuniu no Jockey Club Brasileiro alguns dos melhores bares e restaurantes do país, shows e muitas outras atrações
Por Ana Carolina de Souza
21/08/2023 03h30 Atualizado há 6 horas
Foram oito dias de fartura gastronômica, aulas com os maiores chefs e especialistas da área, shows e outras atrações. A 13ª edição do Rio Gastronomia serviu sua saideira neste domingo (20), despedindo-se do Jockey Club Brasileiro, onde ocupou uma área com mais de 40 mil metros quadrados, já deixando o gostinho de quero mais. O evento bateu novo recorde de público: nos dois fins de semana, recebeu mais de 90 mil pessoas, que curtiram as mais de 150 receitas (outro recorde!) reunidas nos cardápios dos 35 bares e restaurantes que marcaram presença.
— Fechamos 2023 com mais uma edição histórica. Há 13 anos estamos construindo este grande festival que se consolida como um dos maiores eventos do calendário da cidade, dando luz a um dos principais segmento econômicos que temos. O Rio Gastronomia é um espaço de encontros, de diversão, e nos dedicamos a construir um evento completo que leva ao nosso público não só o melhor da gastronomia, mas também muito entretenimento para a família — afirmou Leonardo André, diretor de projetos especiais da Editora Globo.
Entre as casas que se destacaram, o 74 Restaurant e A Casa do Porco repetiram o sucesso de suas participações anteriores. No grupo dos estreantes, o Heaven Cucina, da chef Heaven Delhaye, e a hamburgueria Clan foram alguns dos que fizeram bonito.
— O Rio Gastronomia tem uma estrutura incrível. Conseguiram construir uma cidade no meio do Rio de Janeiro! Foi muito legal conhecer outros chefs, interagir e poder dar em troca o nosso conhecimento sobre a ancestralidade asteca na cozinha — elogiou Luana Sabino, do mexicano Metzi, que, junto com Eduardo Nava Ortiz, ambos chefs do restaurante sediado em São Paulo, que está entre os melhores da América Latina no ranking 50 Best, esteve ontem pela primeira vez no Rio Gastronomia, comandando a aula “A legítima cozinha mexicana”.
Entre os ingredientes deste ano que fizeram a 13ª edição do Rio Gastronomia, a Tirolesa Claro, a 10m de altura, foi destaque entre as novidades. A Roda-Gigante Président também atraiu o público, assim como as muitas atrações que passaram pelo Palco Sesc, como Arnaldo Antunes, Samuel Rosa, Diogo Nogueira e Samba de Santa Clara. Ontem, encerrando a programação musical deste ano, quem se apresentou foi Toni Garrido, empolgando a plateia com um show cheio de hits.
Outra estreia que fez bonito neste ano foi a Tenda dos Botecos, reunindo os melhores bares do Rio com seus quitutes criativos e apetitosos. Entre eles, o Bar da Portuguesa, que esteve pela primeira vez no Rio Gastronomia.
— Foi ótima a experiência, melhor do que imaginávamos. Nos deu muita visibilidade — comemorou ontem Andréa Parro, uma das sócias do estabelecimento, que acrescentou: — O primeiro fim de semana de vendas já tinha sido bom, o segundo foi melhor ainda. O domingo nem acabou e já estamos com saudade!
Quem também já está sentindo falta é o público.
— O evento todo é muito bem organizado, com muitas opções para comer e beber. Fomos ao Mitsubá, ao Bar da Portuguesa, compramos presunto, queijo, bebemos vinho e também compramos para levar... É muita coisa para ver e fazer — elogiou a funcionária pública aposentada Gilda Lopes, de 60 anos, que foi ontem ao Rio Gastronomia com o marido, o empresário Hélio Yomura, de 72.
Realizado pelo jornal O GLOBO, o Rio Gastronomia 2023 tem apresentação de Sesc RJ e Senac RJ; tem a Cidade do Rio de Janeiro como cidade anfitriã através da Prefeitura do Rio; patrocínio master Santander, Naturgy e Claro; patrocínio de Stella Artois e Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Sececrj) através de Lei Estadual de Incentivo à Cultura; apoio da Secretaria de Estado de Turismo, Pepsi, Chandon, Água Pouso Alto, Incrível, Colégio pH, Garrafaria, Président, Prezunic e Adria; participação de Andorinha, Limppano, Musquée, Granado, Drogaria Venancio, Stanley, Arpo Gin, Jim Beam, Star+, Chevrolet, Frescatto e Getnet; Shopping Oficial Rio Sul; Hotel Oficial Fairmont Rio; Rádio Oficial CBN e parceria do SindRio.
O Globo domingo, 20 de agosto de 2023
COPA DO MUNDO FEMININA: CARMONA BRILHA, ESPANHA VENCE INGLATERRA E É CAMPEÃ
Carmona brilha, Espanha vence a Inglaterra e é campeã da Copa do Mundo Feminina
Gol foi marcado pela lateral Olga Carmona, capitã da equipe, que deixou para trás as atuais campeãs europeias
Por Laís Malek — Rio de Janeiro
20/08/2023 09h17 Atualizado há 16 minutos
Em apenas sua terceira participação no Mundial, a seleção da Espanha deixou tudo em campo para conquistar o título inédito da Copa do Mundo Feminina na vitória de 1 a 0 sobre a Inglaterra. O gol da vitória foi marcado pela capitã Olga Carmona, de apenas 23 anos, ainda no primeiro tempo, em chute cruzado sem chances de defesa de Earps.
Em bela jogada coletiva, com participações decisivas de Abelleira e Caldentey, a bola chegou na meia, que mandou uma bomba no canto esquerdo da goleira Earps, que não conseguiu defender. No segundo tempo, a Espanha teve ainda chance de ampliar, mas Jenni Hermoso cobrou mal um pênalti que foi defendido pela goleira, e o placar não se alterou. A equipe controlou a partida desde o apito inicial até os 59 minutos do segundo tempo, que teve quase 15 minutos de acréscimos.
Mas no final a festa foi espanhola, e a treinadora inglesa, Sarina Wiegman, amargou a segunda derrota em decisões de Copa do Mundo. Em 2019, a holandesa comandou seu país natal ao vice-campeonato, quando perdeu a final para os Estados Unidos. Do outro lado, a Espanha encerra um período conturbado de divergências internas entre as jogadoras e o técnico Jorge Vilda com um título mundial.
O jogo
Após a tensão dos primeiros 15 minutos, as jogadoras começaram a se desenvolver dos dois lados. Lauren Hemp acertou o travessão, e Redondo parou nas mãos de Earps em jogada coletiva da Espanha, que tocou a bola dentro a área diante de uma Inglaterra apática. A equipe comandada por Sarina Wiegman se viu paralisada diante de uma Espanha que controlava o jogo e mantinha a bola nos pés.
A pressão alta dificultou até mesmo a saída de Earps, que precisou por diversas vezes rifar a bola lá na frente, o que permitia a Espanha recuperar a posse com facilidade. A intensidade ss transformou em gol em vacilo de Lucy Bronze, que carregou a bola demais e perdeu na intermediária. Na sequência, Abelleira ficou com a sobra e inverteu a jogada, vendo Mariona Caldentey avançando pela esquerda. Ela distribuiu para Olga Carmona, que mandou uma bomba no fundo da rede e abriu o placar.
Pressionada, a Inglaterra sentiu bastante o gol e não conseguiu propor mais nada da marca dos 30 minutos em diante, enquanto a Espanha ainda teve outra chance com Paralluelo nos acréscimos. Na volta do intervalo, Wiegman colocou James e Kelly para tentar buscar o gol do empate. A Inglaterra melhorou na partida, principalmente com a atuação de Kelly sendo acionada pelo corredor direito. Mas aos 25 minutos, a juíza Tori Penso marcou pênalti em toque de mão de Keira Walsh na área. O que poderia ser a consagração da Espanha se transformou em drama com a péssima cobrança de Jennifer Hermoso, defendida por Mary Earps.
O gol evitado deu novo ânimo para a Inglaterra, que ainda tentava se encontrar na partida. Lauren James chegou perto do empate em chute que foi defedindo com a ponta dos dedos da goleira Coll, mas mesmo depois da entrada de Beth England, as Leoas não conseguiram levar perigo ao gol da Espanha. O segundo tempo foi até os 59 minutos, mas quem parecia estar precisando do gol era a Espanha, que seguiu com intensidade até o apito final. Com pouco potencial ofensivo, os últimos lances da Inglaterra foram bolas alçadas na área, sem encontrar um endereço.
O Globo sábado, 19 de agosto de 2023
RIO GASTRONOMIA: SAMUEL ROSA ANIMA MULTIDÃO EM SHOW SOLO
Samuel Rosa anima multidão em show solo no Rio Gastronomia
Após término da banda Skank, cantor mineiro se apresentou nesta sexta-feira (18) no Palco Sesc, em dia de ingressos esgotados
Por Carmem Angel — Rio de Janeiro
18/08/2023 23h12 Atualizado há 11 horas
Se lançando na carreira solo após o fim do Skank, o cantor, guitarrista e compositor Samuel Rosa animou uma multidão no Rio Gastronomia nesta sexta-feira (18), com direito a ingressos esgotados. Recebido por gritos e aplausos, o artista abriu o show com o hit "Vamos fugir", acompanhado pelo som uníssono da plateia cantando junto.
— Eu quero que vocês se sintam bem. Quando fui convidado para tocar aqui, já estava de olho no festival, que vem crescendo muito. Vi que meu professor Frejat cantou aqui, no ano passado. Quero agradecer o carinho de vocês pelo evento. Fiquei feliz demais em saber que os ingressos esgotaram — saudou Samuel Rosa.
Confira dicas de paradas obrigatórias no Rio Gastronomia:
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A energia se espalhou por todos os cantos do evento e o público dançava na pista, nos estandes, nas mesas, e até no alto da tirolesa. No passeio por sucessos da banda e outras composições, o músico cantou ainda faixas como "Jaquie Tequila", "Três lados", "Vou deixar", "A tal canção pra Lua", "Saideira" e "Garota nacional", além de "Tarde vazia", do Ira!, "Lourinha bombril", dos Paralamas do Sucesso, e "Um girassol da cor de seu cabelo", do conterrâneo mineiro Lô Borges.
Realizado pelo jornal O GLOBO, o Rio Gastronomia 2023 tem apresentação de Sesc RJ e Senac RJ; tem a Cidade do Rio de Janeiro como cidade anfitriã através da Prefeitura do Rio; patrocínio master Santander, Naturgy e Claro; patrocínio de Stella Artois e Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Sececrj) através de Lei Estadual de Incentivo à Cultura; apoio da Secretaria de Estado de Turismo, Pepsi, Chandon, Água Pouso Alto, Incrível, Colégio pH, Garrafaria, Président, Prezunic e Adria; participação de Andorinha, Limppano, Musquée, Granado, Drogaria Venancio, Stanley, Arpo Gin, Jim Beam, Star+, Chevrolet, Frescatto e Getnet; Shopping Oficial Rio Sul; Hotel Oficial Fairmont Rio; Rádio Oficial CBN e parceria do SindRio.
O Globo sexta, 18 de agosto de 2023
*O CALADO VENCE*: COMO A INCAPACIDADE DE FICAR QUIETO ATRAPALHA AS RELAÇÕES PROFISSIONSAIS
'O calado vence': como a incapacidade de ficar quieto atrapalha as relações profissionais e familiares; entenda
Novo livro sugere que ficar em silêncio sempre que possível e dar um chega pra lá nas redes sociais é atalho para vida melhor
Por Mariana Rosário — São Paulo
18/08/2023 04h30 Atualizado há uma hora
O lider pacifista Mahatma Gandhi (1869-1948) seguia rigorosamente uma regra às segundas-feiras: mantinha silêncio absoluto o dia inteiro. Abria, somente, duas exceções — por escrito, diga-se — comunicar-se com o alto escalão de líderes locais, quando muito necessário, ou com doentes que precisassem de apoio.
Cerca de um século depois, há quem faça defesa similar de racionar as palavras. Alguns sustentam a ideia de ficar calado como bálsamo e ferramenta para encarar rotina com menos sobressaltos e mais qualidade. Cresce a defesa entre alguns especialistas de falar somente o essencial, refletir antes de responder e, sobretudo, preferir as conversas em que é possível conectar-se verdadeiramente com o outro, sem papo de elevador. A ideia do “calado vence” (frase que tornou-se tônica para fugir de encrencas nas redes sociais) tem sido defendida por especialistas em saúde e bem-estar como o útimo grito do autocuidado, com aplicação fácil: basta falar menos, ouvir mais e aproveitar os momentos de silêncio.
O manuscrito da nova onda é o livro STFU: The Power of Keeping Your Mouth Shut in an Endlessly Noisy World, do inglês “O Poder de manter a boca calada num mundo infinitamente barulhento”, lançado recentemente nos Estados Unidos e ainda sem versão brasileira. Na publicação, o jornalista Dan Lyons descreve suas desventuras falando demais em toda sorte de ocasiões: em casa, no trabalho e na internet. Também detalha como a incapacidade de ficar quieto atrapalhou suas relações profissionais e familiares. Para sanar os problemas, ele defende ficar quieto sempre que possível e, além disso, dar um chega pra lá nas redes sociais.
Lyons seleciona um coral de especialistas que, em diferentes momentos, defendem o silêncio às palavras (sempre que possível) nas mais diversas esferas da vida. Quer mandar um e-mail? Guy Kawasaki, ex-marketeiro do Macintosh, na Apple, diz que tudo deve ser dito em 5 frases. Menos que isso é grosseria, mais que isso é perder tempo. A ideia é se dar bem com os pretendentes? Sean Rad, um dos fundadores do Tinder (aquele aplicativo de paquera) sugere que o perfil seja curto e amigável. E que não passe do limite de 500 caracteres — quem sabe, metade disso. O célebre ex-negociador do FBI, Chris Voss, é outra figura que defende escolher atentamente o que dizer e racionar sempre as frases em momentos decisivos: em uma aula sobre como brilhar em negociações, o especialista sugere que boa parte da comunicação deve ser trabalhada longe das palavras, está no tom da voz, no movimento corporal.
No âmbito da saúde física, é exagerado dizer que há um avanço mágico em falar menos. Mas há alguns indicativos: se a ideia é melhorar a saúde do coração, algumas análises mais antigas sugerem que a fala pode aumentar índices de pressão arterial mesmo para adultos saudáveis, sem o indicativo de que sofram de doença cardíaca. Não se trata, porém, de encerrar contatos com amigos e afetos para melhorar a vida. Pelo contrário, trocar ideias profundamente sobre assuntos que particularmente nos interessam, com reflexões sobre o que dizer e, sobretudo, lançando mão de perguntas para ouvir quem está no mesmo ambiente é a chave para uma vida um pouco mais feliz.
Uma análise de 2018, realizada com cerca de 500 pessoas pela Universidade no Arizona, nos EUA, mostrou que pessoas engajadadas em conversas substanciais, com assuntos que realmente as interessam os interlocutores (não importa a variedade, pode ser política, relacionamentos ou clima) mostratram-se mais felizes e satisfeitas num cenário geral. O pesquisador responsável Mathias Mehl chegou a achar que a conversa de elevador fazia mal a saúde. Agora, contudo, apenas classifica que falar de maneira mais engajada faz bem — e pode figuarar como ferramenta para viver melhor.
Existe uma análise simples para cortar o número de palavras sem utilidade ditas numa tacada só. Quem dá a pista é o psiquiatra Mark Epstein, autor do livro “Terapia Zen: quando a terapia e o budismo se encontram no divã”, da Editora Vestígio.
— A chave para não exagerar é saber quando você está falando porque está ansioso, ou apenas para preencher um espaço silencioso. E, e claro, se as suas palavras terão utilidade. Há, inclusive, no budismo um conceito de “right speach” (do inglês, ‘fala correta’). Por vezes a melhor coisa a se dizer é nada. — diz Mark, cuja formação foi na Universidade de Harvard. Em seu consultório, em Nova York, o profissional utiliza práticas que aprendeu na meditação para ouvir os pacientes propriamente. Quando alguém começa a falar sem freio e não está concatenando tudo como deveria, o especialista pede que a pessoa em questão olhe para ele e diga seu nome para começar as frases: pode ser “Mark” ou “doutor Epstein”. Isso aproxima as coisas, ele diz
— Dá para cultivar o silêncio e alguma paz de espírito se conseguimos aprender a não levar nossos pensamentos tão a sério. Isso dá algum tipo de liberdade porque não seremos enganados, nem controlados por pensamentos ou impulsos.
Silêncio e a escuta
Outras análises se debruçam sobre a relevância do silêncio para potencializar a saúde e a vida profissional. Um estudo publicado recentemente no British Journal of Psychology sugere que pessoas idosas precisam de um tempo sozinhas após um encontro social, para justamente recarregar as energias. Em geral, é notada a percepção de que o silêncio pode — no lugar de minar a comunicação — promover uma troca mais vantajosa para todos os lados.
— É importante dar uma pausa para pensar antes de dizer as coisas. Isso diz respeito a “descansar” o mecanismo mental de resposta e, de certa maneira, até preservar nossa reputação. Essa é uma estratégia que serve como um ponto de partida para ouvir (verdadeiramente) e estar presente. E é algo cada vez mais raro no mundo de hoje — diz Justin Zorn, ex-assessor legislativo coautor do livro “O silêncio vale ouro”, da editora Sextante. — Existe um conceito na arte japonesa que chamamos de “Ma”, em resumo, é o espaço entre as coisas. A beleza do espaço entre as coisas. Acredito que para estar realmente presente com outra pessoa precisamos respeitar o espaço entre as perguntas e respostas.
O especialista, é evidente, ressalta a importante necessidade de não se silenciar diante de injustiças ou situações que realmente precisam de denúncia. O direcionamento, neste caso, é sobre papos triviais e diálogos prolongados sem muito sentido.
Christian Dunker, autor do livro O palhaço e o psicanalista: Como escutar os outros pode transformar vidas, da editora Planeta, diz que a dificuldade de escuta é, justamente, deflagrada pela fala incessante.
— É uma tática que se tornou mais facilitada por recursos tecnológicos e por transformações sociais. Há um tipo de fala, que Lacan chegou a chamar de "fala vazia". Ela é usada para tampar angústias, incertezas e dúvidas. Aquele frio na barriga quando a gente se encontra com o silêncio. Estamos nos afastamos do outro, de outras questões — diz Dunker. — Há um excesso de fala que constrange pessoas que não estão na mesma onda.
O Globo quinta, 17 de agosto de 2023
FESTIVAL DE GRAMADO: GRAZI MASSAFERA COMEMORA VOLTA AO CINEMA
Grazi Massafera comemora volta ao cinema: ‘Já trabalhei por dinheiro e por vaidade, hoje trabalho por prazer’
Atriz apresentou ‘Uma família feliz’, ao lado de Reynaldo Gianecchini, no Festival de Gramado
Por Lucas Salgado, O Globo — Gramado, RS
17/08/2023 11h39 Atualizado há 13 minutos
Grazi Massafera e Reynaldo Gianecchini protagonizaram o tapete vermelho mais badalado do Festival de Gramado até aqui. A dupla lançou na noite de ontem (16) “Uma família feliz”, thriller dirigido por José Eduardo Belmonte e escrito por Raphael Montes.
Na manhã desta quinta, a equipe do filme, sem a presença de Gianecchini (que deixou Gramado logo cedo por estar em cartaz no teatro), participou de um debate sobre o longa.
— Estou tão ansiosa que cheguei antes de todo mundo no debate — brinca Grazi ao se sentar sozinha na mesa da coletiva. — Eu comecei na carreira sem saber o que estava fazendo, mas acredito que sempre tive o talento e o respeito pela profissão. Sempre me dediquei a estudar. Hoje acredito que posso fazer outro tipo de interpretação e me jogar no escuro. Me mostro que sou capaz de fazer cinema. Eu quero espaço. Já trabalhei por dinheiro e por vaidade, hoje trabalho por prazer.
A trama acompanha Grazi como Eva, uma mãe que vê a vida mudar de ponta a cabeça após ser acusada de agredir as filhas gêmeas e o filho recém-nascido.
— Eu que venho de muitos anos fazendo televisão, eu gosto de ganhar a empatia do público, mas no caso da Eva eu tinha que sentir tudo e esconder o que estava sentindo o tempo inteiro — conta Grazi. — Meu maior desafio foi se colocar nesse lugar de “condenada ou não”. Sou apaixonada por suspenses, sempre quis fazer.
O longa marca o primeiro trabalho de Grazi nos cinemas em 12 anos, desde “Billi pig” (2011), também dirigido por Belmonte.
— Desde o primeiro momento pensei na Grazi, mostrei o argumento pra ela antes mesmo de termos um roteiro — lembra Belmonte. — Ela participou muito da criação do projeto, deu muitos inputs.
O cineasta conta ter tido interesse em contar uma história de uma nação de linchadores, o que influenciou na escolha de Curitiba para ser a cidade em que se passa a história.
O escritor Raphael Montes, de livros que inspiraram obras como “Bom dia, Verônica”, cita o trabalho em “Uma família feliz” como um novo passo na trajetória. Ele é roteirista e diretor assistente de produção. Ele confirma que quer dedicar mais tempo ao trabalho coletivo do audiovisual, que é diferente do processo solitário da literatura.
“Uma família feliz” tem lançamento previsto para 23 de março de 2024.
O Globo quarta, 16 de agosto de 2023
LÉA GARCIA SE ENCANTOU: ATRIZ MORRE AOS 90 ANOS
Morre a atriz Léa Garcia, aos 90 anos
Léa Garcia estava no Festival de Gramado, onde seria homenageada nesta terça-feira (15)
Por O GLOBO — Gramado (RS)
15/08/2023 08h58 Atualizado há 22 horas
Morreu nesta terça-feira (15), aos 90 anos, a atriz Léa Garcia. Ela estava no Festival de Gramado, onde receberia o Troféu Oscarito pelo conjunto de sua obra. Antes disso, à tarde, daria uma entrevista coletiva à imprensa ao lado da atriz Laura Cardoso.
Qual foi a causa da morte de Léa Garcia?
A morte de Léa Garcia foi confirmada pela família na atriz nas redes sociais. Ela sofreu um infarto agudo do miocárdio na manhã desta terça-feira (15), foi atendida no hotel onde estava hospedada e encaminhada a um hospital da cidade. Léa estava em Gramado desde sábado, início do festival, acompanhada do filho, Marcelo. Ela circulou pelo evento todos os dias e chegou a posar sorridente na frente do troféu Kikito.
"É com pesar que nós familiares informamos o falecimento agora na cidade de Gramado no @festivaldecinemadegramado da nossa amada Léa Garcia".
Quem foi Léa Garcia?
A carioca Léa Lucas Garcia de Aguiar estreou nos palcos aos 19 anos de idade, na peça "Rapsódia Negra", de Abdias do Nascimento. Foi o intelectual e criador do Teatro Experimental do Negro (TEN quem viu seu talento quando a conheceu no ponto do bonde, em 1950, na praia de Botafogo.
— Estava indo buscar minha avó para levá-la ao cinema quando uma pessoa veio ao meu encontro e perguntou: ‘Você não gostaria de fazer teatro?’” — contou Léa à revista ELA, do GLOBO.
Léa, então, se apaixonou — não só por Abdias, com quem teve teve dois filhos (Henrique Christovão Garcia do Nascimento e Abdias do Nascimento Filho), mas pelo universo artístico. Deixou o sonho de ser escritora (o pai a queria contadora) e seguiu carreira nas artes cênicas. Em 1956, esteve no elenco da peça "Orfeu da Conceição", de Vinicius de Moraes. Ela também participou do filme "Orfeu Negro", dirigido pelo francês Marcel Camus um ano depois. Sua atuação rendeu-lhe uma indicação ao prêmio de interpretação feminina no Festival de Cannes.
Quais novelas Léa Garcia fez?
Léa esteve no elenco de sucessos da TV Globo como "Selva de pedra", de Janete Clair, exibida em 1972, e "Escrava Isaura", adaptação de Gilberto Braga para a obra de Bernardo Guimarães, no ar em 1976. Nesta novela, fez sua primeira vilã e sofreu represálias na rua.
Na TV, a primeira novela de Léa foi "Acorrentados", de 1969, na Record. Antes disso, participou de programas como "Grande Teatro", da TV Tupi, e "Vendem-se Terrenos no Céu". Sua estreia na TV Globo aconteceu em 1970, em "Assim na Terra como no Céu", obra de Dias Gomes.
Léa Garcia fala sobre participação em 'Escrava Isaura'
"Escrava Isaura é o meu cartão de visitas. Tive muitas dificuldades em fazer cenas de maldade com a Lucélia Santos. Eu me lembro de uma cena em que, quando a Rosa (personagem de Léa) acabou de fazer todas as perversidades com a Isaura, eu tive uma crise se choro, me pegou muito forte. Chorei muito, não com pena, mas porque me tocou", disse Léa ao site "Memória Globo".
Na Manchete, fez parte de "Dona Beija", em 1986, escrita por Wilson Aguiar Filho, "Tocaia grande", de Duca Rachid baseada na obra de Jorge Amado, exibida em 1995, e "Xica da Silva", de 1996, escrita por Walcyr Carrasco.
Nos anos 2000, participou ainda de "O Clone", em 2002, novela de Glória Perez na TV Globo; "A Lei e o Crime", em 2009, de Marcílio Moraes para a Record; a série do Globoplay "Assédio", em 2018, escrita por Maria Camargo, entre outras participações. No dia 25 de agosto, entra no ar no Canal Brasil "Vizinhos", um de seus últimos trabalhos.
Léa estava cotada também para participar do remake da novela "Renascer", de Bruno Luperi, baseada na obra de Benedito Ruy Barbosa, que estreia depois de "Terra e paixão", no horário das 21h da TV Globo.
Relembre os trabalhos de Léa Garcia na TV
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Reconhecimento
Foram mais de 30 participações no cinema, entre curtas e longas-metragens, que renderam a Léa prêmios nacionais e internacionais. Além da indicação como melhor atriz do Festival de Cannes com "Orfeu negro", seu primeiro filme, a carioca foi eleita melhor atriz, inclusive pelo júri popular, do Festival de Gramado por "Filhas do vento" (2005), de Joel Zito Araújo. Gramado a premiou novamente com menção honrosa do júri pelo curta "Hoje tem Ragu", de Raul Labancca, em 2008, e em 2013 como melhor atriz de curta-metragem por "Acalanto" (2012), de Arturo Saboia, baseado num conto de Mia Couto. Este mesmo curta lhe rendeu o prêmio de melhor atriz no Brazilian Film Festival of Toronto, no Canadá. Seu último filme foi "Barba, Cabelo & Bigode" (2022), da Netflix, dirigido por Rodrigo França.
Ao lado de Ruth de Souza, de quem era grande amiga, e de Zezé Motta foi, sem dúvida, uma das maiores artistas negras do cinema e TV nacional. E uma das vozes — até o fim da vida — que mais denunciou o racismo no meio artístico.
—Conversava sobre isso com a Ruth (de Souza). Passamos por muitas exigências. Tínhamos que chegar com o texto na ponta da língua, estar sempre cheirosas e elegantes. As outras podiam errar. Nós, não. Podíamos interpretar personagens subservientes, mas precisávamos mostrar que nós não éramos. Naquela época, o racismo era camuflado na TV. Por causa da minha formação, tinha credibilidade — disse a atriz ao GLOBO.
Léa Garcia: veja imagens da trajetória da atriz
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Morta aos 90 anos, atriz dedicou mais de sete décadas aos palcos
Léa Garcia tinha voltado aos palcos
No ano passado, para comemorar 70 anos de carreira, voltou aos palcos, onde tudo começou, e estrelou o espetáculo "A vida não é justa", dirigido por Tonico Pereira, e baseado no livro homônimo em que Andréa Pachá relata episódios de sua experiência como juíza de uma Vara de Família. Léa interpretava três personagens, um deles chamado Molhadinha25, que traía virtualmente o marido.
— Ultimamente, tinha virado atriz de dois personagens só. Me chamavam para fazer mãe preta ou mãe de santo. Está sendo agradável sair desse olhar estereotipado, que coloca a mulher negra idosa num determinado tipo de representação. Essas, agora, são simplesmente mulheres — disse a atriz ao GLOBO em julho de 2022.
Quem são os filhos de Léa Garcia?
Lé Garcia deixa os filhos Henrique e Abdias do Nascimento Filho, do casamento com Abdias do Nascimento; e Marcelo, do relacionamento com Armando Aguiar; além de três netos, dois bisnetos e uma tataraneta.
O Globo terça, 15 de agosto de 2023
GASTRONOMIA: *SUPERALIMENTO* - NOVO ESTUDO REVELA BENEFÍCIOS DO CARDOMOMO; VEJA QUANDO CONSUMIR
'Superalimento': novo estudo revela benefícios do cardamomo; veja quanto consumir
Estudo mostra que especiaria tem potencial para queimar gordura e reduzir inflamação
Por Alan Souza*, O Globo — Rio de Janeiro
15/08/2023 04h31 Atualizado há 2 horas
O cardamomo foi apontado como um "superalimento" por pesquisadores do México e dos Estados Unidos em razão dos benefícios antioxidantes e anti-inflamatórios e que podem ajudar na perda de peso e regulação do apetite. De acordo com o estudo, publicado na revista científica International Journal of Molecular Sciences, uma pessoa de 60kg deve ingerir 77mg da especiaria por dia, o equivalente a oito vagens.
Professor de horticultura e ciência dos alimentos, na Faculdade de Agricultura e Ciências da Vida, da universidade norte-americana Texas A&M, um dos autores da pesquisa, Luis Cisneros-Zevallos, afirmou que o cardamomo pode ser incluído na dieta por ser um alimento a ajudar na redução de gordura:
"O cardamomo é uma especiaria (...) muito comum em várias partes do mundo", disse o cientista, em comunicado divulgado pela universidade. "Descobrimos que essa pequena especiaria pode queimar calorias e manter o peso corporal enquanto aumenta o apetite e o consumo de alimentos".
Com a publicação do estudo em fevereiro deste ano, os pesquisadores pretendem fazer o consumo do cardamomo aumentar. A especiaria tem sabor herbal quente e aroma que combina eucalipto, hortelã e pimenta, segundo a pesquisa.
A análise foi feita a partir da aplicação de doses de sementes de cardamomo na dieta regular de animais. Cisneros-Zevallos afirmou que, neste processo, a especiaria foi responsável pelo aumento do gasto de energia e pela redução de massa.
"Nossa equipe descobriu uma oportunidade incrível de utilizar o cardamomo como um promotor de saúde geral", disse Cisneros-Zevallos. "As sementes de cardamomo, com essa nova funcionalidade, podem ser usadas em diferentes indústrias, incluindo a esportiva, alimentos funcionais e suplementos dietéticos, para favorecer a produção de alimentos mais saudáveis".
* Estagiário sob a orientação de Adriana Dias Lopes
O Globo segunda, 14 de agosto de 2023
CONCURSO DE BELEZA: MISS UNIVERSO ROMPE FRANQUIA NA INDONESIA APÓS DENÚNCIAS DE ASSÉDIO SEXUAL
Miss Universo rompe com franquia na Indonésia após denúncias de assédio sexual
Organizadores pediram que concorrentes se despissem para um exame corporal em busca de celulite e cicatrizes
Por AFP — Washington
14/08/2023 06h35 Atualizado há 2 horas
A Organização Miss Universo decidiu romper os laços com sua franquia na Indonésia, após denúncias de assédio sexual, e cancelou uma edição futura planejada na Malásia.
Mais de meia dúzia de finalistas do concurso Miss Universo Indonésia apresentaram uma denúncia contra os organizadores do concurso, depois que lhes foi solicitado que se despissem para realizar um exame corporal em busca de celulite, ou cicatrizes, dois dias antes da cerimônia de coroação.
"À luz do que descobrimos que ocorreu no Miss Universo Indonésia, está claro que essa franquia não atendeu aos padrões, à ética, ou às expectativas da nossa marca", divulgou a Organização Miss Universo, sediada nos Estados Unidos, no sábado à noite no X (antigo Twitter).
Na mensagem, afirma que "decidiu encerrar a relação com sua franquia na Indonésia, PT Capella Swastika Karya, e sua diretora nacional, Poppy Capella".
Agradeceu-se às concorrentes por sua coragem e se acrescentou que "proporcionar um local seguro para as mulheres" é a prioridade da organização.
Na terça-feira, a polícia de Jacarta anunciou que iniciou uma investigação, após a denúncia das finalistas.
A franquia da Indonésia também detém a licença do Miss Universo Malásia, onde não haverá concurso este ano, de acordo com o organizador principal, com sede em Nova York.
Em um comunicado publicado no Instagram, Capella negou qualquer envolvimento em qualquer exame corporal e acrescentou que é contra "qualquer forma de violência, ou assédio sexual".
O concurso em Jacarta foi realizado para escolher a representante da Indonésia no concurso Miss Universo deste ano, que ocorrerá em El Salvador, em 18 de novembro.
O Globo domingo, 13 de agosto de 2023
RIO GASTRONOMIA: UM GARIMPO PELO QUE HÁ DE MAIS GOSTOSO PARA PRESENTEAR SEU PAI
Um garimpo pelo que há de mais gostoso para presentear seu pai no Rio Gastronomia
Para quem deixou para última hora, feira de cachaças e pequenos produtores traz ‘achados’ imperdíveis e deliciosos; confira as dicas
Por Carol Zappa e Isabelle Lindote — Rio
13/08/2023 03h30 Atualizado há 7 horas
Além de um programa imperdível para celebrar o Dia dos Pais em família, o Rio Gastronomia é também um ótimo lugar para encontrar um bom presente. Logo na entrada, a feira de produtores e de cachaças é um prato cheio para quem quer comprar um mimo de última hora para parabenizar o paizão. De rótulos especiais de aguardente, produzidos de forma artesanal no estado, há doces, cafés e azeites especiais, além de delícias como geleias, compotas, meles, conservas, queijos e embutidos. E a maioria tem provinhas para deixar a escolha mais gostosa.
Entre as sugestões estão a caixa-presente de miniaturas da Cachaça Werneck (R$ 84). Quem quiser investir em uma garrafa pode apostar na clássica cachaça prata (R$ 76), a mais em conta no estande.
— Nosso lançamento para o Rio Gastronomia é a cachaça extra premium Âmbar, envelhecida por dez anos em barril de carvalho. Quem compra ganha um certificado de propriedade em seu nome, já que é uma edição limitada, com apenas 880 garrafas produzidas. Um presentão — promete o produtor Eli Werneck sobre a novidade, que vem com duas tacinhas e custa R$ 348.
Para os pais que gostam de cozinhar, uma sugestão são os azeites do estande Dr. Cogumelo, premiados na Itália. Produzidos em Lagoa Santa, Minas Gerais, pela marca Kochen, chegam em 28 sabores como trufas brancas (R$ 74,90); pesto; quatro pimentas; tomilho; laranja; e alho com flor de sal e azeitonas (R$ 54,90 cada), em garrafas de 250ml. Se ficar na dúvida, a dica é o kit degustação, com três garrafinhas de 50ml.
O estande da Biscotteria veio preparado: ali a sugestão é lata-tubo de Dia dos Pais, em embalagem redonda e caprichada que vem com minibombons crocantes de Nutella cobertos com chocolate crocante (R$ 44,90). Mas tem também potinhos de biscoitos de laranja, limão-siciliano ou cravo e canela (R$ 31,90 - o potinho especial dos Rio Gastronomia reúne os três sabores). Ou caixas de biscoito de baunilha com chocolate ao leite ou limão-siciliano com chocolate branco (R$ 32,90). Um deleite.
Entre os queijos, há opções como o premiado minas frescal (R$ 26) do Rio do Sítio Solidão; o boursin (cremoso, feito de leite de cabra) com geleia de frutas vermelhas; e o zatar, que é vegano, feito com probióticos naturais, especiarias e castanha de caju (R$ 40).
Veja alguns pratos do Rio Gastronomia 2023
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São 24 estandes de produtores que ficam na entrada do evento, logo após subir as escadas: Alemão da Serra, Arte em Conservas, Biroots Sabor Artesanal, Biscotteria, Bom Doce, Cachaça Barra Velha, Cachaça Coqueiro, Cachaça Fazenda Soledade, Cachaça Pé na Areia, Cachaça Reserva do Nosco, Cachaça Sete Engenhos, Cachaça Werneck, Café Iranita, Capril DeVille, Capril Rancho Grande, DABABI - Delícias Veganas, Doçuras da Suely, Dr. Cogumelo, Fumel, Maxicana, Mistura Fina, Tellura, Teu Doce e Zuca Salumeria.
Para quem quer ver o pai cheiroso, além de bem alimentado, a dica é passar no estande da Granado, com perfumes e sabonetes masculinos. A linha Patchouli é a que mais vende para o público masculino (R$ 136 a colônia de 100ml). Outro presente que promete agradar é a maletinha vintage que traz um kit com sabonete líquido e em barra e hidratante, a R$ 185.
Realizado pelo jornal O GLOBO, o Rio Gastronomia 2023 tem apresentação de Sesc RJ e Senac RJ; tem a Cidade do Rio de Janeiro como cidade anfitriã através da Prefeitura do Rio; patrocínio master Santander, Naturgy e Claro; patrocínio de Stella Artois e Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Sececrj) através de Lei Estadual de Incentivo à Cultura; apoio da Secretaria de Estado de Turismo, Pepsi, Chandon, Água Pouso Alto, Incrível, Colégio pH, Garrafaria, Président, Prezunic e Adria; participação de Andorinha, Limppano, Musquée, Granado, Drogaria Venancio, Stanley, Arpo Gin, Jim Beam, Star+, Chevrolet, Frescatto e Getnet; Shopping Oficial Rio Sul; Hotel Oficial Fairmont Rio; Rádio Oficial CBN e parceria do SindRio.
O Globo sábado, 12 de agosto de 2023
COPA DO MUNDO FEMININA: COM CLASSIFICAÇÃO DE AUSTRÁLIA E INGLATERRA, SEMIFINAIS ESTÃ DEFINIDAS
Com classificação de Austrália e Inglaterra, semifinais da Copa do Mundo estão definidas; veja confrontos
Matildas passaram nos pênaltis sobre a França em disputa dramática e Leoas conseguiram virar sobre as colombianas e garantir a vaga
Veja mais informações sobre os próximos duelos do Mundial:
Últimas partidas da Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia
Espanha x Suécia — Terça-feira (15), às 5h — Eden Park
Austrália x Inglaterra — Quarta-feira (16), às 7h — Stadium Australia
Disputa do terceiro lugar — Sábado (19), às 5h — Brisbane Stadium
Final — Domingo (20), às 7h — Stadium Australia
O Globo sexta, 11 de agosto de 2023
RIO GSTRONOMIA: OS MELHORES RESTAURANTES DA CIDADE
Os melhores restaurantes da cidade: conheça os vencedores do Prêmio Rio Show de Gastronomia 2023
Confira também um roteiro por 250 endereços com o que há de melhor em restaurantes e bares
11/08/2023 03h45 Atualizado há 6 horas
Podem preparar os talheres que o banquete está na mesa! O Prêmio Rio Show de Gastronomia 2023 celebra o que há de melhor nas cozinhas cariocas: um time formado por jornalistas, críticos e especialistas elegeu estabelecimentos e profissionais que se destacaram no último ano. A lista traz figurinhas repetidas, com casas que reafirmam sua excelência ao abocanhar mais um troféu. Mas há também novidades, com endereços que mal entraram em cena e já conquistaram os cariocas. De pés-sujos a restaurantes de cozinhas sofisticadas, de confeitarias a casas especializadas em comidas com outros sotaques, conheça os melhores lugares da cidade para se comer (e beber) bem.
COPA DO MUNDO FEMININA: ESPANHA E HOLANDA SE ENFRENTAM NAS QUARTAS DE FINAL
Sem depender das principais estrelas, Espanha e Holanda se enfrentam nas quartas da Copa do Mundo
Jogo coletivo prevalece sobre brilho individual e permite que as seleções não dependam mais das principais jogadoras, Putellas e Miedema, que sofreram lesões de LCA
No caso da Espanha, a Fúria conta com a duas vezes melhor do mundo no elenco, mas ainda sem jogar partidas completas. Ela se lesionou às vésperas da estreia na Euro Feminina de 2022, em julho, e só voltou aos gramados em maio deste ano, ainda sem atuar 90 minutos. No Mundial, ela tem média de 33 minutos nas quatro partidas, e foi titular em duas delas, na fase de grupos. Sem ela, no entanto, a equipe tem dado conta do recado, e nos 13 gols marcados pelas espanholas na competição, Putellas só participou de um deles.
Com três gols cada, a meia Aitana Bonmatí, companheira de Barcelona de Putellas, e as atacantes Jenni Hermoso e Alba Redondo lideram a lista da artilharia espanhola, com diferentes maneiras de balançar as redes. Embora a Espanha não tenha exibido belas jogadas coletivas que resultam em gols até agora, as jogadoras conseguem aproveitar bem as oportunidades deixadas pelas adversárias e transformar em efetividade o potencial, com chutes de fora da área, de dentro e finalizações de cabeça. Foi assim o gol que contou com assistência de Putellas na Copa, contra a Zâmbia: a melhor do mundo cruzou para Redondo, que só precisou empurrar de cabeça em direção ao gol e ampliar a vantagem.
Na Holanda, no entanto, a principal referência da equipe não está participando do Mundial. Vivianne Miedema sofreu a lesão no joelho em dezembro, e ainda está em processo de recuperação. Quem assumiu a liderança foi a veterana Lieke Martens, companheira de Miedema no ataque da seleção europeia e que já contabiliza um gol e duas assistências no torneio. Ao lado dela, Jill Roord também faz grande competição, com quatro gols marcados, dois deles em momentos decisivos: ela abriu o placar no empate contra os Estados Unidos, na fase de grupos, e na vitória sobre a África do Sul, nas oitavas.
A atacante Esmee Brugts, do PSV, e a meia Danielle van de Donk, do Lyon, acumulam, cada uma, duas participações em gols na competição. Com dois chutes fortes e colocados de fora da área na goleada por 7 a 0 sobre o Vietnã, Brugts representa um trunfo para os recursos ofensivos da Holanda, que não explora tanto as bolas de média e longa distância. Já Van de Donk, camisa 10, atua como a principal articuladora da equipe, distribuindo passes e acionando as companheiras de elenco em melhor posição para balançar as redes, como fez na assistência açucarada para Snoeijs finalizar de frente para o gol dentro da área e ampliar a vantagem sobre o Vietnã.
O Globo quarta, 09 de agosto de 2023
PAI GOURMET: SAIBA AS DICAS DE PRESENTE PARA O DIA DOS PAIS
Pai gourmet: saiba as dicas de presente para o Dia dos Pais
Kits, bolos, cestas, cerveja: acerte na surpresa neste domingo
09/08/2023 04h31 Atualizado há 5 horas
Dia dos Pais está quase aí. E para conquistar os pais que adoram uma boa mesa e não abrem mão de uma surpresa gostosa, aqui vão algumas dicas.
Que tal um Dia dos Pais como o da família Troisgros? Claude lançou uma caixa com seis produtos para quem quer preparar um almoço, ou jantar, especial no fim de semana que vem. As receitas são gostosas e sem grandes dificuldades, para a família toda ter um momento saboroso na cozinha. De principal, o penne com camarões. De sobremesa, cheesecake com doce de leite, queijo maturado e azeite. Tudo explicado no passo a passo por escrito e em vídeo. O kit, para até quatro pessoas, custa R$ 330. Encomendas pelo site: boxsaborclube.com.br.
2. O L’Entrecôte de Paris lançou uma cerveja em edição limitada que estará disponível de sexta a domingo. A Origine foi feita para harmonizar com os clássicos steaks servidos nos restaurantes e é feita cm processo de carbonatação dentro da própria garrafa, como acontecia antigamente. Nesse método, a bebida se torna “de guarda”, daquelas que quanto mais velha, melhor — além de ser fechada com rolha. lentrecotedeparis.com.br.
3. A Cesta em Casa é ótima surpresa para a manhã de 13 de agosto. O combinado de café da manhã inclui pães, iogurte, salada de frutas, bolo caseiro e outras delícias. E ainda tem uma bússola emoldurada em um quadrinho de acrílico estampado com a frase “Pai, você é meu Norte”. O legal é que, depois, a cesta, de tecido pode ser usada no dia a dia, assim como os potes e tábua. Por R$ 390. Pedidos: (21) 97157-7721.
4. Que tal um vinho para combinar com aquele pão quentinho? A padaria Dianna Bakery, na Tijuca, está com uma bag de couro ecológico (R$ 97) para acomodar as garrafas desenvolvida especialmente para este Dia dos Pais. Quer o pacote completo? A ideia é sair da loja com os ótimos quitutes da casa e ainda o vinho embalado para presente. Telefone: (21) 3129-7006.
5. Raphaela Severiano Ribeiro, da Raph’s Patisserie, está com uma coleção sob medida para quem quer deixar a mesa linda no Dia dos Pais. Entre as novidades, o bolo de massa amanteigada e décor temática. R$ 350. Tel.: (21) 3576-9008.
O Globo terça, 08 de agosto de 2023
GASTRONOMIA: APAIXONE-SE POR PIZZA COM A BRÁZ PIZZARIA
Apaixone-se por pizza com a Bráz Pizzaria
Há mais de 20 anos considerada uma das 10 melhores pizzarias do mundo.
Por Clube O Globo — Rio de Janeiro
28/04/2022 13h06 Atualizado há 4 meses
O cuidado e atenção com cada detalhe e a constante busca pela excelência renderam à casa o título de 10ª Melhor Pizzaria do mundo, eleita pelos jornais The Guardian e Corriere della Sera. Só quem é do clube aproveita as delícias do bráz e ainda garante cortesias. Confira abaixo.
CONDIÇÕES GERAIS:
Na compra de uma pizza grande, ganhe um Corniccione ou dois Chopps (por mesa). Mediante a apresentação de carteirinha física ou digital que esteja dentro do prazo de validade. Benefício não válido para uso no delivery e não cumulativo com outras promoções.
Oferta válida até 26/01/2024.
Com mais de 20 anos de história e o posto entre as 10 melhores pizzarias do mundo, a Bráz é uma pizzaria apaixonada por pizza, como você. As pizzas, com coberturas que vão das tradicionais às autorais, são feitas com massa de fermentação longa e natural e assadas no forno a lenha. O atendimento profissional e carinhoso em um ambiente alegre e acolhedor completa o momento, essa é a Bráz Pizzaria!
Confira demais endereços aqui. Para mais informações, acesse o site da Bráz Pizzaria.
O Globo segunda, 07 de agosto de 2023
ARACY BALABANIAN SE ENCANTOU: ATRIZ MORRE AOS 83 ANOS
Morre a atriz Aracy Balabanian, aos 83 anos
Artista interpretou personagens marcantes na televisão brasileira, como Cassandra em 'Sai de baixo' e Dona Armênia em 'Rainha da sucata'
Por O GLOBO — Rio de Janeiro
07/08/2023 10h22 Atualizado há 3 minutos
Morreu, aos 83 anos, na manhã desta segunda-feira (7), a atriz Aracy Balabanian. A artista, que havia sido diagnosticada com câncer de pulmão no fim do ano passado, estava internada na Clínica São Vicente, na Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A notícia foi confirmada por familiares e amigos.
Natural de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, Aracy Balabanian estreou na televisão em 1965 ao protagonizar "Antígona", de Sófocles, numa versão teleteatral pioneira da TV Tupi. Antes disso, a então jovem artista — formada pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (USP) — se destacou pela atuação nos palcos em espetáculos do grupo Teatro Brasileiro de Comédia, o TBC. De lá pra cá, ela sempre se dividiu entre os tablados e os estúdios televisivos.
Relembre trabalhos marcantes de Aracy Balabanian
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Atriz morreu aos 83 anos
A artista apenas teve a aceitação do pai — a família, oriunda da Armênia, não aprovava sua incursão pelas artes — após estrelar "Antônio Maria" (1968), novela da TV Tupi em que contracenava com Sérgio Cardoso. Filha de imigrantes, Aracy teve a paixão despertada pelo teatro ainda criança, quando já morava em São Paulo e foi levada pelas irmãs mais velhas para assistir a uma peça de Carlo Goldoni com a companhia de Maria Della Costa. "Chorei muito. Estava emocionada porque era aquilo que eu queria. É muito difícil para uma criança de 12 anos, ainda mais naquela época, querer ser atriz e já perceber que ia ter muitas dificuldades", relembrou, ao site "Memória Globo". "Comecei numa época em que não era bonito fazer televisão, nem teatro", acrescentou.
Entre os folhetins em que atuou, destacam-se títulos como "Corrida de ouro" (1974), "Bravo!" (1975), "O Casarão" (1976), "Coração alado" (1980), "Locomotivas" (1986), "Rainha da sucata" (1990) — que lhe rendeu sua personagem mais famosa, a mãe super protetora Dona Armênia — e "A próxima vítima" (1995), além do programa infantil "Vila Sésamo" (1972), todos exibidos pela TV Globo.
Mais recentemente, a atriz chamou atenção ao interpretar a divertida socialite Cassandra, em "Sai de baixo", seriado de humor criado por Luis Gustavo e Daniel Filho, e que ficou no ar, na TV Globo, entre 1996 e 2002. A atração fez sucesso entre diversas gerações e cristalizou seu nome entre um público amplo, devido às constantes reexibições do programa. "Eu me vi fazendo uma coisa que é o sonho de todo ator: teatro e televisão, ao mesmo tempo. Só que era um espetáculo ensaiado numa tarde", relembrou ela, ao falar sobre o trabalho no sitcom — gravado ao vivo num teatro — em que contracenava com nomes como Miguel Falabella, Marisa Orth e Luis Gustavo.
A proposta da atração era mesmo incorporar todos os imprevistos e improvisos que poderiam ocorrer em cena, algo que Aracy lidava com certa dificuldade, como a própria admitia. "Marisa Orth e eu fomos as primeiras a chegar para o Daniel Filho e dizer: 'Não vai dar, tira a gente'. Mas eu acho que nós fomos ficando sem-vergonhas e descobrimos que o público gostava mesmo era de nos ver errar. Quando passou esse susto de 'não podemos errar', a gente se divertiu muito", relembrou, em entrevista recente.
O Globo domingo, 06 de agosto de 2023
COPA DO MUNDO FEMININA: SUÉCIA DERRUBA OS ESTADOS UNIDOS NOS PÊNALTIS
Copa do Mundo Feminina: Suécia derruba os EUA nos pênaltis em cobrança decidida pela tecnologia
Partida terminou empatada em 0 a 0 no tempo regulamentar e na prorrogação; cobrança de Hurtig definiu placar de 5 a 4
06/08/2023 08h55 Atualizado há uma hora
Os Estados Unidos, que buscavam o pentacampeonato mundial, caíram nas oitavas de final da Copa do Mundo Feminina, no Aami Park, em Melbourne, na Austrália. E isso nunca havia acontecido antes. A Suécia foi a responsável por eliminar as atuais bicampeãs em jogo tenso, com emoção nas cobranças de pênaltis.
Foi no detalhe, por milímetros, mas a Suécia fez história: a equipe europeia se classificou para as quartas de final por 5 a 4, em disputa de pênaltis, após empate sem gols durante 120 minutos. Na sétima cobrança e primeira vez em que a Suécia poderia fechar o placar, Hurtig garantiu a vitória em cobrança que inicialmente parou em defesa de Naeher, mas voltou para o gol e passou apenas alguns milímetros da linha. O uso da tecnologia foi acionado e o gol validado.
O Globo sábado, 05 de agosto de 2023
TONY TORNADO: AOS 93 ANOS, ASTRO FALA SOBRE *AMOR PERFEITO* E MUITO MAIS
os 93 anos, Tony Tornado fala sobre ‘Amor perfeito’ e revela segredos para vitalidade
Por Gabriel Menezes
05/08/2023 06h50 Atualizado há 55 minutos
Aos 93 anos e no ar em "Amor perfeito", Tony Tornado garante que a aposentadoria não passa pela sua cabeça:
— Artista não consegue se aposentar, é um eterno empolgado. Ainda tenho muitos sonhos profissionais. Entre eles, fazer o melhor personagem da minha carreira, que ainda está por vir.
Sobre os segredos da vitalidade, o ator entrega:
— O segredo é fazer o que gosta, trabalhar a mente com coisas boas, buscar sempre trocar com as pessoas e não se preocupar com as dívidas.
Tornado, que interpreta o frei Tomé na novela das 18h, diz estar feliz com a possibilidade de reencontrar velhos amigos e, ao mesmo tempo, contracenar com talentos da nova geração. A trama faz parte de um momento inédito na TV brasileira, já que há três produções no ar na Globo com protagonistas negros. O ator, que tem uma longa história de luta antirracista, fala da emoção de participar disso:
— Me causa a sensação de que toda luta está valendo a pena. Ainda não está exatamente como todos nós sonhamos, mas estamos no caminho certo. Tenho certeza, como sempre tive, de que o ideal chegará. Está próximo. Quando chegar, as sinopses das produções não precisarão mais especificar, por exemplo, que determinado personagem é negro. O negro não precisará vir discriminado. Ele poderá fazer qualquer personagem, em qualquer circunstância.
Na sua longa jornada como artista, Tornado precisou enfrentar uma série de desafios. Parte deles ocorreu nos anos 1960, quando ele morou nos EUA e chegou até mesmo a atuar como cafetão no Harlem, em Nova York, conforme declarou em entrevistas:
— Foi um período muito turbulento, me sentia perdido em alguns momentos. Mas tive grande aprendizado. Conheci muita gente, muitos lugares, passei por alguns apuros, mas estou aqui. Deu certo. Foi perrengue, mas agregou na minha vida.
Hoje, ele diz levar uma vida tranquila:
— Durmo bem cedo e acordo para acordar os galos. Amo trabalhar, mas também curto estar na minha casa e ver bastante televisão. Os filhos estão aí, criados e escrevendo suas histórias. Ainda tenho que escrever muitos capítulos da minha, só que agora usando toda a experiência e sabendo onde pode dar errado. Ajuda bastante.
Casado, Tornado é discreto com relação à família e mantém preservadas as identidades dos filhos. Ele fala abertamente apenas de Lincoln Tornado, que seguiu os seus passos e atualmente está no ar na novela “A infância de Romeu e Julieta”, do SBT:
— Quero vê-lo se tornar um grande nome da TV. No meu humilde olhar, ele merece. Também espero que possamos atuar juntos.
Os dois já são parceiros na música e estão fazendo shows pelo país:
— Estamos retornando à estrada agora no segundo semestre e levando o nosso som por aí. O show não pode parar, não é? Ainda sou jovem e tenho saúde. Bora usar isso para produzir!
O Globo sexta, 04 de agosto de 2023
GASTRONOMIA: VIA UMA EXPERIÊNCIA ÚNICA COM CLUBE O GLOBO NO 74 RESTAURANT
Viva uma experiência única com Clube O GLOBO no 74 Restaurant
Aninhado sobre a Baía da Armação, na pequena vila de Búzios, existe um refúgio de beleza e elegância.
Por Clube O Globo
18/01/2023 14h14 Atualizado há 6 meses
74 RestaurantDIVULGAÇÃO
CONDIÇÕES GERAIS:
Assinantes têm direito a um welcome drink no 74 Restaurant e 74 SnackBar – localizado na Orla Bardot. Para solicitar o benefício, o código #CLUBEOGLOBO&7 deverá ser inserido no campo de observações ao efetuar a reserva pelo site ou em caso de atendimento sem reserva prévia, o código deve ser mencionado ao ser atendido no local, mediante apresentação de carteira física ou digital dentro da validade. Oferta não cumulativa e não válida para períodos de feriado, datas comemorativas e eventos.
Oferta Válida até: 17/12/2023
Aberto diariamente para almoço e jantar, o 74 Restaurant, inaugurado no final de 2015, representa com elegância a culinária local. Localizado em um dos terraços do hotel, que já é conhecido pela deslumbrante vista, o restaurante reúne o que há de melhor e mais sofisticado na gastronomia.
Igualmente sofisticado, o 74 Snack Bar oferece uma gastronomia criativa e sustentável além do pôr do sol de tirar o fôlego e a atmosfera que induz a descanso e diversão. Pensando na composição do cardápio, o Chef Gonzalo Vidal se inspira em petiscos tradicionais do mundo afora, misturando ingredientes locais e frescos para criar um cardápio cheio de surpresas.
*No 74 Restaurant crianças são admitidas somente a partir dos cinco anos de idade.
Local: Rua Alto do Humaitá, 10, Centro - CEP 28950-209 Armação dos Búzios - Rio de Janeiro | Brasil
O Globo quinta, 03 de agosto de 2023
COPA DO MUNDO FEMININA: O QUE EXPLICA A PIOR CAMPANHA DA SELEÇÃO NA COPA DESDE 1995
O que explica pior campanha da seleção na Copa desde 1995 se futebol feminino evolui no Brasil
Fracasso passa mais por aspectos do jogo do que pelo projeto
Por Tatiana Furtado — Rio de Janeiro
03/08/2023 04h00 Atualizado há 6 horas
A eliminação precoce do Brasil na Copa do Mundo Feminina 2023, após o empate sem gols com a Jamaica, levanta inúmeras questões. Para respondê-las, os responsáveis pela seleção terão de analisar friamente e com alguma distância da emoção de momento a pior campanha brasileira em quase 30 anos. Mas em alguns pontos já se podem encontrar algumas respostas.
A queda do Brasil não revela uma grande falha do projeto como um todo. Os processos criados no último ciclo, principalmente nos últimos dois anos, seguem os padrões internacionais, como estrutura do departamento de futebol. A evolução em todo o ecossistema do futebol feminino no país também mantém o rumo esperado, ainda que tardio. A rápida intervenção da CBF, após a queda, em prometer aumento nos investimentos na categoria mostra que não é caso de terra arrasada.
Alguns antigos problemas, inclusive, parecem equacionados. A preparação física que costumava ser muito desigual entre as jogadoras vindas de cantos diferentes não entra na lista dos motivos da eliminação.
O fracasso brasileiro foi do jogo em campo. Sobretudo na partida contra a retranca jamaicana. Por mais que tenha tido a posse de bola e rondado a área adversária, a seleção não deu real trabalho à goleira Rebecca Spencer. O Brasil não propôs variação tática, com ou sem mudanças na estrutura do time, capaz de furar as linhas defensivas da Jamaica, que não tomou um gol sequer na primeira fase.
Faltou apuro técnico no último passe e nas finalizações. Não só contra as jamaicanas, mas ao longo da competição. O bom jogo na estreia contra o fraco Panamá encobriu alguns erros. Talvez eles tenham ficado mais evidentes contra a Jamaica por outro fator: o nervosismo. O psicológico era fundamental numa partida em que a adversária só precisava do empate para se classificar, de forma inédita, às oitavas de final do Mundial. O péssimo chute da jovem Geyse, já no fim do jogo, pode ser creditado a isso.
— É claro que a gente vir para esse jogo tendo que ganhar de qualquer jeito traz um nervosismo maior. O jogo foi acontecendo e a gente não foi conseguindo fazer gol. Fomos ficando mais nervosas ainda — admitiu a experiente lateral Tamires.
O talento individual, tão ligado à história da seleção brasileira, ou aquele lance de brilho também não estiveram em campo ontem — com exceção do passe pelo alto dado por Ary Borges que encontrou Tamires livre para chutar em cima da goleira jamaicana.
Nem mesmo com Marta, que iniciou como titular na terceira escalação diferente do Brasil na competição e se despediu das Copas do Mundo.
— O povo brasileiro pedia renovação e está tendo renovação. A única velha aqui sou eu. São meninas que têm muito talento e um caminho enorme pela frente. É só o começo para elas. Eu termino aqui, mas elas continuam. Quero que as pessoas continuem tendo o mesmo entusiasmo que estavam tendo quando começou a Copa — desabafou Marta, que não foi confirmada por Pia Sundhage nas próximas convocações.
Boa parte desses problemas se relaciona com uma figura central na seleção brasileira: a técnica Pia Sundhage, que admitiu a responsabilidade pela queda e pela demora a fazer substituições ontem a fim de tentar algo novo. Contratada em 2019, como personagem principal do processo de evolução do futebol brasileiro, a treinadora sueca mexeu nas estruturas da seleção, trouxe nova mentalidade de jogo — por vezes, muito criticada no início do ciclo— , mas não entregou o resultado esperado na Copa do Mundo. Neste período, ganhou apenas a Copa América, com uma vitória apertada sobre a Colômbia.
A CBF mirava bem mais alto. Visto que foi a melhor preparação dada a uma seleção feminina pela entidade, a projeção era uma semifinal. O que traz como reflexão se o trabalho de Pia é a melhor opção para a continuidade do ciclo, que só termina mesmo nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, torneio tão importante quanto o Mundial.
A sueca tem contrato até agosto de 2024 — foi renovado em 2021, após Tóquio. Por ela, pretende cumpri-lo. Mas as palavras de Ednaldo Rodrigues deixam a dúvida no ar. O presidente da CBF não bancou a permanência de Pia depois da eliminação na Austrália. Irá analisar o trabalho da comissão técnica no tempo certo, fora do calor da emoção.
Porém, ainda sob o abalo do fim do sonho, houve quem não tenha poupado a treinadora. Uma das melhores em campo, a zagueira Rafaelle foi taxativa sobre o futuro da seleção:
—Eu acho que temos que pensar o que é melhor para o futebol feminino. Se tiver alguém com mais condição, com mais qualidade, o futebol feminino merece isso.
O Globo terça, 01 de agosto de 2023
GASTRONOMIA: VETANOS E FÃS DE CULINARIA ORIENTAL ESTIMULAM PRODUÇÃODE COGUMELOS MUITO ALÉM DO SHIITAKE
Veganos e fãs da culinária oriental estimulam produção de cogumelos muito além do shiitake
Produtor investe em variedade, tecnologia e venda ‘in natura’
Por Maria Emília Zampieri, Globo Rural — Vinhedo, SP
01/08/2023 04h30 Atualizado há 6 horas
Shiitake de Botucatu. A Fungibras, dos irmãos Frederico e Guilherme Eir. produz de 18 toneladas a 20 toneladas por mês. A empresa é uma das maiores no segmentoDivulgação
Ele é a estrela do estrogonofe. Mas não só. Mudança de hábitos alimentares têm impulsionado o consumo de cogumelos no país. Veganos, vegetarianos e amantes da cozinha oriental são os principais responsáveis por essa mudança. Só entre 2015 e 2022 a importação do produto em conserva deu um salto de 70%, saindo de cerca de 7 mil toneladas para pouco mais de 12 mil toneladas, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Esse avanço nas importações indica que há oportunidade para o crescimento da produção por aqui, um movimento que já está em curso, segundo a Associação Nacional dos Produtores de Cogumelos (ANPC). A organização atualmente trabalha na apuração dos dados de produção nacional, após um hiato no levantamento durante os anos da pandemia. Projeções iniciais apontam para a produção de até 14 mil toneladas este ano.
— Os produtores brasileiros estão investindo em variedade de espécies cultivadas, tecnologia de produção e vendas in natura. Tudo isso, associado à busca do consumidor por alimentos com baixo teor de gordura e colesterol e ricos em nutrientes, impulsiona o setor — afirma Daniel Gomes, pesquisador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) e presidente da ANPC.
Mais ‘japa’ que churrasco
Ele aponta entre os fatores que elevam o consumo o aumento dos adeptos do veganismo e do vegetarianismo. Além disso, diz, muitos dos pratos da cozinha oriental levam variedades do fungo.
— A gastronomia oriental também caiu no gosto dos brasileiros. Em São Paulo já temos mais restaurantes japoneses do que churrascarias — diz.
E o champignon não reina mais sozinho na produção nacional. Nessa busca para consolidar o consumo, ainda de nicho, produtores têm diversificado os tipos cultivados. O champignon já cede espaço a shiitake, shimeji, cogumelo do sol e juba de leão.
Conheça alguns tipos de cogumelos
Champignon paris: principal cogumelo cultivado no mundo, tem formato de botão, nas cores branca e bege. Brasileiros consomem mais na versão em conserva.
Champignon marrom (portobello): é da mesma família do paris. Tem coloração mais escura, amadeirada, e sabor mais intenso.
Shiitake: apresenta aroma rico e textura firme. É frequentemente utilizado em pratos asiáticos.
Shimeji: com sabor e textura marcantes e acentuados. Há versões branca, cinza, amarela e salmão.
Cogumelo do sol: Carnudo e macio ao toque, é consumido in natura, em refogados ou com carnes.
Juba-de-leão: Este cogumelo é branco, com cor de creme, e não tem o formato da maioria dos cogumelos, com talos e chapéus. Seu uso medicinal tem conquistado adeptos.
Pholiota: Com sabor amendoado e textura crocante forma cachos densos de cogumelos marrom alaranjados, com pontinhos brancos espalhados pelo chapéu.
Sajor-caju: De coloração marrom, textura macia, sabor suave e de rápido cozimento.
De olho nesse mercado, os irmãos e agrônomos Frederico e Guilherme Eira produzem entre 18 e 20 toneladas de shiitake por mês e investem em tecnologia de cultivo, em sua propriedade em Botucatu (SP). Estão hoje entre os maiores produtores de cogumelos do país.
Eles entraram no ramo há 20 anos, ao lado do pai, o pesquisador Augusto Ferreira Eira, já falecido, que foi professor e pesquisador na Unesp (Universidade Estadual Paulista) e teve papel importante no desenvolvimento tecnológico do cultivo de cogumelos no país.
Ainda que o cogumelo ganhe espaço, Frederico Eira diz que o aumento de custos de produção e a queda do poder aquisitivo do consumidor são desafios.
— Trata-se de um produto com maior valor agregado, o que impede um aumento mais rápido — avalia.
Outras atividades ligadas à produção crescem. Edison de Souza, de Suzano (SP), que há pouco tempo produzia até 2,5 toneladas de shimeji por mês, optou pela especialização em uma parte da cadeia produtiva. Hoje, o carro-chefe do negócio são as sementes.
Em laboratório, ele tem cerca de 160 espécies vivas de cogumelos, para reprodução.
— As sementes mais vendidas são de shimeji branco, preto e salmão. Entre os nativos brasileiros, o Pleurotus albidus, que é do mesmo gênero do shimeji e shiitake, tem saído bastante — diz.
Shiitake de Botucatu. A Fungibras, dos irmãos Frederico e Guilherme Eir. produz de 18 toneladas a 20 toneladas por mês. A empresa é uma das maiores no segmento — Foto: Divulgação
Segundo ele, os pedidos por champignon paris, champignon marrom (ou portobello) e shiitake seguem firmes. Mas há aumento da busca por sajor-caju, juba-de-leão e orelha-de-pau (este, mais procurado para uso em chás).
Há espaço para pequenos produtores. Gabriel Campos Feijó Mitre produz em Belo Horizonte (MG). Agrônomo, iniciou o cultivo com um amigo em 2017, após a formatura. Produzem 30 quilos de cogumelos por mês, entre os quais shimejis cinza, amarelo e salmão, juba de leão e foliota:
—Focamos na pequena produção, para venda local, em feiras, ou para chefs de cozinha. Temos produção exótica e com nicho definido.
O Globo segunda, 31 de julho de 2023
GASTRONOMIA: PRODUTOS BRASILEIROS INVADEM COMÉRCIO EM PORTUGAL
Açaí, pão de queijo, tapioca e farofa: veja como produtos brasileiros invadem comércio de Portugal
Sabores do Brasil chegam a cantos remotos de Portugal e conquistam paladares até nas pequenas cidades do país
Por Bruno Rosa — Chaves (Portugal) e Rio de Janeiro
31/07/2023 09h54 Atualizado há 29 minutos
Açaí chega a lugares mais remotos de PortugalLéo Martins / Agência O Globo
No extremo norte de Portugal, na pequena cidade de Chaves — que tem cerca de 41 mil habitantes e fica a 11 quilômetros da fronteira com a Espanha —, a lanchonete Supimpa Snack Bar chama a atenção pelo cardápio e cartazes na porta com fotos de pão de queijo, coxinha, açaí, brigadeiro e sucos de frutas típicas do Brasil, como goiaba e caju. Nos supermercados da cidade, há uma variedade de marcas brasileiras de tapioca, biscoitos e, claro, farofa. Tudo importado do Brasil.
A enorme atração que Portugal tem exercido sobre os brasileiros nos últimos anos está levando junto o consumo de iguarias do Brasil, para muito além das grandes cidades como Lisboa e Porto. Os brasileiros que imigram para Portugal estão descobrindo oportunidades de trabalho em cidades pequenas do país, provocando a maior oferta de produtos típicos nos estabelecimentos locais, até mesmo nos recantos mais remotos.
São produtos que ajudam o brasileiro a conter a saudade e manter costumes, mas que também conquistam os paladares dos portugueses, dizem as empresas. Acabam virando uma oportunidade de negócio para os brasileiros que tentam a sorte em Portugal.
— Saí de Lisboa e vim para Chaves. Analisei o mercado, vi que teria potencial e abri uma loja aqui com os produtos do Brasil, usando fornecedores brasileiros. A comunidade brasileira começou a aumentar na cidade neste ano. E, assim, abri recentemente uma segunda loja. A ideia é unir o sabor do Brasil e o de Portugal — diz o português Paulo Lopes, dono da Supimpa, que é casado com uma brasileira.
A lanchonete Supimpa vende itens brasileiros na pequena Chaves, no norte de Portugal — Foto: Bruno Rosa
Interesse dos nativos
A rede de supermercados Continente, a maior de Portugal, segue o mesmo rastro. A companhia já tem marcas brasileiras à venda em suas 300 lojas, como a tapioca Da Terrinha e a farofa Yoki. A estratégia da rede é ter uma oferta diversificada nas gôndolas para atender não somente os brasileiros, mas ao crescente interesse do público português pelos sabores e produtos do Brasil, despertado pelos imigrantes.
“A tendência aponta para um aumento na procura e oferta destes produtos”, afirmou a companhia em nota. “Muitas marcas brasileiras têm procurado expandir sua presença internacionalmente. Este movimento contribui para o aumento de marcas brasileiras em Portugal, tanto nos centros urbanos como os mais afastados”.
Rede de lojas de açaí trocou o Ceará por Portugal — Foto: Divulgação
Uma das marcas que mais crescem em Portugal é a de biscoitos Piraquê, da M.Dias Branco. Segundo César Reis, diretor de Exportação da empresa, a marca chega hoje a diferentes cidades portuguesas por meio de distribuidores especializados:
— A Piraquê é uma das marcas que melhor representa a brasilidade. Por isso, tem muito apelo junto ao público brasileiro que vive em Portugal. Ao mesmo tempo, atende também o público português.
Outra grife bem brasileira que faz sucesso em Portugal é a das sandálias Havaianas, já presentes em mais de 800 lojas multimarcas no país, um número elevado considerando que a nação tem 10 milhões de habitantes.
Continente: maior rede de supermercados de Portugal exibe produtos brasileiros nas gôndolas — Foto: Divulgação
— Havaianas têm uma distribuição muito intensa no país, em cidades menores, como Guimarães ou Braga. Estamos presente em todas as cidades pequenas do Algarve, no sul de Portugal, de Vila Nova a Sagres. Queremos estar onde o consumidor está — diz Vanessa Sosa, executiva da área comercial da marca.
O interesse dos portugueses por iguarias brasileiras é bem ilustrado pelo pão de queijo, que virou uma febre no país. A marca Seu Sabor, comandada pelo brasileiro Bruno Barbosa, de Belo Horizonte, começou há dois anos com um espaço na El Corte Inglés, rede de lojas espanhola com unidades em Lisboa e Porto. De lá para cá, avançou para o Algarve e agora está ampliando sua distribuição em cidades do norte, como Bragança.
Para ganhar escala, Barbosa decidiu abrir uma fábrica para a produção de pão de queijo em Bobadela, a 13 quilômetros de Lisboa. Ali, fabrica os produtos com insumos locais, já que a legislação impede a importação de derivados de leite do Brasil. Mas a receita é guardada a sete chaves.
A marca de pão de queijo Seu Sabor, comandada pelo brasileiro Bruno Barbosa, de Belo Horizonte, começou há dois anos com espaço na rede varejista El Corte Inglês, com lojas em Lisboa e Porto. De lá para cá, avançou país adentro — Foto: Divulgação
— Os sabores do Brasil estão cada vez mais populares em Portugal, sobretudo entre os jovens. E como há muitos brasileiros aqui, as redes de varejo e os hotéis querem criar empatia com o público e por isso vêm ampliando seus pedidos. Estamos em processo de crescimento para supermercados e lanchonetes em todo o país. Lisboa e Porto já estão saturadas, e o interior cresce —diz Barbosa, que tem recebido mais pedidos para Braga e cidades do norte.
Do Ceará para a Europa
Geraldo Neto, fundador da rede Açaí Natura, também avalia que a demanda por itens brasileiros ganhou fôlego com o interesse dos próprios portugueses. A empresa dele, que nasceu há oito anos em Fortaleza, começou com um espaço pequeno em Lisboa e hoje conta com 22 lojas em Portugal, quase todas no interior. A expansão foi planejada por meio de franquias.
— Vendi todas as lojas em Fortaleza para investir em Portugal. Já abrimos em Braga, Leiria, Sintra, Oeiras e agora estamos indo para Santarém, Loures, Seixal. O mais impressionante é que 77% dos nossos clientes são portugueses e não brasileiros. A gente via uma paixão de Portugal pelas novelas, mas hoje há uma transferência para os produtos do Brasil — diz.
Geraldo Neto estima que mais da metade da procura pela franquia (cujo investimento é a partir de € 45 mil, cerca de R$ 235 mil) é para regiões fora de Lisboa, como Vila Real, Viana do Castelo e Castelo Branco. Até o fim do ano, a meta da empresa é inaugurar mais cinco espaços em localidades com população de até 80 mil habitantes.
— Onde tem McDonald’s em Portugal há espaço para uma loja de açaí. Há potencial no norte e no centro-norte. Lisboa só tem 7% da população. Vendemos mais no inverno deste ano que no verão do ano passado. O frio impacta na operação, mas as pessoas consomem em casa.
Ele importa do Brasil a fruta in natura. Vem de sua plantação em Igarapé-Miri, no Pará. O processamento é feito em uma unidade em Via Longa, a 20 quilômetros de Lisboa.
— Mesmo com a concorrência, há espaço para quintuplicar as vendas em dois anos — afirma.
Pastel de nata ganha o Brasil
Se hoje os sabores brasileiros conquistam Portugal, o movimento na contramão começou por aqui na década passada, quando a Europa vivia uma grande crise econômica e o fluxo de imigração era invertido. Em 2013, o português João Pedro Sousa, de Braga, decidiu trazer para o Brasil a receita dos tradicionais pastéis de nata. Abriu uma loja em Copacabana, na Zona Sul do Rio, e passou a investir no crescimento da marca Casa das Natas, que hoje tem sete lojas no Rio e um espaço em São Paulo.
Pastéis de nata fazem sucesso na contramão do intercâmbio Brasil-Portugal — Foto: Divulgação
Ele também abriu uma fábrica para produzir a iguaria no Santo Cristo, região portuária carioca. A unidade emprega 35 pessoas e tem capacidade de produzir 20 mil pastéis de nata por dia. Há a possibilidade de aumentar a produção em até 70%, diz Sousa:
—Ampliamos nosso cardápio com mais itens típicos, como bacalhau e outros doces. E temos previsão para mais três espaços no Rio. Importamos produtos como farinha, máquinas e formas de alumínio para oferecer o mesmo sabor de Portugal. É preciso assar os pasteis a 400 graus Celsius. A ideia é criar uma experiência portuguesa no Brasil.
Quem também acaba de chegar a Copacabana é a Croissanteria Portuguesa. Além de pastel de nata, a casa trouxe croissants portugueses e adicionou recheios para se adaptar ao paladar brasileiro:
—Vamos abrir mais dois espaços no Rio neste ano. Quero levar a marca para São Paulo e Nordeste. O Brasil tem muito potencial — afirma o português Alexandre Cunha, que tem lojas em Coimbra e Lisboa.
Segundo ele, o croissant português usa uma receita diferente da versão da França, permitindo maior consistência. É uma das opções mais populares em Portugal, diz.
—No Porto, são consumidos mais de um milhão de unidades por dia.
O Globo domingo, 30 de julho de 2023
GASTRONOMIA: SABOR E QUALIDADE SÃO OS PRATOS PRINEIPAIS NO MEZA BAR
Sabor e criatividade são os pratos principais no Meza Bar, aproveite!
Os Drinks mais premiados do Rio de Janeiro.
Por Clube O Globo — Rio de Janeiro
28/04/2022 13h53 Atualizado há 5 meses
MEZA BARDIVULGAÇÃO
Desde 2008, o Meza Bar reúne o melhor do que se espera de um verdadeiro bar e preenche uma lacuna na boemia carioca. Une carta de drinques elaborada, ambiente confortável e descontraído, e opções de comidinhas que fogem do lugar comum. O grande diferencial é uma coquetelaria com jeito carioca, sem perder a qualidade: alegre, leve, colorida e autoral.
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Oferta válida até 14/02/2024.
Temos a coquetelaria no nosso DNA. A antropofagia é nosso método, o Tropical Pop nosso guia. Olhamos o que existe no mundo, mas fazemos com a nossa cara, com nossa personalidade
— Fernando Blower, sócio do Meza Bar
Localizado na esquina das ruas Capitão Salomão e Visconde Silva, na fronteira entre Botafogo e Humaitá, o belo casarão do início do século XX teve a fachada preservada para respeitar as características de sua época. Este é o primeiro de uma série de detalhes que valorizam o lugar. A decoração moderna e aconchegante, assinada por Ana Slade e Ligia Cury, o belo pé direito de sete metros, amplo bar, diferentes mesas e ambientes (o que inclui um jardim de inverno) fazem do Meza Bar um lugar sofisticado na medida certa, sem imponência.
Em 2010, o gastrobar ganhou o prêmio Comer e Beber, da revista Veja Rio, e o prêmio Rio Show de Gastronomia, do jornal O Globo, ambos na categoria melhor drinque. Em 2011, abocanhou o bicampeonato no prêmio Rio Show de Gastronomia, também na categoria melhor drinque, e em 2013, ganhou o prêmio de melhor Pé-Limpo. Em 2014, o Meza Bar ganhou o prêmio Época – O Melhor do Rio com melhor drinque, dentro da categoria Bares. Em 2015, Melhor Gastropub pelo Prêmio Época- O Melhor do Rio; e no ano seguinte, melhor carta de drinques pelo prêmio Rio Show, além do Prêmio de Carta de Drinques da revista Prazeres da Mesa. Em 2016, o Meza Bar conquistou o prêmio de Melhor Carta de Drinques no Prêmio Rio Show. A carta também foi premiada pela revista Prazeres da Mesa em 2017.
Endereço: Rua Capitão Salomão, 69 – Humaitá.
Serviço: De domingo a quinta das 18h à 01h, sexta e sábado das 18h às 03h.
O Globo sábado, 29 de julho de 2023
COPA DO MUDO FEMININA: BRASL PERDE PARA A FRANÇA POR 2 A 1
Com gol decisivo de Renard, Brasil perde por 2 a 1 para França em jogo marcado por erros defensivos
Francesas começaram melhor na partida e conseguiram voltar à liderança mesmo com seleção brasileira melhorando na segunda parte
Por Laís Malek — Rio de Janeiro
29/07/2023 09h01 Atualizado há uma hora
Zagueira francesa Wendie Renard cabeceou bem para decidir jogo a favor da FrançaFranck Fife/AFP
Em duelo complicado, a França venceu o Brasil por 2 a 1 na manhã deste sábado e impediu a classificação antecipada do Brasil para as oitavas de final da Copa do Mundo Feminina 2023. O duelo mais aguardado do Grupo F teve momentos de domínio dos dois lados, mas as Bleues foram mais eficazes para aproveitar as chances criadas e conseguiram a primeira vitória no Mundial.
Após um primeiro tempo completamente dominado pela França, que abriu o placar com gol de Le Sommer, o Brasil conseguiu evoluir no jogo e chegou ao empate com Debinha na segunda etapa. Mas um vacilo da zaga brasileira deixou Renard livre para cabecear aos 37 do segundo tempo e garantir a vitória da França. A marcação fez a diferença, com a França bastante superior no quesito, sabendo pressionar nos momentos certos. Já o Brasil teve sucessivas e repetidas falhas ao tentar acompanhar o posicionamento das adversárias, e a seleção brasileira amarga mais um resultado negativo contra a França.
O jogo
No início da partida, uma jogada evidenciou um dos pontos fracos do Brasil: Le Sommer recebeu bola longa nas costas de Tamires e aproveitou a falha na marcação para avançar pelo lado direito. Na sequência, Luana fez o corte e o impedimento foi sinalizado, mas o lance desenhou para as francesas que esta jogada era um dos melhores caminhos para chegar para chegar ao gol. Durante toda a partida, o Brasil sofreu no setor.
A dificuldade do Brasil começou na saída de bola. Pressionada, a seleção acabava cedendo fácil às investidas das francesas, que não demoravam mais do que alguns segundos para retomar a posse. Aos 10 minutos, Le Sommer chegou perto de abrir de cabeça, mas Lelê salvou. Na segunda tentativa, a goleira brasileira não teve o mesmo sucesso. Depois de um cruzamento de Karchoui da intermediária, Diani ajeitou de cabeça para Le Sommer balançar as redes e abrir o placar, em mais uma falha no posicionamento defensivo do Brasil pelo lado esquerdo.
Com dificuldades para trocar passes, o meio-campo foi praticamente inexistente e a intensidade francesa se provou o maior desafio para a seleção brasileira conseguir se encontrar na partida. Depois do intervalo, o Brasil voltou melhor, conseguindo acelerar os passes e avançar em direção ao gol adversário. As tentativas deram certo aos 12 minutos, quando Debinha ficou com a sobra após finalização travada de Kerolin, dominou bonito com a parte externa da coxa e chutou para igualar o placar, tirando qualquer chances da goleira Magnin de defender.
Quando o Brasil estava em melhor momento na partida, com as entrada de Bia Zaneratto e Andressa Alves no lugar de Adriana e Geyse, Renard apareceu para decidir a favor das francesas. Após cobrança de escanteio, a zagueira subiu livre para cabecear por trás da defesa brasileira no canto oposto de Lelê, e Tamires, postada na linha, não conseguiu evitar o gol que colocou a França mais uma vez à frente do placar.
Para tentar buscar o empate e voltar a ter intensidade, Pia mexeu mais três vezes, sacando Antônia, Ary Borges e Debinha para a entrada de Mônica, Ana Vitória e Marta. Mas as mudanças não foram suficientes para alterar o resultado, e o Brasil sofreu mais uma derrota para as francesas. Após a partida, Debinha avaliou o desempenho do Brasil.
— A gente pode ver a diferença do segundo tempo, como a gente iniciou, e a gente tem que começar assim desde o começo do jogo. Elas tiveram a oportunidade que elas procuraram, a gente trabalhou isso, sabíamos que elas iam fazer aquela barreira ali e elas tiveram sucesso. A gente tem que prestar mais atenção nos pequenos detalhes, a gente sabia que seria decidido nos pequenos detalhes — avaliou.
Agora, o Brasil precisa vencer da Jamaica na última rodada, em confronto marcado para a quarta-feira, 2 de agosto, às 7h (de Brasília). França e Panamá se enfrentam no mesmo horário para decidir a classificação do Grupo F.
O Globo sexta, 28 de julho de 2023
SAÚDE: DIETA VEGETARIANA AJUDA A REDUZIR O COLESTEROL, A GLICOSE E O PESO, DIZ ESTUDO
Dieta vegetariana ajuda a reduzir o colesterol, a glicose e o peso, diz estudo
Seguir uma dieta ovo-lacto-vegetariana pode potencializar os efeitos de medicamentos na prevenção e tratamento de doenças cardiometabólicas
Seguir uma dieta vegetariana ajuda a reduzir o colesterol, o nível de glicose no sangue e o peso. Essa é a conclusão de uma revisão feito pela Universidade de Sydney, na Austrália, publicada recentemente na revista científica JAMA Network Open.
Os pesquisadores revisaram 29 estudos baseados em 20 ensaios clínicos randomizados, realizados ao longo de 22 anos de pesquisa, com 1.878 pessoas. O objetivo era avaliar os efeitos da dieta vegetariana em indivíduos com doenças cardiovasculares ou com alto risco de desenvolvê-las.
Os estudos incluíram pacientes com doença cardiovascular, diabetes e aqueles com pelo menos dois fatores de risco cardiovascular. Os resultados mostraram que a alimentação vegetariana reduziu significativamente o LDL, também chamado de colesterol ruim, em diferentes cenários: quando comparado à alimentação habitual dos participantes, em comparação com dietas de controle externo, com dietas com e sem e até mesmo em estudos sem intervenção ou requisitos de atividade física.
Entre todas as diferentes dietas vegetarianas, a alimentação ovo-lacto-vegetariana, que permite o consumo de ovos e laticínios, foi associada à maior redução no colesterol ruim. A redução de peso mais significativa foi observada em pessoas com alto risco de doença cardiovascular. Em seguida, estavam pessoas com diabetes tipo 2.
Algo que surpreendeu os pesquisadores é que a perda de peso foi maior em dietas vegetarianas sem restrição calórica. Aqueles com ingestão calórica irrestrita em uma dieta à base de vegetais 0erderam uma média de 4,7 kg em comparação com 1,8 kg para aqueles com dietas com restrição de energia.
Entretanto, alguns fatores podem interferir nesse caso, como o tipo de alimentos disponíveis nas dietas ou desvios ocultos de alto teor calórico de participantes em dietas restritivas. Os pesquisadores ressaltam que existem diferentes formas de dietas vegetarianas e algumas delas podem ser altamente calóricas se incluírem carboidratos refinados, óleos hidrogenados, alto teor adoçantes artificiais, sódio ou muitos alimentos fritos.
Apesar dessa ressalva, o estudo conclui que uma alimentação vegetariana, em especial a ovo-lacto-vegetariana pode potencializar os efeitos da terapia medicamentosa na prevenção e tratamento de uma variedade de doenças cardiometabólicas.
Os fatores associados a esses benefícios são menor ingestão de gordura saturada e compostos promotores de resistência à insulina, alto teor de fibras e substâncias como esteróis, ácidos graxos mono e poli-insaturados, potássio, magnésio, fito químicos, menor densidade energética e índice glicêmico.
O Globo quinta, 27 de julho de 2023
COPA DO BRASIL: FLAMENGO VENCE O GRÊMIO POR 2 A 0, FORA DE CASA
Análise: 'Flamengo das Copas' desfila experiência e abre grande vantagem sobre o Grêmio
Time não é brilhante, mas vence por 2 a 0 fora de casa e conserva Gabigol para jogo de volta
Por Diogo Dantas
27/07/2023 03h26 Atualizado há 4 horas
Gabigol finaliza contra o GrêmioRaul Pereira/Fotoarena/Agência O Globo) Esportes
O Flamengo deu um passo enorme para confirmar presença em mais uma final de Copa do Brasil. Na Arena do Grêmio, venceu o jogo de ida por 2 a 0, gols de Gabigol e Thiago Maia, e terá vantagem confortável para a volta da semifinal no Maracanã, dia 16 de agosto.
Se não foi brilhante novamente, o time comandado por Sampaoli mostrou sua já conhecida faceta experiente em decisões de Copas. Suportou a investida inicial do time gaúcho, construiu o placar com inteligência e o administrou a partir do maior talento de seu plantel. No fim, ainda preservou Gabigol para o jogo de volta, enquanto Kanemman acabou expulso e suspenso.
Volta por cima após erros
O primeiro tempo começou parecido com o início do confronto válido pelo Brasileiro. O Grêmio imprimiu uma maior pressão, apertou a saída de bola e teve as primeiras chances em virtude de erros de passes do Flamengo, que ao longo da partida ajustaria esse problema. Suárez quase encobriu Matheus Cunha do meio-campo após recuo errado de Éverton Ribeiro. Depois o goleiro errou a saída de bola e o uruguaio repetiu a cena de dentro da área, mas chutou por cima.
Apesar de ficar com a bola e trocar mais passes, o Flamengo acabava entregando para o adversário e não conseguia ter uma posse controlada no campo de ataque. Além de Ribeiro, Arrascaeta e Gabigol demoraram a entrar no jogo, e Bruno Henrique ficou isolado diante de uma defesa com três zagueiros plantada para o time sair no contra-ataque.
Wesley quebra defesa
Wesley foi o jogador do Flamengo que conseguiu ter mais intensidade para ferir o Grêmio com seu próprio veneno, a roubada da bola. Com ela, progredia em velocidade em tabelas com os meias e aparecia nas costas da zaga. Os movimentos de entrada e saída na última linha também se repetiam com Gabigol, depois com Ribeiro e Arrascaeta. E o Flamengo passou a ter não só mais domínio, como aumentou seu poder de penetração quando os zagueiros perseguiam os atacantes longe. A primeira jogada mais perigosa terminou com chute de longe de Fabrício Bruno. Bruno Henrique também calibrou o goleiro Gabriel Gandro. Mas foi na roubada de bola de Wesley que abriu o placar.
O lateral surpreendeu a saída do Grêmio, se antecipou a Suárez, tocou para Bruno Henrique, que avançou com a defesa desarrumada e encontrou Gabigol em um passe diagonal preciso para empurrar para a rede. Mais solto e em vantagem, pesou a experiência dos meias do Flamengo e de sua defesa, que tinha Filipe Luís no lugar de Ayrton Lucas, desfalque em cima da hora por lesão. A saída de bola que começou pressionada passou a fluir melhor, cansou o Grêmio, e o domínio do jogo se ampliou. Os meias apareceram e Arrascaeta serviu Ribeiro nas costas da zaga, mas a bola bateu na mão de Bruno Alves. Gabigol teve chance de ampliar, mas Gabriel Gandro, que pegou o pênalti.
Jogo psicológico
Ainda assim o fim do primeiro tempo foi do Flamengo. Renato Gaúcho percebeu a queda do Grêmio e desfez o esquema com três zagueiros antes mesmo do intervalo. Lançou Ferreirinha para jogar na ponta esquerda e impedir os avanços de Wesley, o que deixou Suárez mais centralizado. Se taticamente a situação se modificou, emocionalmente ganhou novo contorno no segundo tempo. O árbitro Raphael Claus já havia dado cartão amarelo para Wesley e o tirado, suspenso, do jogo de volta.
O mesmo aconteceu com o zagueiro Kaneman, que ficou na mesma situação com o cartão amarelo, e com 12 minutos da etapa final acabou expulso. Em lance desnecessário, pegou Éverton Ribeiro por trás, de costas para o gol, ainda na intermediária. O Grêmio reclamou de uma jogada parecida do jogador do Flamengo em Villasanti anteriormente sem punição.
Tensões mais afloradas à parte, o jogo ficou ainda mais à feição para o time visitante, que colocou a bola no chão e ainda ampliaria o marcador. Pendurado, Wesley deu lugar a Varela e a linha de quatro ficou ainda mais fechada na defesa. Em contra-ataque pela esquerda, Arrascaeta deu assistência com categoria para a ultrapassagem de Thiago Maia, que pisou na área e tocou na diagonal. A bola desviou e foi no cantinho. Com uma a mais e vantagem maior ainda, o Flamengo teve experiência para esfriar o jogo, promoveu algumas substituições, e poderia até sair com mais um gol.
O Globo quarta, 26 de julho de 2023
LUCIANA GIMENEZ: APRESENTADORA FALA DOS 80 ANOS DE MIGK JAGGER E MUITO MAIS
Luciana Gimenez fala dos 80 anos de Mick Jagger, da relação e da semelhança do filho com o rockeiro
'Mick é um pai presente, é meu amigo pessoal, está sempre ali quando preciso, sou apaixonada pela pessoa dele', diz apresentadora, que roda documentário sobre a própria vida
Por Maria Fortuna — Rio de Janeiro
26/07/2023 00h01 Atualizado há 10 horas
Mick Jagger, Lucas e Luciana Gimenez no ano passadoArquivo pessoal
Mãe de Lucas, um dos oito filhos de Mick Jagger, Luciana Gimenez mantém uma amizade próxima com o astro do Rolling Stones, que completa 80 anos nesta quarta-feira (26).
A apresentadora de 53 anos, que prepara um documentário em que narra, em primeira pessoa, “a verdadeira história" de sua vida” - desde a infância até os dias de hoje, passando por suas duas gravidezes (ela também é mãe de Lorenzo, de 11 anos) – falou ao GLOBO sobre a relação com o rockeiro.
Também comentou as semelhanças de Lucas, de 24 anos, com o pai, e contou sobre sua recuperação após um acidente na neve em que precisou ser resgatada e lhe rendeu quatro pinos na perna.
As passagens de Mick Jagger pelo Brasil
14 fotos
O que você deseja para Mick Jagger em seus 80 anos?
Eu adoro o pai do meu filho, tenho um carinho gigante. Uma vez, brinquei dizendo que que era apaixonada por ele e todo mundo perguntou: “Como assim?”. Acho que a gente pode ser apaixonada por pessoas.
Ele é alguém extremamente especial, diferenciado, engraçado. Desejo que tenha uma vida cheia de saúde e tempo para passar com o meu filho, que também é doido nele.
Ele merece só coisa boa. É um cara que entregou tanto para o mundo… Às vezes, acho que as pessoas pegam pesado…
Por quê?
Sei lá, leio coisas… Muita gente acha que só porque a pessoa é famosa podem falar o que quiser que não machuca. Machuca, sim. Ele é um cara sentimental.
É um pai muito amado pelo meu filho, que está lá com ele. Todos os filhos passam o aniversário com Mick. Lucas tem afinidade com os irmãos.
Vocês dois mantêm uma amizade? Como é a sua relação com ele?
Ele é pai do meu filho, é super presente, a gente se fala regularmente. Fora ter um filho com ele, é meu amigo pessoal. Uma pessoa que sempre está ali quando eu preciso. É jovem de cabeça e maduro emocionalmente. É inglês, e eu sou doida por ele… nesse sentido que te falei, tá?
Mick Jagger tem na vida pessoal esse vigor todo que a gente vê no shows e nos vídeos?
É exatamente aquilo lá. Um é um cara extremamente elétrico. Não para de fazer coisas: academia, escalada. É tão ágil e esportista que nem imagino ele não podendo fazer alguma coisa… Espero que continue assim até sempre, pulando, fazendo show. Ele sai do show, vai para casa, conversa, continua pulando… Meu filho adora viajar com ele.
O que mais eles gostam de fazer juntos?
Assistir a futebol (Lucas, inclusive, se incomoda com a fama de pé frio do pai, e certa vez chegou a rebater comentários na Internet).
No Rock in Rio de 2019, Lucas me contou que o pai lhe ensina muitas coisas sobre a História do Brasil...
Mick é um cara extremamente culto. Viaja para os lugares e compra livrinhos com curiosidades sobre o lugar e se informa sobre as coisas que estão acontecendo lá. Se não fosse cantor, acho que seria escritor de livros de turismo.
A diferença de idade entre pai e filho é grande. Quando Lucas nasceu, Mick tinha 56 anos. Acha que, de alguma maneira, esse fator impacta a relação deles?
Não. Porque Mick é muito jovem de cabeça. Acho que idade biológica não é uma coisa que representa a gente. O importante é a idade mental, de vibe, de como se comporta perante a vida… E aí, o Mick é um garoto. Ele não mudou nada, é a mesma pessoa, com aquele sorriso e as mesmas brincadeiras. Eu sou fã da pessoa.
O que Lucas tem do pai, além da semelhança física?
Muita coisa. É um lorde como o Mick. Muito educado, tem um lado inglês, contido, discreto. Um pouco do sarcasmo também, mas doce, sem ser ácido. E o rosto, né? A carinha e o jeito dele. Nunca vi Mick causando nada e o Lucas é igual. Não levanta voz e fala de forma doce com as pessoas. Igual ao Mick.
Sei que Lucas toca bateria. Vai ser músico também?
Ele canta superbem e sempre foi musical (“em novembro vem novidade musical do Lucas”, avisa o assessor de imprensa, Junior, que também está na ligação)
Mick Jagger faz 80 anos - Imagens da vida e da carreira do ídolo da banda Rolling Stones
É verdade que você o chama de Bu?
É. Quem começou foi o Lourenço (filho mais novo da apresentadora). Ele não conseguia falar Lucas e falava Bu. Quando o Lucas foi estudar fora, o Lorenzo falou: “Não vou aguentar, vou morrer sem o meu irmão”. É um menino muito legal.
Ele mora em Nova York, né? Você deve morrer de saudades…
Muitas saudades mesmo. Mas ele vem sempre que pode e temos muito contato. Não exijo que venha, porque ele também quer passar bastante tempo com o pai.
E como está sua saúde. Você teve aquele acidente esquiando, precisou colocar quatro pinos na perna, andar de cadeira de rodas… Como está a recuperação?
Estamos voltando. É meio a volta dos que foram e voltaram, né? (risos). Foi uma experiência bem difícil. Estou bem melhor, mas não 100%. É um aprendizado… Ainda não sei o que eu estou aprendendo (risos). Não consigo correr ainda, mas estou bem melhor, estou no céu comparado a como eu estava.
A recuperação é na academia, fazendo fortalecimento, porque foi no osso. É meio que esperar o osso se regenerar, grudar. No meu caso pegou um nervo também. Falo que agora tenho uma cicatriz de guerra.
E de trabalho, tem alguma novidade?
Estou fazendo o podcast “Bagaceira chique” e a experiência tem sido legal. É muito diferente do que fazer TV, é como se estivesse recomeçando e gosto disso. A gente tem que tomar mais cuidado, ficar mais alerta porque podcast é mais livre, depois vem aqueles cortes….
Também estamos preparando um documentário sobre a minha vida. ("Todo mundo já falou tudo que quis da vida dela, né? Agora é a hora de ela contar a verdadeira história. O filme vai narrar desde a infância até os dias de hoje, passando por suas duas gravidezes", explica o assessor, Junior)
O Globo terça, 25 de julho de 2023
LENY ANDRADE SE ENCANTO: CANTORA MORREU NESTA SEGUNDA-FEIRA, 24, AOS 80 ANOS
Leny Andrade será velada no Theatro Municipal do Rio
Cantora morreu nesta segunda-feira (24) aos 80 anos
Por O Globo — Rio de Janeiro
24/07/2023 12h15 Atualizado há 21 horas
Leny Andrade (1943-2023)Marcos Ramos / Agência O Globo
A cantora Leny Andrade será velada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro nesta terça-feira (25), das 10h às 13h. A informação foi confirmada pela assessoria do teatro. Leny morreu nesta segunda (24), aos 80 anos. Ela havia sido internada na última semana por conta de uma pneumonia.
Leny Andrade: veja fotos da carreira da 'cantora dos músicos'
8 fotos
Ela morreu aos 80 anos
A informação da morte foi confirmada nas redes sociais da artista. "A diva do Jazz Brasileiro, Leny Andrade, foi improvisar no palco eterno. Leny faleceu nessa manhã, cercada de muito amor. As informações do velório serão divulgadas em breve. A voz de Leny Andrade é eterna!", dizia a legenda da foto.
Nas redes sociais, nomes como a atriz Zezé Motta, o compositor Mário Adnet, a cantora e ministra da Cultura Margareth Menezes e o cantor Zé Renato destacaram a importância do legado deixado pela carioca. "Leny Andrade já levou a música brasileira a 48 países. É consagrada internacionalmente. Ela era tão, mas tão poderosa que costumava ter Tony Bennett na plateia de alguns dos muitos shows que fez em templos do jazz de Nova York. Brilhou, alcançou lugares incríveis", escreveu Zezé Motta.
Conhecida como a "cantora dos músicos", Leny, que foi comparada a Ella Fitzgerald e Sarah Vaughan pelo “New York Times”, morava desde 2018 na Rua Nair Bello, no Retiro dos Artistas. Em entrevista ao GLOBO, em 2019, Leny falou sobre a escolha de ir para o espaço em Jacarepaguá.
— Aqui, até o ar é diferente, mais puro. É uma coisa comovente. Tem piscina, seis refeições deliciosas, a roupa volta cheirosa da lavanderia… Outro dia vi o Sérgio Natureza, que é um ótimo compositor e letrista, descendo para pegar o café da manhã, que beleza. Aqui não é um asilo. As pessoas confundem muito. Para quem está do lado de fora, aqui é o fim da estrada, mas isso está muito errado. O final da carreira só o artista pode determinar — disse a artista.
POSTAGEM DO EDITOR
Grandes Musicais resgata show de Leny Andrade
O Globo segunda, 24 de julho de 2023
COPA DO MUDO FEMININA: BRASL GOLEIA O PANAMÁ E ESTREIA COM VITÓRIA
Com show e hat-trick de Ary Borges, Brasil goleia o Panamá e estreia com vitória na Copa do Mundo
Meia de 23 anos ex-Palmeiras marcou três gols e deu uma assistência de calcanhar na partida
Por João Pedro Fragoso — Rio de Janeiro
24/07/2023 10h03 Atualizado há 55 minutos
Ary Borges se emociona com primeiro gol da seleção brasileira em Copa do MundoThais Magalhães/CBF
Foi uma atuação de gala da seleção brasileira em Adelaide. Contra um adversário de nível técnico bastante inferior — e o comum nervosismo da estreia —, o time de Pia Sundhage colocou a bola no chão e envolveu o Panamá. Sob a regência de Ary Borges, com três gols e uma linda assistência de calcanhar em sua primeira Copa do Mundo, a equipe venceu com facilidade por 4 a 0 e iniciou a trajetória no Mundial na liderança do grupo F.
— Nem nos meus melhores sonhos (eu imaginava isso). Senti um misto de emoções hoje. Fiquei pensando o que eu poderia fazer na partida e nunca imaginei que poderia ser da forma que foi. Muito feliz pelos três gols mas muito mais pela grande partida que o time fez e por sairmos com os três pontos, que é o mais importante — falou Ary Borges.
Mais do que a vitória, a ótima atuação da seleção brasileira serve também para levantar a moral do time para o confronto contra a França, importantíssimo para as pretensões do Brasil no Mundial. Se vencerem, as brasileiras ficam muito perto de garantirem a primeira colocação no fim da fase de grupos, o que representaria um caminho um pouco mais tranquilo nas oitavas de final. Não à toa, a comissão técnica de Pia Sundhage priorizou a partida contra as europeias e organizou a logística em torno dessa partida.
Amanhã, às 11h local (22h30 desta segunda no horário de Brasília) a seleção brasileira treinará no SA Football Centre. Depois, às 16h (3h30 de terça-feira no Brasil), voltam para Brisbane. A cidade foi escolhida como sede da delegação na Austrália na fase de grupos por ser justamente onde as brasileiras enfrentarão a França, no sábado.
Lado esquerdo é arma
Desde o primeiro minuto de jogo, o Brasil fez valer a superioridade técnica e amassou a seleção do Panamá. Atuando com quase todo o time no campo de ataque, a seleção brasileira empilhou chances e pressionou bastante a saída de bola das adversárias — a volante Luana foi importantíssima nesse papel. Nos primeiros 15 minutos, foram sete finalizações do time de Pia Sundhage.
Com tanto volume, o gol era questão de tempo. E saiu na principal arma da seleção na partida: as jogadas pelo lado esquerdo. A lateral Tamires acionou Debinha em profundidade, que cruzou para Ary Borges, nas costas da defensora panamenha, abrir o placar.
Ary Borges e Kerolin comemoram gol com dancinha — Foto: Thais Magalhães/CBF
Minutos depois, a própria Tamires foi a linha de fundo e cruzou para Ary Borges cabecear para boa defesa da goleira do Panamá e, aproveitando o próprio rebote, empurrar para o fundo das redes. 2 a 0 Brasil.
Ao fim da primeira etapa, a seleção brasileira teve 75% de posse de bola, 16 chutes contra nenhum de Panamá e 312 passes, sendo 264 certos contra 62 das panamenhas.
Show de Ary Borges
Já na segunda etapa, a seleção brasileira manteve o ímpeto e seguiu em cima do time de Panamá. Retrato disso foi logo aos dois minutos, quando Tamires e Debinha voltaram a trocar passes pela esquerda. A camisa 9 tabelou com Adriana, que deu lindo passe de calcanhar, e a bola chegou em Ary Borges. De frente pro gol, a craque do Brasil na estreia na Copa deu grande toque de calcanhar para Bia Zaneratto, que marcou o terceiro.
Para fechar a conta, mais um gol pelo lado esquerdo do campo. Regular na defesa e no ataque, Tamires avançou e passou para Geyse. A atacante cruzou para o meio da área e encontrou Ary Borges que, no meio de três defensoras, concluiu seu hat-trick.
Com os três gols, Ary se tornou a primeira brasileira estreante em Copas a marcar mais de um gol no seu primeiro jogo. Para completar a noite mais que especial na Austrália, a camisa 17 deu lugar justamente à Rainha Marta nos minutos finais.
— Primeiro é uma honra poder participar desse seleto times de grandes jogadoras que passaram pela seleção. Já tenho a oportunidade de jogar com a maior de todas. Não tinha música melhor para homenagear a melhor representação de líder que a gente tem. A Marta é um exemplo pra gente. Poder sair para ela entrar... Mais um dia especial e uma história que vou poder contar para os meus familiares — disse Ary Borges.
O Globo domingo, 23 de julho de 2023
COPA DO MUNDO FEMININA: EMPATE DE FRANÇA E JAMAICA SINALIZA EQUILÍBRO INESPERADO NO GRUPO DO BRASIL
Empate de França e Jamaica sinaliza equilíbrio inesperado no grupo do Brasil na Copa do Mundo feminina
Algozes da seleção brasileira no último Mundial, francesas melhoram no segundo tempo em sua estreia, mas param na defesa jamaicana
Por Bernardo Mello — Rio de Janeiro
23/07/2023 09h08 Atualizado há 58 minutos
Le Sommer, atacante da França, tenta escapar da marcação de Blackwood, lateral-esquerda da Jamaica, na estreia das duas seleções na Copa do Mundo FemininaDavid Gray/AFP
Favorita em sua estreia na Copa do Mundo Feminina, a França não conseguiu sair do 0 a 0 com a Jamaica, neste domingo, resultado que sinaliza um equilíbrio que poucos esperavam no Grupo F -- o mesmo do Brasil, que entra em campo na segunda-feira, às 8h, contra o Panamá.
A Jamaica fez um primeiro tempo com surpreendente volume ofensivo em comparação às francesas, e conseguiu segurar o ataque encabeçado pela veterana artilheira Eugénie Le Sommer na segunda etapa. A nota negativa na histórica estreia da seleção jamaicana, que conquistou seu primeiro ponto em uma Copa feminina, foi a expulsão da craque Khadija Shaw nos minutos finais, gerando um desfalque importante para a segunda rodada.
Shaw atormentou a zaga francesa com suas arrancadas e movimentação intensa no ataque. Na melhor chance da Jamaica no primeiro tempo, aos 41 minutos, a atacante cobrou com força uma falta da intermediária e assustou a goleira Peyraud-Magnin. Por ter cometido duas faltas duras, uma no final de cada tempo, na tentativa de apertar a saída de bola francesa, Shaw acabou recebendo dois cartões amarelos e foi expulsa nos acréscimos.
Renard fez ajustes no intervalo, e a França melhorou sua produção ofensiva ao inverter as pontas Matéo e Majri, que haviam começado a partida, respectivamente, na direita e na esquerda. Aos poucos, aproveitando-se também do cansaço da Jamaica, a seleção francesa povoou a área adversária e passou a levar perigo em cruzamentos.
Nos minutos finais, a sorte ajudou a goleira jamaicana Spencer, que vinha fazendo uma partida segura: na única finalização que fugiria totalmente de seu alcance, o travessão e a trave pararam um cabeceio de Diani, aos 45 da segunda etapa. Nos acréscimos, a meio-campista Dali ainda teve uma chance livre dentro da área, mas chutou em cima de Spencer.
Depois de uma campanha fraca na Copa do Mundo de 2019, quando foi eliminada na primeira fase sofrendo três goleadas -- inclusive um 3 a 0 diante do Brasil, com três gols de Cristiane --, a Jamaica mostrou seu cartão de visitas neste Mundial. Serve de alerta para a seleção brasileira, que estreia como favorita contra o Panamá, encara depois uma pedreira contra a França e encerra a fase de grupos justamente contra a Jamaica. Que já terá Shaw de volta.
O Globo sábado, 22 de julho de 2023
BEM-ESTAR: OS 5 HÁBITOS ALIMENTARES QUE AJUDAM NA PERDA DE PESO, SEGUNDO NUTRICIONISTAS
Os 5 hábitos alimentares que ajudam na perda de peso, segundo nutricionista
A especialista britânica Guna Bilande garante que uma rotina saudável ajuda a emagrecer
Por O Globo — Rio de Janeiro
22/07/2023 04h30 Atualizado há 6 horas
A 'divisão do prato' deve ser levada em consideração na hora das refeiçõesFreepik
A perda de peso pode ser um desafio, quando não é acompanhada de mudanças de hábitos a longo prazo. Um estilo de vida mais saudável pode vir acompanhado de diversos benefícios, como a redução do risco de desenvolver doenças cardíacas e diabetes tipo 2.
Por isso, a nutricionista Guna Bilande, em entrevista ao jornal The Mirror, explica as cinco maneiras de promover um dia a dia voltado à recuperar o controle do peso.
Prato bem dividido
Para Guna, uma refeição bem dividida significa ter um pouco de cada alimento. Ter um pouco de tudo é o ideal. O prato fica mais completo se for dividido em 25% de proteína magra, como salmão, frango ou ovos, metade de vegetais e o restante de carboidratos complexos, encontrados na batata, no arroz e no macarrão.
— A proteína magra é realmente importante na dieta porque ajuda a construir e reparar músculos e mantém você se sentindo mais cheio por mais tempo, promovendo assim a perda de gordura — explica.
Preparar as comidas
Outra maneira de ter controle das calorias que estão sendo ingeridas diariamente é fazendo a preparação das próprias comidas. Como por exemplo, no hábito de fazer "marmitas" para a semana inteira em um único dia, que tem ganhado força nas redes sociais. Além disso, é uma garantia que a refeição proverá o necessário para o corpo.
— Se você estiver fazendo um prato de comida, sempre prepare mais do que precisa. Dessa forma, você pode embalar as sobras e colocá-las na geladeira ou no freezer para outro dia. Esse hábito impede a busca por alimentos 'convenientes' e rápidos, que podem ser embalados com sal e açúcar — pontua a nutricionista.
Comer devagar
O ato de desacelerar a velocidade com que se come uma refeição garante uma saciedade maior com menos comida. Segundo Guna, isso fará com que a pessoa pare assim que estiver satisfeito, sem procurar por mais.
— Dar mordidas menores e mastigar corretamente ajudam bastante. É importante especialmente para os pacientes após a cirurgia, porque o corpo não tolera grandes quantidades de comida — diz.
Beber água
A água é um dos principais colaboradores do sistema digestivo. Ela ajuda a comida a seguir seu caminho, além de promover a sensação de saciedade quando ingerida na quantidade ideal.
— Se você se mantiver bem hidratado e se mantiver um alto nível de proteína em sua dieta, manterá a fome afastada. Então, se você ainda quiser fazer um lanche depois de comê-lo, é muito mais provável que vá comer menos do que se fosse imediatamente — esclarece.
30 minutos de atividade física diários
A rotina equilibrada de alimentação consciente sozinha pode ser benéfica, mas os seus resultados melhoram ainda mais com a inserção de exercícios físicos. Qualquer atividade física por 30 minutos diários já promovem saúde e bem estar, além de colaborar na perda de gordura.
— Encontre algo que funcione para você e continue com isso. As pequenas coisas são importantes — aconselha a especialista.
O Globo sexta, 21 de julho de 2023
TONY BENNETT SE ENCANTOU: ASTRO DO JAZZ E DO POP MORRE AOS 96 ANOS EM NOVA YORK
Astro do jazz e do pop, Tony Bennett morre aos 96 anos em Nova York
Cantor se notabilizou por sete décadas de carreira e por duetos com artistas como Frank Sinatra, Amy Winehouse e Lady Gaga
Por O Globo — Nova York
21/07/2023 09h31 Atualizado há 55 segundos
Morreu, aos 96 anos, o astro da música pop e do jazz Tony Bennett, em Nova York, confirmou um assessor do artista, nesta sexta-feira. Bennett foi diagnosticado com a doença de Alzheimer em 2016, mas continuou a se apresentar e gravar até 2021. Na época, ele escreveu no Twitter: "A vida é um presente - mesmo com Alzheimer". No entanto, embora estivesse com a função cognitiva prejudicada, ele ainda era capaz de cantar o repertório.
Conhecido pelas apresentações com cantores como Frank Sinatra, Amy Winehouse e Lady Gaga, ele vendeu milhões de discos em todo o mundo e ganhou 20 Grammys, incluindo um prêmio pelo conjunto da obra.
A carreira e a vida de Tony Bennett em imagens
Músico morreu aos 96 anos em Nova York
'O cantor mais popular do mundo'
Com mais de 70 anos de carreira, Bennett chegou a ser chamado de "o maior cantor popular do mundo" por Sinatra. Até 2009, vendeu mais de 50 milhões de discos.
A "Variety" destacou que o artista foi um dos principais do segmento pop nos anos 1950 e início dos anos 1960. No entanto, retomou o estrelato nos anos 1990, sob a gestão do filho, Danny. Ele também voltou aos holofotes da música mundial ao gravar um dueto de "Body and Soul" com Amy Winehouse. Também lançou um álbum com Diana Kral e gravou canções com Lady Gaga.
A última aparição pública do artista foi com Gaga, no Radio City Music Hall em agosto de 2021. O último lançamento de sua carreira ocorreu dois meses antes disso — um set de "Love For Sale", sequência de "Cheek to Cheek" que alcançou o topo das paradas de 2014.
Vida e obra de Tony Bennett
Depois de servir nos estágios finais da Segunda Guerra Mundial como soldado de infantaria do Exército dos EUA no Teatro Europeu, Bennett começou sua carreira como cantor de canções pop comerciais e acabou assinando com a Columbia Records.
Seu primeiro grande sucesso veio em 1951 com Because of You, que ganhou popularidade nas jukeboxes, depois alcançou o primeiro lugar nas paradas pop, vendendo mais de um milhão de cópias.
A carreira de Bennett continuou a disparar durante os anos 50 com álbuns como The Beat of My Heart e Basie Wings, Bennett Sings.
Sua carreira sofreu um golpe em meados dos anos 60 com a avaliação do gênero rock; no entanto, ele se recuperou no final dos anos 1980, quando expandiu seu alcance para um público mais jovem e moderno.
Durante esse tempo, Bennett continuou a lançar álbuns premiados, incluindo Portrait of the Artist , a homenagem a Frank Sinatra Perfectly Frank e o tributo a Fred Astaire Steppin 'Out .
O Globo quinta, 20 de julho de 2023
MUDANÇA DE INGREDIENTES: ME ENGANA QUE EU (NÃO) GOSTO
Me engana que eu (não) gosto
A fim de deixar pratos mais "fit", mudança de ingredientes impacta no sabor e na expectativa
Por Priscilla Primi
20/07/2023 04h30 Atualizado há 6 horas
Leite condensado e mistura lactea são produtos diferentesFreepik
Procurei vários significados para a palavra “mentira” e encontrei algumas definições interessantes, como: “a afirmação de algo que se sabe ou suspeita ser falso”; “não contar a verdade ou negar o conhecimento sobre alguma coisa que é verdadeira”. A mentira é o ato de mentir, enganar, iludir ou ludibriar. É uma expressão que é contrária ao que se sabe, pensa ou acredita. O termo costuma ser usado em oposição àquilo que é considerado verdade.
E o que a mentira tem a ver com a alimentação? Conversando com duas amigas também nutricionistas sobre alternativas de substituição do creme de leite na receita de estrogonofe, enumeramos as mentiras que os nutricionistas contam...
As mais absurdas, a meu ver, dizem respeito às receitas fit, light, diet ou sei lá o quê.
Arroz de couve-flor é a pior. Não sei quem foi que inventou que a parte branca do legume, picado parece muito com o companheiro do feijão. A partir do momento que alguém nomeia um prato com alguma receita que nos remete à comida afetiva, nosso cérebro resgata o cheiro, o sabor, a textura, as papilas gustativas se preparam para receber aquela lembrança prazerosa e aí vem o sabor da couve-flor, que não é exatamente algo maravilhoso. Que tristeza!
Na faculdade, na aula de técnica dietética, aprendemos a fazer uma receita de brigadeiro de fígado de boi. O objetivo era melhorar o consumo de fígado, uma proteína mais barata e fonte de ferro, especialmente entre as crianças.
Fiz, experimentei, e a única coisa parecida com o doce tradicional era o formato e a cor. O gosto era péssimo. Saí da aula pensando que, se uma criança comesse aquilo, causaria tamanho trauma que nunca mais pediria brigadeiro em um aniversário.
Sou uma nutricionista que gosta de comer. Por quase quatro anos, coordenei o curso de Gastronomia em uma grande universidade. Aprendi com chefes franceses, italianos e brasileiros a história, os ingredientes, o modo de preparo e o sabor de muitos pratos das culinárias brasileira e internacional e, por causa disso, acho um absurdo chamar de cheese burguer fit, um hambúrguer com queijo entre duas folhas de alface americana (sim, sem o pão). Mais honesto seria nomear hambúrguer com queijo e alface.
Lasanha de berinjela é outras dessas enganações. Quando a gente pensa na lasanha, a imagem das camadas de massa com molho à bolonhesa, bechamel e queijo gratinado vem à cabeça. Existem variações, presunto, frango, quatro queijos e até de calabresa, mas a base está lá: macarrão em formato de fitas largas, molho e queijo. Se não há esses ingredientes, não é lasanha. Pelo menos aquela da memória afetiva. Lasanha de berinjela se chama moussaka, prato tradicional da culinária grega. A César o que é de César.
Bolo sem farinha, sem leite, sem ovo e sem açúcar. Então não é bolo, é outra preparação. Mais vale comer uma fatia fina de um bolo tradicional do que comer metade de uma forma só porque o “pseudo-bolo” não leva nenhum dos ingredientes demonizados.
Já mencionei nessa mesma coluna, em uma publicação de agosto de 2022, as armadilhas que a indústria alimentícia prega, a partir de embalagens parecidas com seus produtos tradicionais, porém com a composição alterada e, na maioria das vezes, de pior qualidade nutricional.
Além dos citados creme de leite, leite e pó e requeijão, o leite condensado, item obrigatório no famoso brigadeiro, tem um “irmão” mais barato, com embalagem muito parecida, porém com rentabilidade e composição nutricional bem inferior ao de referência. Enquanto o leite condensado é um produto constituído 100% de leite e açúcares, a mistura láctea condensada é composta por soro do leite, amido de milho e uma quantidade muito menor de leite puro. Isso tudo com o objetivo de diminuir o custo da produção e lucrar mais.
Enfim, eis a resposta à questão inicial sobre qual ingrediente poderia substituir o creme de leite do estrogonofe: pode ser iogurte integral, creme de ricota ou creme de inhame. Mas aí não é mais estrogonofe, é outro prato!
O Globo quarta, 19 de julho de 2023
CIGARRO ELETRÔNICO: RISCOS EM LOCAIS FECHADOS - AUMENTA EM 22 VEZES AS TOXINAS NO AMBIENTE
Risco em locais fechados: cigarro eletrônico aumenta em 22 vezes as toxinas no ambiente
Resultados de novo estudo contrastam com a visão comum de que os dispositivos poderiam ser utilizados em locais como carros e baladas sem oferecer riscos aos fumantes passivos
Por O Globo — Rio de Janeiro
19/07/2023 10h25 Atualizado há uma hora
Cigarros eletrônicos são proibidos no BrasilEva Hambach/AFP
Uma das interpretações comuns em relação aos cigarros eletrônicos é que os dispositivos podem ser utilizados em ambientes fechados. Isso porque, como não envolvem a combustão – o líquido é vaporizado –, a fumaça expelida por eles some rapidamente e não aparenta perpetuar no local. No entanto, um novo estudo mostra que a realidade não é bem assim.
Por meio de um experimento que envolveu o uso dos dispositivos, também conhecidos como vapes ou pods, em um veículo fechado, os pesquisadores observaram que a concentração de toxinas nocivas à saúde aumenta em 22 vezes no ambiente após o uso, levando a riscos também para aqueles presentes que não utilizaram os aparelhos, os fumantes passivos.
O trabalho, publicado na revista científica Drug and Alcohol Dependence, envolveu 60 participantes que eram usuários de cigarro eletrônico. Eles responderam um questionário e utilizaram os dispositivos durante meia hora dentro dos carros. Em seguida, eles mediram a concentração da PM 2.5 no ambiente.
As PM 2.5 são partículas de material particulado fino de 2,5 micrômetros. São comumente utilizadas para avaliar a poluição do ar por serem expelidas em processos químicos e facilmente inaláveis. Ao chegarem no trato respiratório, podem penetrar de forma profunda levando a danos que aumentam o risco de doenças respiratórias e cardiovasculares.
Os resultados do estudo mostraram que, durante a meia hora, os participantes deram em média 18 puffs (como é chamada a tragada do cigarro eletrônico). Em média, a concentração da PM 2.5 aumentou de 4,78 µg/m3 para 107,40 µg/m3 no ambiente. No pico, foi observada uma concentração de 464,48 µg/m3.
“As concentrações de PM2.5 variaram muito entre os participantes, no entanto, as concentrações medianas de pico de PM2.5 durante a sessão foram aproximadamente 22 vezes maiores do que os níveis basais antes de qualquer uso ter ocorrido”, escreveram os pesquisadores no estudo.
Eles alertaram sobre como os resultados indicam riscos à saúde também para os passageiros que não utilizam os dispositivos: “o uso de cigarros eletrônicos em veículos afeta negativamente a qualidade do ar e pode representar riscos à saúde de todas as pessoas presentes nos veículos quando o uso está ocorrendo”.
Uso em ambiente fechado é proibido no Brasil
Desde 2009, a comercialização, distribuição e propaganda de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) são proibidas no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No ano passado, um grupo da autarquia reavaliou a decisão, mas optou pela manutenção do veto.
Ainda assim, é comum encontrar produtos do tipo à venda em bancas de jornal, tabacarias e nos mais diversos estabelecimentos, e o uso em si não é proibido. Porém, de acordo com uma pesquisa nacional, a Covitel 2023, 4,3% dos usuários dizem que optam pelo cigarro eletrônico porque ele “pode ser usado onde cigarro industrializado é proibido”.
No entanto, uma nota técnica da Anvisa de maio deste ano reforçou que as mesmas regras referentes ao uso dos cigarros convencionais são aplicadas aos dispositivos eletrônicos. Por isso, os vapes também não podem ser utilizados em ambientes coletivos fechados, sejam eles privados ou públicos.
O Globo terça, 18 de julho de 2023
SAIDEIRA: QUAIS SÃO OS TIPOS DE VINHOS?
Quais são os tipos de vinhos?
Vinhos podem ser brancos, rosés ou tintos, além do laranja. Podemos também falar da quantidade de açúcar, que determina se um rótulo pode ser seco ou doce
Por Cláudia Meneses
17/07/2023 16h37 Atualizado há 18 horas
Vinhos e espumantes em taçasDivlulgação / Foto de Jeferson Soldi
Na dúvida sobre os rótulos que você vê nas prateleiras dos mercados ou nas páginas da internet? Existem formas de se classificar os vinhos. Uma delas é pela cor. Segundo Ricardo Morari, presidente da Asssociação Brasildeira de Enologia, o vinho tinto é o mais vendido no Brasil, e é elaborado exclusivamente com uvas tintas (de casca escura). Isso porque quase todas as uvas têm a polpa cinza-esverdeada. É na casca que estão as substâncias que dão cor e estrutura ao vinho. A cor extraída através da maceração com as cascas por alguns dias, durante a fermentação alcoólica. Não se consegue fazer um vinho tinto com uva branca. São exemplos de uvas tintas a Cabernet Sauvignon, a Garnacha, a Touriga Nacional e a Pinot Noir.
A casca da uva é um fator importante na vinificação
Vinhedo com uvas tintas — Foto: Divulgação
Já o segundo mais consumido é o vinho branco, que é elaborado a partir de uvas brancas ou tintas, sendo o mosto (suco da uva) fermentado sem contato com a cascas, que são separadas no início do processo através da prensagem. São exemplos de uvas brancas a Chardonnay, a Alvarinho, a Sauvignon Blanc e a Encruzado.
Os rosés podem ser elaborados a partir de uvas tintas. "Neste caso, deixamos macerar com as cascas por algumas horas e depois separamos para realizar a fermentação (processo conhecido como sangria). Ou ainda podem ser produzidos pela mistura entre vinhos brancos e tintos até se atingir a coloração rosé desejada", explica Ricardo Morari.
Vinho amadurece em barricas — Foto: Divulgação / Foto de Jeferson Soldi
Já o vinho laranja não está incluído na legislação brasileira, como explica Ricardo Morari. "Ele representa um volume muito pequeno. É elaborado por alguns pequenos produtores e em pequenos volumes para atender mercados específicos". Eles são feitos com uvas brancas, em que a fermentação acontece na presença das cascas (maceração)." A maior parte desses vinhos permanece em contato com as cascas por mais tempo após a fermentação. Alguns por vários meses. É comum serem utilizados recipientes de madeira, que permitem uma oxidação gradativa do vinho para se obter a coloração laranja típica desse tipo de produto", detalha.
O espumantes podem ser classificados também quanto à cor: branco, rosé ou tinto, que é o menos comum dos três.
Secos ou doces?
Taças com espumantes: teor de açúcar nestes vinhos pode variar — Foto: Divulgação / Foto de Jeferson Soldi
Os vinhos podem ser classificados também pelo teor de açúcar, ou seja, quantos gramas de açúcar por litro. Os secos têm no máximo 4g/litro. O demi-sec ou meio-seco contém de 4g/l até 25g/l. O suave ou doce apresenta 25g/l até 80g/l.
Já os espumantes possuem uma classificação mais ampla. O nature possui até 3g de glicose por litro. O extra-brut contém de 3,1g/l até 8g/l; o brut tem de 8,1g/l até 15 g/l; o sec ou seco tem de 15,1g até 20g/l. O demi-sec, meio-seco ou meio-doce registra de 20,1 até 60g/l. E o doce, acima de 60g/l.
O espumante e os métodos de produção
Vista aérea de vinhedo — Foto: Divulgação / Foto de Emerson Ribeiro
Além da cor e do teor de açúcar, os espumantes podem ser classificados quanto ao método de elaboração, que não é um indicativo de qualidade. O método charmat tem a segunda fermentação realizada em tanques de grande capacidade e resistentes a altas pressões, as autoclaves, como explica Ricardo Morari. A primeira fermentação ocorre quando o suco de uva vira vinho. Na segunda, são criadas as borbulhas.
Já no método tradicional, a segunda fermentação é realizada na garrafa, como nos champanhes e nos cavas).
No Brasil, Morari lembra que temos ainda os moscatéis espumantes, "que são elaborados exclusivamente a partir de uvas Moscatos, que são mais aromáticas, através de uma única fermentação, em autoclaves. Essa fermentação é interrompida quando atinge um teor alcoólico entre 7 e 10%, e com um teor de açúcares residuais maior. Esses espumantes são produzidos pelo mesmo processo dos espumantes italianos Asti e têm estilo parecido ao deles".
Vinho do Porto ou da Madeira: fortificados
A classificação de vinho fortificado não existe na legislação brasileira, ressalta Ricardo Morari. "Neste caso aqui, temos os vinhos licorosos, que são os vinhos nos quais se permite adição de álcool para aumentar o teor alcoólico. Geralmente, eles têmt eores de açúcares mais altos, podendo esse açúcar ser natural da uva ou adicionado".
Mundialmente, entre os vinhos mais conhecidos produzidos desta forma são os portugueses do Porto.
Vinho varietal e blend
Vinhedo em Candiota, no Rio Grande do Sul — Foto: Divulgação / Foto de Silvia Tonon
Outra classificação importante é se um vinho é um varietal ou um blend (ou corte). Ricardo Morari descreve que os varietais são vinhos que apresentam no rótulo somente uma variedade de uva. Pela legislação, essa uva deve representar no mínimo 75% da composição deste vinho.
Já os blends ou vinhos de corte podem apresentar vários tipos de uvas na composição, que podem ou não estar descritas na rotulagem. Caso estejam apontadas no rótulo, elas devem estar descritas em ordem decrescente das quantidades presentes no vinho.
Ricardo diz que, em termos gerais, opta-se por elaborar um vinho varietal quando se busca maior caracterização da variedade neste vinho e tipicidade. Já nos blends, buscamos maior complexidade e harmonia entre as variedades.
São famosos, por exemplo, os cortes feitos na região de Bordeaux, chamados de corte bordalês, que reúnem uvas como Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, por exemplo. Portugal também tem tradição de cortes, muitas vezes com as uvas vinificadas juntas. Já a Argentina, por exemplo, é conhecida por vinhos varietais com Malbec.
Vinhedo em Encruzilhada do Sul, cidade gaúcha — Foto: Divulgação / Foto de Jeferson Soldi
Que elemento existe em maior quantidade no vinho?
Água
Álcool
Taninos
Ácidos
Quantas variedades de cepas existem? E cerca de quantas são realmente cultivadas?
Existem quase 100 mil variedades de uvas, mas apenas 800 dão origem à maior parte dos vinhos produzidos
Existem quase mil variedades de uvas, mas apenas 100 dão origem à maior parte dos vinhos produzidos
Existem quase 500 mil variedades de uvas,mas apenas 800 dão origem à maior parte dos vinhos produzidos
Existem quase 10 mil variedades de uvas, mas apenas 30 dão origem à maior parte dos vinhos produzidos
Como conservar os vinhos de guarda?
Na posição horizontal, no calor e em lugares bem iluminados
Em qualquer lugar. Isso não faz diferença
Na posição horizontal, com temperaturas moderadas e estáveis, no escuro e longe de vibração e odores
Na porta da geladeira
Quais são as famílias dos aromas de vinhos?
Frutados, florais, amadeirados, vegetais, de confeitaria, animais e minerais
Frutados, florais, temperados e medicinais
Florais, queimados e esportivos
Cheirosos, fedorentos e sem perfume
Qual o tamanho padrão da garrafa de vinho?
980ml
1 litro
800ml
750ml
Quais são os diferentes estilos de vinho tinto?
Tônicos,hipotônicos e tânicos
Frescos e leves; tânicos e encorpados; carnosos e frutados; solares e condimentados; doces e caloroso; e raros efervescentes
Pesados e carnudos; espumantes; azulados; doces e super alcoólicos
Ralos, normais, encorpados e muito fortes
Que pratos combinam com vinhos tintos encorpados?
Peixes com azeite; camarão; pizza calabresa
Saladas com folhas e tomate; legumes grelhados; ovo frito
Torta de chocolate ou de limão, pudim de caramelo; frutas
Carnes na brasa com molho; carnes vermelhas assadas ou grelhadas; cogumelos
O Globo segunda, 17 de julho de 2023
JOÃO DONATO SE ENCANTOU: MÚSICO E COMPOSITOR MORRE AOS 88 ANOS
Morre João Donato, aos 88 anos
Artista se notabilizou pela inventividade com que fundia diferentes gêneros musicais, em obras que se tornaram marcos da MPB
Por O GLOBO — Rio de Janeiro
17/07/2023 09h44 Atualizado há 11 segundos
O compositor, pianista e arranjador João DonatoAna Branco/Agência O Globo
Morreu, na madrugada desta segunda-feira (17), o pianista, compositor e arranjador João Donato, aos 88 anos. Parceiro musical dos principais expoentes da bossa nova — como Tom Jobim, Vinicius de Moraes e João Gilberto —, o multi-instrumentista se notabilizou pela inventividade com que fundia, a um jeito único, diferentes gêneros musicais, como jazz, samba e ritmos caribenhos. A mistura irreverente dá o caldo (e o tom) de obras que se tornaram marcos da MPB, como "A rã", "Nasci para bailar", "Amazonas", "Simples carinho" e "Até quem sabe".
— Eu não sou bossa nova, eu não sou samba, eu não sou jazz, eu não sou rumba, eu não sou forró. Na verdade eu sou isso tudo ao mesmo tempo — comentou o artista, numa entrevista ao GLOBO.
A vida e a carreira de João Donato
Imagens que marcam e ilustram a vida e carreira do pianista, cantor e compositor João Donato.
O músico morreu em decorrência de uma série de problemas de saúde. Na última semana, ele havia sido internado, num hospital no Rio de Janeiro, devido a uma infecção nos pulmões. A notícia foi confirmada pela família de Donato.
Do Acre para o mundo
Natural de Rio Branco, capital do Acre, João Donato deu os primeiros passos na música aos 5 anos, quando ganhou um acordeão de presente. Não demorou para que se comportasse como um veterano dos palcos. Aos 8, compôs a primeira música e, aos 12 — depois que a família se mudou para o Rio de Janeiro acompanhando o pai militar —, resolveu viver a primeira aventura musical: inscreveu-se no programa de Ary Barroso na Rádio Cruzeiro do Sul. Mas nada saiu como o esperado.
É que o compositor de "Aquarela do Brasil" não gostava de "meninos prodígio". Dizia que eram "crianças velhas", e ele não gostava daquilo. Donato havia chegou à atração de calouros com tudo em cima: paletó vincado, gravatinha, sapato de verniz e glostora no cabelo. Tinha um pouco mais de um metro e meio de altura, mas achava que já era gente grande. Não chegou nem mesmo a se apresentar.
O pianista, compositor e arranjador João Donato — Foto: Bruno Kaiuca / Agencia O Globo
— Foi uma decepção, mas aquilo não me desanimou. Logo depois consegui emprego no rádio, tocava sanfona no programa "Manhas da roça", do paraibano Zé do Norte, acompanhava grupos de baião e acabei descobrindo o jazz — conta Donato, que, aos 22 anos, gravou "Chá dançante", seu primeiro disco, produzido por ninguém menos que Tom Jobim.
Tratado como "mestre mítico" pelos grandes nomes da música popular brasileira, João Donato firmou parcerias famosas ao longo da carreira — ao lado de nomes como Gilberto Gil, Nara Leão, Jards Macalé (com quem havia acabado de lançar o disco "Síntese do lance", em 2021), Tim Maia, Cazuza, Emílio Santiago, Marcelo D2, Angela Rô Rô...
Universo de música
O músico costumava dizer que o mundo era música. Tudo o que atravessava suas orelhas era, a rigor, acordes para os seus ouvidos. O zumbido de uma abelha era chuva, o barulho da chuva era música, a buzina de um caminhão era música, a onda no mar era música, o bate bola dos moleques era música, o latido do cachorro era música, a bananeira no vento também era música. Tudo era música para João Donato.
— Eu me lembro da primeira vez que percebi algo como uma música, era o canto de um pássaro, e é um som que, de um jeito ou de outro, está até hoje em tudo o que eu faço — afirmou Donato, numa entrevista que concedeu ao GLOBO há pouco menos de uma década.
O compositor transformou, aliás, o canto do tal pássaro que cita acima em "Lugar comum", uma de suas músicas de maior sucesso.
— Algumas músicas que ouvia naquela época numa vitrola de dar corda, como “Tristeza de amor”, de Fritz Kreisler, também estão até hoje na minha cabeça. Era como se eu sentisse uma saudade, uma nostalgia de algo que eu ainda nem conhecia. A coisa mais perto do céu que existe é a música.
A aproximação com os bossa-novistas se deu por meio dos fãs-clubes Frank Sinatra-Dick Farney e Lúcio Alves-Dick Haymes. João Donato circulava entre os dois grupos, sem ligar para a rivalidade. Queria fazer contatos. Tocou em boates famosas de Copacabana, como a Drink, a Plaza e a Monte Carlo. Em 1959, o violonista Nanai o convidou para uma turnê nos Estados Unidos, juntando-se ao grupo formado com o que restara do Bando da Lua, que acompanhava Carmen Miranda. Fez temporada de quatro semanas em Lake Tahoe, Nevada, apresentando-se em cassinos.
Em seguida, ficou sozinho em Los Angeles. Sem dinheiro, quase dormiu na rua após ser expulso da pensão onde morava. Nesse período, arranjou uns trocados apresentando-se numa boate com o sugestivo nome de Loosers. Quem lhe salvou da pindaíba foi o baterista cubano Armando Peraza. Ao lado do colega, se juntou a vários nomes conhecidos da música latina, como Johnny Martinez e Mongo Santamaria à frente. Começou a criar nome assim.
Entre Brasil e EUA
A volta ao Brasil aconteceu em 1962, mesmo ano em que Donato gravou o disco "Muito à vontade". A produção concentrava o cerne de sua identidade múltipla: samba, bossa nova, jazz, balanço latino. Tudo lá. Levou o vinil para a gravadora Pacific Jazz, e pronto: logo, logo o disco saiu no mercado americano (com o nome de "Sambou, sambou").
Daí pra frente, a música se tornou superlativa. João Donato rodou o mundo, tocou com nomes como Chet Baker, Sérgio Mendes, Rosinha de Valença e Tito Puente. O som cheio de gingado — algo que, por vezes, parecia não caber nas partituras — conquistou o planeta.
Quando retornou ao Brasil na década de 1970, o artista se tornou próximo de colegas da bossa nova e da Tropicália. Compôs com Gilberto Gil, Roberto Menescal, Marcos Valle. Produziu Gal Costa, Nana Caymmi. Dividiu estúdio e palco com Jorge Ben. Passou a ser idolatrado no Japão. Lançou discos fundamentais como "Quem é quem" e "Lugar comum". Foi vizinho de Tim Maia. Jogou nas 11.
'A finalidade do meu trabalho é alegrar os corações'
Há dois anos, também em entrevista ao GLOBO, o músico acriano afirmou que seguia na "busca por alegria", algo que ele classificava como a base de tudo o que executava.
— Uns amigos colombianos dizem que minha música produz serotonina, hormônio que traz sensação de bem-estar. Não sou rico e nem pretendo ficar rico com o que faço. A finalidade do meu trabalho é alegrar os corações, acalmar a raiva dos animais e fazer com que as pessoas pensem melhor — setenciou ele, que demonstrava surpresa com a redescoberta recente de sua obra pelas novas gerações. — Vejo que tem uma turma mais nova ouvindo o que faço. Minha música tem atravessado os tempos com facilidade porque ela exalta uma lógica natural das coisas. Não são canções fabricadas, sabe?
Sintonizado com as vozes da juventude — João Donato produziu obras, recentemente, em parceria com nomes como Céu, Anelis Assumpção, Tulipa Ruiz e Mariana Aydar —, o músico não escondia que tinha, sim, suas restrições. Nem tudo eram flores nos ouvidos do artista.
— Não gosto de funk e sertanejo. São estilos passageiros, e que tem a ver com certo visual vulgar em que todos ficam virados de costas rebolando... Claro que há alguns funks bonitinhos, mas a maioria é xarope e bagunça, algo fácil de fazer — criticou ele, em entrevista ao GLOBO. — O problema é que as pessoas são treinadas para gostar desse tipo de coisa. E acontece mesmo de a gente acabar assobiando certas canções à toa, de tanto que essa música horrorosa inunda os rádios e os ouvidos. O povo se acostumou a um tipo de música como se aquilo fosse certo. Mas música comercial é a prostituição da arte: faz-se só para ganhar dinheiro, como alguém que vende biscoitos Maria.
O Globo domingo, 16 de julho de 2023
AGRICULTURA: BANANA VIRA GANHA-PÃO PARA PRODUTORES RURAIS DO DISTRITO FEDERAL
Banana vira ganha-pão para produtores rurais do Distrito Federal
Seu aproveitamento pode ser feito de forma integral: fruta, folhas, caule e "coração". É base também para peças de artesanato que são vendidos fora do DF, no Rio e em São Paulo
postado em 16/07/2023 03:55 / atualizado em 16/07/2023 07:28
Artesanato feito da fibra da banana é vendido por até R$ 250 - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Abundante na agricultura do Distrito Federal, a bananeira é uma planta que pode ser aproveitada integralmente (fruta, folhas, tronco e "coração"). Todas essas partes podem ser usadas na produção de alimentos para humanos e animais, assim como para a produção de remédios veterinários naturais e sua fibra no artesanato. Além de ser rica em amido, vitaminas e nutrientes é excelente fonte de renda.
De acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), a área de cultivo da banana no DF, só perde para o plantio da goiaba. Em 2022, foram produzidas 5.643,63 toneladas da fruta em 276,25 hectares de terras em áreas rurais ocupadas por 835 produtores.
O aproveitamento mais comum é o da fruta, que pode ser consumida crua, assada, frita, desidratada, em farinha, em purê, em doces, bolos, sorvetes e até como bife feito com a casca da banana. Mas a bananeira tem mais usos possíveis do que a exploração apenas da banana. Além da variedade enorme de pratos, é usada na produção de adubo, e sua fibra na produção de itens artesanais.
"A bananeira é uma planta incrível e pode ser aproveitada por completo. Por ser versátil, cria alternativas para uma alimentação diversificada, agrega valor com a possibilidade da fabricação de vários produtos e isso pode ser uma oportunidade de melhoria de renda e qualidade de vida para as pessoas, principalmente para a produção na agricultura familiar", ressalta a extensionista da Emater-DF Selma Tavares.
Suas folhas grandes, antiaderentes e impermeáveis são utilizadas na culinária como embrulho para cozinhar ou assar. Um exemplo está na culinária de Minas Gerais com a "Cubu", uma broinha assada na folha da bananeira e no cozimento do abará na Bahia. Serve também como decoração em arranjos, vasos e como forro de mesas, pratos e ornamentação, na alimentação de animais e nas compostagens. "Seu "umbigo" ou pendão que fica na parte inferior à penca de bananas, também conhecido como "coração", pode ser utilizado em refogados, farofas, tortas, guisados e de forma caseira, as pessoas usam no preparo de xarope", destaca Selma Tavares.
Outra parte importante da bananeira é o pseudocaule, de onde podem ser extraídas cinco tipos de fibras diferentes do tronco, uma matéria-prima bastante versátil e que tem gerado renda e qualidade de vida para mulheres rurais com a produção de artesanato. "Por ter fibras de variados tipos de maciez, são usadas no artesanato em forma de trançados, cestarias, bolsas, pufes, papel artesanal, tapete e outros itens", destaca.
Artesanato
Desde de 2020, por meio da Emater-DF, um grupo de mulheres que moram no assentamento Pequeno William, em Planaltina, está sendo capacitado para produzir artesanato com a fibra da bananeira. No curso, as artesãs aprenderam a manipular e colher o pseudocaule, retirar e identificar as diferentes fibras, fazer trançados, tingir e confeccionar peças usando também outros recursos naturais.
Valdira Sena dos Santos, 38 anos, moradora do assentamento desde 2011, descobriu na bananeira uma fonte de renda para ajudar no sustento de sua família. Ao lado de outras moradoras da região, ela produz diversos tipos de artesanato com a fibra doada pela Emater. As peças variam de preço, entre R$ 5 e R$ 250. São vendidas em feiras populares, exposições e já foram levadas até para outros estados, como Rio de Janeiro e São Paulo.
"Nossa produção ainda é pequena, não temos matéria-prima, tudo que produzimos é com a fibra doada pela Emater e outros parceiros. Aprendemos a fazer artesanato e multiplicamos isso para outras mulheres. Queremos formar uma grande rede de artesãs na região, fortalecer nossa história no assentamento. O dinheiro arrecadado com as peças ajuda muito no sustento de nossas famílias. Além disso, criar cada objeto é uma terapia", destaca.
Sylvaneide Pereira dos Santos, 29, conta que a bananeira possibilitou a ela e ao grupo de mulheres, conhecimento, aprendizado e uma fonte de renda para ajudar nas despesas. "A bananeira nos ensinou uma atividade importante, o artesanato que é confeccionado de maneira sustentável, sem causar prejuízo algum ao meio ambiente", conta.
Produção
Para o produtor rural Rogério Antônio da Silva, 48, morador há 25 anos do Núcleo Rural Taquara, em Planaltina, a bananeira além de oferecer diversas possibilidades e ser fonte de renda, produz um fruto popular e indispensável na mesa da maioria das pessoas. O agricultor vive no local com a esposa e dois filhos. Antes de plantar bananeira, ele cultivava eucalipto, mas enxergou na banana, uma excelente oportunidade de empreendimento.
Em sete hectares de terra, ele iniciou, há seis anos, uma plantação de bananas, que cultiva em parceria e sociedade com os três irmãos, e que atualmente rende 2 mil caixas por mês do produto, com uma renda anual de R$ 180 mil. Além da fruta, a família de Rogério comercializa também mudas de bananeira. Somente em 2022, o faturamento foi de R$ 110 mil com os brotos.
Segundo o agricultor, as bananas produzidas pelos irmãos são vendidas na feira de Planaltina, para clientes fidelizados, e há períodos em que a produção é insuficiente para atender toda a clientela, mesmo com uma plantação tão vasta. "É uma banana diferenciada, saborosa, muito doce e um dos produtos mais procurados da região. Às vezes, a demanda é tão intensa que não consigo atender", conta.
Rogério explica que o cultivo em suas terras é feito de forma muito consciente, responsável e com muito amor pelas bananeiras, com nutrição, correção do solo, irrigação, adubação e pulverização feita com drone, trabalho que ele realiza diariamente com os irmãos. Ele destaca, ainda, que para colher um cacho de banana no ponto de consumo, é necessário aguardar um período de 10 a 12 meses e pode ser vendido por cerca de R$ 50 chegando a R$ 100, dependendo do tamanho.
"São diversas as possibilidades que a banana nos proporciona. É um negócio prazeroso, um privilégio esse tipo de plantação. Além de tirar meu sustento e da minha família, sinto satisfação em produzir um alimento tão especial, como a banana", destaca Rogério Antônio.
O Globo domingo, 16 de julho de 2023
BRASILEIRÃO 2023: FLUMINENSE X FLAMENGO - ONDE ASSISTIR AO VIVO, HORÁRIO E PROVÁVEIS ESCALAÇÕES
Fluminense x Flamengo: onde assistir ao vivo, horário e prováveis escalações
As duas equipes estão na parte de cima da tabela, separadas por dois pontos; Flamengo tem 26 e o Fluminense soma 24
16/07/2023 08h53 Atualizado há 2 horas
Fluminense x Flamengo: 15.ª rodada do Campeonato Brasileiro 2023Reprodução
Fluminense e Flamengo se enfrentam neste domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. O jogo pode valer a vice-liderança da competição.
Será o sexto Fla-Flu de 2023. Por enquanto, o confronto está empatado, com dois triunfos para cada lado e um empate — os comandados por Fernando Diniz, no entanto, sagraram-se campeões cariocas diante do adversário.
Transmissão:
A TV Globo mostra ao vivo, mas não para todas as praças (exceto para os estados CE, MT, PR e SP) e Premiere.
Prováveis escalações:
Fluminense: Fábio; Samuel Xavier, Nino, Felipe Melo e Marcelo; André, Martinelli, Lima e Ganso; Arias e Cano.
Flamengo: Matheus Cunha, Wesley, David Luiz, Léo Pereira e Filipe Luís; Allan (Thiago Maia), Victor Hugo, Gerson, Ribeiro e Arrascaeta; Gabriel
Arbitragem:
Árbitro: Savio Pereira Sampaio (Fifa-DF)
Assistente 1: Rafael da Silva Alves (Fifa-RS)
Assistente 2: Leonardo Carvalho Rocha (GO)
Árbitro de Vídeo (VAR): Wagner Reway (Fifa-PB)
O Globo sexta, 14 de julho de 2023
TIA SURICA: SAUDADE DO RIO NÃO TEM FIM
Saudade do Rio não tem fim
Em 21 dias, chego à cidade onde vivi tantos dos momentos mais felizes da minha vida, em mesas com amigos ou pelos botecos
Por Alexandra Forbes
14/07/2023 04h30 Atualizado há 6 horas
Feijoada da Tia SuricaDivulgação
Contagem regressiva: em 21 dias, chego ao Rio! Um dia para cada gostinho e lembrança da cidade onde vivi tantos dos momentos mais felizes da minha vida, em mesas com amigos ou pelos botecos, sambas e morros, que prefiro à praia. Que força estranha é essa que me leva a cada vez ao Galeto Sat’s de Copacabana para refestelar-me de frango assado com farofa de ovo? Dentre minhas carioquices favoritas, sempre incluo também as gordas e esfarelentas empadas do Salete, na Tijuca: as de costela com agrião, as campeãs — os defensores do recheio de palmito que me perdoem…
Feijoada boa, no Rio, não falta: a da famosa Tia Surica, da Portela, tem até status de Patrimônio Cultural Imaterial do Estado! É ótima a do Rubaiyat, servida aos sábados em seu vasto e lindo salão no Jockey Club, em um sem-fim de panelões fumegantes. Também adoro embasbacar turistas levando-os para comer fraldinha e picanha até não poder mais em uma churrascaria com vista, seja no próprio Rubaiyat ou no Assador Rio’s, no Aterro. Que serviço!
Se houve tempo em que paulistanos zombavam das más pizzas cariocas, já faz anos que o quadro mudou radicalmente. Adoro, por exemplo, as massas elásticas e as bordas crocantes e aeradas da Bráz e da Coltivi. A cozinha italiana em geral deu um baita salto no Rio: também sinto falta das pastas al dente do Sult e do Babbo. As padarias, idem — e nenhuma ganha da Slow Bakery, referência de sourdough.
Mais carioquices que amo? Bolinho de camarão com molho picante do Bar Urca. Bolo quente de chocolate do Irajá. Rabada do Bar da Gema. Lagostins do Satyricon. Caipirinha das barracas de praia. Chope do Jobi. Sardinha no brioche do Oteque. Vegetais do Lasai, especialmente em tempura. Ovos moles da Alda Maria, em Santa Teresa, e pastel de nata do Portugo. Brigadeiros de boas-vindas e carpaccio do Copa. E café coado e queijo frescal de qualquer hotel de respeito.
Num fechar de olhos, memórias me fazem viajar de volta a esses sabores. A boca se enche d’água e o peito, de saudade…